The Beautiful Girl. escrita por Natalha Monte


Capítulo 38
Capítulo 38 - Ruivos Solitários e Desastre com o Suco.


Notas iniciais do capítulo

Oiiiiieeee Im Back! Haha Estava com saudade de vocês! Eu agradeço os liiindos comentários. Eu amei todos, muito obrigada! Vamos lá? Matar a curiosidade? Enjoooy!



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POV Ally

Acordei sentindo algo abaixo de mim. Quando levantei a cabeça, vi Austin dormir tranquilamente. Eu sorri.

A noite passada foi um tanto, complexa. Um bandido me bateu, e para completar quem me salvou foi Elliot. Pensando bem agora, eu consigo lembrar que a voz que eu ouvi realmente era dele. Porque isso teve que acontecer? Já não bastava o trabalho, e agora ele me salva de morrer sozinha num beco?

Quanto drama Ally.

Fiquei pensando enquanto Austin não acordava. Pensando no acontecido, no jeito fofo que ele me disse ontem tudo aquilo. E pensei também no beijo que a minha mãe viu. Não pude deixar de rir. A cena tinha sido cômica, o sorriso e o olhar malicioso e divertido dela demonstrava que não tinha tanta surpresa naquilo.

–Pensando tanto a essa hora? - A voz de Austin me despertou, ele ainda estava de olhos fechados.

–Bom dia para você também. -Ele riu.

–Bom dia All. Como se sente? -Ele perguntou me fitando com os olhos castanhos intensos e brilhosos.

–Ainda dói, mas estou bem. -Ele sorriu

–Essa é a minha garota. -Falou me fazendo rir.

–E você como está? Dormiu bem? -Ele beijou o topo de minha cabeça, e se sentou se espreguiçando um pouco.

–Perfeitamente bem, eu dormi com você não lembra? -Ele piscou. Logo me lembrei que eu tinha que perguntá-lo.

–Austin como Elliot me encontrou? Ele contou o que houve? -Perguntei e o loiro mudou a expressão, coçou os olhos e suspirou pesadamente.

–Ele disse que estava indo para casa quando te encontrou no chão. E ele a trouxe para cá. -Ele respondeu

–E você? Tudo bem para você? -Perguntei, eu sabia que ele não iria gostar de Elliot ter me socorrido.

–Não posso negar que não gosto dele, mas não posso ficar com raiva por ele ter te salvado. Se ele não tivesse aparecido, eu não sei nem o que teria acontecido com você. Fico irritado porque não queria que isso tivesse acontecido, porque agora mais uma coisa liga vocês. Mas você está bem morena, e para mim isso é o que importa. -Ele disse acariciando meu rosto.

–Eu tenho que falar com ele, tenho que agradecer. Espero que não fique chateado por isso. -Ele forçou um sorriso.

–Não ficarei. Aliás, vocês tem o bendito trabalho para fazer não é? -Eu assenti. Ele se aproximou e me beijou delicadamente. -É tão bom te ver bem. -Ele disse enquando nós estávamos com as testas coladas.

......................

Minha mãe chegou um pouco depois acompanhada do doutor Phillips. Ele me deu alta e ela se despediu pedindo para que Austin cuidasse de mim hoje.

O constrangimento entre nós era nato. Ela começou a gargalhar histericamente.

–Não precisam ficar com essas caras de enterro. Eu já sabia. -Eu a olhei pasma. -Ah qual é! Acham que os olhares bobos e o jeito que se tratam realmente iam disfarçar algo logo para mim? -Austin me olhou e eu sorri balançando a cabeça. -Eu sempre soube que ficariam juntos. O jeito que sempre foram unidos me denunciou isso, e saibam que eu fico muito, muito feliz. Não sei ainda o motivo de terem escondido, mas contem comigo, eu respeitarei isso. Agora pra casa mocinha e nada exageros, só repouso. -Ela disse e nós sorrimos, Austin a abraçou.

–Obrigada Tia. -Ela beijou a testa dele logo fazendo o mesmo comigo. Quando pensei em andar senti os braços de Austin me levantando do chão, no estilo noiva. Eu protestei.

