Depois das férias e das compras e encontros no Beco Diagonal, todos estavam mais uma vez no expresso de Hogwarts, sentados na cabine de sempre, que mais uma vez foi expandida para poder comportar a todos.

– Como foram suas férias? – Alice foi a primeira a quebrar o silêncio quando o trem começou a se mover.

– Até que foram divertidas. – Jacky sorriu com ironia, olhando para seu, ela não sabia, filho. – Parecia que Jason nunca havia visto doces na vida. Deu ao papai um prejuízo e tanto. – Riu.

– Ah, não me culpe. – O Valentine Slytherin se defendeu. – Você também comeu muitos. – Argumentou na defensiva.

Jacky e os demais presentes na cabine caíram na risada.

– Normais. – Elena sorriu, mas o que ela falou fez com que Anna abrisse um sorriso maior que seu próprio rosto.

Haviam sido como as férias anteriores. As duas estavam constantemente com ela, realizando quaisquer atividades a gosto da ruiva, tendo companhia Christian, Helena e Elizabeth, que pareciam se divertir com elas tanto quanto a Gryffindor mais jovem.

– Interessantes. – Foi tudo o que Jack disse, recebendo um sorriso de James.

– Com interessantes você quer dizer com nós invadindo a fábrica de brinquedos no meio da noite? – Jamie arqueou uma sobrancelha, cruzando os braços e sorriso, fazendo com que os outros olhassem incrédulos para ele e Jack, sendo que ambos os albinos apenas riram, sem falar mais qualquer palavra.

– Tumultuadas. – Soluço deu de ombros. – Vocês nem imaginam quantos ataques de Dragões ocorreram. – Sorriu. – E papai parece gostar cada vez mais do Leon. Disse que ele é um verdadeiro viking. – Gesticulou para o loiro.

– Hm. – Foi a resposta que Leonidas dera, olhando pela janela da cabine com indiferença.

– Passei as férias em Wonderland novamente. – Alice sorriu entusiasmada.

– Mas não acho que ela tenha gostado tanto esse ano. – Mirana suspirou com cansaço.

– Por quê? O que aconteceu? – Anna perguntou curiosa.

– Alice acabou se perdendo e indo ao Reino de Copas. – Mirana respondeu um pouco incomodada. – Quando descobri que ela estava lá e fui buscá-la com Miranda e Alicia, a encontramos pintando as flores brancas da Rainha de vermelho.

– Por quê? – Elsa questionou, arqueando uma sobrancelha.

– Ela não gosta muito da cor branca e todas as flores nasceram brancas. – Alice deu de ombros. – Ela mandou todos os empregados do castelo pintarem. Quando eu apareci, todos estavam pintando as flores de vermelho. Assim que ela me viu, disse para eu pintar também ou ela me mataria. – Deu de ombros novamente.

– Não duvide que ela faria isso. – Mirana advertiu ao ver que Alice não se importava muito. – Já a vi assassinar pessoas por menos do que desobedecê-la.

– Já entendi. – Alice levantou as mãos em sinal de rendição. – Ficar longe da Rainha de Copas. Já entendi.

Alicia e Miranda se entreolharam, soltando risos baixos enquanto assistiam a pequena discussão de suas mães. Sem duvidas não apreciaram muito conhecer a tia-avó de Alicia, a Rainha de Copas, mas se divertiram como em quaisquer outras férias que haviam tido com Mirana e Alice.

– Que bom. – Mirana suspirou aliviada, mas logo mudou de assunto. – E quanto às férias de vocês?

– Meu pai ficou meio esquisito nas minhas férias. – Soluço respondeu de cenho franzido, claramente confuso. – Não parava de me vigiar. Era como se esperasse que algo fosse acontecer. – Finalizou sem entender.

– Meus pais também. – Jack concordou.

– Os meus também. – Merida assentiu.

– Minha mãe fez a mesma coisa. – Rapunzel afirmou.

– Eu só estive com meus pais por alguns dias antes de ir para Wonderland, mas eles também pareciam estranhos. – Alice falou.

– Papai também estava bem esquisito. – Jacky deu de ombros.

– Papai e mamãe também estavam mais preocupados conosco do que o normal. – Elena prosseguiu, olhando para Anna e Elsa, que balançaram as cabeças em concordância.

– Será que os nossos pais sabem de alguma coisa? – Elsa pressupôs.

Os demais se entreolharam, mas logo deram de ombros, sem saber o que responder. Seguiram o resto da viagem nesse mesmo tema, querendo saber se seus pais haviam descoberto o que estava acontecendo com eles. No caso de Merida, rezando a Merlin em voz alta para que sua mãe não soubesse de nada sob olhares que variavam de divertidos a reprovadores de Ellen.

Quando já estavam próximos à Hogwarts, foram colocar suas vestes. Ao voltarem, continuaram no mesmo assunto, mas sem jamais encontrar uma resposta. Os Dez do Futuro tentaram forçar a memória, buscando saber se seus pais haviam mencionado alguma coisa estranha sobre seu terceiro ano, mas nada lhes veio à mente. Como sempre, eles não haviam lhes dito nada. Soltaram um suspiro simultaneamente. Isso teria facilitado tanto as coisas.

Quando o trem parou, todos desceram e foram às carruagens que os levariam ao castelo. Mesmo dentro da carruagem, continuaram falando e se perguntando se o Diretor não havia comunicado seus pais sobre o que estivera acontecendo com eles. Só pararam quando as carruagens ficaram imóveis. Todos desceram e foram ao castelo, mas perceberam algo estranho. Uma movimentação esquisita, além de vários barcos no lago que Merida, Ellen, Soluço e Leonidas acharam extremamente familiares.

Entraram no castelo e deram de cara com algo que nunca esperavam ver: Anthony, Annabelle, Stoico, Elinor, Fergus, Hamish, Harris, Hubert, North, Sandy, Toothiana, Bunny, Edward, Elizabeth, Jack e Gothel estavam de pé conversando com o Diretor da escola.