A Nova Princesa - O Amor Acontece escrita por Thaah


Capítulo 21
Illéa


Notas iniciais do capítulo

Então ai está o capitulo, desculpa a demora mas como tinha dito estava sem tempo pois estava envolvida com os preparativos do niver da minha irmã. Mas para compensar este está grandinho e tem POV de alguém que sei que gostam... Mas então recebi mais duas recomendações, estou tão feliz!!!! Obrigada Luna Prior Singer e Emy amei a recomendação de vocês lindinhas este capitulo é para vocês e viva as 10 recomendações!! Sem mais... Boa leitura e Enjoy ;D



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POV America

Estávamos no jatinho particular que pertencia exclusivamente a Família Real da Inglaterra indo para Illéa, eu estava com a cabeça recostada no braço de Nick e ele dormia tranquilamente com a cabeça apoiada na janela do avião. Estava lendo uma cópia do jornal de Illéa que Maxon havia me dado para eu saber como estavam às coisas de fato lá, e devo admitir as coisas estavam horríveis, revoltas, protestos, ataques constantes e o povo estava cada vez com mais raiva do governo. Eu esperava que o conselho aprovasse meu plano, senão eu não sei o que seria de Illéa. Rei Clarkson, Rainha Amberly, Kriss e Maxon e os outros funcionários de Illéa foram pela manhã bem cedo antes mesmo do café da manhã para preparar a nossa estadia, enquanto que nós fomos depois do jantar, chegaríamos no dia seguinte pela manhã.

Eu devia ter pegado no sono enquanto lia o jornal, pois fui acordada por beijos em minhas bochechas e pescoço. Me remexi e abri meus olhos me deparando com as íris azuis iguais as minhas de meu noivo me observando.

– Quer ir para quarto? Vai ficar mais confortável - Ele disse e eu assenti, Nos levantamos e fomos para uma das suítes. Havia duas suítes no jatinho, Meus sogros e Isabella estavam em uma e eu e Nick ficamos com a outra, ele ficou preocupado de eu ficar constrangida por dormimos na mesma cama, mas a verdade é que eu tinha gostado de dormir abraçada a ele, me sentia segura e protegida. Cheguei lá e fui ao banheiro para me trocar, coloquei uma calça de moletom e uma blusa de alças, voltei para o quarto e ele também vestia uma calça de moletom e uma blusa de dormir, nos deitamos e ele me envolveu em seus braços e apoiei minha cabeça em seu peito.

– Não vejo a hora de poder dormir com você todos os dias assim - Ele disse e eu sorri.

– Eu também. Boa noite. Eu te amo.

– Boa noite. E eu te amo mais.

Acordei no dia seguinte sendo sacudida de forma nada amistosa

– Acorda Ames! Nós já vamos pousar - Minha amada cunhadinha disse e eu abri os olhos e ela sorriu, não tinha como ficar brava com ela, principalmente quando ela faz aquela carinha de cachorro sem dono. Pensar nisso me fez lembrar dos meus cachorrinhos a Lexy e o Duke, espero que eles estejam sendo bem cuidados.

– Ah! Tudo bem sua pentelinha, deixa eu me arrumar - Eu disse me levantando e indo para o banheiro e ela foi para se arrumar também, assim que entrei no chuveiro Marlee a única das minhas criadas - criadas não amigas, elas eram e sempre seriam minhas amigas - que estava no avião comigo também entrou.

– Bom dia Ames! - Ela disse sentando no vaso.

– Ei! Que invasão de privacidade é essa? - Eu disse tentando me cobrir com meus braços.

– Ah me poupe, eu tenho tudo que você tem! - Ela disse e eu revirei os olhos - Eu vim aqui te apressar, pois já vamos pousar e você precisa se sentar – Ela disse e eu sai do chuveiro e coloquei um vestido azul com cintinho preto e um sapato plataforma e um casaco por cima também pretos (Link: Roupa) , era um look sério de mais para mim, mas era necessário para a ocasião. Sai do quarto e me sentei ao lado de Nick.

– Bom dia! – Ele disse me dando um beijo na testa, ele também estava com um visual bem sério, com um terno e gravata pretos e camisa social cinza – Dormiu bem?

– Bom dia! Sim muito, até sua irmã me acordar – Eu disse e nós rimos.

– Eu pedi para a Marlee fazer isso, mas acho que ela passou na frente – Ele disse e suspirou franzindo o cenho e olhando pela janela.

– O que foi Nick? – Eu perguntei e ele suspirou de novo.

– Não sei se foi uma boa ideia nós termos vindo – Ele disse e eu o olhei curiosamente, vir para Illéa era parte do nosso plano, acho que ele deve ter percebido meu olhar pois continuou – É que está tendo tantos ataques e eu fico com medo de machucarem você, a Bella, meus pais, é perigoso – Ele suspirou e eu acariciei seu braço.

