The Beautiful Girl. escrita por Natalha Monte


Capítulo 40
Capítulo 40 - Shadow e Datas importantes Esquecidas.


Notas iniciais do capítulo

Cheguei!!!! Nem demorei né? Não muito kkkk
Primeiro: Quero dedicar esse capítulo a minha linda Deyse Cristina. A sua recomendação foi perfeita, eu amei cada palavra. Espero que goste, ele foi feiro para você meu amor!
Espero que gostem, amei os comentários! Enjoy!



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POV Ally

–Olá. -Falei, eles me olharam e sorriram.

–Hey Ally! -Piper falou.

–Oi All. -Austin falou e sorriu, logo eles riram de novo com uma cena de The Big Bang Theory.

Não sei, mas me senti meio incomodada. Aquele era um programa nosso, e ele agora estava assistindo com ela.

–Vou tomar banho. -Ela assentiu vidrada na TV, e Austin me olhou sorrindo.

Entrei em meu quarto e fui ao banheiro. Logo a água quente bateu em meu corpo me deixando muito relaxada.

Eu estava exausta.

A correria na escola, o projeto. O trabalho, a saudade de Austin. Tudo me consumia.

Passei um bom tempo apenas debaixo da água. Quando percebi que estava à muito tempo, resolvi sair. Eu caminhava lentamente. Meus pés doíam. Eu passava a tarde inteira em pé, andando de um lado para outro, ajudando as crianças.

Vesti uma calça moletom vermelha, e uma camiseta justa branca. Penteei os cabelos molhados e os deixei soltos. Pus perfume e me arrastei até o andar de baixo.

Quando cheguei, Austin estava pegando a Piper no colo, ela estava dormindo.

–All, pode me ajudar, ela acabou apagando. -Forcei um sorriso e abri a porta do quarto dela enquanto ele a colocava lá. Ele a cobriu rapidamente e saiu. Eu apaguei a luz e ele me abraçou.

Inalei seu cheiro, que eu sentia tanta falta.

–Que comer alguma coisa? Posso fazer panquecas. -Ele sorriu.

–Claro que quero. Eu... -Ele parou e arregalou os olhos. -As imagens, eu esqueci. Preciso preparar as imagens. Me desculpe All, mas eu tenho que ir.

Beijou minha testa e me deixou sozinha não me dando tempo nem de falar nada. Respirei fundo e desci. Fiz as panquecas e comi. Fiz as dele, coloquei num prato e peguei o suco.

Ele estava no banho quando cheguei, deixei o prato e o copo na mesinha dele e sai. Não vi meus pais chegarem, pois logo depois que deitei, o cansaço me venceu.

........................................

Mais um dia. Chovia bastante em Miami. Depois de termos saído da aula, estávamos indo para casa.

–Ally, você tem falado com a Trish? -Dez me perguntou.

–Não, e eu sinto tanto a falta dela, mas porque a pergunta? -Perguntei.

–Porque ela está muito irritada. Ela disse que você a esqueceu. Na verdade, eu sou o único que sempre fala com ela. Sabia que ela está namorando? -Eu arregalei os olhos.

–O QUÊ?!?! COMO ASSIM?! -Eu gritei no ônibus, todos olharam pra mim e Austin riu.

–Como? Bem, eles se conheceram, se gostaram, ele a chamou pra sair, ela aceitou. Eles saíram mais vezes, ele se declarou e a pediu em namoro, ela aceitou e agora está namorando. Fim da história. -Eu Tapei a boca pasma.

–Eu não acredito que eu fiz isso. -Falei e Austin fraziu o cenho me encarando.

–Fez o quê? -Ele perguntou.

–A esqueci. Meu Deus, ela é minha melhor amiga! Como eu pude? Ela deve estar querendo me matar. -Dez beijou minha mão e sorriu.

–Calma, Ally. Pode ter certeza disso, mas se acalme. -Ele disse e Austin riu -Você também está na mira dela loirinho, nem se anime. -O loiro fez uma cara de assustado e Dez sorriu abertamente. -Boa sorte. -Cantarolou enquanto nós desciamos do ônibus.

