Damon estava cansado e precisava se recuperar; resolveu tomar um pouco de sangue para não perder o controle e atacar sua amada novamente. Ele foi ao porão pegou um saco de sangue e subiu até seu quarto, à medida que se aproximava de sua porta escutava uma música saindo de lá cada vez mais alta:

♪♫“Eu sei que você gosta de mim
Eu sei que gosta
É por isso que toda vez que eu me aproximo
Ela dá em cima de você
Eu sei que você quer isto
É fácil de ver
E na sua cabeça
Eu sei que você deveria estar comigo”♪♫

Ele abriu vagarosamente a porta, era impossível ser Juliana, ela tinha acabado de sair para levar Bonnie em casa, só poderia ser outra pessoa, mas quem?

Damon simplesmente não acreditou no que viu, uma mulher vestia lingerie e dançava provocativamente em cima de sua cama bagunçando-a.

– Katherine! – Ele exclamou bronqueando.

Ela simplesmente começou a cantar o refrão da música junto com seu celular que estava sobre o criado-mudo fornecendo o som:

♪♫“Você não gostaria que sua namorada fosse quente como eu?
Você não gostaria que sua namorada fosse maluca como eu?
Você não gostaria?
Você não gostaria?
Você não gostaria que sua namorada fosse cruel como eu?
Você não gostaria que sua namorada fosse divertida como eu?
Você não gostaria?
Você não gostaria?”♪♫

A vampira dançava como Juliana, imitando a pequena coreografia original do clipe “Don’t cha – The Pussycat Dolls”.

– Ah não! Essa banda de novo não! – Damon reclama impaciente.

A vampira dançava sensualmente tentando provocá-lo.

– Don’t cha Damon? – Provocava ela.

Ele se aproximou da beirada da cama e a puxou pelo braço para fora.

– Au! – Reclamou Katherine sínica fingindo sentir dor. – Ué?! Eu pensei que você fosse me agarrar e depois me morder.

– Você...?! – Dizia Damon.

– É! Eu estava espionando vocês... – Disse Katherine arrancando seu antebraço da mão de Damon.

– Você não tem mais o que fazer não?! – Disse Damon largando-a contra vontade.

– Não... Na verdade... Só se você tiver uma idéia divertida para me distrair. – Disse Ela passando o indicador no peitoral dele maliciosamente.

– Eu estou sem saco para isso! – Disse ele rudemente empurrando a mão dela.

– Urgh! Parece que o sangue dela não é tão bom assim... – Provocou Katherine.

– Pelo contrário... – Damon disse em tom arrogante.

– Uh... Posso provar? – Perguntou a vampira.

– Nem se atreva! – Enrijeceu o vampiro.

– Não se preocupe... Não tenho intenção nenhuma em chegar perto da gargantinha dela... – Disse Katherine parando a música e desligando seu celular.

– Você não acha que chegou a hora de dizer o que você quer aqui?! – Perguntou Damon. – Você sempre gostou de cidades grandes e movimentadas, por que resolveu passar uns dias nesse fim de mundo?

– Olha quem fala! O que aconteceu com Damon Salvatore, o terror de New York? Mas eu sei o que te prende aqui... O amor... Você conseguiu mesmo alguém para lhe colocar uma coleira, não é?! Pois eu quero tirá-la, você é muito mais divertido descontrolado... Vai me dizer agora que não gosto do que bebeu da sua namoradinha?! – Disse Katherine.

– E por que essa preocupação repentina comigo? – Indagou Damon.

– Ora, docinho... Eu estou aqui por você, eu quero você de volta! – Disse ela.

– Ah ta! Nem o Stefan caiu nessa, acha que justo eu vou cair?! – Ironizou Damon.

– Não querendo ofender, mas você nunca foi o mais esperto dos dois... – Comentou ela olhando suas unhas.

– Agora chega! – Berrou Damon.

– Okay, okay eu vou embora! – Ela deu-se por vencida. – Eu só não entendo o que vocês vêem nela, ela é tão mais sem graça que a Elena e nem tem um rosto tão bonito quanto ela! – Disse Katherine abotoando um roupão preto jogado na cama se referindo a Damon e a James.

– Como assim ‘vocês’? – Perguntou Damon.

– OPA! Falei demais... Essa é minha deixa! – Disse Katherine desaparecendo.

– “Vocês”? “Vocês”? – Damon ficou se perguntando por alto sozinho e ligou os pontos da conversa. – Ah, Stefan!

– Oi amor... – Disse Juliana saltitante entrando no quarto dele.

– Oi... – Disse ele tentando disfarçar a raiva de sua nova ‘descoberta’.

– Você está melhor? – Perguntou ela preocupada se aproximando vagarosamente.

– Estou sim... – Disse ele abraçando-a ternamente, simplesmente não resistia àqueles olhinhos preocupados.

