Scream For Me escrita por Camila
Notas iniciais do capítulo
Olá galera! Aqui estou eu de volta com mais um capítulo de Scream For Me!
Enjoy!
Olho para frente. Viro minha cabeça para trás olhando para a estrada pela qual eu acabei de vir. Eu poderia dar ré talvez, mas provavelmente eles atirariam contra o parabrisa do carro me acertando em cheio na cabeça, portanto eu fico parada. Não desligo o carro, não vou pra frente e nem pra trás. Fico parada olhando o grupo de pessoas a minha frente conversando sobre algo tão importante que ainda nem notaram a minha presença. Não leva nem mais quatro segundos antes de o fazerem. Um cara alto de farda militar olha na minha direção e grita com os outros gesticulando com a arma em sua mão. Todos estão me olhando agora. Consigo contar treze pessoas ao todo. Treze? Sério? Merda! Me certifico de que a minha arma está no cós da minha calça jeans. Nunca se sabe não é? Respiro quatro vezes antes de abrir a porta do carro e sair pra fora. O cara militar olha para um homem loiro ao seu lado e ambos vem andando em minha direção. Semicerro os olhos em baixo dos óculos de sol. Merda!
– Podemos ajudar? - pergunta o loiro sorrindo maliciosamente.
– Na verdade, podem sim. Eu só quero seguir o meu caminho, então se poderem afastar um dos carros de vocês da estrada, eu agradeceria. - respondo tentando ser educada. Não quero arrumar briga.
– Está sozinha? - pergunta o cara militar. Ele não estava mais com a arma na mão, mas ela deveria estar por ali perto. Não sei o por que da pergunta, mas várias coisas se passam pela minha cabeça. Ele poderia estar perguntando para se certificar de que estou mesmo sozinha e então ele e seu amigo, me arrastariam para o meio do mato e me estuprariam de muitas maneiras diferentes. Ele poderia estar perguntando para então me dar um tiro e roubar o meu carro. E ele poderia estar perguntando apenas por perguntar.
– Sim, eu estou. Algum problema?
– Não. - o cara militar responde secamente.
– Meu amigo está querendo dizer que uma mulher tão bonita como você, não deveria estar andando sozinha por aí em pleno apocalipse zumbi. Sabe, não é lá muito seguro. - o loiro disse sussurrando a última parte.
– Eu sei me cuidar. Sempre soube, mas obrigada pela preocupação. - dou um sorriso amarelo. - Poderia tirar o carro do caminho?
– Ela pode ser útil. - o cara militar virou de repente para o loiro e disse, ignorando totalmente a minha presença. - Ela pode ficar e ajudar a gente. Precisamos de mais pessoal, você sabe disso. E ela parece saber mesmo se cuidar. - ele olha pra mim de cima a baixo e volta a falar com o loiro. - Não está suja, nem machucada, tem um carro e deve ter suprimentos também. Além do mais, a Ana vai precisar de ajuda.
– A Ana já tem os outros para ajudarem ela, e a gente. Não precisamos dela, apesar dela ser gostosa. - o loiro diz sorrindo e olhando na minha direção. Reviro os olhos. Idiota.
– Tô falando sério Craig! A Ana precisa de cuidados, pelo amor de Deus! Precisamos de mais gente! - argumenta mais uma vez o cara militar. Já sem paciência para essa conversa interna entre os dois, tiro os óculos de sol e os coloco na cabeça.
– Você podem parar de falar sobre mim como se eu não estivessem aqui? - o loiro cruza os braços sobre o peito, devo dizer que é musculoso o suficiente para se ver por cima da cama, enquanto o cara militar apenas levanta uma sobrancelha. - Olha, eu não quero me juntar a grupo nenhum, muito menos o de vocês okay? Sem ofensa. É só que prefiro ficar sozinha. E também, vocês não deveriam ficar chamando pessoas que vocês acabaram de conhecer para o seu grupo. Hoje em dia, é uma ótima maneira de ser morto.
– Quem chamamos ou deixamos de chamar para o nosso grupo, não é da sua conta - responde o cara militar. - A não ser que você se junte a nós, aí tudo bem você dar palpite.
– Jesus! - exclamo revirando os olhos. E eu aqui pensando que o loiro, Craig, era o mais babaca.
– Vamos só deixar que ela siga o caminho dela cara. Sem encrenca. Não precisamos de mais gente para dividir a comida. - diz Craig. Não tem mais babaca ou menos babaca, ambos são.
– Isso! Ótima ideia. - digo apontando com as duas mãos para o Craig. - Você é um gênio, obrigada. E então? Podem tirar o carro para eu poder ir? Hm?
– Olha, eu realmente não fui muito com a sua cara, - começa dizendo o cara militar, enquanto Craig solta um "impossível" baixinho - mas precisamos...
Antes que ele pudesse terminar de dizer alguma coisa, ouvimos um grito vindo de dentro de um dos carros deles parados na estrada, os dois vão correndo ver o que é, e eu, curiosa, vou atrás. Paramos em frente a uma picape com a porta aberta, onde uma mulher está sentada gemendo de dor enquanto uma outra, sentada ao seu lado, segura sua mão. A mulher que tinha gritado antes tem uma barriga gigantesca por baixo de um leve vestido amarelo que agora está manchado de sangue, me lembrou da casa, me lembrou da mostarda e do catchup. Oh merda! Olho de novo. Ela está grávida.
– Mas que porra é essa? - digo mais alto do que pretendia.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Gostaram? Esse capítulo não é grande, como podem notar. Ele, na verdade, era um gigantesco, mas eu acabei o dividindo em dois, para a história ficar mais harmoniosa. Relaxem, vocês vão entender o por que no próximo capítulo ;)
Até sexta! Beijos!