Cheguei em casa junto com os meninos.

Piper sorriu para mim, e assim que olhou para os meninos, olhou para Austin, que trocou um olhar estranho com ela.

–Austin, você pode ir comigo no shopping? Tenho que comprar o presente de uma amiga, e eu sou péssima em escolher presentes.

–Me desculpe Py, mas eu não posso. Tenho que ir fazer meu trabalho. -Ele virou e olhou para Dez.

–Ele pode ir. Ele sabe escolher melhor do que eu. -Dez sorriu assentindo. Ela pegou a sua bolsa, me abraçou. E saiu.

Py? Py?! Que intimidade é essa?

Espera. Eu vivo inerte por acaso?

Porque a minha melhor amiga tem namorado e o meu namorado é amiguíssimo da minha hóspede, tanto que chega a ser estranho e eu não sabia de nada disso?

Como assim?!

Eles saíram e eu o encarei.

–Py? -Perguntei e ele me olhou.

–Ela gosta de ser chamada assim. -Ele deu de ombros. -Eu preciso ir, te vejo depois?

–Claro. -Falei e ele me deu um selinho, e saiu logo em seguida.

Faltava um tempo até que Elliot chegasse, então peguei meu violão e desci até a sala, começando a preparar minhas próximas aulas.

.....................................

Fui abrir a porta e Elliot estava lá.

–Oi, entra. -Falei e ele entrou. -Me desculpe não ter tido tempo antes.- Falei e ele sorriu.

–Eu entendo, você estava muito ocupada com o projeto não tem problema. Vamos começar? Temos muita coisa pra fazer. -Eu assenti e nós abrimos o livro e ele pegou seu notebook.

............................................

Eu e Elliot nessa tarde, voltamos a ser os bons amigos que éramos antes, quando nós estudávamos juntos. Não tocamos em nenhum assunto sobre namoro, ou algo do tipo. Então todo e qualquer momento constrangedor foi evitado.

–Eu vou pegar comida, já volto. -Cortei o bolo e estava colocando os sucos junto com os pratos na bandeja. Mas aí parei quando ouvi o som do violão. Elliot estava tocando. E ao perceber que música era, eu gelei. Ele cantava baixo, então caminhei silenciosamente e me pus a ouvir, espionando de longe.

Shadow - Austin Mahone

[Sombra - Austin Mahone]

Você entra na sala

Tão perfeita, mas inconsciente

Me fazendo parar e olhar

Toda vez que eu ouço que ele partiu o seu coração

Posso te curar, garota?

Te mostrar um mundo diferente?

Vou te levar para qualquer lugar

Vou te colocar num trono

Vou sossegar o meu coração, eu juro

E quero ter a certeza que você nunca ficará sozinha

Só a minha sombra sabe

O que eu sinto por você

Só a minha sombra vai

Para onde eu sonho com você e comigo

Eu deveria ir ou esperar

É cedo ou tarde demais?

Só a minha sombra sabe

Estou te amando por tanto tempo

E agora que eu tenho uma chance

Vejo que você precisa dançar sozinha

Então, vou esperar outro dia

Talvez próximo ano

Vou estar bem aqui, oh

Vou te levar para qualquer lugar

Vou te colocar num trono

Vou sossegar o meu coração, eu juro

E quero ter a certeza que você nunca ficará sozinha.

Só a minha sombra sabe

O que eu sinto por você

Só a minha sombra vai

Para onde eu sonho com você e comigo

Eu deveria ir ou esperar

É cedo ou tarde demais?

Pois só a minha sombra sabe

Eu queria poder dizer todas essas palavras

Todas as coisas que o seu coração nunca ouviu, é

Mas vejo a dor em seus olhos e me calo

Só a minha sombra sabe

O que eu sinto por você

Só a minha sombra vai

Para onde eu sonho com você e comigo

Eu deveria ir ou esperar

É cedo ou tarde demais?

