Be Strong escrita por Kelly


Capítulo 14
Perdendo Controle, Ganhando Algo Mais


Notas iniciais do capítulo

HEY lobos! Voltei!
Quero dar as boas vindas a todos os novos leitores! Então, BEM VINDOS! :)
Vemo-nos lá em baixo :3



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Anteriormente em Be Strong:

Liam é uma história diferente. Um género de constrangimento fluía de ambos. Eu sei que nós nos beijamos, mas foi só um - quer dizer, dois - beijos. Quer dizer, quantas raparigas ele já beijou? No entanto, não me quero deixar pensar no facto de que isto significa algo, mesmo algo. Por isso, ignorei os seus olhos pelo resto da noite.
Scott abriu a porta de casa e eu ajeitei a mala, entrando e ouvindo-o fechar a porta. Direcionei-me, rapidamente, para as escadas.
–Alexis! - Suspirei, voltando-me e encarando o meu irmão.
–Sim?
–Portaste-te bem esta noite. - Disse.
–Quase todos morreram esta noite. - Devolvi.
–Isso não é tua culpa. - Avisou Scotty - Eu não me arrependo de te ter dito sobre nós, quando fui mordido.

Atualmente em Be Strong:

Eu bebi um gole de vodka enquanto observa a fogueira. Eu não tinha a certeza se aquilo realmente se poderia dizer que é uma fogueira. Era um monumento de metal, coberto em gasolina para que pudesse queimar.
Eu estava a sentir-me estranha. Eu estava a beber, mas estava completamente sozinha. Nada de Davina.
Eu rodei num circulo, até encontrar Malia. Quase corri até à minha amiga. Por mais estranha que ela pudesse ser, eu tinha saudades dela.
–Hey! - Eu disse demasiado alegre.
Finalmente a vodka estava a fazer efeito. Eu não estava com náuseas ou tonta, mas estava alegre e feliz, mal conseguia pensar em algo em particular.
–Tu vais aterrar no chão na próxima hora se não te acalmares, Alexis. - Malia riu.
–Eu sei. Esse é o objetivo. Tenho demasiados pensamentos na minha cabeça! Demasiados sentimentos! Eu só quero ficar bêbada e não pensar. - Eu tive de gritar sobre a musica.
Enquanto falava, comecei a dançar com Malia, apenas saltando levemente.
–Então vamos não pensar juntas. - Ofereceu Malia, levantando o copo para que brindássemos.
Eu levantei também o copo contra o de Malia, concordando. E continuamos a dançar juntas. Não falamos sobre Liam ou Stiles, ou nada sobrenatural. O tempo parecia abrandar quanto mais eu bebia. Os meus sentidos continuavam ótimos, mas a minha cabeça estava uma completa confusão. E qualquer coisa que eu pense, eu digo.
–Eu iria beijar o Dj mas ele parece malvado. Gostoso, mas malvado. E se há alguma coisa que eu aprendi do meu amigo Derek é que a) precisamos de o manter afastado de todas as pessoas do género oposto e b) que se alguém parece demasiado boa ou demasiado malvada, são más noticias. Porque a ultima rapariga com quem ele dormiu, acabou por ser o Darach. - Eu disse.
Como podem ver, não é o meu melhor. Mas Malia parecia achar piada. No entanto, eu estava com os olhos apenas na única pessoa que eu queria esquecer. Eu ainda conseguia ouvir Malia rindo.
Ela parecia não estar a sentir nada, mas eu definitivamente estava. Eu sentia-me absolutamente invencível. Então, por isso, quando eu vi Mason e Liam sentados num dos bancos, eu não hesitei em acenar e dirigir-me até aos meus amigos.
–H-Hey! - O álcool começava a notar-se na minha voz.
Liam obviamente não estava bebendo coca e Mason parecia seriamente preocupado.
–Não me vais andar abrandar? - A voz de Liam fez-me olha-lo.
Ele estava apoiando os cotovelos nos joelhos. Eu estava apenas de pé na frente dos meus amigos.
–Eu não vou dizer nada... - Devolvi, bebendo mais um gole.
–Continuem os dois a beber. Assim, talvez quando eu vos perguntar o que se anda a passar, vocês estejam demasiado bêbados para mentir. - Mason disse.
Liam não parecia tão alegre agora. Eu pude ver Mason observar-me, enquanto colocava mais um gole de vodka na boca, acabando com o copo grande que me tinham arranjado.