–Ouviu sua mãe, nada de exageros. -Ele disse rindo e eu Bufei, minha mãe já tinha ficado um pouco atrás rindo de nós.

–Desde quando andar é um exagero? Me solta Austin! -Eu resmunguei e ele riu.

–Nada disso. -Falou e um táxi já nos esperava. Logo estávamos indo para casa.

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–Ally! Meu Deus você está bem? Está muito machucada? Ally eu fiquei tão preocupada! -Piper pulou em mim me enchendo de perguntas e depois me abraçou. Eu sorri.

–Estou bem sim, foi só um susto. -Me sentei no sofá e ela sorriu mais calma.

–Austin você pode ficar com ela? Eu queria ficar em casa, mas não vou poder. -Austin assentiu. -Desculpe Ally.

–Tudo bem, até mais tarde. -Ela saiu e Austin sentou.

–Então o que houve ontem? -Perguntei encruzando os braços e o encarando. Ele suspirou e me contou absolutamente tudo, depois me pediu desculpas.

–Claro que desculpo. Mas não faça mais isso, não me deixe preocupada. Eu fiquei louca sem notícias suas.

–Eu também fiquei quando você sumiu. Bate parceira. -Ele disse levantando a mão e eu ri. -Vai me deixar no vácuo mesmo? -Eu bati em sua mão. -Muito bem. -Ele disse e nós rimos. -E então o que uma menina que não pode fazer exageros pode fazer? -Ele perguntou e eu Bufei.

–De novo isso? Eu posso andar! Nem vem! -Reclamei e ele riu levantando as mãos em sinal de rendição. -Sabe... Estamos sozinhos. Tenho algumas ideias para o que podemos fazer. -Eu RI quando ele arregalou os olhos negando.

–Isso está longe de não ser um exagero, por mais que seja muito, muito tentador: Não, você está se recuperando. -Eu o encarei séria.

–Sendo rejeitada. Que ótimo. Lembrarei disso quando você quiser me visitar à noite. -Ele gargalhou.

–Olha o drama All. -Eu RI. -Vamos só assistir hoje está bem? E por favor não me provoque. -Eu RI de novo.

–Esqueceu que quem gosta de fazer isso é você? -Ele riu e piscou se aconchegando mais a mim e ligando a TV. Enquanto eu assistia, ele preparou o café. E nós comemos enquanto víamos um filme.

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Segunda-feira. Dia de aula. O fim de semana se passou rápido até hoje. Recebi visitas de Dez, que quis bater em Austin por ele sumir, e quis até brigar comigo por eu ter saído à noite.

Austin tem se mostrado muito atencioso. Cuida de mim, e com esses tais cuidados a dor de cabeça sumiu completamente. Estava tomando café quando ele desceu as escadas da minha casa.

–Vamos Ally? -Ele chamou e meu pai riu.

–Sempre achei interessante seu meio de transporte até aqui Austin. -Ele falou e nós rimos.

–Vamos logo, ou vamos nos atrasar. -Eu disse.

Nos despedimos dos meus pais e saímos ao encontro de Dez que já nos esperava.

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Aula de biologia. Eu sabia que encontraria Elliot. Respirei e comecei a caminhar. Logo senti um braço me parando.

–Austin! Hey! -Falei e ele sorriu.

–Oi, já está indo para aula? -Ele perguntou.

–Já, estava indo agora. Vamos?-Ele assentiu e começamos a caminhar. Logo Kira nos alcançou.

–Ally que bom te ver bem! Que susto que você nos deu! -Ela me abraçou.

–É. Foi só um susto mesmo. -eu disse -Bem, a aula vai começar, tenho que ir. Até mais. -Entrei e vi ela e Austin entrarem na sala ao lado.

Respirei fundo e caminhei ao meu lugar, Elliot já estava sentado na cadeira atrás da minha.

–Ally! É tão bom te ver bem! Você me assustou! -Ele disse me abraçando e eu sorri. Nós nos sentamos.