Só a minha sombra sabe, ei

Só a minha sombra sabe, oh oh

Só a minha sombra sabe

Eu estava paralisada. Eu não sabia que ele cantava e tocava tão bem. E essa música então, é um poço de sentimentos. Sai de lá e bati palmas. Ele sorriu.

–Não me disse que tocava. -Ele riu.

–Você nunca perguntou. -Ele revidou e eu fui pegar a bandeja. Comemos falando sobre o trabalho, e assim boa parte dele foi feita.

POV Austin

–Essa parte você vai falar, essa aqui sou eu. -Eu expliquei para Kira e ela riu.

–Até parece que gosta de estudar. -Eu ri.

–Muito engraçada, estou rindo horrores tá? -Ironizei e ela riu de novo.

–Austin, o que você quer ganhar de presente? -Ela perguntou.

–De presente? Mas porque eu iria que... -Parei - Kira, meu aniversário, eu, eu esqueci. É depois de amanhã.

–Eu sei, por isso estou perguntando o que é que você quer ganhar. Loiro memória de peixe. -Ela caiu na risada.

–Não precisa de presentes. Não mesmo, -Ela sorriu. -Preciso ir, até mais.

–Até. -Ela disse acenando e eu sai.

Meu aniversário. Cara eu não acredito que esqueci. 18 anos. Finalmente. Sorri, seria meu primeiro aniversário tendo a Ally como minha namorada.

Ally. Quanta saudade eu sinto dela. Esses últimos dias nós quase não nos vimos.

Mas é só esse trabalho acabar que tudo vai ficar bem.

E porque eu ando tal calmo? Porque eu não fiz confusão quando vi Elliot na sala dela naquele dia?

Porque eu a amo. E sei que ela está sobrecarregada com tudo. Tento controlar os ciúmes, para não irritá-la mais ainda.

.........................

Entrei em seu quarto, e como sempre ultimamente a peguei dormindo.

Meu maior passatempo nesses últimos duas é observá-la dormir.

Sentei ao seu lado na cama, e me pus a admirá-la.

Sinto falta de tê-la. Falta dos beijos intensos, falta do gosto da sua boca. Falta de vê-la se arrepiar a cada toque meu. Falta de tê-la em meus braços nos momentos de onde só nós dois sabemos o quanto a paixão e o desejo nos toma conta.

A cada dia, nós estamos mais distantes. Mas meu aniversário está chegando e eu sei será que um dia maravilhoso. Lembro de todos os meu aniversários. Ally sempre fez com que todos fossem especiais.

Ela nunca acordava cedo, mas no meu aniversário, ela fazia o esforço de acordar às 5 da manhã, pra pular em minha cama me acordando. Ela sempre foi a primeira a me desejar feliz aniversário. Ela trazia alguma comida, seja pipocas e suco, ou até um salgadinho. E nós sentávamos na árvore vendo o sol nascer. E isso acontece desde quando começamos a conseguir subir na árvore. Eu mal dormia esperando ela chegar. E era tudo tão simples, mas tão especial. Eu sempre dizia que não queria presente, mas no fim do dia, ela aparecia com um sorriso sapeca e com uma caixa escondida atrás de si. Sempre tão teimosa.

Sorri ao vê-la se mexer e respirar profundamente. Muito cansada pelo visto.

Beijei sua testa e sai, indo dormir também.

........................................

Mais um dia de aula. Acordei estremamente preguiçoso e quis nunca ter que me levantar. Mas era preciso. Levantei, fiz minhas higienes matinais e fui ao quarto da Ally.

Ela ainda dormia.

–All, morena está na hora. -Ela despertou e me olhou com os olhos brilhantes. -Bom dia. -Falei e ela sorriu.

–Bom dia Austin. -Sentei na cama e ela levantou indo escovar os dentes. Sentou ao meu lado e suspirou. -Está sem coragem também? -Eu ri pegando sua mão e a beijando.