– Vai dar tudo certo sim? - Eu disse e ele me olhou – E afinal estamos vindo para cá para acabar com isso, certo?

– Certo. O que eu faria sem você para me acalmar? – Ele sorriu e eu o beijei. Terminamos o beijo e alguém avisou que já tínhamos pousado. Saímos do avião e eu tive uma surpresa, havia milhares de pessoas gritando meu nome e com cartazes, dizendo coisas como “Nossa salvadora!”, “Princesa America” “Você deveria ter ganhado a seleção” e até “ As ruivas dominam”. Acenei carinhosamente para todos eles e nos dirigimos para os carros pretos que nos levariam para o palácio, nunca pensei que voltaria lá tão rápido, mas também nunca pensei que estaria onde estou hoje.

POV Maxon

Saímos da Itália bem cedo para voltar para casa e preparar a estadia da Família Real da Inglaterra, eu esperava que com eles aqui tudo desse certo e finalmente os problemas com os rebeldes fossem cessados. Porém meu pai ainda estava furioso, eu acho que em parte por causa de America, vê alguém que ele não suportava, alguém que ele considerava um lixo exercendo mais poder do que ele e tendo o apoio que ele jamais conseguiu ter o deixava fora de si. Minha mãe estava muito feliz com a iniciativa de America, muito orgulhosa dela, ela teria gostado de tê-la como nora. Sim, apesar de dizer a ela que eu tentaria esquece-la e seguir em frente, eu ainda pensava nela constantemente, sonhava com ela, e principalmente desejava que o tempo voltasse atrás e eu pudesse tê-la escolhido. Kriss continuava um doce de pessoa e eu estava tentando me apaixonar por ela, mas isso não é algo que se consiga controlar, porém eu percebi que ela tinha ficado muito desconfortável com America, Nicoletta, Daphne, Victor, Henri e Nicholas, eu não entendi muito bem já que ela e America eram próximas durante a Seleção. Eu tentei me enturmar, parecer descontraído, mas cada vez que eu olhava para America e Nicholas uma raiva me consumia, tive que me segurar inúmeras vezes para não brigar novamente com ele, e implorar o perdão dela, a verdade é que eu acho que nunca vou superar isso, eu queria que ela tivesse esperado mais um pouco e talvez assim nós pudéssemos nos encontrar e eu poderia pedir desculpas pela minha idiotice, mas isso não aconteceu e eu precisava seguir em frente com Kriss.

Estávamos esperando no hall de entrada do palácio esperando eles chegarem, queria saber a reação da America quando voltasse para cá. Kriss estava do meu lado e meus pais a nossa frente do outro lado da grande porta de entrada do palácio.

– Será que vai demorar muito? – Kriss perguntou.

– Acho que não, já nos informaram que eles já chegaram e entraram nos carros, do aeroporto até aqui não é muito longe – Eu disse e ela assentiu. E eu vi um conjunto de carros pretos de luxo aparecer no horizonte e parar na entrada do palácio. O Rei e a Rainha saíram primeiro junto à pequena princesa Isabella, então Nicholas e America saíram do outro carro, ela estava muito linda, com uma postura perfeita, digna de uma futura princesa, tenho certeza que Silvia ficaria orgulhosa dela.

– Que bom que chegaram! – Minha mãe os saudou primeiro – Fizeram uma boa viajem?

– É muito bom estar em solo firme de novo – A rainha Isabel comentou rindo e nós a acompanhamos, minha mãe havia me falado que ela odiava voar de avião – E fizemos uma ótima viajem – Ela disse e depois todos nós os cumprimentamos e percebi que America olhava para os lados e franzia o cenho, então eu entendi, depois de tantos ataques como estávamos tendo agora, o palácio tinha que ser constantemente limpado, porém a cada ataque as coisas iam ficando piores, as paredes estavam um pouco desgastadas, os vidros um pouco mais escuros, continuava sendo puro luxo e lindo mesmo assim, porém para quem o conheceu antes era uma grande surpresa. Algumas criadas os acompanharam até seus aposentos para descansarem um pouco e logo depois teria uma reunião, onde America e Nicholas explicariam o plano. Enquanto isso fui dar um volta com Kriss no jardim.

– Como estão os preparativos para o casamento? – Eu perguntei, eu sabia que falar com ela sobre o nosso casamento a deixava feliz então constantemente eu fazia perguntas sobre alguma coisa relacionada a ele.

– Muito bem, já está quase tudo pronto, apenas preciso escolher as madrinhas e meu vestido, eu não tenho irmãs e tive poucas amigas, meus pais e meus irmãos eram muito superprotetores comigo e quase não me deixavam sair de casa – Ela suspirou triste – Eu não sei quem convidar.

