O outro lado da Cicatriz escrita por Céu Costa, Raio de Luz


Capítulo 7
No trem, querendo matar alguém.


Notas iniciais do capítulo

Pois é pessoal, notei que as visualizações caíram muito, espero que vcs n estejam cogitando me abandonar, ou Cruccio!



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Pov. Belle

– Era sim! Não adianta negar! - eu caminhei de costas, ficando de frente para ela - Eu sei que era!

– Não era não! - ela abaixou os olhos, corada.

– Tá vendo? Era sim! - eu apontei para ela - Você tá vermelha!

– Pela última vez, Belle, não era um menino! - ela esbravejou - Eu só tava olhando pro trem!

– Era um garoto sim! E pela tua cara, aposto que era um menino importante. - eu falei - Não era o Draco, porque ele tava do meu lado. Aposto que era o Potter.

Ela me olhou, com os olhos arregalados. Bingo!

– Viu, acertei! - eu ri, tomando a dianteira.

– Não era o Potter não! - ela gaguejou.

– Então admite que era um garoto! - eu cruzei os braços.

– Eu... - ela falou, mas depois eu vi que ela se tocara - Sua bruxa! Pare com isso! Afinal, o que é você, um oráculo? Como pode acertar tudo?

– Admitiu! Admitiu que é o Potter! - eu ri, apontando pra ela.

– Pela última vez! - ela abriu a porta de uma cabine - Não era o Potter, e ponto final!

As pessoas na cabine ficaram olhando para ela, atônitas. Eram um rapaz ruivo, e uma garota de cabelos cacheados. Sophie olhou para eles, e se tocou do que dissera, corando fortemente.

– Pelas barbas de Merlin... - ela sussurrou. Virou-se para mim, fulminando-me com o olhar - Eu vou matar você!

Eu ri, vitoriosa. Pelo menos, ela tinha confessado.

– Com licença, a gente pode ficar aqui? - eu perguntei para eles - O resto do trem está cheio.

– Claro, eu acho... - a moça falou.

Eu me sentei do lado dela, e Sophie sentou no outro sofá, do lado do menino. Eles eram muito estranhos, de fato. Para ela querer me fulminar, aposto que são os amigos do Potter.

– Bom, Belle, estes são Hermione Granger, e Ronald Weasley, os amigos do Potter. - ela os apresentou, corada - Esta é Belle Scolfh, de Las Vegas.

– Las Vegas? Um lugar inusitado para um bruxo. - Hermione disse - Qual era sua escola?

– Escola? - eu perguntei - Eu nunca estudei em escolas! Eu estudo em casa, com minha família.

– E isso ajuda? - Hermione perguntou outra vez - Quer dizer, parece que estudar em casa prejudica muito o ensino.

– Não lá em casa. Eu tenho muitos parentes que me ajudam e me ensinam, durante a temporada de férias e nas épocas de pouco movimento. - eu expliquei.

– Pouco movimento? - Rony perguntou.

– Sim, pouco movimento no show. - eu respondi, como se a resposta fosse óbvia.

– Show? - Rony tornou a repetir. Ele é um garoto ou um papagaio?

– Belle tem um show muito famoso em Las Vegas. - Sophie tentou me defender.

– Isso mesmo, sou a maior mágica do século! - eu respondi, com orgulho.

– Que trapaça mais infame! - Hermione cruzou os braços - Uma bruxa sendo mágica!

– Parece óbvio, e isso a lindinha ali já disse, mas eu não uso magia. - eu a tranquilizei.

– Duvido! - Hermione cruzou os braços.

– Pois eu vou te mostrar! - tirei um baralho do bolso - Pegue uma carta.

Eu estiquei o baralho para Hermione, que pegou uma carta, olhou e colocou devolta com as outras. Olhei discretamente para Sophie. Ela tinha tirado a faixa, expondo uma cicatriz na sua mão esquerda. Tinha o formato de um raio, e parecia levemente inchado. Ela pareceu notar que eu a olhava, e cobriu a mão com uma luva de renda branca.

– O que houve com sua mão? - Hermione perguntou.

– Nada... - ela corou, abaixando a cabeça. Oh oh, problemas...

– Muito bem, Hermione. - eu falei, chamando a atenção de ambos para mim - Tem uma aranha no seu casaco.

Ela se levantou rapidamente, e tirou o casaco, sacudindo-o. Dele, começaram a cair várias cartas, até que inundaram o chão.

– Pegue uma carta, Rony. - eu pedi.

Ele se abaixou, e pegou umas cartas.

– Olha Hermione! É a carta que você tirou! Todas são! - ele mostrou para ela.

– Como isso não teve magia? - ela cruzou os braços, me olhando.

– Esse truque é antigo, mas um mago não revela seus segredos! - eu pisquei para ela, que ficou nervosa.

– Pois se não é mágica, é ilusionismo barato! Os trouxas estão cada vez mais trouxas hoje em dia! - Hermione cruzou os braços.

– Pode até ser, mas eles é que pagam meu salário, então, observe. - eu tirei três bolinhas do meu casaco. - Estas são bolinhas do Nilo, e cada uma tem uma cor e inscrição. - eu fazia malabarismos com elas - Azul, sabedoria. Verde, riqueza. Amarelo, eternidade. Agora, me respondam, qual é a cor que está faltando?

– Vermelho! - Rony disse, empolgado.

– Eu tentaria algo mais básico, como branco ou preto, mas se quer vermelho, vamos tentar. - eu respondi.

Peguei as três bolinhas de borracha e apertei na palma da mão. Quando abri outra vez, só havia a bolinha azul.

– Que truque idiota! Esse até eu sei! - Hermione pegou a bolinha - Você colocou uma dentro da outra.

– Cuidado, Hermione! Esse truque é muito instável! - eu a repreendi.

– São só bolinhas de borracha! - ela retrucou.

De repente, as bolinhas explodiram, enchendo o chão da cabine. E todas eram vermelhas.

– Como explica isso, sabichona? - eu arqueei a sombracelha.

– Magia! - ela respondeu - Você trapaceou!

– Eu não! - eu me inclinei, pegando a bolinha azul do meio das vermelhas.

Ao fazer isso, todas se uniram, voltando a serem as bolinhas verde e amarela iniciais.

– Magia barata! - Hermione retrucou.

– Se é barata, faça igual! - eu guardei as bolinhas no bolso - Não é você a sabe-tudo?

Ela ia retrucar, mas o trem deu um solavanco e parou.

– Acho que chegamos. - Rony olhou para fora. - É, chegamos.

Sophie tratou logo de pegar a dianteira, e eu a segui. Hermione parou no corredor, olhando em direção à cabine da Sonserina.

– Cadê o Harry? - Hermione perguntou. Vi o rosto de Sophie corar. Aposto que ela sabe onde ele está.

– Já deve estar na plataforma. Vamos. - Rony a empurrou levemente.


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