Persecutor escrita por Emi AK
Notas iniciais do capítulo
♦ Caso encontrem algum erro seja ortográfico ou quando a história me enviem uma MP que eu venho aqui rapidinho e ajeito.
● Lis Fontaine●
Estatura mediana, 16 anos, cabelo loiro curto com mechas pretas, olhos castanhos, e lábios secos. Antiga vítima de bullying. Esse seria o resumo perfeito sobre mim, claro que há muito mais coisas a dizer, mas além disso, o resto é apenas detalhe. Talvez algo importante que deva ser citado, é o fato de que vou mudar de colégio. Eu conversei com meus pais e eles aceitaram a proposta. Afinal isso seria o melhor a fazer visando todas as circunstâncias pelas quais já passei.
Tivemos essa conversa em uma manhã enquanto eu remexia meu cereal com uma colher. A semana tinha sido um porre, e eu precisava desabafar com alguém, e rápido. Pensei: “Por que não contar aos meus pais?”. Larguei a colher e resolvi falar:
- Mãe, pai, eu…
Eles desviaram sua atenção para mim.
- Eu posso mudar de escola?
A reação do meu pai não foi boa, ele arregalou os olhos e largou a xícara de café. Minha mãe deu um gole no suco de laranja e respirou fundo.
- E, você tem um motivo concreto? - meu pai disse entrelaçando os dedos das mãos.
- Não...sim, bem…
Ambos mantinham olhar constante em mim.
- Eu quero mudar de cidade e de escola, todos me conhecem aqui, sabem quem eu sou, e me rejeitam por eu ser...sei lá… Não me sinto bem aqui, eles me odeiam.
- Eles não te odeiam querida, aqui é uma cidade pequena, é claro que eles vão ficar receosos mas, vão se acostumar com isso.
- Mãe, já faz 5 anos. Cinco longos anos.
- Mas querida, mudar de cidade já é demais!
- Eu estudei em todos os colégios daqui, o que mais me resta?
- Superar isso!
- Eu já superei, mas são as pessoas que não superaram ainda, elas acham que eu tenho algum tipo de problema, alguns me xingam dizendo que eu me faço de coitada, e essa é a última coisa que eu faria.
Meus pais abaixaram o olhar. Minha mãe se levantou e foi em direção ao telefone.
- Sabe querida, eu e seu pai a 5 anos atrás pensamos em te mandar morar por um tempo com a sua tia, até a maré abaixar, mas você não quis. Se lembra? - ela disse enquanto pegava a agenda telefônica.
- Me lembro perfeitamente.
- Pois bem, agora você está dizendo um sim a essa proposta? - ao encontrar o número começou a discar.
- Exatamente.
- Filha...você tem certeza? - ela disse antes de apertar o botão verde no telefone.
- Totalmente, eu pensei muito antes de dizer isso a vocês.
- Certeza mesmo? - perguntou meu pai.
- Sim.
Ele respirou fundo.
- Eu sabia, isso iria acontecer a qualquer momento.
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♦ Espero que tenham gostado, se possível comentem, gostaria de saber a opinião de vocês.