–Eu não estou a perguntar porque quero saber. - O nosso amigo olhou-nos, - Estou a perguntar porque quero ajudar.
Eu estava bêbada, o que não me permitia dizer nada como deve ser.
–Não digas isso Mason. A ultima pessoa que disse algo assim, foi morta. - Falei, mordendo o lábio.
Pelo que percebi, Mason não conseguiu perceber e apenas continuou a pedir para que eu repetisse. Mas antes que eu pudesse falar, Liam levantou-se.
–Bem, vou buscar outra bebida. - O loiro avisou, - E sim, estou a ficar bêbado.
Eu não fiquei para ver a reação de Mason, apenas caminhei atrás de Liam.
–Espera, - Agarrei o seu braço, obrigando-o a abrandar, - O que vamos fazer?
–Sobre o quê? - Ele gritou de volta.
–Sobre o Mason! Não podemos continuar a mentir-lhe. Ele é demasiado esperto. - Devolvi.
Liam apenas pegou um pequeno copo vermelho de plástico e encheu-o com cerveja.
–Descobre. Não é meu problema. - Ele começou a afastar-se.
No entanto, eu não o deixei ir muito longe, agarrando-lhe novamente no braço.
–O que raio queres dizer com isso? O que raio aconteceu contigo? - Exclamei.
–Tu aconteceste, Alexis! - Liam gritou.
Eu recuei alguns passos, em choque, obviamente não esperando aquela resposta. Agora eu estava magoada, bêbada, chateada e confusa; não uma boa combinação.
–Num minuto nós somos os melhores amigos, noutro estamos a beijarmo-nos, abraçando e depois ignoras-me! Não te entendo. O que queres?
Eu encarei-o em silêncio. Não estava a processar o que ele estava sequer a dizer. Liam estava olhando-me, esperando uma resposta.
–Não podes dar-me o que eu quero. - Eu disse com tristeza.
Foi a vez de Liam se afastar em choque, - O quê?
–Ninguém me pode dar o que eu quero.
–Pelo menos diz-me o que é. - Liam pediu, frustrado.
Eu sempre fui muito tímida, mas quando se tratava de Liam as coisas eram sempre diferentes. Sorri fraco. Certamente, esta não era a primeira vez que nos beijávamos, mas foi de certeza a mais diferente. As minhas mãos estavam no peito de Liam e as mãos dele tinham-se movido para a minha anca. O tecido dos meus calções era tão fino que eu quase podia sentir a minha pele queimar do toque dele. Eu tinha de estar em bicos de pés para chegar aos lábios de Liam.
As minhas mãos moveram-se para o cabelo dourado de Liam, remexendo-o. Eu sorri durante o beijo quando ouvi um leve gemido do beta.
A única razão que nos levou a parar, foi a minha perda de equilíbrio.
–Estás bem? - Liam parecia preocupado.
Cambaleei outra vez e quando vi uma mão estender-se na minha direção, percebi que estava a ver dobrado. A minha audição não estava sincronizada com os lábios das pessoas. Algo me dizia que isto não era da vodka. Eu consegui ouvir o meu nome ser chamado por diversas pessoas, mas não consegui distingui-las. Eram muitas vozes dentro e fora da minha cabeça. A dor de cabeça começou a surgir e eu sentia como se estivesse a correr pela floresta. E a verdade é que eu estava.
Quando ganhei consciência eu continuava a correr, mas desta vez era simplesmente porque queria voltar para casa. Eu não estava mais alegre ou feliz, eu estava gelada e assustada.
Eu cai. Aterrei na terra suja e tive a certeza de que tinha magoado o meu pulso bem feio. Não me atrevi a mexer, não quando conseguia sentir uma presença tão perto. Uma respiração. Uma mente. A um certo ponto eu tive de levantar a cabeça, e de todas as pessoas que pudessem estar na floresta a esta hora da noite, certamente aquele não era uma delas. Eu saltei com o susto, levantando-me num segundo.
Eu estava ofegante, - Davina?! O que estás a fazer aqui?!
–Parece-me que não precisaste de mim para vir à festa, Alexis. - Ela aproximou-se.
–Estás a brincar? É sobre isso que estás preocupada? Tu desapareceste! Durante semanas! Nem uma chamada. E de repente estás no meio da floresta, a esta hora?! - Eu exaltei-me - O que raio se passa contigo, Davina?!
–Eu vim a trabalho. - Foi tudo o que a morena disse.
