Scream For Me escrita por Camila


Capítulo 7
Sentenciado


Notas iniciais do capítulo

Oi gente do meu heart!
Começo pedindo um zilhão de desculpas por essa minha sumida monstruosa! Confesso que tive uma parcela de culpa, mas o que ferrou tudo para mim foi a falta de tempo! Geeeente, não tenho tempo para nada ultimamente e isso está acabando comigo, nem no twitter estou entrando muito, por isso tomei uma decisão: irei botar em dia minha vida virtual, já que a pessoal está indo muito bem obrigada haha
Bem, esse capítulo está pronto a séculos e só agora consegui postar. Ele é não é gigante, mas acho que dê pra compensar esse meu chá de sumiço. Vou tentar nunca mais fazer isso novamente. Combinado?
Queria agradecer a grandiosa Manu Dixon que além de favoritar a SFM, também recomendou! Fiquei muito feliz e emocionada, muitissimo obrigada gata!
Um obrigada também as preciosas Isis Rocha e Caroline Almeida pelos favoritos! Valeu lindas! Ah, e antes que eu me esqueça, gostaria de mandar um beijo na boca da bonita audiencia da fic haha'
Okay, okay, eu falo/escrevo demais!
Sem mais enrolação, mais um capítulo de Scream For Me para vocês lindos e maravilhosos!



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Sabe quando você pensa que está tudo fodido, mas aí aparece alguma coisa que te dá um pouquinho de esperança? Então, é assim que eu me sinto agora. Uma garota esperançosa, apesar dessa droga de apocalipse zumbi.

George, o cara baixinho que agora sei o nome, tem mais coragem do que aparenta, e graças a ele, e não a seu amigo Gary, John e eu temos a chance que precisávamos para voltar e salvar o bebê. O plano é simples: George fica para trás e despista os walkers, enquanto nós três corremos o máximo possível permitido pela gravidade. Não é um ótimo plano, mas é o que temos, e sou grata por ele.

Gary está estranhamente quieto desde a revelação de seu amigo. John entrou em um estado imediato de felicidade. O próprio George pareceu satisfeito consigo mesmo quando terminamos de combinar as coisas, apesar de isso resultar em só uma coisa no final das contas: morte. E eu... Bem, só quero dê tudo certo, e que esse dia louco acabe logo.

– Parece que é isso então... - Gary enfim disse alguma coisa. Ele esteve nos olhando falar e gesticular, mas havia ficado em total silêncio, até então. Quando resolve dizer novamente, sua voz sai sufocada e um pouco mais brava. - Você vai mesmo se matar para ajudar gente que nunca viu na vida? Pra que isso? Quem faz esse tipo de coisa? Não precisamos fazer nada por eles!

– É claro que precisamos, pelo menos eu preciso. - George diz. Apenas observo.

– Por quê? Para quê? - Gary faz uma carranca e gesticula violentamente com as mãos. - Um dos motivos de respirarmos ainda, de não termos nos transformado naqueles monstros lá embaixo, é simplesmente nossa capacidade de deixar para lá... Coisas, lugares, pessoas... Não nos importamos e isso nos mantem vivos! - Franzo o cenho e olho para John, que observa tudo apertando mais a arma em sua mão. Volto a olhar para a recém discussão.

– E isso lá é vida? - George retruca. Sua testa está suando agora. - Você já parou para contar quantas pessoas perdemos desde que tudo começou? Você já parou para contar quantas pessoas deixamos para trás, Gary? Pois eu já, venho feito isso a semanas... Toda noite, quando deito a minha cabeça para dormir e quando fecho os meus olhos, vejo o rosto de cada um deles. Roland, Emma, Juliette, Ethan, Samara, Abby, Kingston, Chuck, Dave, e muitos, muitos outros. Eu me lembro, de cada um deles, de cada nome, porque eu não deixo para lá, não consigo. Não como você faz!

Abaixo os olhos e afasto um pensamento. Talvez eu seja mais diferente de George e mais parecida com Gary. Eu consigo deixar as pessoas para trás e me esquecer delas, sou ótima nisso. George continua falando, quase gritando agora. Seus olhos estão furiosos e assombrados ao mesmo tempo. Já passei por uma crise de consciência, assim como George, mas ao contrário dele, não resultou em nenhum ato heroico.