–Estou, mas ao te ver melhorei. Como você está Ally? Faz tempo que não conversamos.

–Cansada. Mas vou melhorar. Austin, eu tenho uma novidade. -Ela disse com os olhos brilhantes e eu a olhei curioso.

–A Faculdade de música de New York, me quer com eles. Talvez eu vá para lá ano que vem. -Ela disse sorrindo. E eu arregalei os olhos surpreso.

–Sério? Uau! Meus parabéns! -Eu a abracei e ela sorriu. -Isso me lembra que eu ainda não decidi o que quero fazer, e falta pouco tempo pra decidir. O ano está perto de acabar.

–Pensei que você tinha decidido música também, aliás você nasceu para isso. -Ela falou e eu sorri. Ela tinha razão, essa era realmente a minha paixão.

–Você tem razão, mas eu vou repensar. Para tomar a decisão certa. Mas agora eu lembrei, em New York? Você vai mudar pra lá? - Perguntei triste e ela sorriu.

–Sem você, eu não vou a lugar nenhum. -Eu sorri e a beijei. E cara, que saudade daquela boca. O beijo se tornou de calmo para necessitado, urgente e intenso. Minhas mãos foram de encontro a sua pele acariciando suas costas por debaixo da sua blusa dos beatles e ela sorriu entre o beijo. Logo suas mãos pequenas estavam passeando em minha nuca, os dedos brincando com o meu cabelo. Morri seu lábio inferior, e ela choramingou, eu ri.

–Isso não é justo. -Ela falou com a voz rouca, e a testa colada na minha.

–Você sempre faz isso. -Rebati e ela descolou nossas testas, e beijou meu pescoço, me fazendo apertá-la mais a mim, como consequência do arrepio que me causou.

–Eu posso Querido, eu posso. -Falou e mordiscou minha orelha, me fazendo deitá-la na cama ficando por cima dela, ela ria.

–Senti sua falta. -Confessei acariciando seu rosto. Ela sorriu enquanto me puxava para mais perto.

–Eu também meu loiro. -E me beijou mais uma vez.

–Temos que ir. -Resmunguei.

–Infelizmente. -Ela completou e eu a beijei pela última vez antes de me levantar e sair, deixando ela se arrumar.

POV Ally

Eu já não aguentava mais estar naquela aula. Primeiro: Porque não tinha nada de interessante. Segundo: Eu precisava falar com a Trish. Eu necessitava. Pedi licença e sai, alegando que ia resolver algo na diretoria.

Fui ao pátio e sentei respirando fundo. Contei até três e liguei. Depois da terceira chamada, ela atendeu.

–Eu acho bom você ter uma desculpa muito boa, porque se não tiver se considere morta Allycia Dawson. -Ela falou friamente e eu me assustei, mas sorri ao ouvir sua voz.

–Bom dia Trish, e não, eu não tenho como justificar meu sumiço. Nada do que eu diga vai ser comparado à eu ter sumido esse tempo inteiro. Mas eu queria pedir desculpas, mil desculpas, eu sou a pior amiga desse mundo. -Ela falei com os olhos marejados.

–Você não é tão mal assim, só é esquecida, e desligada, e um pouco lenta, e desastrada, e... -Eu a iinterrompi.

–Eu entendi. Eu sou horrível. -Falei e ela riu.

–Não, não é. O Dez me contou sobre o projeto, você deve estar bastante ocupada.

–Nem me fale, nem tempo para o meu namorado eu tenho mais. -Arregalei os olhos quando percebi o que tinha dito.

–COMO É QUE É?!?!?! QUE NAMORADO???? -Ela gritou estrondosamente me assustando.

–Trish. Eu ... Eu estou namorando com o Austin. -Falei rapidamente fechando os olhos esperando o seu surto.

–COM O AUSTIN? QUE HISTÓRIA É ESSA? DESDE QUANDO? COMO? PORQUE EU NÃO SABIA DISSO? ALLY EU VOU TE MATAR! -Expremi os olhos escutando o seu chilique.