–Muito obrigada Elliot, eu digo por tudo, por ter me socorrido, por se preocupar, você é um grande amigo. -Notei que sua feição mudou um pouco ao me ouvir dizer isso, mas ele sorriu por fim.

–Não me agradeça, era você Ally. Eu faço tudo que estiver em meu alcance por você. -Eu sorri vergonhosa, OK. Essa situação estava muito constrangedora. E então eu prestei atenção em seu rosto. Fazia dois dias desde a briga com Austin. O hematoma ainda estava lá, mas muito mais razoável do que eu acho que ficou no primeiro dia. Estava apenas rosado, mas ainda assim, percebiasse que era um machucado ali.

–Seu rosto está melhor. Eu soube da briga. Espero que tenha ficado bem. -Eu disse e ele sorriu encarando o nada.

–Pois é, sempre soube que eu e Austin não tínhamos muita coisa em comum, em exceto uma. -Dei graças a Deus quando a professora entrou. -Temos que fazer o trabalho, onde você quer fazer? -Ele me perguntou.

–Acho melhor na minha casa. -Ele assentiu e nós nos concentramos na aula.

.......................................

Ficou combinado que ele iria a tarde.

Me despedi rapidamente e segui para o intervalo. Lá na cantina, Dez discutia com a dona Cármen, a cozinheira.

–Isso é injusto! Quando a Trish estudava aqui tinha batata frita! Ela sai e agora não tem mais? Já não basta a falta que eu sinto dela, agora tenho que sentir saudade das batatas também? -Eu arregalei os olhos ao ouvir ele dizer aquilo: Dez sentindo a falta de Trish? Logo depois ele começou a choramingar como uma criança, com a cabeça apoiada no ombro da dona Cármen, ela rindo o consolava.

–Dez? -Eu chamei e ele virou e me abraçou com força.

–Ally eu preciso de batatas e preciso daquela baixinha irritante. Eu me sinto tão só. -Eu não sei se ria por tudo isso, ou se chorava de pena da carinha que ele fez.

–Calma, você não está sozinho. -Eu disse o puxando para o pátio, nós sentamos num banco. -A Trish foi embora, mas eu e Austin estamos aqui com você. -Não tive como não rir com a cara que ele fez: Ele me encarou sério, com os cabelos ruivos bagunçados e bufou.

–Me poupe! Você e Austin vivem em seu mundo particular. E nele só existe Austin e Ally. -Eu sorri.

–Isso não é verdade, eu sou tão amiga sua como de Austin. -E ele me olhou de novo com a mesma expressão séria. Eu ri pegando suas mãos. -Acho que está na hora de você arrumar alguém Dez, uma namorada. -Ele arregalou os olhos e olhou para atrás de mim. Me virei e vi Austin vir até nós. O ruivo correu até ele me deixando confusa.

–AUSTIN A ALLY QUER NAMORAR COMIGO! -Ele gritou para o loiro que me olhou com uma feição de confusão e surpreso. Bati em minha testa, afinal era o Dez, ele sempre entende tudo errado.

–Não é nada disso, vem cá Dez! -Eu disse e me levantei, ele rapidamente se escondeu atrás de Austin.

–FIQUE LONGE DE MIM! Allyzinha eu te amo, mas não desse jeito. Não! Não mesmo! Então mantenha a distância, sua galanteadora! -Eu não aguentei mais e cai na gargalhada.

–Dez eu não disse que queria namorar com você! Eu disse que você precisava de alguém, mas em momento nenhum eu disse que era eu. -Ele me encarou por alguns segundos depois saiu de detrás de Austin e sentou no banco cabisbaixo.

–Pra você ver, nem você que é minha amiga desde sempre me quer. Imagina quem não me conhece? -Eu olhei para Austin, que também ficou triste quando vimos nosso amigo ruivo triste.

–Dez não fique assim, logo você vai encontrar alguém. E ela vai te amar do jeito que você merece ser amado, não se preocupe, é tudo no tempo certo. -Eu disse sentando do lado dele.

–É cara, escuta a All, ela tá certa. -Eu bufou e riu.