– Não posso deixar as pessoas do passado, no passado... - ele continuou. - Simplesmente pelo fato de que elas poderiam estar aqui comigo, poderia fazer parte do meu futuro, mas não vão, porque as deixamos para trás. Você não sabe o quanto essa culpa dói em mim, Gary! Você não tem ideia! Então se eu puder fazer alguma coisa para compensar as merdas que eu já fiz, então estou aqui para isso.

– Belo discurso parceiro. Meus parabéns! - Gary disse batendo palmas tão irônicas quanto o sorriso em seu rosto. - Ninguém nunca te disse que palavras não valem nada sem ações? E eu sei como você age, te conheço. Agora você diz que vai fazer tudo isso por eles, mas depois quando aquelas coisas podres vierem te comer, você vai cair fora. George, meu amigo, te conheço por você é igual a mim.

– Eu não sou igual a você! - George se exalta e vai para cima de Gary. Compartilhando socos e empurrões, os dois vão parar no chão, George levando a pior e recebendo uma serie de murros em seu rosto. Franzo o cenho. John avança para tentar parar os dois brigões, mas antes que ele dê o terceiro passo, seguro seu pulso o impedindo de ir em frente. Ele me olha com cara de quem não está entendendo muita coisa.

– Não podemos deixar que se matem. - John diz. - São babacas? São. Mas não podemos deixar que se matem.

– E não vamos, mas dê um tempo. Acho que eles precisam resolver entre si. - digo porque isso faz John mudar de ideia, não porque realmente acredito.

E então, do nada, Gary dá um soco final e a cabeça de George bate no concreto, ele pára de tentar se defender. Olho assustada para John que já está segurando sua arma com as duas mãos, ele me olha com a testa franzida e inclina ligeiramente sua cabeça em direção a porta que usamos para vir para o telhado. Assinto e olho em volta procurando onde deixamos nossas mochilas com as formulas para o bebê.

Ah que ótimo! Estão perto de Gary! Ah que ótimo! Levo minha mão até o cós de minha calça e pego a arma. Gary ainda está completamente parado perto de George, olhando-o. Me aproximo no mais silêncio possível e pego a primeira mochila com uma mão. Olho para trás e a jogo para John, que pega a mochila e a coloca nas costas.

– America! - John grita meu nome e só percebo o por quê quando uma mão passa pelo meu pescoço, sufocando-me.

– Onde pensa que vai com isso vadia? - Gary pergunta próximo ao meu ouvido. Olho para John que está com a mandíbula travada e a arma levantada.
Estou ficando sem ar.

– Solta ela agora! Eu tenho uma mira excelente, posso atirar no seu cérebro daqui se eu quiser. - John ameça ferozmente.

– E arriscar arranhar o belo rosto da loirinha? Eu acho que não.

Não espero que Gary me solte em um ato leviano de compaixão, nem que John salve o dia e minha vida. Dou um pisão no pé de Gary e uma forte cotovelada em suas costelas. Ele vai para trás e sem pensar o empurro do telhado.

Ele cai. Ele realmente cai.

Eu respiro e corro para a beirada do telhado, olhando para baixo. Ei, lá está o Gary, sendo devorado lentamente por walkers. Ele grita, e grita mais alto, e isso só atrai mais daquelas coisas. Não sei o que pensar, o que fazer e como agir. O sangue dele está deixando um grande borrão vermelho no chão. Nem sei porque o sentenciei a essa terrível morte, meu instinto deve tê-lo feito. Gary ainda grita e eu não quero mais ouvir.

John aparece ao meu lado, levanta sua arma mirando em Gary e simplesmente acerta a sua cabeça com um tiro. Ele já não grita mais. John põe a mão em meu braço e dá um leve aperto.

– Ei, vamos.


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Notas finais do capítulo

WOW! E aí, o que acharam? Compensou, nem que seja um pouquinho, a demora?
Galera, essa fanfic não é daquelas que só funcionam por reviews, mas preciso que vocês comentem, nem que seja uma pessoa, para eu saber a opinião de vocês sobre o ritmo e o rumo da fic. Portanto, me façam feliz e comentem! Não custa nada e faz muita diferença!
Enfim...
Amanhã tem mais um capítulo novo, afinal tenho que colocar em dia SFM né? Até mais e beijos!