–Calma, calma, eu explico. -Eu disse.

Eu contei exatamente tudo. Desde a minha volta da casa dela, a nossa viagem, menos a parte em que eu já sou mulher de Austin. Contei sobre Elliot, sobre a Kira e sobre a Piper. Contei sobre o dia do restaurante, e o porque de nós mantermos segredo. E contei que a minha mãe tinha nos pegado. Quando ela soube do hospital, ficou preocupada, mas eu disse que já estava bem. E então ela começou a gritar, como louca. E eu a acompanhei. Ela disse que mal podia acreditar em tudo aquilo, e que tinha ganhado o seu ano com essa notícia.

Ai ela começou a falar do seu namorado, o Trace. E eu fiquei elétrica junto a ela. Ela disse que o tinha conhecido na escola, e que ele correu atrás dela por um bom tempo, até ela finalmente aceitar. E agora os dois namoram, e meus tios gostam muito dele.

–Fico tão feliz por você amiga, tanto. Eu queria te ver. -Eu disse e ela chorou.

–Eu também Ally, você não tem noção do quanto eu sinto a sua falta. Mas você me esqueceu, só tem a Piper como amiga agora. Por falar nela, fica de olho. Eu achei estranha essa aproximação que você falou, ninguém sabe que vocês estão namorando e isso é uma desvantagem, assim todas pensam que o Austin é solteiro. -Eu Bufei.

–E você acha que eu não sei disso? Eu mal falo com ele Trish, viemos ter uma conversa civilizada hoje de manhã. E por cinco minutos! Eu não aguento mais essa pressão! Esse trabalho, esse projeto. Tudo toma meu tempo. -Eu disse.

–Eu sei, mas tenha calma. Tudo vai se acertar, logo logo o ano acaba, e tudo isso vai embora. Elliot no seu pé, projeto e trabalho. Tudo vai se resolver. Imagino o ciúme que ele sente. -Ela gargalhou. Eu ri.

–Ele não fez nada quando o viu daquele jeito que eu te contei, e estava sem camisa! E Austin só virou e foi embora, ele tem um controle incrível. -Eu disse agradecendo mentalmente por isso.

–Controle que ele perdeu ao socar o Elliot. -Ela riu -Eu daria tudo pra ver essa cena. Mas Ally, tudo que é bom dura pouco, não pense que a paciência dele será eterna. -Ela falou.

–Eu sei disso, sei disso. -Suspirei -Trish, eu preciso ir, podemos nos falar depois?

–Claro, não me esqueça de novo. Beijos. -E desligou. Caminhei para os corredores da escola e Vi os alunos saírem, arregalei os olhos, eu tinha passado a manhã inteira no celular com Trish. Sorte que o bônus é ilimitado, e a bateria dura bastante. Na verdade nem tanto. O celular descarregou.

Fui pra sala e encontrei um Elliot preocupado.

–Onde você estava? Meu Deus Ally. -Eu ri.

–Fiquei tempo demais falando com uma amiga minha, acabei perdendo a hora. Você vai lá pra casa amanhã? -Perguntei guardando minhas coisas.

–Na verdade eu achava melhor a gente ir no shopping, para encomendar os banners, e ir na biblioteca de lá, eu vi vários livros que podem ajudar. -Eu assenti.

–Tudo bem, mas só posso à tarde, de manhã, tenho que ir substituir a dona Clarissa no projeto de música. E se nós temos que ir, então vamos. -Ele assentiu e sai acenando.

Logo eu estava indo para fora.

–Ally, pelo amor de Deus, onde você tava? Você perdeu todas as aulas. -Austin me perguntou e me abraçou. -Nunca mais faça isso, eu fiquei preocupado.

–Eu estava falando com a Trish, levei um tempo até atualizar ela dos assuntos. -Ele arregalou os olhos.

–Você contou? -Eu assenti.

–E ela jurou guardar os segredo até que nós contássemos. -Eu disse e ele bufou.

