A Princesa Perdida escrita por Lexy Ferreira


Capítulo 19
Capitulo 18




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POV. Bella

No capítulo anterior...

– Eu te... - Edward interrompeu sua frase quando ouvimos algo se mexendo nas arvores. Olhamo-nos assustados- Fique atrás de mim. - ele ordenou e eu obedeci ainda com medo.

Andamos em direção ao que estava se mexendo e então vimos que era...

*-.-*-.-*-.-*-.-*-.-*-.-*-.-*-.-*-.-*

Uma senhora deitada atrás de uma espécie de moita. Ela resmungava, parecia estar com muita dor. Seus olhos estavam fechados e aquilo me causou dor também. Ela aparentava ter a faixa etária de 58 a 60. Tinha cabelos negros e lisos e sua pele era levemente morena. Ela trajava roupas estranhas, parecida com trapos que mendigos usavam, só que a capa cinza parecia nova em folha.
Ela apertava suas mãos sobre o coração e resfolegava o ar com dificuldade.

– Dor... Dor... - ela falava as arquejos e eu e Edward nos ajoelhamos em direção a senhora.

– Senhora... - Edward a chamou mais ela não respondeu. - Temos que ajuda-la- disse ele olhando para mim.

– Ela precisa de um lugar confortável...

– E de um médico. - completou Edward. Mais rápido que pode, Edward pegou a senhora no colo. Ela se encolheu nos braços dele e eu continuava aflita. - Meu cavalo esta ali na frente. - disse Edward a mim- Vamos leva-la a vilarejo.

Começamos a andar lado a lado pela floresta em direção ao cavalo, quando de repente, Edward solta a senhora com tudo no chão e se ajoelha de dor

– EDWARD!!!- eu digo alarmada e ele coloca a mão nos braços de dor. - O QUE HOUVE?

– Eu senti um choque! A dor me fez solta-la- ele disse ainda passando a mão pelos braços que agora estavam vermelhos. Passei minha mão também por eles e Edward reclamou mais de dor. Olhei em direção a senhora e vi que ela nos olhava. Ela tinha acordado!

Ela estava sorrindo para nós e veio em direção a Edward.

– Me desculpe, meu jovem. Eu pensei que fosse alguém que me queria fazer mal. Não queria feri-lo.- ela então puxou o braço de Edward e passou suas mãos por eles, que na hora deixaram de ficar vermelhos. Edward suspirou de alivio e eu continuei confusa.

– Obrigado!- Edward agradeceu a senhora por sei lá o que. - Como fez para que a dor passasse?

A mulher apenas sorriu para ele.

– A senhora esta bem? Sente alguma dor?- perguntei por fim. Afinal, até minutos atrás ela estava rolando de dor no chão.

– Eu estou bem Majestades, não fiquem alarmados por mim. Sou uma simples velha- ela sorriu mais e balançou a cabeça em negação.

– Me desculpe senhora, mais acho que está se enganando: Não sou da realeza, sou só... - fui interrompida pelo dedo indicador da senhora que se pôs nos meus lábios, a fim de me calar.

– É uma honra te reencontrar, princesa!- ela disse olhando nos fundo dos meus olhos e eu a olhei confusa. DO QUE ELA ESTAVA FALANDO?- Você tem os olhos do seu pai!.- ela falou e eu paralisei. Edward olhava aquela cena tão confuso quanto eu.

– Meu pai?- falei confusa- Conheceu meu pai?- perguntei meio desesperada a senhora que alargo o sorriso, mas do nada, ficou séria.

– Escute Majestade, as coisas que viram a seguir serão cruciais para todos. O que o oraculo previu se cumprirá, ou seja, a maldição está por vir. Terás que ter a força e a valentia da sua mãe e a coragem e bondade do seu pai.- ela voltou a sorrir- No final, princesa, tudo fará sentido.- então ela se virou para Edward- E você príncipe, terá de ser corajoso e defender a tua família que se formará, com sangue e bravura. Sabes que és forte, e essa tua força em breve será posta a prova. Fique atento. Não demorará para que o escuridão recaia a nós, mais desejo-lhes sorte.- então a velha senhora se virou de costas para nós e um clarão surgiu diante dos nossos olhos, fazendo com que eu e Edward virássemos o rosto. Quando a claridade de dissipou, a senhora tinha sumido.

– O que...?- falei e olhei para Edward que estava com o cenho franzido e com a confusão estampada na sua face angelical.

– Você entendeu o que houve aqui?- ele me perguntou e eu simplesmente balancei a cabeça em negação.

– Edward, é melhor irmos embora. - falei- já esta escurecendo. - então ambos voltamos a andar até o cavalo de Edward.

– Quer que te leve até sua casa?

– Não, só me deixe no vilarejo que irei sozinha.