– Chegou cedo... Já levou a Bonnie? – Perguntou Damon.

– Eu estava levando, mas encontrei com o Jeremy no meio do caminho, e ele a levou... – Juliana justificou-se.

– Ah ta! – Disse ele.

– Que tal assistirmos uns filmes de terror e comer muuuita pipoca? – Disse Juliana levantando sua cabeça.

– Seria ótimo, meu anjo. – Disse ele beijando a testa dela.

– Mas o quê que aconteceu com a sua cama? – Perguntou ela pasma notando-a totalmente bagunçada.

– Eu emprestei ela para a Elena e o Stefan, já que a gente não usa ela mesmo... – Disse Damon.

– Eca! Você está brincando, né?! – Disse ela enojada.

– Claro! – Disse Damon rindo. – Sabia que você fica um graça com cara de nojo?!

– Que ultraje! – Disse ela boquiaberta. – Eu não FICO uma graça!... Eu SOU uma graça!

– Haha... Convencida! – Disse Damon.

– Eu tenho o melhor professor! – Retrucou Juliana.

– E eu posso saber quem é ele? – Perguntou Damon entrelaçando seus dedos nos dela.

– Pode, claro que pode... Acho até que você o conhece e muito por sinal! – Respondeu ela.

– Já sei! Ele é alto, bonito, modesto... O nome da namorada dele começa com “J”... – Dizia Damon puxando-a para mais perto com jeito.

– Isso! Você está acertando tudo... O que mais você pode dizer sobre ele? – Perguntou Juliana.

– Ah, Ele é sexy! Muito muiiiito sexy! – Completou Damon.

– Você acha o Alaric sexy?! Vou contar para a Jenna! – Disse Juliana debochando de Damon e rindo da cara dele.

– Alaric?! – Repetiu Damon.

– O que? Pensou que eu estava falando de você?! – Disse Juliana se afastando e zombando dele ainda.

– Claro! – Disse ele vagarosamente começando a persegui-la.

– Se eu estivesse falando de você, querido, eu diria: Não tão alto assim, feio, estranho, nem um pingo de sensualidade...

Damon a alcançou com sua rapidez vampiresca e a jogou na cama.

– Até parece que você pensa isso! – Gabou-se Damon.

– Não na verdade não... Até que você tem um pouco de sensualidade, só que ela é totalmente forçada! – Exclamou Juliana.

– Você vai ver quem tem sensualidade forçada! – Disse Damon malicioso.

– Você não é de nada! – Retrucou ela sob ele levantando uma de suas sobrancelhas.

Ele começou a fazer várias cócegas nela enquanto Juliana se debatia gargalhando.

– Quem não é de nada? – Perguntou ele fazendo mais cócegas.

– O Stefan! – Berrou Juliana entre as risadas.

– Muito bem! – Damon disse, mas continuou a fazer as cócegas. – E quem é a pessoa mais sensual que você já conheceu?

– Tá bom! Tá bom... Eu falo! – Disse Juliana ainda rindo.

Damon fez uma pausa.

– Então... Quem é? – Perguntou ele convencidamente prevendo a resposta.

– O professor Alaric, claro! – Exclamou Juliana doida para voltar para a brincadeira.

– Ah sua descarada! – Disse Damon voltando para as cócegas.

Em alguns segundos de tortura do riso ele parou e ficou olhando para Juliana que sorria para ele. E ficou pensando em como ele queria que aquela cama estivesse bagunçada por outro motivo.

Juliana também parou de rir e ficou olhando para ele. Ela não conseguiu resistir à influência que os lábios dele causavam e teve que erguer seu pescoço e tocá-lo com os seus, e não ouve resistência da parte de Damon.

A garota o virou, empurrando-o com uma de suas mãos, o beijando docemente. Damon pela primeira vez na vida não sabia exatamente o que fazer naquele instante, parecia um adolescente inocente outra vez. Retribuiu o beijo e inseguramente colocou sua mão esquerda pouco acima da cintura dela.

O momento se desenrolava naturalmente, mas como tudo que é bom dura pouco e esta história são para maiores de 16 anos e não de 18, a campainha tocou despertando-os.

Damon desgrudando seus lábios dos de Juliana contra vontade soltou um pequeno palavrão em baixo tom, demonstrando sua revolta.

– Mas que merda!

Juliana riu e se levantou.

– Eu atendo! – Disse ela.

Damon esmurrou a cama.

– Você ta legal? – Perguntou Juliana rindo já da porta do quarto.

– Eu vou sobreviver! – Respondeu Damon sentando na cama.

Juliana desceu as escadas e foi abrir a porta. Ela não sabia se sorria ou se ficava encabulada, não parava de lembrar o que acabara de acontecer.

Ela desceu as escadas realmente aos pulinhos e continuou pulando até chegar à porta e abri-la, se deparou com duas figuras familiares:

– Lay! Nanda! – Ela Exclamou.