Hermione, semideusa e bruxa? escrita por agirlany


Capítulo 12
Mansão Malfoy


Notas iniciais do capítulo

Deixem reviews e desculpa qualquer erro *-*



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–Então quer dizer que o Harry está na casa dos Malfoy. – disse Rony quando estávamos saindo da aula.

–Sim – suspirei – temos que ir atrás dele Rony.

–É só que tem um problema, dois na verdade. Onde é a casa dos Malfoy e como faremos para chegar lá?

–Não sei, vamos para o salão principal Rony – eu disse virando para o corredor que dá acesso ao salão principal – além de que precisamos comer alguma coisa, McGonagall vai desconfiar muito se não nos ver lá.

Assim que sentamos na mesa da Grifinória, notamos que Draco olhava pra nós, não com deboche, não com nojo, ele parecia curioso.

– Aquele idiota está olhando pra cá – disse Rony – se eu pudesse socava ele mais uma vez, parece que ele nunca aprende.

Eu fiquei quieta, me concentrei na minha comida.

É tão ruim ter dois amigos desaparecidos, onde será que está o Percy? Annabeth deve estar muito preocupada.

–Rony, vamos – eu disse puxando o ruivo assim que ele terminou de comer.

Saímos do salão principal e fomos para o salão comunal que por sorte, estava vazio.

–Precisamos pensar em um jeito de conseguir pelo menos o endereço da casa dos Malfoy. –falei.

Depois de alguns minutos de puro silencio, onde nós dois apenas pensávamos em métodos, Rony finalmente diz:

– Acho que eu sei, mas vai ser perigoso, se formos pegos estamos muito ferrados.

– Fala logo – apressei-o.

– Assim, Fred e Jorge me disseram que quando eles invadiram a sala do Filch, eles viram uma caixa enorme que estava escrito ‘’DADOS DOS ALUNOS’’ e claro que os dois foram mexer, me falaram que tem tudo sobre os alunos lá, desde nota da escola até o endereço da casa. Podemos ir até lá e pegar a ficha do Malfoy.

–É bem perigoso, mas não temos outro plano, temos? Acho melhor você pegar a capa do Harry.

Rony pegou a capa, e nós dois entramos para baixo dela.

– Tudo bem, onde é a sala dele? – perguntei enquanto nós saíamos do salão comunal.

– Perto das masmorras, que horas são?

Olhei no meu relógio de pulso.

– 18:45 – falei – vão dar falta da gente, está escurecendo e não estamos no salão comunal.

– Acho que já estão todos acostumados né? – Rony disse, nós rimos – vamos.

Rony disse que provavelmente Filch estaria jantando agora, já que ele janta depois dos alunos, então pegar a ficha não seria o problema.

**

Entrar na sala foi mais fácil do que nós esperávamos.

– Rony, fique com a capa e vigie a porta, eu vou procurar a ficha. – falei.

Olhei por toda a sala, nem sinal da tal caixa. Resolvi procurar dentro das enormes gavetas que tinham lá. Abri uma gaveta, nada. Outra gaveta, nada. Então abri a maior gaveta daquela sala, e estava lá, várias caixas grandes com a escrita ‘’DADOS DOS ALUNOS QUINTO ANO’’, logo me apressei a procurar a caixa do terceiro ano, que para minha sorte não era tão grande assim.

Abri a caixa, puxei a varinha e disse:

– Accio ficha de Draco Malfoy.

A ficha saltou da caixa, dei uma rápida olhada, a ficha continha o nome inteiro do loiro, com uma foto dele, dados dos pais dele, onde nasceu e claro, o endereço da casa dele.

– Hermione, Filch está vindo, rápido – disse Rony, levei um susto.

– Tenho que guardar isso e...

– Não dá tempo, vem aqui rápido.

Fui para baixo da capa e Rony fechou a porta da sala do Filch, o mesmo já estava bem perto da sala com aquela gata horrível dele. Agradeci mentalmente a quem inventou essa capa.

Eu e Rony fomos recuando devagar para Filch não ouvir o som dos passos, assim que nos afastamos o suficiente, corremos até chegar em um armário de vassouras e entrar.

