O outro lado da Cicatriz escrita por Céu Costa, Raio de Luz


Capítulo 31
Sophie está agindo estranho...


Notas iniciais do capítulo

Olá meu povo! Gostaria de pedir que peguem leve, mas nada aqui é culpa da Sophie! Mas o fato de Belle ser intrometida, pode ser uma vantagem...



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Pov Belle

– De quem é a vez agora? - Eric perguntou.

– Pela milésima vez, é sua, Eric! - Nico reclamou.

– Se não vai jogar, passa a vez! - eu concordei - Não fica enrolando!

– Eu disse que ele não sabia jogar! - Nico resmungou - Não sei porquê você convidou.

– Porque pôker é mais divertido com três ou mais jogadores! - eu retruquei - E Eric, joga de uma vez!

– Ahn.... - ele falou - Eu acho que tenho outra pergunta...

– Na sua atual situação, você precisa de pelo menos uma quadra para vencer. - eu expliquei - Uma quadra são quatro cartas iguais.

– Eu tenho outra pergunta... - Eric abaixou as cartas - Quando é que esse jogo fica divertido?

– Você só tinha uma dupla? Enrolou todo esse tempo por causa de uma dupla? - Nico olhou as cartas que Eric colocou na mesa - Eu desisto! Pode ganhar, Belle!

E dito isso, ele colocou suas cartas na mesa. Ele tinha um Flush, ou seja, cinco cartas do mesmo naipe, era um bom concorrente, mas não poderia me vencer. Com um sorriso vitorioso nos lábios, eu joguei minhas cartas na mesa, levando Nico à loucura.

– Um Royal Straight Flush?! - ele se espantou - Eu achei que isso só existia nos livros!

–Claramente, você nunca jogou poker em Las Vegas. E muito menos comigo. - eu beijei meu ombro.

– Tá, pegue o prêmio todo! - ele empurrou as apostas - Não tem como competir com você!

Eu me levantei do sofá, e puxei a pilha das apostas para mim. Como são regras da casa nunca apostar dinheiro, a gente apostou uma coisa que era tão bom quanto: chocolate. Isso mesmo, barras, barrinhas, bombons, trufados, com crocante, caramelo, licores, frutas, brigadeiro, doce de leite... uma infinidade de sabores. E eu tinha ganhado tudinho!

– EU GANHEI! - eu gritava, abraçando o prêmio - EU GANHEI, NEM ACREDITO! Eu quero agradecer a todos aqueles que colaboraram para que esta vitória fosse possível, gostaria também de agradecer à Julliette que conseguiu os chocolates para o prêmio... Nico, meu querido, não foi dessa vez, mas continue se esforçando... E mais uma vez, obrigada! EU GANHEI!

– Nossa, a Belle ganhou... - Eric debochou.

– Own querido, não fica assim! - eu peguei um bombom da pilha e dei para ele - Toma, pode ficar com esse aqui, de amendoim.

– Vai me dar o ruim?! - Eric reclamou.

– Melhor do que só as embalagens, Eric. - Nico consolou - Melhor do que nada.

– Viu? Melhor do que nada! - eu concordei.

– Por isso que eu prefiro Uno! - Eric cruzou os braços.

– Não existem cassinos de Uno. - Nico retrucou.

– Eu vou abrir um então! - Eric disse - Vou abrir um cassino só de Uno!

– Vai falir em dois anos. - eu ri - Não dá para apostar dinheiro em Uno!

– Ela tem razão! - Nico concordou - Eu já tentei.

De repente, Sophie desceu as escadas. Ela estava muito arrumada, e parecia muito apressada também. Usava um vestido de seda grossa azul celeste, rodado, e uma manta de mesmo tecido e cor, curtinha. Usava meia calça escura e sapatinho de salto branco, e na cabeça, um chapéu que lembrava uma gota, coxinha ou algo assim. Seus cabelos estavam presos em um coque, e ela abotoava as luvas azuis nas mãos.

– Nicola, estou saindo. - ela avisou - E você vem comigo.

