O outro lado da Cicatriz escrita por Céu Costa, Raio de Luz
Notas iniciais do capítulo
Harry é muito bom, mas é muito burro!
Pov Belle
Fazem quase dois dias que perdemos aquela aula do meu querido Professor Snape, e eu ainda estou presa na biblioteca, terminando de escrever todos os sete rolos de pergaminho que ele mandou a mim e a Sophie fazermos CADA UMA. Sophie, como é nerd, já terminou ontem, e eu ainda to aqui, mofando no meio de todos esses livros empoeirados! Ai que raiva!
– Belle! Beeeeeeeeelleeee! - Hermioen estalou os dedos perto do meu nariz.
– Quê?! - eu bufei.
– Tá distraída, heim! - ela brigou novamente - Lembrando, eu não tenho que escrever esses pergaminhos todos!
– Mas bem que podia, né! - eu cruzei os braços.
– Olha aqui, esse artigo da Madame Pince tá bem dentro do que ele quer! - Hermione me entregou um livro aberto. Eu o peguei e comecei a ler em voz alta.
"Existem várias criaturas no mundo bruxo, e um desses seres humanóides é o vampiro. Esses seres não-mortos podem ter relacionamentos com bruxos, e são conhecidos por viverem muitos anos, serem pálidos e chuparem sangue. O Conde Drakul foi um vampiro notório que inspirou ao autor trouxa Bram Stoker a escrever Conde Drácula."
– É, não tem como acrescentar mais nada a isso. - eu concordei.
– É o final perfeito, e assim você finalmente vai poder entregar esses pergaminhos pro Professor Snape! - ela comemorou.
Empolgada com o curto texto, eu peguei a minha pena e escrevi o mais rápido que pude, e logo eu já havia terminado.
– Quer ler? - eu mostrei o pergaminho para ela.
– Claro! - ela os pegou.
Eu me levantei da mesa e comecei a juntar todos os livros que eu e a Hermione havíamos pego das prateleiras. Quando já havia guardado bem uns quatro, eu ouvi a voz de Eric.
– Eu preciso mesmo, achá-la, Hermione! - ele implorou.
– Calma, garoto, ela está aqui, guardando os livros ali atrás. - Hermione avisou.
– O que foi? - eu retornei.
– É a Sophie! - ele ofegou. - Não deixa ninguém entrar no dormitório feminino!
– Mas que inferno essa maluca causou agora?! - eu comecei a correr.
Depois de subir as escadarias que mudam, chegamos perto do retrato da Sonserina. Ele estava aberto, e muitos alunos estavam preocupados, parados no meio do caminho.
– Draco? - eu o vi, parado ali junto aos outros - O que está acontecendo?
– Ah! Finalmente, Belle! - ele suspirou, aliviado - Achamos que você tinha desaparecido, ou que a Sophie estivesse te matando lá dentro!
– Ela tá matando alguém?! - eu me desesperei.
– Não, eu sei lá, talvez, - ele gaguejou - Ela está praguejando e conjurando feitiços fazem quase três horas!
E dito isso, ouvi o barulho de coisas se quebrando. Com muito custo, eu me emaranhei no meio dos alunos, até conseguir chegar ao quarto. Com muito protego, eu abri a porta do quarto. No chão, muitas coisas estavam quebradas, roupas jogadas ao chão, gavetas fora de suas cômodas, cortinas arrancadas, lençóis revirados, travesseiros com penas voando. A muitas luzes dos feitiços conjurados por ela arrancavam as cortinas das camas e das janelas, quebrava os vidros e a madeira das camas.
– Miserável! Idiotaaa! Como pode ser tão burro? - ela esbravejava - Aquele imbecil! Trouxa!
– Impedimenta! – eu conjurei.
Sophie derrubou sua varinha, e se debatia, sem conseguir sair do lugar, e agitava os braços, esbravejando.
– Pare, Sophie, pare! - eu me aproximei dela - Dá pra me dizer o que é que está acontecendo?
– É o Harry!.... - ela chorou de raiva.
– Claro que é o Harry! Sempre é o Harry! - eu bufei.
Ela me olhou, com aqueles olhinhos azuis faiscando de ódio. Para ela fazer um estrago assim, foi alguma coisa bem idiota que o Harry fez.
– Conta pra tia, o que foi? - eu pedi.
– Aquele idiota... eu já falei tantas vezes... seja natural... não force nada... - ela choramingava - Slughorn é esperto! É claro que ele ia saber!
– Do que está falando? - eu olhei para ela.
– Esta tarde, eu fiquei curiosa demais, queria saber se ele ia mesmo falar com o Slughorn. - ela começou a contar - Então, eu o segui. Ele entrou na sala do Slughorn, assim que este havia terminado sua aula.
– Ahá! Se não é o próprio Príncipe das Poções! - Slughorn se riu, assim que viu Harry - A que devo este prazer?
– Senhor, eu posso perguntar uma coisa? - Harry disse, meio nervoso.
– Pergunte, meu caro rapaz! - Slughorn respondeu naturalmente - Pergunte!
– Bem, outro dia eu estava na biblioteca, na seção reservada, e por acaso eu li uma coisa estranha sobre uma magia rara. - Harry disparou.
– Sim? - Slughorn incentivou. - Qual é esta magia rara?
– Bem, eu não sei... eu não lembro exatamente do nome, mas, me fez pensar se existe algum tipo de magia que o senhor não possa nos ensinar? - Harry tentou contornar.
– Sou mestre em poções. Acho que a sua pergunta seria melhor respondida pelo Professor Snape. - Slughorn se esquivou.
– Ahn... sim...eh... eu e ele não nos damos muito bem... - Harry contornou outra vez, e usou a oportunidade - O que eu quero dizer é: ele não é como o senhor... pode não me compreender...
– Sim... - Slughorn disse sabiamente - Não haveria luz se não houvesse trevas. E assim é com a magia, eu mesmo sempre tentei viver com a luz. Sugiro que faça o mesmo.
E ele se virou, saindo.
– Foi o que disse a Tom Riddle quando lhe fez estas perguntas? - eu queria matar o Harry quando ele disse isso.
Slughorn olhou na minha direção, pensando. Mas como eu estava escondida, ele não me viu. Ele se virou para Harry, e ambos se encararam por um tempo.
– Dumbledore mandou você fazer isso, não foi? - ele rosnou - NÃO MANDOU?!
Harry ficou olhando para ele, e eu senti seu coração gelar. Descobri que posso sentir. E o Slughorn saiu, deixando-o sozinho. E nem eu mesma fiquei para vê-lo.
Quando ela terminou sua narrativa, eu mesma queria usar feitiços imperdoáveis naquele idiota do Potter.
– Ele não me ouviu! - ela soluçou - Aquele idiota não me ouviu! Agora, Slughorn não vai mais confiar nele! Vai pegar raiva dele!
– Como ele pode ter sido tão burro?! Tão trouxa? - eu esbravejei.
– Pode me libertar agora? - ela piscou os olhos molhados para mim.
– Ah, claro. - eu conjurei - Finiti.
Ela se sentou na cama, olhando ao redor. Juntou sua varinha do chão, e junto comigo, restauramos o quarto. Mas agora, eu que fiquei gritando de ódio. Aquele idiota! Como pode ter sido tão burro?!
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