– É o único jeito que temos de chegar na casa dos Malfoy – disse Rony, me entregando uma vassoura. Droga, eu odiava altura, mas era pelo Harry. – Ok, qual o endereço?

Mostrei a ficha para ele.

– Droga, é um pouco longe – o ruivo falou – mas precisamos ir.

– Rony, espera, eu não sei voar – falei – e tenho medo de altura.

Pensei que Rony ia rir da minha cara, mas ele não o fez.

– Você consegue – ele falou – não é tão difícil.

– Tudo bem, me dê a capa, vou levar ela e mais uma coisa, onde é que vamos montar nessa vassoura e sair sem sermos vistos?

– A torre do sétimo andar, vamos.

Nós corremos até a torre e montamos na vassoura, Rony estava certo, não era nada difícil, mas a altura ainda me incomodava.

O ruivo pediu para eu apenas seguir ele.

**

Depois do que pareciam horas, avistei uma enorme casa, muito grande mesmo, a casa tinha cor escura e o ‘’jardim’’ parecia mais um ‘’jardim’’ de cemitério.

– DESCE. ME SEGUE! – gritou Rony.

A mansão dos Malfoy era isolada, eles não tinham vizinhos, apenas árvores e mais árvores rodeavam a casa.

Rony pousou no meio dessas árvores e eu fiz o mesmo.

– Você está bem? – ele perguntou.

– Ótima, como faremos pra entrar sem sermos vistos?

– Precisam de uma ajudinha? – uma terceira voz falou atrás de mim e de Rony, me virei rapidamente, era Draco Malfoy.

– O que está fazendo aqui? – perguntou Rony.

– Não sei se percebeu Weasley mas essa é MINHA casa.

– Você deveria estar na escola – falei.

– É, deveria mesmo, mas eu sabia que vocês dois iam aprontar, resolvi seguir vocês.

– Pra que? Vai nos entregar pra ele, não é? – falei.

– Não seria uma má ideia – ele riu e me encarou – mas não. Weasley e Granger escutem bem o que eu vou dizer agora porque eu não vou repetir. Eu. Draco. Malfoy. Vou. Ajudar. Vocês.

– QUE? – eu e Rony arregalamos os olhos e gritamos na mesma hora.

– Eu falei que não ia repetir...

– Não caia nessa Hermione, ele vai mesmo é nos entregar, estamos ferrados. – disse Rony se virando para a mansão e observando.

– Rony, estamos ferrados se entrarmos lá sem ele também, não temos outro plano. – falei.

– Menina esperta – falou Draco parando do meu lado – olha bem Weasley, esse é o tipo de casa que você nunca vai ter.

– Em situações normais eu ficaria bravo, mas tenho mais com o que me preocupar agora – Rony olhou para Draco – qual o plano?

– Tem um portão ali nos fundos, quase sempre está aberto, nós entramos por ali com a capa, é eu sei que vocês tem a capa.

– Quem está ali dentro? – perguntei para Draco – eu digo, dentro da casa.

– Meus pais, Bellatrix, e alguns outros comensais e claro, o santo Potter. Aliás Granger, acho melhor você não esbarrar com a Bellatrix, ela odeia sangue-ruins.

– E Voldemort? – perguntei.

– Ainda não, seria amanhã.

– Por que está nos ajudando? – perguntei, ele me olhou com aqueles olhos cinzas de novo, droga, por que ele faz isso? Desgraçado.

– Eu pensei no que você disse, eu não sou totalmente mau Granger, só odeio Grifinórios. Não que agora eu vá virar amiguinho de vocês e para de zoar, nada disso. – ele disse.

– Ok, ok, entrem – disse Rony pegando a capa da minha mão e abrindo.

A capa mal cabia eu e o Rony, imagina eu, Rony e Draco. Os dois eram muito altos e a capa quase não dava conta de nos cobrir por completo.

Draco nos guiou para o portão, que graças a Merlin estava aberto, e entramos pela porta dos fundos.

Eu não pude evitar de deixar meu queixo cair, estávamos na cozinha que era extremamente luxuosa, cheia de comida, bolos, frutas, biscoitos.

– Uau – Rony deixou escapar, ficando vermelho logo em seguida.

– Legal né – sussurrou Draco – agora não falem, não façam barulho, vamos.

