Um Bruxo de Sorte escrita por Kelly Medeiros


Capítulo 33
Capítulo 33


Notas iniciais do capítulo

06 de janeiro de 2015

Caraca gente!! Já é 2015! :o
Bom, tô postando isso de madrugada porque creio que no decorrer do dia não terei tempo, então, espero que gostem do capítulo, é um dos meus favoritos e gente, a fic ta quase na reta final, só mais duas semanas :(



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Três Anos Depois da Guerra.

Gina Weasley estava no vestiário feminino, se preparava para o jogo que começaria logo mais. Estava confiante e ansiosa. Agora ela era artilheira no Harpias de Holyhead. Era tudo que sonhara: ser jogadora profissional de quadribol! Sua carreira começou alguns meses depois que se formou em Hogwarts. Desde então brilhava no campo, estava no auge de sua carreira.

Tudo andava a mil maravilhas em sua vida, na família estava tudo bem, Rony e Hermione estavam noivos, Jorge havia se casado com Angelina Johnson, Gui e Fleur tinham um filho, Carlinhos estava namorando com uma linda mulher da Rômenia, Percy namorava com Penelolpe e apenas ela que estava solteira. Ah sim, ainda havia a cicatriz incurável da perda de Fred. Depois disso Jorge nunca foi o mesmo. Nem ninguém mais da família. Sua vida profissional era perfeita, Gina amava o quadribol, seus irmãos também amavam se gabar que sua irmã mais nova era artilheira do Harpias. A única coisa que ainda pesava na sua mente era Draco Malfoy. Depois dele, nunca mais conseguiu pensar em mais ninguém. Eles andavam em uma linha frágil. Ela sabia disso o tempo todo, mas nunca pensou que viveria para vê-la arrebentar. Nunca pensou que veria isso.

Gina temia nunca mais voltar a gostar de ninguém, mas a verdade é que ela nunca havia esquecido Draco: esse amor esteve presente em cada segundo dentro dela. Pensava nele todos os dias. Às vezes sua mãe lhe perguntava por que nunca arranjou um namorado, ou se ela gostava de Harry e ele não a correspondia. O que ela respondia? Que não era nada disso, que no momento ela queria dar prioridade pra carreira dela. O que não era verdade, no seu coração só tinha espaço pra uma pessoa, mas no momento ela está inalcançável.

– Vamos, Gina? – chamou sua colega de time.

– Vamos, Anna – respondeu pegando sua Firebolt.

Houve uma pequena reunião dos jogadores, em que se concentraram e torceram por energias boas. Hoje o jogo prometia, era contra a Bulgária. Vítor Krum continuava sendo o apanhador do time, o que lhes dava uma grande vantagem, porém o apanhador do Harpias não ficava muito para trás.

O jogo foi muito apertado, durou aproximadamente duas horas. A Bulgária saiu na frente com o placar de trinta a zero. Mas isso durou pouco pois, Gina marcos dez pontos e alguns minutos depois outro artilheiro, John Mason marcou mais dois gols. Era muito acirrada a situação. Harpias liderava com cento e trinta a noventa. Pouco à pouco o jogo foi se igualando até que, ambos os times estavam empatados com cento e cinquenta pontos. A tensão era geral, ninguém respirava, até um ponto dourado no meio do céu deixou ser visto pelos jogadores. Os apanhadores saíram em disparada atrás do pomo de ouro. O goleiro da Bulgária parecia muito empolgado vendo a disputa, Gina percebeu isso e aproveitou para lançar um gol perfeito por cima dele. O goleiro xingou atrás de Gina, agora a diferença era de dez pontos, e em menos de dez segundos Krum capturou o pomo. O jogo estava acabado, mas a vitória era de Harpias, com dez pontos na frente ficando então cento e sessenta a cento e cinquenta. Os torcedores urravam o nome de Gina, ela os levara à vitória. Os jogadores sorriam radiantes para ela. Se o gol não tivesse acontecido, a Bulgária venceria pois, quando está empatado, quem pega o pomo vence. Gina não cabia em si de felicidade.

