Princesa da Neve. escrita por Mary Dias


Capítulo 7
Fortaleza de North.


Notas iniciais do capítulo

Oi Flocos de Neveee!
Eu sei, demorei pakas. Mas foi pelo simples motivo de a minha internet me deixou na mão novamente. Mas eu vou tentar não demorar. Acho que esse é o capítulo que muitas de vocês aguardavam. Espero que seja de vosso agrado. Beijinhos.



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– Para onde vamos? – Ella perguntou segurando a pequena Olívia, que brincava com Olaf, ela não falava.

– Para a fortaleza do North. – Kristoff respondeu. – O Papai Noel.

– Sério? – perguntou animada. – É sério que eu vou conhecer o Papai Noel?

Anna assentiu sorrindo. Eles estavam se preparando para ir, quando Kristoff reparou em algo que ninguém mais fez. O transporte. Sven não poderia carregar mais do que ele Anna e Olaf. Ele precisaria de uma carruagem ou um trenó para carregar todos. Sem falar que a fortaleza de North era no alto, como ele iria subir?

– Er... Tá tudo muito combinado, mas... Como é que vamos todos juntos? – perguntou coçando a nunca.

– Eu não tinha pensado nisso. – Ella observou. – Tive uma ideia. Eu farei um trenó de gelo, assim nós poderemos viajar melhor.

Eles assentiram. Ella concentrou-se em fazer o trenó ganhar forma. Para ela, era até bom explorar o seu dom. Dom. Era isso. Ela tinha um dom, um dom maravilhoso de dar forma à neve. Ella sequer sabia que podia voar. Começou a gesticular com as mãos enquanto os fluidos da neve escorriam por entre seus dedos. Trenó terminado, ela abriu os olhos encarando sua tia, que estava de boca aberta.

– É incontestável o modo como você se parece com sua mãe. – ela disse emocionada.

– Como ela é? – Ella perguntou acomodando-se no trenó.

– A Elsa é a criatura mais doce do mundo. – Anna disse.

– É mesmo. – concordou Olaf também se acomodando ao trenó. – Foi ela quem me criou. – ele pareceu encontrar algum ponto óbvio naquela confissão. – Espera aí... A Elsa me criou! Se ela me criou quer dizer que somos...

– Irmãos? – Ella perguntou divertidamente.

O boneco de neve assentiu.

– Continuando... – Anna disse como se não tivesse sido interrompida. – Se quer saber como sua mãe é, basta olhar para você mesma. Você é o espelho dela.

Ella sorriu com isso. Kristoff partiu com a carruagem por entre o gelo. Anna agasalhou-se com a sua capa de viagem. Parece que para aquela missão de resgate ela estava bem mais preparada. Estava feliz por ter encontrado a sobrinha. Finalmente uma vez que as portas se abriram para ela, a garota não hesitou. Ela veio com eles. Anna estava feliz por estar levando um pedaço de sua irmã que havia se perdido no caminho.

– Quando eu fui sequestrada... Como a Elsa ficou? – Ella perguntou insegura.

– Ela parecia estar em pedaços, chorou por dias e noites, poderia chorar esses dezesseis anos todos, se tivesse lágrimas para isso. – Anna respondeu. – Às vezes eu acho que ela havia ficado maluca, mas quem não ficaria se tivesse perdido uma filha?

– Agora eu estou voltando para casa, não há mais porquê ela ficar triste.

Ambas sorriam uma para a outra. Anna estendeu os braços e a sobrinha confortou-se neles.

Seguiram assim até o fim da viagem, foi ali que viram uma enorme construção em cima de um Ice Berg. Ella logo deduziu que poderia ser a tal fortaleza. Eles pararam o trenó embaixo da grande montanha de gelo. Kristoff afastou-se alguns centímetros para medir a altura do Ice Berg.

– É muito íngreme. – disse fazendo um sinal de negativo com a cabeça. – Nós teremos que escalar...

– Com licença. – Ella pediu em um tom de uma criancinha birrenta.

Fechou os olhos, concentrou-se e pensou em uma escada que os levasse até o topo. Ella fez um gesto com as duas mãos e abriu os olhos, pisou no único degrau exposto da escada e outro apareceu, assim como o corrimão que ia aparecendo conforme ela subia. A loira sorriu de canto e começou a subir rapidamente, formando uma belíssima escada de gelo puro.

– Ok. – Kristoff disse. – Também estava nos nossos planos fazer uma escada grandiosa. – ele olhou para Anna. – Lembra-se de quando fomos tentar convencer a Elsa a descongelar o verão e você tentou subir naquela montanha de Arendelle?