Passamos da cozinha para a sala, que era muito mais luxuosa, com um lustre enorme no centro, a sala era cheia de sofás e longas prateleiras cheias de livros.

Em um canto da sala, havia uma mulher sentada, seus cabelos longos e pretos meio amarrados, meio soltos. Ela estava lendo um livro, parecia bem concentrada, e até pareceria inofensiva se não tivesse uma cara de maníaca. Olhei para Draco.

O Loiro fez ‘’Bellatrix’’ com os lábios, e empurrou de leve eu e Rony para seguirmos ele.

Descemos bem devagar uma escada que tinha no outro canto da sala, como estava tudo muito silencioso, qualquer barulho que fizéssemos seria notado por Bellatrix Lestrange.

No final da escada havia uma porta enorme. E claro, estava trancada.

– Alohomora – sussurrou Malfoy, a porta destrancou na mesma hora, entramos e a fechamos de novo.

Era uma espécie de porão, sai da capa e dei uma olhada em volta, em um canto um menino dormia, reconheci imediatamente.

– Harry! Harry! – fui em direção dele e acordando o menino.

– Hermione? – ele me abraçou e viu Rony, correu para abraça-lo também.

– Você está bem? – perguntou Rony.

–Sim. Como vocês entraram?

Apontei para Draco, que parecia não ter sido notado por Harry ainda.

– Ele ajudou? – eu assenti – Sério? Por que?

– Ajudei e pronto, sem perguntas ok? Ainda poso desistir de ajudar. – disse Draco.

Harry olhou para ele por um instante, eu tinha certeza que ele estava se perguntando se não era uma armadilha.

– Hermione, venha aqui – disse Harry se virando para mim – acho que vai gostar de ver isso.

Eu segui ele, e vi dois meninos, que reconheci na mesma hora, encostados na parede, dormindo também.

– Percy? Nico? – cutuquei eles fazendo os dois acordarem.

– Hermione? – perguntou Percy se levantando – o que está fazendo aqui?

– Eu que pergunto.

– Eu fui dormir uma certa noite no meu chalé e acordei já aqui, não sabia onde estava nem o por quê de eu estar, um homem me trazia comida mas não falava nada. Até que Harry apareceu e começou a falar que veio de Hogwarts e ai eu perguntei se ele te conhecia, e olha, vocês são melhores amigos. – ele riu, Percy conseguia ser risonho até nas situações difíceis.

– E você? – perguntei a Nico.

– Ah, ããn, o Quíron estava organizando um grupo para procurar Percy por ai, eu sabia que ele estava por essa região... Como eu sabia? Meu pai me disse, ele falou comigo dentro da minha cabeça, foi meio louco. Então eu vim aqui, só que pensei que poderíamos lutar com espadas com eles, não fazíamos a mínima ideia que eram bruxos.

– Ok, temos que sair daqui – olhei para Nico e Percy – ah, esse aqui é o Rony, meu melhor amigo também – falei apontando para Rony, que apertou a mão de Percy e Nico. – e esse, é o Malfoy, que é meu inimigo – falei apontando para Malfoy, que só acenou com a mão.

– Você anda com seus inimigos por ai? – perguntou Percy.

– É que eles nos ajudou, nem sei por quê mas ok –Draco revirou os olhos.

– Ah por favor, olá semideuses eu sou Draco Malfoy e sou inimigo deles desde o primeiro ano porque eles são grifinórios, ok?

– Qual o problema deles serem isso? – Nico perguntou – eles são legais.

– Sonserinos e Grifinórios nunca se juntam a não ser em casos extremamente necessários, e claro, muito raros. – disse Malfoy como se fosse uma coisa óbvia.

– Espera ai – falei - como você sabia que eles eram semideuses? – perguntei para Draco.

– Ah, ué, eu... ah, ta bom, assim, meu pai me contou que Voldemort queria destruir os dois maiores ‘’heróis’’ da nossa geração, no caso esse Percy e o Potter, mas discordo com ele, esses dois não são e nunca foram os maiores heróis da nossa geração.

– E você é por acaso? – perguntou Nico.

– Não, mas eu não banco uma de herói.

– Ok, chega, vamos dar um jeito de sair daqui –disse Harry.