– Sim senhora. - Nico se levantou sem questionar. O que, é claro, foi muito esquisito, pois Nico sempre retruca alguma coisa.

– Onde vocês vão? - Eric perguntou.

– Sair. - Nico se limitou a responder.

– Aí tem coisa. - eu sussurrei, desconfiada - Vou seguir eles.

– Cuidado, Bell. - Eric respondeu - Tente não ser pega.

– E quando foi que me pegaram? - eu pisquei para ele.

Saí da sala antes que Eric pudesse dizer todas as vezes em que meus planos deram muito errado. Sophie e Nico se dirigiram ao pátio da piscina. Assim que atravessaram a porta, Nico transformou-se instantaneamente. Agora, não usava mais o pijama verde escuro que ele tanto gostava, e nem seus cabelos estavam bagunçados. Ele agora, estava vestido com um mesmo padrão que Sophie, até a mesma cor: calça social e colete azul celeste, camisa social azul mais clarinho. Tanto no colete dele quanto na manta de seda dela, havia um brasão vermelho.

Era um brasão cereja, um escudo redondo com dois machados cruzados atrás. Reparando melhor, as mangas da camisa dele tinham a mesma cor do brasão, e o lenço de veludo preso ao seu pescoço também. Estranho o contraste entre azul celeste e vermelho cereja.

– Nem acredito, estamos indo mesmo?! - Nico empolgou-se.

– Só se você ficar quieto, não podemos levar ninguém. - ela lhe estendeu a mão - Está pronto?

– Sempre! - ele segurou a mão dela. E eles desapareceram.

Eu não sabia o que fazer. Pensei em abrir um portal, como de costume, porém, não sabia para onde eles se dirigiam. Sem ter uma imagem clara na mente, não posso abrir um portal, ou pior, abriria um e acabaria me dando mal entrando em um limbo por engano. Minha única opção óbvia era aparatar, porém, estando grávida, digamos que não é o tipo de coisa que alguém que sofre enjoos frequentes deva fazer.

– Droga, Sophie! - eu esbravejei, fechando os olhos.

Eu senti o voo rápido, e meu estômago se revirou dentro me mim, como esperado. Eu apertei ainda mais os olhos, torcendo para que não visse nada, minha mente estava concentrada em Sophie e Nico. Enquanto eu pensasse neles, iria para o local certo.

Senti meu corpo se chocar contra o chão. A viagem fora um sucesso. Abri meus olhos lentamente, sentindo forte a luz do sol. Estava quente, mas não era o mesmo calor sufocante do deserto de Nevada. Era um calor fresco, com vento suave, e cheiros de flores e grama. Um calor de natureza, por assim dizer. Olhando ao meu redor, eu vi um enorme campo gramado, bem verdinho, que se estendia até onde a vista alcançava. Eu me levantei, e caminhei à esmo. Logo, eu avistei uma pequena estrada de pedras brilhantes, eu diria mármore bruto, que se estendia, cortando o horizonte. No princípio da estrada, lá estavam os dois pontinhos azuis que eu seguia.

Eles caminhavam, seguindo a trilha de mármore. Eu esperei que eles passassem, e os segui pelo mesmo caminho. Depois de cerca de vinte minutos de caminhada, comecei a avistar bichinhos de arbustos dos dois lados da trilha. A princípio, eram pequenos, coelhinhos, gatos, cachorrinhos, animaizinhos fofinhos, mas conforme prosseguíamos, a escala aumentava, até que avistamos réplicas de elefantes, ursos e girafas de tamanho natural.

Depois de atravessarmos o jardim, o campo voltou a ser gramado. E foi então que eu o vi. Grande, brilhante, mais ofuscante que o sol. Era um lindo palácio reluzente, com torres que pareciam ser feitas do mais puro diamante, e infinidades de cores refletidas pela luz do sol nos vitrais e até mesmo nas paredes do castelo. Corrigindo, palácio. Porque aquilo, nem de longe poderia ser comparado ao empoeirado e ridículo castelo de Hogwarts.

– Ele parece ainda mais bonito agora... - Sophie comentou.

