Princesa da Neve. escrita por Mary Dias


Capítulo 9
Reencontro de almas.


Notas iniciais do capítulo

Oi genteeee!
Eu sei que demorei, mas foi por uma boa causa. Esse capítulo pode não estar bom, mas foi o máximo que eu consegui depois de tanto tempo longe da fic.



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– Você a viu? – Elsa perguntou um pouco animada.

Ela sabia que Breu iria espalhar sua maldade sobre os Guardiões. Ele a encarou com a sobrancelha arqueada, enquanto descia do cavalo.

– Não. – disse. – A sua pequena lombriga está muito longe da sua terra.

Aquilo a abalou, mas Elsa manteve-se de pé. Ela já não estava mais acorrentada, mas se pudesse sair, não conseguiria, já que a sala onde estava era no subsolo mais subsolo da caverna de Breu. Ela não conseguia voar como Jack. Ele bem que tentara a ensinar, mas ela caía constantemente e nunca se concentrava.

Sentou-se em um pufe negro e fechou os olhos, sem pensar em nada e sem dormir. Ela apenas queria entrar em estado de hibernação, para não ter que ver a guerra que estava acontecendo. Durante a noite, Breu mandava seus servos sabotarem as imaginações das crianças para que elas não acreditassem mais nos Guardiões. Aquilo era asqueroso.

(...)

Ella saíra do Polo voando rumo ao vento. Seguia as coordenadas que North havia dado e estava rumo ao lugar mais frio da cidade de Nova York. Ela parou atrás de uma árvore, vendo um exército de cavalos negros. Tinha que pensar numa medida de entrar naquele lugar sem sofrer algum dano maior. Pensou por alguns segundos e deixou a neve deslizar entre seus dedos. Aos poucos o primeiro cavalo negro tinha sido congelado. Ela viu então a deixa e congelou todos os outros. Voou por cima deles e encontrou o buraco em que o Bicho Papão se escondia.

A loira forçou a cama e entrou escorregando, como se fosse um tobogã. Escondeu-se em um lugar claro, pois a Fada disse que devia evitar as sombras, era de lá que o Breu surgia. Ella checou silenciosamente o local e avaliou que não tinha ninguém ali. Voou rapidamente para a outra extremidade da sala, sem querer, chocando-se contra um objeto de vidro. O barulho foi estridente.

– Breu, é você? – uma voz de mulher questionou, fazendo seu coração palpitar.

Seria ela?

A loira não respondeu, quebrando mais um pote de vidro, ela tentou ver de onde vinha o som.

– Breu, isso não é engraçado. – a mulher disse com raiva.

A voz vinha de um túnel. Ella voou por ele, tentando encontrar uma saída, mas ele era muito mais profundo do que pensava. Já não parecia mais ter fim, então, a garota viu uma luz crepitante vinda do que pareceu ser o fim do túnel.

Ella entrou com cautela lá, vendo uma mulher com um vestido verde e preto. Seus cabelos loiros estavam trançados e jogados para o lado esquerdo. Ela estava envolta em um enorme cubo de gelo. Quando Ella se aproximou do cubo, ele se explodiu. A mulher que dormia agarrou o pescoço da garota, levantando-a e prendendo seu corpo na lareira. A garota começou a se sentir febril.

– Quem é você? – a mulher perguntou com uma voz letal. – Alguma espiã de Breu?

– O North me enviou.

A mulher a soltou no chão. Ella caiu com um baque surdo e se arrastou para longe do fogo. Ella olhou a mulher de perto e sentiu-se aquecida pelo fogo que ali crepitava. A mulher tinha olhos azul-gelo, seu nariz era empinado e fino, assim como o seu, ela a sondava, como se a conhecesse.

– Você é a rainha Elsa? – perguntou?

– Sim. – ela respondeu sentando-se em uma das cadeiras que ali havia.

A garota sorriu. – Meu nome é Ella.

A rainha arregalou os olhos encarando a menina à sua frente. Aproximou-se dela, segurando-a pelos ombros. Os cabelos louros, os olhos azuis. Ela até tinha a estrela de gelo no ombro, assim como a bebê que segurou há dezesseis anos atrás.