– Mas e Percy e Nico? Levar eles para Hogwarts? – perguntou Rony.

– É o jeito – falou Harry.

– Merda, Rony, nós deixamos as vassouras lá. – eu disse.

Draco passou por a gente e abriu uma porta, lá tinha 3 firebolts novinhas.

– Como? – perguntou Rony.

– Sou rico, esqueceu? E para os semideuses desinformados, essas são as vassouras mais rápidas do mundo. – disse Draco com arrogância.

– Vamos voar nessas coisas? – perguntou Nico.

– Não são coisas – disseram Draco, Rony e Harry na mesma hora.

– Ok, Harry você leva o Percy, Rony me leva e Malfoy leva o Nico. – eu disse, ninguém protestou.

– Como faremos isso? Quero dizer, sair daqui, a capa não cobre todos nós. – disse Rony.

– Tenho uma ideia – falei – Malfoy, você deixa quebrar um pedaço da sua casa?

– Ok, sou rico mesmo. – ele falou, nojento.

– Já fiquem posicionados ali atrás, vou lançar o feitiço Bombarda aqui nessa parede e monto bem rápido na vassoura e nós saímos o mais rápido possível, porque eles vão ouvir.

Todos assentiram. Olhei para a parede. Peguei minha varinha.

– BOMBARDA

Voaram vários pedaços de tijolos para todos os lados, subi rapidamente na vassoura que Rony estava e saímos pelo buraco enorme que o feitiço tinha formado.

A Vassoura era muito rápida, sem chances de algum comensal nos alcançar.

**

Chegando em Hogwarts pousamos na torre de astronomia.

– Que bom que chegaram – todos nós nos viramos rapidamente, McGonagall saiu de trás de uma das estatuas da torre.

Ela nos levou para a sala de Dumbledore. Estávamos muito ferrados.

– Vocês tem a noção que só nessa noite, violaram não só regras da escola, como também do ministério? – Dumbledore perguntou, ele estava com raiva. – Vocês só tem 13 anos, não podem sair e ir atrás de Comensais da Morte, vocês poderiam ter morrido. Deveriam ter deixado isso para o ministério.

– Sinceramente professor, se tivéssemos deixado para o ministério, nunca teriam encontrado o Potter. – falou Draco.

– E como foi que encontraram?

– Malfoy nos ajudou – me apressei – o Harry estava na mansão Malfoy, e seria morto amanhã pelo próprio Voldemort.

– Seus pais estão envolvidos nisso, Sr. Malfoy? – perguntou Dumbledore.

– Sim – Draco ficou vermelho, sério e abaixou a cabeça, ele estava envergonhado.

– Ao contrário de seus pais, você teve uma atitude heroica em ajudar a Srta. Granger e o Sr. Weasley. Porém, não cabe a mim seu destino, muito menos os dos seus pais.

Os pais deles seriam pegos pelo ministério, claro, eram comensais, porém eu duvido que eles não fujam.

– Quem são? – perguntou Dumbledore apontando para Nico e Percy.

– Percy Jackson, filho de Poseidon e Nico Di Angelo, filho de Hades. – eu disse.

– Ah, semideuses, eu deveria saber, eles estavam na mansão? – perguntou Dumbleodore, eu assenti – Por que?

– Malfoy nos contou que o plano dele era matar Harry e Percy, pois são considerados os maiores heróis da nossa geração – falei.

– Provavelmente amanhã chegará uma carta do ministério, pelos ‘’crimes’’ que vocês cometeram, por hora, vamos para o salão principal, acho justo contar a todos os outros. – disse Dumbledore, já saindo da sala. Quando fui sair da sala, fui puxada pelo braço.

– O que foi Malfoy? – perguntei ao loiro que não tinha largado o meu braço.

– Eu queria dizer obrigadoportersalvadominhapeleantes. – ele disse.

– Que?

Ele suspirou.

– Obrigado por ter salvado a minha pele antes – ele disse.

– Ah, não há de que – esse Malfoy é louco, só pode – estranho, você dizer obrigada.

– Não vá se acostumando, provavelmente foi a primeira e a última vez que digo isso para uma sangue-ruim.

Ele saiu da sala. Ele ainda era o mesmo Malfoy de sempre.


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