– Madame Maxime mandou reformar algumas torres, terminar de pintar os andares superiores. - Nico respondeu. - Você vai adorar.

– Não sei ao certo se me arrependo de sair daqui, mas agora que estamos, não quero voltar. - ela suspirou, pesarosa.

– Continue caminhando, apenas isso. - Nico segurou a mão dela gentilmente. E ela sorriu, correspondendo.

Subimos grandes escadarias de mármore reluzente, e atravessamos duas grandes portas de ferro. Essas portas eram cromadas de dourado, parecendo feitas de ouro, e tinham vitrais, com um enorme brasão. Era um brasão diferente: duas lindas varinhas entalhadas, cruzadas, das quais saíam exatas três estrelas brilhantes, sobre um escudo. E no meio delas, um grande e enfeitado B.

O Hall de Entrada, é um lugar que u jamais iria querer abandonar. É um salão amplo e iluminado, com uma série de mesinhas, lareiras e objetos decorativos espalhados pela sua extensão. O chão era todo de um mármore, com padrões que indicavam singelamente as escadarias que levavam ao outros andares do palácio. Não devo nem comentar que ele lembrava um daqueles saguões de hotéis cinco estrelas, porém muito mais. Eu devo admitir, eu JAMAIS iria querer sair daqui.

Ah, eu já estava esquecendo, aqui na entrada estão os marcadores de pontos das casas. Eram únicos, e devo dizer muito criativos. Assim como os de Hogwarts, são quatro, o que me leva a presumir que o sistema de casas daqui também é 4 casas. O primeiro que eu vi, era um daqueles jogos de parques de diversões "Acerte o Sino", a diferença é que o peso não se desloca com força, mas sim com os pontos marcados pela casa. Ele tinha tons de vermelho e prata, e estava escrito, ná em cima, no sino, "Noble". São os mesmos tons das roupas de Nico e Sophie, acho que essa é a casa deles. O próximo era uma balançade pesos, e no prato da direita surgem cristais azuis, o que eu acho que são os pontos positivos, e no da esquerda, pontos cinzas, que devem ser negativos. Estava escrito "Juste". Também havia um relógio d'água, no qual o bulbo principal se enche de líquido roxo de acordo com o aumento da pontuação, indica "Sage". O marcador mais legal, na minha opinião, era o de "Persévérer". Um navio pirata, miniaturizado, cuja tirpulação aumenta conforme a casa avança. As cores de suas velas eram cinza-escuros, e na popa estava entalhado em letras de prata o nome da casa.

– Personnelle! Sophie retourné!– uma voz gritou, de repente.

Uma montanha de alunos e alunas de roupas azuis iguais as de Sophie começou a cercá-los, e eu os ouvia fazendo milhares de perguntas para eles, mas não conseguia compreender nada do que diziam. Sophie sorria, contente, respondendo as perguntas de todos. Eu me senti um pouco deslocada aqui. Não sei se é porque toda a atenção estava se voltando para ela, que sempe foi muito tímida, não sei se é por que eu sou diva de Vegas, e estou sempre acostumada a todos reparando em mim, e os fão loucos delirando. Sei que eu me senti muito mal.

De repente, Nico fez uma pergunta, e um rapaz surgiu, descendo as escadarias principais. Ele era bonitinho, tinha cabelos loiros e olhos claros, parecido com Sophie. Posso até dizer que, ao vê-lo, ela pareceu corar. preciso anotar isso para mais tarde.

Madame Maxime était dans la salle du personnel tous les après-midi. Certes, elle doit être vous y attend.– ele disse, sorrindo.

– Merci, Gerard! - Sophie sorriu, ele dessa vez, ele quem corou.

– Vous pouvez toujours compter sur moi! - ele piscou para ela.

E então, Sophie puxou Nico pelo pulso, e eles subiram as escadas. Eu os segui. O mais estranho de tudo, é que ninguém me viu o tempo todo. Preciso pesquisar isso depois...


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Notas finais do capítulo

Beauxbatons é linda, não acham?



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