–Trabalho? Que trabalho? - Estreitei os olhos, provocando uma dor de cabeça.
Eu não sabia o que era, mas havia algo de muito errado com Davina. Ela não era aquela rapariga sorridente, rodeada de felicidade. O seu olhar parecia vazio e ao mesmo tempo arrependido. Mas a sua pose parecia ter sido progamada, como um treinamento que fica preso na tua mente para sempre. Eu estava decidida a entrar na mente de Davina, quando ela sacou duas facas.
Arregalei os olhos, - O que estás a f-fazer?
–Quando me ias dizer que tu e os todos os teus amigos são criaturas sobrenaturais, Alexis? Tu eras a minha melhor amiga. - A morena balançou a cabeça, aproximando-se - Mas, raios, tu vales 25 milhões. Isso é muito dinheiro.
Eu congelei. A lista de alvos. Isso era o que ela andou a fazer todas estas semanas, ela esteve treinando. Treinando para matar. Davina acertou um golpe na minha face, fazendo-me recuar. Eu arfei surpresa.
Levantei a cabeça, - Vais matar-me? Tudo por dinheiro? Não serias a primeira.
– A minha familia está tão pobre que tivemos de nos mudar para casa da minha avó. Ir comer a restaurantes de caridade, Alexis. - Davina contou - E saber que tudo pode ser resolvido por matar apenas um monstro.
–Nós não somos monstros. - As lágrimas invadiram os meus olhos, - Não é como tu pensas, Davina. Nós não matamos pessoas.
–Certo. - Ela riu, - Eu não importo! Eu estive treinando com eles por semanas! Não vou desistir apenas porque tu estás a fazer essa carinha. Tu és um monstro, Alexis!
–Eles? - Eu estava tentando alcançar, com a minha habilidade, vestigios de perigo, - Quem são eles?
–Eles vieram matar os teus amigos. Todos eles. E eu vou matar-te a ti. - Ela bateu na minha cara novamente, - Melhores amigas devem fazer tudo juntas.
Quando percebi, uma energia percorreu todo o meu corpo. Era como uma corrente poderosa, subindo todo o caminho até à minha cabeça. Eu fiquei cega. Não conseguia ver mais nada a não ser a Davina. E foi aí que eu perdi o controle.
Entramos numa luta, pelo meio da terra nojente e arvores molhadas. Aquela rapariga não era a minha melhor amiga. Não mais, o que quer que lhe tenham feito tinha acabado com ela.
Davina estava de joelhos no chão, com os olhos arregalados, segurando o seu pescoço. Eu estava parada na sua frente, apenas olhando nos seus olhos.
Eu não era eu, - Estás sentindo? É uma ilusão que criei na tua mente. Como se estivesses sufocando.
A morena não coseguia falar. E eu não conseguia parar, era demasiado poder na minha cabeça. Poder em todo o lado. Então, Davina caiu no chão, apagando.
Eu fui puxada para trás e nesse momento foi como se uma bolha rebentasse à minha volta. Eu voltei ao normal. A pessoa agarrou-me, quando eu cai de joelhos na terra, e abraçou-me. O cheiro era familiar e foi quando eu percebi que era Derek.
–Oh meu deus, - Eu continuei repetindo.
–Está tudo bem. Ela não está morta. - O Hale sussurrou, - Só estavas te defendendo.
Eu afastei-me, olhando-o nos olhos. Não, eu tinha perdido o total controlo sobre as minhas capacidades, eu nem sequer sabia que era capaz de fazer uma pessoa pensar que estava morrendo. Davina estava certa, eu sou um monstro. Eu consegui ver nos olhos da minha melhor amiga, momentos antes de ela os fechar, que os meus olhos estavam coloridos de um brilhante verde.
–Eu não conseguia parar, Derek. - A minha respiração estava ofegante, - Eu não consegui parar.
–Tu vais aprender, Alexis. Todos nós conseguimos aprender. - Derek sorriu, - Agora vamos tirar-te daqui.
O meu amigo ajudou-me a levantar. Eu sacudi as minhas calças e olhei o corpo da minha melhor amiga. Então lembrei-me do seu aviso sobre os meus amigos. Eles vão morrer.
–Espera! Scott. Eles estão em perigo. - Eu preparei-me para correr.
Hale parou-me, -Braedan está cuidando disso.
Eu suspirei aliviada, - Podemos leva-la?
–Sim, eu vou deixa-la em casa. - Derek respondeu.
–Obrigada. - Sorri.