Todos os jogadores saíram de campo e se dirigiram para os vestiários. Mesmo lá dentro Gina conseguia ouvir o grito deles.

~*~*~

Depois de três anos após a guerra, muita coisa havia mudado na vida de Draco Malfoy. Ele mudou muito. Seu pai estava preso, nada mais do que justo por toda a vida de patifaria que teve. Hoje Draco reconhecia isso. Ele estava desde então tomando conta dos negócios do pai. Passava a maior parte do tempo com sua mãe. Nunca entendeu como ela, sendo tão doce e até mesmo boa, pode se casar com seu pai.

Fora a mudança, as coisas estavam na mesma na vida de Draco. Porém agora ele vivia mais livre, fazia o que sentia vontade de fazer, tinha mudado tanto... procurou ser um homem melhor do que seu pai foi, procurou esquecer tudo que lhe fez mal no passado. A única coisa que ele nunca procurou esquecer, e nem conseguia, era Gina. Aquela ruiva lhe tirava o sono e se mostrava nos melhores sonhos. Como sentia sua falta. Aquilo que tiverem realmente não foi um lance de escola, nunca passou. Ele tentou esquece-la, buscava outras garotas, mas nenhuma se comparava à ela.

Um dia começou a lembrar de tudo que aconteceu, isso foi a pior coisa que ele poderia ter feito. Não aguentou, começou a beber. Dizem que beber afoga as magoas não é, pensou, veremos. E bebeu por mais de duas horas seguidas, até que uma batida na porta do escritório o fez acordar de seu transe.

– Draco o jantar está servido – era sua mãe.

– Não estou com fome, mãe.

– Draco, meu filho, o que você tem? – perguntou Narcisa preocupada.

– Não é nada – mentiu ele.

– Que cheiro é esse? – disse ela baixando o olhar e fitando o copo em sua mão. – Estava bebendo?

– Um pouco.

– Estou estranhando isso, você não costuma se trancar para beber – falou séria, encarando-o. – Draco, o que está acontecendo?

E nesse instante ele fez o que pensou que nunca mais faria na frente de sua mãe, depois de grande: começou a chorar. Ele jogou pra fora tudo que esteve guardado durante muito tempo dentro de si. Narcisa se assustou ao ver a cena, foi até o filho e o abraçou, forte. Ele retribuiu o abraço na mesma intensidade e continuava a chorar.

– Me conta o que te perturba, meu amor... – pediu sua mãe.

Então resolveu falar. Contou tudo sobre Gina e o que passaram juntos, falou sobre as coisas que aconteceram para os dois e tudo o que ela fez nele. Contou do medo que sentia por ela ser uma Weasley, mas falou que gostava dela como nunca gostou de nenhuma outra. Finalmente sua mãe entendeu o motivo de Draco ter mudado tanto, fora ela, ela que agiu dentro dele todo esse tempo.

– Ah, meu filho... eu sinto tanto orgulho de você – disse olhando nos olhos dele. – Se você realmente gosta dessa garota, vá atrás dela, vá atrás da sua felicidade!

– Você acha, mãe? – perguntou.

– Eu tenho certeza – pegou na mão dele. – Eu te amo, Draco. Eu só quero te ver feliz.

– Também te amo, mãe.

Draco sabia que Gina estava jogando quadribol, faria de tudo para encontrá-la novamente. Correria atrás de sua felicidade. Resolveu tudo, como iria ser e quando. Mal podia esperar.

~*~*~

Gina tomou um banho e vestiu sua roupa. Estava tão feliz. Saiu do vestiário e encontrou as outras duas jogadoras do time.

– O jogo de hoje foi brilhante – Luci falou.

– Foi maravilhoso – Gina concordou. – Nós ganhamos!

– Graças a você, Gina – Anna disse sorrindo.

– Não, graças a nós – respondeu. – Somos uma grande equipe.

As meninas riram. Gina despediu-se delas e saiu do vestiário. Decidiu ir para a casa dos pais.