– Tem certeza de que não é perigoso?

– Está tudo bem Edward, minha casa fica no vilarejo. - falei abaixando a cabeça envergonhada. Edward ainda me fazia sentir muita vergonha. Ele sorriu e saímos da floresta.

Não demorou muito para chegarmos ao vilarejo. Em média 15 minutos. Desci do cavalo e olhei para Edward, assim que ele também desceu.

– Quero te ver novamente. - Ele disse olhando para mim e se aproximou, pegando uma de minhas mãos.

– Eu não sei... - disse olhando meus pés, ainda corada.

– Não que mais me ver?

– NÃO!!!- quase gritei e ele riu.- Quer dizer...eu...er... Não sei se devo...

– Do que tem medo, Bella?

– Como descobriu meu nome?- indaguei. - Alice te contou, não foi?- presumi

– Sim, mais não tudo. Na verdade, foi muito pouco. Ela me disse que você me contaria...

– Eu não sei se devo... Não é de sua preocupação perder seu tempo com uma camponesa como eu. - disse erguendo meu olhar e olhando em seus olhos.

– Não é perca de tempo ficar com você e principalmente saber coisas sobre você- ele pegou minha outra mão e enlaçou seus dedos em meio aos meus, assim como os enamorados faziam. Sorri sem graça. - E então? Vou te ver ou não de novo?- suspirei pensando em encontra-lo novamente.

Uma parte de mim acredita que isso só pode ser um sonho. Um sonho muito, muito bom.

– Tudo bem!- sorri envergonhada e Edward se aproximou e tocou levemente meus lábios, mais logo se separou. Acho que era isso o tal de selinho que minhas irmã falavam (quando eu conseguia ouvi-las, é claro).

– Nos vemos amanhã na clareira. - ele então subiu em seu cavalo e foi em direção ao castelo. Andei mais um pouco e cheguei a casa dos Denali.

James estava na porta como sempre e parecia mais aliviado do que hoje de manhã. Passei por ele e entrei pela porta da cozinha. Siobhan estava fazendo a janta.

– Bella!- ela sorriu e veio em minha direção.

– Athenodora...

– Não se preocupe querida, eu disse para ela que você estava limpando o sótão, e como você já fez isso semana passada, com certeza ainda esta limpo, então ela não vai nem desconfiar da sua saída. - então ela piscou pra mim e eu sorri para ela.

– Muito obrigado Siobhan!- então eu a abracei e beijei sua bochecha. Ela era a pessoa mais amável e maternal que eu conhecia.

– Onde esta Liam?

– Ele foi tratar dos cavalos.

– E os outros.

– Bem, Kate e Irina estão bordando, já que daqui alguns meses Irina vai se casar com o Laurent e Tanya está no quarto assim como Athenodora.

– Tanya chegou?

– Sim, ela chegou a pouco tempo.

– Onde ela estava?

– Não sei. Athenodora perguntou a ela e ela simplesmente disse que estava cansada de ficar aqui dentro e queria sair.

– Estranho... - indaguei ainda não entendendo aquilo. Pareciam muito estranhos os acontecimentos que vivi hoje.

– Esqueça isso Bella, e venha jantar. Fiz batatas e peixe frito hoje e com certeza é melhor você já tirar o seu prato porque não vai sobrar nada para você comer depois.

Sorri para ela e peguei o prato. Não era comum eu comer a mesma comida que Siobhan servia para as outras Denali, mais de vez em quando ela conseguia fazer com que eu comesse escondida. Desde criança ela fazia isso comigo. Eu nem sabia como agradece-la por estar sempre ao meu lado.

Terminei de comer e agradeci a Siobhan, que em seguida, já levou a comida à mesa. Ela me pediu para levar os pratos e assim eu fiz.

Cheguei à sala de jantares e todos estavam ali, inclusive Tanya. Ela olhava em volta alheia a tudo o que Kate e Irina estava conversando, como vestidos, bordados, maridos...

Athenodora continuava a mesma. Sentada na ponta da mesa com cara de tédio. Assim que a comida foi posta, eu sai da sala e fui em direção a torre, ver se lia algum livro, quando escuto barulhos de saltos atrás de mim, subindo também as escadas. Virei-me e vi Tanya. Ela olhou para mim com o mesmo olhar de nojo, mais parecia que não pelos mesmos motivos.

Quer dizer, ela tinha nojo de mim por não ter o sangue Denali e por ser sua escrava, mais dessa vez, seu olhar parecia de nojo por eu existir, como se eu fosse a principal preocupação em sua vida.

– ME DA LICENÇA, IMUNDA!- Gritou ao passar do meu lado, emburrando meu corpo para o canto da escada. Não que eu já não tivesse me acostumado com o jeito dela, mais agora, ela me parecia muito mais brava.