– Kristoff! – Anna o repreendeu e subiu os degraus da escada.

Olaf e a pequena Olívia foram atrás, subindo os degraus delicadamente. O loiro sorriu meigamente com a cena: Olaf segurava as mãos de Olívia. Ou seriam galhos? Seja lá o que for, a cena era fofa.

– Já sabe amigão. – disse para a rena. – Você fica.

Sven fez um bico enorme, mas obedeceu ao amigo. Sentou-se na posição de cachorrinho e assim esperaria até o loiro voltar. Kristoff deu de ombros e também subiu as escadas.

– Nossa! Que lugar mais maravilhoso é esse? – Ella perguntou com a boca aberta.

Era uma construção vermelha e muito bonita. A garota andou até a entrada, mas foi impedida por um iaque enorme. Ele tinha um bigode engraçado, parecia não saber falar.

– Er... Com licença... – a garota tentou iniciar uma conversa. – Eu sou Ella Tsorf, eu mandei uma carta para o Papai Noel, mas está com o meu endereço errado, será que eu poderia entrar e falar com ele?

O iaque fez que não.

– Ok. – Ella disse. – Não tive muito sucesso.

Ao longe, em uma das janelas da fortaleza de North, Jack olhava para baixo. Estranhou ao ver um enorme trenó azul claro estacionado em baixo da montanha que a fortaleza de North ficava. Ele moveu os olhos mais para frente encontrando Sven parado bem em frente a uma escada. Ela era feita de... Gelo?

– O que a Elsa faz aqui...? – perguntou-se.

– Senhor. – um dos iaques de North chegou perto de Jack, que estava cuidando da fortaleza. – Tem uma garota loira lá em baixo, ela deseja falar com o Papai Noel...

– Mas o papai Noel não está. – Jack franziu o cenho.

– Permito que ela entre? – questionou.

Por alguns minutos, Jack pensou em dizer que não, mas a imagem daquela escada de gelo estava fixa em sua memória. Seria bom ele descobrir quem é que está lá fora. Poderia ser até a Elsa. Ela estaria precisando de ajuda?

– Deixe-a passar. – mas uma dúvida martelava em sua cabeça. Elsa tinha um globo de neve, poderia usá-lo sempre que precisasse. – Melhor. – disse para o iaque, que paralisou à sua ordem. – Deixe que eu mesmo a atendo lá fora.

– Ok, sua bola peluda, você pediu por isso. – Ella disse após a décima quarta tentativa frustrada.

A loira preparou uma enorme bola de neve com as mãos e fez mira para jogar no iaque, ignorando todos os apelos de Anna e Kristoff, Ella jogou a enorme bola de neve, que foi desviada e bateu na parede mais próxima, estremecendo tudo. Soterrado, estava alguém cujo um cajado era apenas o que se via. Esse alguém saiu rapidamente de dentro da pilha de neve e olhou irritadamente para Ella, que se manteve impiedosa. Ele pareceu não notar Kristoff e Anna atrás, fez uma bola de neve em suas mãos e jogou em Ella, que se desviou com um escudo.

– Quem é você? – o homem perguntou assustadamente, alternando o olhar do escudo para Ella.

– Quem é você? – Ella empinou o nariz.

– Eu fiz a pergunta primeiro. – ele disse se armando.

– Eu sou... – fez uma pausa. – Ella Frost.

A primeira reação dele foi arregalar os olhos, depois ele se desarmou, então olhou para o lado, vendo Anna e Kristoff sorrirem abraçados. Ele foi aos poucos saindo de seu estado catatônico, como se sua ficha tivesse caindo aos poucos. Ele deu um sorriso sem mostrar os dentes, então o alargou até ganhar uma estranha forma em sua face.

– Ella! – indagou sorrindo.

A garota se via na obrigação de sorrir, assustou-se quando fez isso involuntariamente. O home jogou o cajado no chão e correu para abraça-la, quebrando o seu escudo de gelo. Ele rodopiou a loira no ar e depois a colocou no chão, olhando para a menina.

– Quem é você? – Ella perguntou mais uma vez.

– Sou Jackson Overland. – ele responde. – Porém, sou mais conhecido como Jack Frost. O Guardião da neve e da diversão.

Ella arregalou os olhos e olhou para Jack confusa.

– Você é meu pai? – perguntou descrente.