–O que está demorando mais do que eu queria.

–Austin... -Eu o repreendi.

–Tá, tá. Eu sei, vamos. -falou e me puxou pra pegar o ônibus.

.......................................

Mais uma tarde com as minhas crianças, mais um dia cansativo. Ainda bem que hoje é sexta-feira.

Daí eu me lembrei que não tinha contado a Austin que iria ao shopping com Elliot amanhã. Acabei esquecendo.

POV Austin

–Austin, amanhã eu não posso te receber lá em casa, está em reforma, e não dá pra estudar. Podemos estudar na sua? -Kira perguntou do outro lado da linha.

–Claro, sem problemas. Amanhã, de que horas?

–Como tenho umas coisas pra resolver, só posso depois das 16. -Ela disse.

–Está bem, o prazo está acabando, temos que terminar logo. -Eu falei.

–Então até amanhã. -E desligou.

Meu aniversário é amanhã, eu nem acredito!

.....................................

Acordei às 10 da manhã. Ally não me acordou como o de costume em todos os anos.

Me entristeci, será que ela tinha esquecido? Ela não comentou nada nesses dias, e não fez o que sempre faz. Será que ela tinha esquecido?

Não. Ela não faria isso. Só deve estar cansada e não consegui acordar cedo.

Ao olhar para o seu quarto, vejo que ela não está mais lá.

Que ótimo. Meu dia já começou bem. Tomei banho, desci e encontrei meus pais na sala. Estranhei.

–O que vocês estamos fazendo em casa de dia? -Minha mãe correu e me abraçou fortemente.

–PARABÉNS MEU AMOR! FELIZ ANIVERSÁRIO! -Ela gritou e meu pai fez o mesmo. Eu agradeço rindo e ela me levou até a mesa.

Lá tinha tudo. Chocolate, sanduíches, panquecas! Um café da manhã repleto. Sentamos e comemos em família. O café foi muito bom. Passamos o resto do dia conversando e juntos, como sempre ficamos.

Recebi uma mensagem da Kira, uma do Dez, e até da Piper! E da Ally? Nenhuma vírgula. Nada.

Resolvi não pensar nisso por muito tempo, e tentei me distrair, mas era difícil.

Nem almoçar ela veio. Seus pais vieram lá pra casa e eles disseram que como acordaram tarde nem viram quando ela saiu. Mas que ela tinha avisado que era o projeto.

Mas dar aula, o dia todo? Sua mãe ligou, mas o celular só dava desligado.

...........................................

Tomei um banho e me vesti. Eram quase 17 horas, e Kira tinha avisado que estava chegando. Dez por mais que morasse na mesma rua, não tinha ido me ver. E Piper passou o dia na casa de uma amiga.

Desci e não encontrei ninguém. Achei estranho. Caminhei até a cozinha e quando entrei tomei o maior susto.

Lá estavam, Dez, Piper, Kira, meus pais e os pais de Ally, assim como os pais de Dez também. Todos gritaram surpresa. E eu recuei realmente surpreso. Logo estava sendo abraçados por todos.

Mas a minha namorada não estava.

Definitivamente, ela tinha esquecido.

Agradeci e Kira veio me parabenizar.

–Gostou loiro de farmácia? Tive que te enganar pra fazer tudo dar certo. -A olhei pasmo.

–Você que fez? -Ela riu.

–Decidi tudo ontem a noite. Falei com Dez e ele falou com os seus pais, e por ligação, nós combinamos tudo e bem, ai está. -Eu sorri.

–Obrigada Kira. Muito obrigada. -Ela sorriu.

–Eu tentei milhares de vezes falar com a Ally, Austin eu juro que eu tentei. Mas ela não me atendeu. O celular só dava desligado desde ontem. Mas ninguém conseguiu com ela. -Eu suspirei.

–Não tem problema. - Eu disse. Dez me chamou e me entregou sua coleção dos filmes zaliens originais. Arregalei os olhos, ele nunca largaria daquilo.