– Você não tem ninguém em mente? Pode ser apenas uma, não tem problema – Eu disse afagando seus cabelos e percebi que ela chorava. A família dela e de America eram bem diferentes, Kriss era filha de professores e teve uma educação bem rígida e pouco saia, seus pais a amavam, mas não demonstravam tanto assim, enquanto que America teve uma educação caseira e uma família que a amava muito.

– Bom, acho que tem uma sim, eu tinha uma amiga antes de vir para cá, éramos muito próximas, pois os pais dela também eram professores, era a única garota que meus pais consideravam apropriada para mim, o nome dela é Kristen, ela também se inscreveu para a Seleção, mas obviamente não passou e quando eu passei ela meio que parou de falar comigo e desde então não temos mais contato – Ela disse e vi uma lágrima escorrer pelo seu rosto.

– Tente ligar para ela, talvez agora que você será a princesa ela resolva aceitar o pedido, mas caso não aceite podemos chamar princesas de outros países para serem as madrinhas, seria uma escolha bem diplomática – Eu disse tentando fazer piada e ela sorriu um pouco, eu gostava da Kriss talvez não tanto mas queria vê-la feliz – Seus pais chegam amanhã certo?

– Sim, eles e meus irmãos, parece que querem me contar algo, e é bom que minha mãe me ajuda a escolher o vestido – Ela disse e ficamos em silêncio um tempo até que ouvimos risadas e uma criança emergir das portas do jardim com uma bela ruiva atrás.

– Bella! Volta aqui! – America disse, ela tinha trocado de roupa, agora estava de vestido preto com flores cor de vinho e tinha um cinto na cintura, estava com um sapato preto e os cabelos estavam soltos e bem ondulados (Link: Roupa), mas parou quando nos viu.

– Desculpa, não queria interromper – Ela disse um pouco vermelha e a princesa correu para o lado dela.

– Não tem problema – Eu disse me levantando de onde eu estava sentado com Kriss – O que estavam fazendo?

– Nada, apenas estava tentando convencer a Bella a se arrumar – Ela disse dando de ombros.

– Bonito vestido America – Kriss disse e pude sentir um pequeno sarcasmo em sua voz.

– Obrigada, minhas criadas são demais – Ela disse passando a mão pelo vestido.

– Sim, as criadas que você roubou de mim! – Kriss disse nervosa – Era par elas serem minhas, estarem fazendo vestidos maravilhosos para mim e não para você!

– Escuta aqui Kriss, elas tem o direito de irem com quem quiserem, elas não estavam satisfeitas aqui em Illéa, por isso aceitaram ir para a Inglaterra, eu não roubei nada – America disse e eu senti que Kriss ia revidar e antes que isso virasse uma briga intervi.

– Acho melhor irmos para a reunião – Eu disse e peguei o braço de Kriss – Vamos Kriss, até mais America – Eu disse e quando estávamos longe o suficiente eu parei e olhei inquisidoramente para Kriss – O que foi aquilo?

– Desculpe – Ela disse – É que... É só que...

– É o que?

– É só que eu tenho raiva da America, ela sempre teve tudo! Apesar de ter sido cinco, ela tinha e tem uma família que a ama de verdade, que faria tudo por ela, irmãos que confiam nela, sempre teve tudo, as melhores criadas, as melhores ideias, e principalmente ela ainda tem o seu amor... – Ela disse e pausou, eu sempre soube que ela tinha uma pontada de inveja da America, mas não sabia que era tanto – Eu tenho raiva dela, pois mesmo tendo perdido a Seleção ela se reergueu e olhe onde ela está agora, enquanto eu sempre fui uma bonequinha de porcelana, intocada, eu sei que meus pais me amam, mas não de forma a demonstrar isso, sempre vivi confortavelmente como três, porém não tinha a presença de meus pais...

– America também quase não teve – Eu a interrompi – Seus pais tinham que trabalhar muito para sustentar ela e seus irmãos.

– Eu sei que sim, mas eles ainda se viam nas refeições ou nos finais de semana e ela sabia que eles a amavam, pois além de dizerem demonstravam isso, eu não, meus pais estavam sempre trabalhando, fui praticamente criada por tutores, e quando meus pais estavam de folga sempre arranjavam uma viagem para fazer, e eu me meus irmãos ficávamos novamente com os tutores – Ela disse começando a chorar – Na verdade, eles só queriam apenas um filho, e acabaram tendo três, meus irmãos mais velhos são gêmeos e eu fui um acidente – Ela continuou e pude perceber que éramos mais parecidos do que pensava, apesar de saber que pelo menos minha mãe me amava de verdade e sempre que podia passava um tempo comigo, mas eu também fora basicamente criado por tutores – Eu sempre fui a perfeitinha, estava cansada disso, e foi quando me juntei aos rebeldes do norte, apenas porque achava que seria legal ir contra as regras uma única vez, meus pais nunca souberam, mas eu fui ficando e gostei, então veio a Seleção e eles viram uma oportunidade de ter um deles no poder, e bom o resto você já sabe.