Ele assentiu. Ella jogou-se em seus braços e o apertou fortemente. Ela enfim tinha encontrado seu pai, pelo menos uma parte da família estava restituída, agora só faltava Elsa. Jack a apertou da mesma forma, arrancando lágrimas de uma emotiva Anna e uma emocionada Ella.

– Enfim nos encontramos, minha filha. – ele disse alegre. – Obrigado. – completou olhando para Anna e Kristoff, que abriram um sorriso.

– Sim, papai. – Ella disse se separando dele. – Espero que tenha sentido a minha falta tanto quanto eu senti a de vocês.

– Claro filha! – ele disse a abraçando novamente. – Tiveram dias que eu não imaginei ter te perdido, então, buscava no fundo do coração te encontrar. Você é a nossa princesa da neve, sempre será.

– Jack! – uma voz difusa foi ouvida e um buraco surgiu no chão.

De lá, um coelho surgiu. Mas ele não era um simples coelho ele era...

– O Coelho da Páscoa! – Ella sussurrou admirada.

O coelho parou de encarar o Guardião da neve e olhou para a menina loira. Ela tinha um sorriso angelical que o deixou paralisado com a boca aberta. Ela era tão linda...Tão...

– Ô Canguru: – Jack estalou os dedos em frente ao coelho, que o encarou com raiva. – Para de encarar a minha filha como um retardado que você é e me diz o que quer comigo.

Coelhão segurou-se para não dar uma resposta à altura, só se conteve, pois ele entendeu bem a pose de pai ciumento e durão que o Guardião tomou.

– Essa eu vou deixar passar. – disse. – E como assim a Ella foi encontrada? – olhou para a menina. – Seja bem-vinda, princesa Ella e não ligue para seu pai chato de galocha. – Jack revirou os olhos. – Bem, onde eu estava...? – cocou atrás da nuca. – Ah, sim, Jack, eu estava fazendo uma pequena vistoria em Arendelle. Entrei no castelo para ver se Elsa precisava de alguma coisa e... – suspirou. – A Elsa sumiu, não há vestígios de quem fez isso.

Jack arregalou os olhos. – Só pode estar de brincadeira.

– Não, não estou. – o coelho afirmou. – A rainha de Arendelle sumiu sem deixar vestígios.

– Ela não está no castelo de gelo? – Anna perguntou se separando de Kristoff.

– Também chequei lá. – o coelho olhou para Anna. – Mas também não está. Nem mesmo o seu servo sabe onde a Elsa se meteu.

– Tem alguma coisa de errado. – Jack pôs a mão direita no queixo. – Vamos para dentro, iremos pegar um dos globos de North...

– Não. – Ella o interrompeu. – Vamos de carruagem. – disse confiante.

– Mas, Ella... – Jack tentou opinar encarando a filha. – Não seria tão rápido assim.

– Confiem em mim. – disse convicta. – Eu tenho uma ideia.

Eles desceram a escada que a princesa havia criado e foram em direção a Sven, que recebeu com prontidão todas as ordens de Ella, como se seu dono nunca tivesse sido Kristoff. Eles embarcaram na carruagem de gelo, que partiu rapidamente pelos ares. Jack se segurava para não rir de seu amigo o Guardião da páscoa. Eles seguiram rumo à Arendelle. Anna dava todas as coordenadas e em menos de segundos, a carruagem parou no pátio do castelo.

– Princesa Anna o que aconteceu? – a empregada do castelo perguntou à Anna, vendo-a descer da carruagem.

– Não dá tempo de explicar Abigail, temos que entrar. Agora.

Eles entraram no castelo rumo aos aposentos do rei e da rainha. Jack abriu violentamente a porta, encontrando nada além de uma pequena e inofensiva estrela de gelo, igual ao fractal desenhado no ombro de Ella.

A garota varreu o local com os olhos, encontrando algo que se parecia com uma bonequinha mínima com a coloração de seus cabelos.

– Isso é cabelo? – perguntou para si mesma, então a bonequinha se dissolveu, mostrando uma flor azul de gelo.

– Não. É a presilha da Elsa. – Anna sussurrou ao seu lado.

– Então onde ela se meteu? Quem a levou? – Ella perguntou levantando os olhos para olhar a tia.

– Breu. – Jack respondeu por Anna.

– Como sabe? – o coelho questionou.

– A presilha é uma pista. – ele respondeu. – Isso é tão Elsa. Ela não fugiria, pois sabia que descobriríamos para onde ela foi. Acho que já esperava por isso. Mas logo agora que recuperamos a Ella?


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