–Dez eu não sei nem o que falar, não precisa cara, eu sei o quanto isso é precioso pra você. -Ele negou com a cabeça.

–Não Austin, você está fazendo 18 anos. Merece um presente especial. Eu ia trazer uma namorada, mas quando souberam que era você nenhuma quis. -Eu gargalhei alto e o abracei.

–Isso é muito importante pra mim Dez, muito obrigada irmão. -Ele assentiu e saiu indo falar com a minha mãe.

Meu pai se aproximou.

–Filho, chegou a hora do meu presente também. Como já fez 18 anos, o presente que eu e sua mãe te daremos é a sua carteira de motorista -Eu sorri abertamente - E a sua moto. Vamos comprar juntos. -Meu queixo caiu, eu mal podia acreditar que iria ganhar uma moto. Pulei em cima dele gritando obrigada e o abraçando. Ele riu e disse para que eu aproveitasse a festa. Mas minha felicidade durou pouco tempo. Quando me virei, da janela, pude ver Ally e Elliot se aproximar de casa.

Eu. Não. Acredito. Nisso.

Respirei e contei até três, logo minha mãe a viu e foi chamá-la, entrei rapidamente para a cozinha tentando me controlar. Ninguém imagina o tamanho da raiva que eu sentia.

POV Ally

Ainda bem que esse é o último dia em que eu dou aula no sábado. Passei o dia inteiro fora. Fui para o shopping e encontrei Elliot lá, encomendados o banner e achamos uns livros muito bons para complementar o trabalho.

Ele quis me levar em casa, já que já eram mais de 18 horas.

Achei estranho minha casa vazia, Elliot foi embora e a mãe de Austin me chamou na porta da casa. Fui até lá.

–Ally ninguém conseguiu falar com você desde ontem, porque o celular estava desligado? -Achei estranho.

–Esqueci de pôr para carregar... -Parei ao ver a festa. Daí tinha caído a ficha. Hoje era o aniversário de Austin. Minhas pernas tremeram e eu não saia do lugar, todos brincavam e sorriam ao som da música alta, e eu estava paralisada. Como eu pude esquecer?

–Tia Mimi, pelo amor de Deus, cadê ele?

–Acho que na cozinha. Vá lá. -Ela sorriu e eu caminhei até lá. Austin estava encostado na porta do quintal. De costas para mim.

–A-austin... -Eu o chamei e ele não virou. -Austin me desculpe.

–Ele saiu para o quintal a passos firmes e eu fui atrás. -Me desculpe amor.

–Desculpar?! PELO O QUÊ? Por você estar ocupada demais para mim, e por ter sempre tempo para o Elliot?! Por ter esquecido meu aniversário e eu saber que você estava com ele?! -Ele gritou irado e eu me assustei, ninguém lá dentro ouviria por causa música. - Escolha o que quer que eu desculpe, porque a lista é grande. -E saiu irado. Eu tentei impedir. -Me deixe. -Ele falou friamente e eu soltei seu braço atônita. Ao ver ele ir embora lágrimas brotaram em meu rosto e caiam intensamente. Comecei a chorar. Eu não acredito que eu fui capa de fazer isso! Que droga.

Pela lateral da casa eu caminhei até a minha, entrei na sala e cai no chão aos prantos.

Como eu pude ter esquecido? COMO?! O aniversário dele, era o aniversário dele! E eu simplesmente não lembrei. Ele tem toda a razão de me odiar nesse momento. Depois que passei minutos chorando, decidi levantar e ir lavar o rosto, eu me humilharia e pediria perdão quantas vezes fosse necessário.

Ao entrar no quarto, e olhar para a frente meu mundo caiu. Senti meu coração partir e quase parar de bater, e minhas pernas perderem o sentido.

Isso porque no quarto da frente, Austin e Kira se beijavam.


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Notas finais do capítulo

Calminha, respirem e não me matem. Kkkk
Beijos, ate o próximo. 😊😊😘