– Grande jogo, Weasley.

Não, ela estava sonhando. Aquela voz, fria e arrastada... aquela forma de dizer “Weasley”, só podia ser de uma pessoa, ela sabia muito bem de quem era.

– Não vai nem se virar? – então ele riu.

Seu coração parou.

~*~*~

– Não vai nem se virar? – ele riu.

Não, Draco não estava nervoso. De jeito nenhum. Ela se virou e o encarou. Engoliu em seco. Linda como sempre, aquela ruiva salpicada de sardinhas no rosto não iria trazer para si a sensação de nervosismo. Malfoy se garantia.

– Quanto... tempo – disse ele indo até ela.

A aproximação dos rostos foi inevitável. Draco sentia a respiração de Gina tocando-lhe o rosto. Os lábios avermelhados dela se abriam levemente, se remexiam soltando palavras sem nexo que ele nem fazia questão de entender.

Seus olhos recaíram nos lábios dela. Draco ardia em desejo de tê-la para si mais uma vez. Não se conteve. Seus lábios foram colados aos dela, com um pouco de receio. Mas logo ela deu passagem e ele aprofundou o beijo.

Os dois se beijaram por um tempo, até ela lembrar de onde estavam.

– Draco, isso aqui deve estar cheio de repórteres – disse ela quebrando o beijo.

– Eu não me importo – disse ele sinceramente.

– Mas eu sim – respondeu. – Vamos pra minha casa. A gente pode aparatar.

– Você ainda mora com seus pais? – perguntou ele receoso.

– Não – respondeu. – Vem comigo.

Quando os dois iam saindo do vestiário, muitas pessoas e câmeras os cercaram. Droga, pensou Draco.

– O que a gente faz agora? – perguntou ele.

– Você não faz nada, deixa comigo.

Gina foi ataca por milhões de perguntas, algumas ela respondia, outras não. Draco até ouviu perguntarem se eles estavam namorando, pois Gina sempre saia sozinha dos jogos. Gina continuou caminhando e puxando Draco em sua cola.

– Pronto – disse ela. – Aqui já podemos aparatar.

Quase todos os repórteres pararam de segui-la quando viram o time da Bulgária sair em peso de lá. Gina aproveitou a brecha e aparatou, levando Draco com ela.

– O que te fez voltar, Draco – perguntou Gina, assim que entraram em seu apartamento.

– Você – respondeu simplesmente.

– Merlim! Depois de três anos você volta – esbravejou. – E se eu tiver alguém?

– Você não tem – deu de ombros.

– E como pode ter tanta certeza? – perguntou.

– Pelo jeito que me beijou – falou. – Não me chamaria para vir aqui também. E além do mais, agora que é famosa, saberia se tem ou não.

– Eu não acredito, Draco – disse com raiva. – Eu estava lá, assisti você ir embora... largando tudo que a gente tinha.

– Você sabe que não era minha escolha – falou no mesmo tom. – Gina, eu ainda mantenho cada palavra que disse à você. Você não sabe o quanto desejei estar ao seu lado nesse tempo todo... você é tudo o que eu queria.

Gina prendeu a respiração.

– Sinto sua falta – murmurou Gina.

– Eu também sinto – respondeu abraçando ela. – E não quero sentir nunca mais.

Gina beijou Draco, como havia sentido falta daquele toque. E o beijo foi aprofundando...

– Gina?

– Que? – respondeu entre os beijos.

– Onde fica seu quarto? – perguntou Draco, sorrindo malicioso.

Gina sorriu e, sem parar de beijá-lo, o conduziu até o cômodo.


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Notas finais do capítulo

Aiiii, amei escrever o reencontro deles ♥
Foi tão fofo, sou meia suspeita em dizer, mas sei lá, acho que esse é o meu favorito hehe
Galeraaaaaaaaaa, recomendemmmm please ♥ façam uma escritora felizzzzzz hihi
Ou pelo menos comentem, ok?
Beijos e até na semana que vem :)