##


–Mais uma chávena? - Scott sentou-se na minha cama.
–Estou farta de chá. - Respondi.
–Liam vai na terceira. - Ele riu.
–Eu nunca mais vou beber vodka na minha vida. - Massagei a cabeça, resmungando.
O meu irmão riu novamente. Eu também não consegui não rir. Então, de repente, o ambiente tornou-se pesado. Eu tinha a certeza que Derek lhe tinha contado. E eu conheço o Scott, sei que está mortinho por dizer algo.
–Ah... Queres falar sobre o que aconteceu, Alex? - Ele finalmente falou.
Eu olhei-o, - Se aquilo é o que acontece nas tuas luas cheias, eu lamento.
–Há maneiras de controlar isso. Como por exemplo encontrar uma âncora, também. - Scott explicou.
–É por isso que o meu valor subiu tanto, certo? As minhas capacidades aumentaram. - Murmurei.
–Provavelmente. Criar ilusões é uma grande capacidade, Alexis. - Ele balançou a cabeça.
–Há mais, Scotty. Eu não te contei. - Engoli em seco, - A primeira vez aconteceu com o pai. Eu entrei na sua cabeça, sem lhe tocar. Eu vi o tipo apontando a sua arma a Stiles. E depois...
A mão de Scott alcançou a minha. Eu não consegui terminar a minha frase. Eu levantei a cabeça, olhando-o.
–Liam contou-me. Que tu entraste na mente dele sem lhe tocares. - O meu irmão disse, - Ele estava preocupado contigo. Muito!
Eu sorri, sentindo o meu batimento cardiaco aumentar. Eu agarrei a chávena que Scott segurava na outra mão.
–Eu acho que uma quarta chávena não lhe vai fazer mal.
–Claro. - Scott sorriu largamente.
Eu sai do meu quarto, descendo as escadas. Liam estava sentado deitado no sofá, coberto por um cobertor. A televisão estava num canal idiota qualquer e foi aí que eu tive a certeza que ele não estava a prestar atenção ao que estava a passar no televisor.
–Mais um chávena? - Surgi à sua frente.
Liam pulou no sofá, sentando-se. Eu sorri docemente, estendendo-lhe a chávena. O liro sorriu, pegando-a e tomando um golo.
–Vou dormir que nem um bebé. - Murmurou.
Eu ri, - Isso é bom.
Liam chegou-se, dando-me espaço para sentar. Eu cruzei as pernas.
–Como estás? - Ele perguntou.
–Atordoada. - Suspirei, - Liam, obrigada por teres-te preocupado comigo. Dizendo ao Scott.
–Eu ... Eu só gostava que tivesses falado comigo sobre isso. - Liam confessou.
Eu surpreendi-me, - Sério?
–Sério. - O loiro baixou a cabeça, - E quanto a esta noite... Eu...
–Estavas certo. Eu estava sendo estúpida. Eu não sabia o que queria. - Murmurei, - Bem, eu sabia o que queria. Mas não sabia o que queria. A minha cabeça estava uma bagunça.
–E já não está? - Perguntou Liam, arqueando a sobrancelha, - O que queres, Alexis? Porque eu sei o que eu quero.
Eu alcancei a sua mão, livre da chávena, - Eu quero-te a ti, Liam. Todo o tempo. Eu quero que estejas comigo quando eu estou perdendo o controle. E quero estar contigo quando tu perdes o controle.
Liam pousou a sua chávena do chá na mesinha de centro. Ele puxou-me para deitar ao seu lado, cobrindo-nos com o seu cobertor. Eu aconcheguei-me junto do seu corpo quente. Olhei para cima, roçando o meu nariz com o dele.
–Então agora eu posso chamar-te namorada? - Liam sorriu.
–Como podes ser tão fofo e sexy ao mesmo tempo? - Brinquei.
Ambos rimos. Depois, eu beijei-o. Eu beijei o meu namorado. O meu lindo, fofo e sexy namorado lobisomem. Separamo-nos e eu apenas encostei a minha cabeça no seu peito, ouvindo o seu coração bater.
Liam beijou o meu cabelo, - Eu não te vou deixar perder o controle da proxima vez, Alex.
E eu permiti-me adormecer, sentindo-me, de alguma maneira, completamente segura.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado! Pelo menos o suficiente para me deixarem muitos comentários, certo? ;)
Lamento ter estado tão ausente, mas agora já estou oficialmente de férias então estou de volta!
Bem, qualquer questão que tenham podem colocar nos comentários ou ir ao meu ask, que tenho no meu perfil.
Beijos enormes!



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