– Minha filha! – disse a esmagando entre os braços. – Eu não acredito!

Naquele instante, um reencontro de almas acontecia na sala secreta de Breu, enquanto ele espalhava o terror pelo mundo. Ella e Elsa choravam compulsivamente abraçadas uma à outra, formando novamente aquele vínculo mãe e filha. A loira menor quebrou o abraço, olhando nos olhos da mãe.

– Precisamos ir. – determinou.

– Não dá. – Elsa disse. – É muito alto e não podemos voar.

– Correção. – Ella falou. – Você não pode voar, eu posso. Você vem?

A garota estendeu a mão para a mãe, que custou a aceitar. Quando Elsa segurou a mão de Ella, quase gritou por causa do susto que levou. Ella e a mãe se apoiaram uma na outra para sair do túnel. Mas estavam muito devagar por causa da pressão dos níveis do solo.

– Nessa velocidade, não iremos sair daqui antes que o Breu chegue! – Elsa disse exasperada.

– Ele não está aqui? – Ella arregalou os olhos.

– Não, foi espalhar seu terror pelo mundo. – disse.

– É... – Ella disse quando quase ia parando. – Nesse ritmo nós iremos cair, ou seremos as reféns de Breu para sempre.

– Tive uma ideia. – Elsa disse.

Ela virou as palmas das mãos para baixo e fez com que a neve saísse delas. A velocidade aumentou ainda mais. Para ajudar, Ella fez o mesmo com a mão livre e então elas logo encontraram o fim do grande túnel. Mãe e filha se direcionaram para o outro túnel, onde usaram mais poder para chegar mais rápido lá fora. Ella já podia levar as duas sem o auxílio da neve.

Quando as duas passaram pelos cavalos de Breu, escutaram um barulho de algo se quebrando e pararam para virar. Os cavalos – que estavam congelados – agora tinham ganhado vida novamente e o exército estava maior.

– Nossa, que cena, tocante! – era a voz odiosa de Breu. – E eu achando que mãe e filha nunca mais chegariam a se conhecer... – ele deu uma risada monstruosa e depois ficou serio. – Isso não era para ter acontecido. NÃO ESTAVA PLANEJADO!

– Que pena. – disse Elsa. – Nada sai como planejamos.

Ele se irritou e soltou um jato negro que as separou. Elsa foi para um lado e Ella para outro, quebrando seu sapato de salto. O tornozelo dela também estava torcido. Mas mesmo assim a loira se levantou.

– É tão lindo vê como vocês se parecem. – Breu disse saindo de cima do cavalo. – Sabe, no minuto em que vi meu exército congelado, achei que a Elsa tivesse saído, mas, então, eu me lembrei que o Jack sabia voar, então supus que estivessem juntinhos agora, mas... Não... O Jack tinha que enviar a sua filhinha...

Ella tentou correr até a mãe. Assim que elas chegaram perto uma da outra, foram lançadas para longe. Breu riu.

– Vocês não podem ficar juntas. – disse como se fosse o óbvio. – Esse é o seu pior pesadelo, Ella. Ficar longe de seus pais...

A terra tremeu e um coelhinho fofinho apareceu perto de Ella. A garota – por mais que a situação fosse periclitante – o pegou nos braços e olhou para a carinha fofa do dito cujo.

– Que fofinho! – Coelhão podia ter revirado os olhos, mas era a Ella, a garota tinha esse direito.

– Sou eu, o Coelhão! – ele cochichou. Ella o olhou arqueando as sobrancelhas. – Eu sei, estou pequeno. Perdi os meus poderes. E precisamos derrotar o Breu novamente. Você tem que se juntar à Elsa.

– Não dá. – Ella disse. – Ele me atingiu com o meu pior pesadelo e o meu pior pesadelo é ficar distante dos meus pais.

– Ok, precisamos de algo para distraí-lo enquanto os outros não chegam...

Ella soltou o Coelhã... Coelhinho no chão enquanto pensava. Eles pareciam partilhar do mesmo pensamento, já que ambos se olharam e olharam para Elsa, que os encarava duvidosa. O pequeno coelho correu até a rainha, que se abaixou para pegá-lo. Breu fazia algo que ele mesmo julgava importante. Era a hora para atacar.


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