Subi pro meu quarto e deitei na minha cama, ainda refletindo sobre tudo.

Pov. Tanya

É ELA! É ELA QUE VAI NOS ARRUINAR!

Gritava uma voz dentro de mim que eu sabia que era a rainha. Eu tinha feito a minha escolha:

– É temporário, minha querida- disse a rainha Victória sendo carinhosa.- Será só até o plano dos meus mestres estar completo. E então, aceita?



Eu pensei em todos os meus planos: eu sendo princesa e dando orgulho a minha mãe e ao sobrenome Denali, eu sendo superior as vistas das minhas irmãs que seriam fracassadas por terem se casado com soldados qualquer, eu cansando com o príncipe e o homem mais lindo do reino que era o príncipe Edward e enfim...TUDO!! TUDO O QUE EU QUISESSE EU CONSEGUIRIA, e era só eu emprestar parte do meu corpo.

– EU ACEITO!- disse por fim e a rainha se aproximou. Ela disse algumas palavras e eu adormeci. Quando acordei, vi que estava diferente e com uma roupa diferente. Olhei para o espelho na minha frente e vi que estava com uma coroa, me vestindo igual a rainha.

Vi o corpo inconsciente dela no chão e antes que eu pudesse socorrê-la minha boca automaticamente disse algumas palavras estranhas

Presumi: EU TINHA ME TRANSFORMADO NA RAINHA. Agora éramos DUAS.

E agora aqui em meu quarto a rainha conversa comigo mentalmente

– É essa garota Tanya. Ela estragará os planos de nossos mestres.

– Quem são eles Victória?

– Nossos mestres são os donos por direito do mundo. Eles precisam de nós para se levantarem da obscuridade do esquecimento e dominarem.

– Como assim? Estamos trabalhando para o mal?- perguntei meio ressabiada. Não que eu fosse uma pessoa boa, mais também não queria me meter nessas coisas do mal

– Querida, não fique com medo. Eles nunca nos machucaram. Pelo contrario. Eles irão nos ajudar, você verá.

– Eu não sei...

– Deixe de ser tola. Lembre-se do que você quer.

– Tudo bem... - suspirei cansada

– Agora, precisamos dar um jeito nessa garota.

– Isabella? Por quê? O que ela fez?

– A questão não é o que ela fez, e sim o que ela fará- disse Victória parecendo brava, fazendo com que automaticamente eu ficasse também brava. - Os mestres me mostraram quando a vimos na escada. Precisamos elimina-la

– Como?- perguntei

Algo dentro de mim me fez dar uma risada maléfica e eu olhei para o espelho do meu quarto e vi no reflexo que não era eu, e sim a imagem da rainha Victória.

– Logo você sabe!- Disse o reflexo e eu apenas fiquei olhando.

POV. AUTORA



Do outro lado, na floresta...

– Irmã?- disse a velha mulher com uma cara cansada.

– Zafrina!!- disse a mulher que estava sentada em um sofá velho e veio em direção a mulher que tinha acabado de chegar na porta do chalé, lhe dando um abraço forte.- Onde estava?

– Estava tentando procurar nossas respostas...

– E então, a encontrou?

– Sim, como tinha dito na nossa ligação mental mais cedo, ela estava mesmo no castelo em Swan. A rainha Victória começara a executar um plano...

– E o que faremos?- perguntou a mulher que surgiu de repente na sala do chalé e ficou em frente as duas outras mulheres.

– Eu não sei Senna. Quando tentei descobrir mais, Caius sentiu minha presença e me machucou. - disse a senhora, mostrando uma marca vermelha em seu peito- meu escudo de invisibilidade foi percebido e não deu tempo de chamar vocês. Me teletransportei para a floresta a fim de vir para cá, mais acabei indo um pouco mais adiante, perto da clareira.

– Clareira? Não me diga que é a...

– Sim Kachiri, é a clareira que a princesa vai.

– Ou seja, está se aproximando dela...

– Sim, - concordou a mulher- não demorará muito para que Victória e os Volturi peguem a princesa.

– Temos que agir. - disse a mulher mais alta, que era Senna. - Vamos ver o que acontecerá. - disse ela segurando a mão de Zafrina que segurou a mão de Kachiri, formando uma roda.

Um clarão de luz se fez no meio delas.

Elas eram o oraculo¹.


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Notas finais do capítulo

Oraculo¹:Oráculos são seres humanos que fazem predições ou oferecem inspirações baseados em uma conexão com os deuses. No mundo antigo, locais que ganharam reputação por distribuir a sabedoria oracular também se tornaram conhecidos como "oráculos", além das predições em si mesmas.(Fonte: Wikipedia) os oráculos eram as divindades que respondiam a consultas sobre o futuro e que tinham opinião de extrema importância para quem os procurava.



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