–Falaram os dois encalhados. -Austin começou a rir e eu também.

.............................

Fim das aulas, estava guardando os meus livros quando Austin chegou.

–Vamos morena? -Ele disse.

–Vamos. -E logo estávamos caminhando para fora da escola. -Austin o Elliot vai lá pra casa hoje. -Ele meio que parou no caminho, mas meneou a cabeça, assentiu e voltou a andar.

–Sabia que isso ia acontecer, fazer o quê não é? -Peguei em sua mão e ele sorriu. -Ah por falar nisso, eu vou para a casa da Kira, hoje também. -Dessa vez eu que parei.

–Como? -Eu indaguei.

–O trabalho Ally, também temos que fazer... -Ele suspirou- Ally qual é! Eu já disse que não tem nada demais, não é como o Elliot, ela não corre direto atrás de mim. Eu já disse que não tem com o que se preocupar. -Eu suspirei e voltei a pegar a mão dele.

–Tá! Tá tudo bem! -Eu disse e ele sorriu beijando minha bochecha.

.......................

Austin já tinha ido, e eu já estava me roendo de ciúmes. Como eu sabia que ele também estava. Mas mesmo assim, eu... Eu não gosto dele perto dela. Dá pra entender?

Já tinha levado o material para a sala, e tomado um bom banho para relaxar. Lembrei de quando sai do banheiro, Austin estava sentado na cama me encarando. Ele me pediu que nada de eu vestir top e short curto. Então eu vesti um vestido digamos, que totalmente composto. Ele disse que só ia adiantar se eu me vestisse como freira, mas o vestido tava de bom tamanho. Eu ri com isso.

Estava na sala com a Piper esperando ele chegar quando a campainha tocou. Fui abrir a porta, e era o Dez.

–Ally você pode ir comigo no shopping? -Ele perguntou.

–Desculpe, mas não vou poder, tenho um trabalho para fazer. -Eu disse e ele olhou para Piper.

–Tá muito entediada? Quer ir comigo? -Ela sorriu e levantou.

–Claro que vou, só espera eu pegar minha bolsa.

E pronto, os dois sairam me deixando sozinha. Fui começar a ler o livro e alguns minutos depois Elliot chegou. Ele vestia uma bermuda jeans, e uma camiseta que favorecia seu corpo. Mal olhei.

–Oi, entra. -Ele sorriu e entrou cheio de material para estudo também.

–E então por onde começamos? Vamos fazer slide? -Ele perguntou se sentando no chão, usando o centro da sala para estudo. Me sentei também.

–Slide é legal, temos que preparar tudo. -Ele assentiu e nós nos concentramos no trabalho.

.................................

O livro era tão complexo, tantos assuntos para apresentar que mal percebemos que a hora se avançava. Já eram mais de 18h.

No centro junto com os livros, tinha suco e pipoca que eu tinha feito.

Na hora em que fui me levantar para pegar mais pipoca, Elliot foi tomar mais um gole de seu suco. Acabei esbarrando e derrubando sem querer o copo de suco nele. Sua camisa ficou encharcada.

–Ai Elliot! Desculpa, eu... Eu vou pegar um pano pra tentar limpar. E vou pegar outro copo, espera. -Ele riu.

–Tá tudo bem! Eu vou dar um jeito de tirar o excesso do suco, não se preocupa. -Peguei o copo dele e fui pra cozinha. Peguei mais um copo e um pano limpo.

Quando cheguei na sala e quase gritei com o susto que tive.

Elliot estava sem camisa, com todos os seus músculos à mostra e tentava se secar. Quando percebi que Austin estava parado no topo da escada olhando a cena, o copo caiu da minha mão, e quebrou em contato com o chão. Com o barulho, um encarou o outro, e logo depois me olharam. E nenhuma das expressões pareciam agradáveis, principalmente a do meu namorado.


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Notas finais do capítulo

Calma! Não me batam! Kkkkkkkkkkkk Até o próximo! Comentem, recomendem ou favoritem. O que a fic merece! Beijos meus amores! 💕💜💓