– Tudo bem, obrigado por se abrir comigo – Eu disse e a abracei – Eu preciso ir agora.

– Eu sei – Ela disse e eu dei um beijo na testa dela e fui para a reunião. Quando cheguei lá meu pai e os conselheiros estava discutindo como sempre, sentei no meu lugar e o Rei William, Nicholas e America entraram e se sentaram, meu pai se levantou e falou:

– Bom, convoquei essa reunião, pois o príncipe e a futura princesa da Inglaterra tiveram uma ideia para acabar com a guerra com a Nova Ásia e ainda terminar o confronto com os rebeldes. Como todos sabemos o objetivo deles é acabar com o sistema de castas, eu não concordo com isso, mas deixarei eles expressarem suas ideias e planos – Ele finalizou e Nicholas se levantou para falar, eu sabia que era ele quem falaria, pois se fosse America tenho certeza que os conselheiros nem cogitariam a ideia, meu país infelizmente era assim.

– Então, minha noiva e eu – Ele começou e apontou para America – Conversamos sobre isso junto ao príncipe Maxon que tinha um projeto sobre isso também e achamos que acabar com as castas seria a melhor solução já que esse é o problema com a guerra e os rebeldes, discutimos muito e chegamos à conclusão que era melhor começar pelas castas mais baixas, ou seja, começando pela retirada da casta Oito até a Um, como era o plano de Maxon, mas a falha no plano dele era que apenas retirar as castas não resolveria o problema, apenas geraria mais revoltas e confusão, ele não tinha pensado nisso ainda, e é ai que entra de fato o plano de minha noiva e meu, incorporar as pessoas em uma sociedade mais justa, deixando-as escolherem sua profissão, sem estarem presas em uma apenas por causa de sua casta, podendo fazer o que gostarem. Mas para isso elas precisam ser ensinadas, funciona mais ou menos assim, as crianças, adolescentes e jovens que ainda não ingressaram nas suas profissões ou acabaram de ingressar nelas poderão escolher qualquer uma que desejarem ou mudarem de profissão, para isso escolas preparatórias, como as que minha noiva e minha mãe implantaram na Inglaterra, as ensinarão para exercerem as profissões que almejarem, os adultos poderão continuar com suas profissões ou à medida que as castas forem sendo retiradas, ingressarem nas profissões que desejarem – Ele disse e percebi que os conselheiros olhavam chocados e abismados enquanto meu pai tinha um sorriso vitorioso no rosto vendo a reação de seu conselho – O primeiro passo seria a implantação dessas escolas e o recrutamento de pessoas de cada profissão para ensinar os mais jovens...

– E como vocês esperam que a população de castas mais altas reajam a isso? – Perguntou um dos conselheiros, Mason.

– Não dá para prever a reação deles, qualquer medida nunca agrada a toda a população, mas pelo que sei a maior parte da população de Illéa é composta por pessoas de castas mais baixas então se os dois e três não quiserem, eles ainda são a minoria, se uma revolta for feita não terá tantas proporções como está tendo a de agora – Ele disse – Minha noiva me falou das coisas que ela sofreu, que ela passou fome e frio e crianças eram açoitadas por roubarem por estarem com fome, isto não é certo, não é justo, está na hora de mudar isso. Mas, vamos continuar, depois da implantação dessas escolas, o começo será a retirada da casta Oito, eles inicialmente serão integrados aos Sete, pois pelo que sei eles não tem uma profissão legal, ficam a mercê da sociedade e sei que com os constantes ataques a todas as províncias, muitas construções foram destruídas ou danificadas, ou seja, tem muito trabalho a ser feito por um Sete, eles poderiam fazer isso, mas focar nas regiões sul e norte que sofreram mais nos ataques para reconstruir essas cidades, depois retira-se a casta Sete e assim por diante, até que todas tenham sido retiradas. Mas não é apenas isso que precisa ser mudado, a estrutura das escolas está precária, a dos hospitais também, aqueles destinados aos dois e três são ótimos, mas o das outras castas não, como não terá mais castas não tem necessidade dessa divisão, as escolas deverão ser reformuladas também para assim todo o novo sistema funcionar e garantir uma qualidade de vida para os cidadãos de Illéa – Ele finalizou, alguns conselheiros olhavam abismados, outros que eu sei que não gostavam tanto assim do meu pai assentiam com a cabeça em concordância. Depois que ele terminou foi uma discussão ferrenha, parte do conselho achava loucura, outra parte concordava, foi assim até a hora do almoço quando recebemos uma chamada de vídeo do Rei Lao Tsu Ching da Nova Ásia.

– Boa Tarde! – Ele disse com seu pesado sotaque asiático.

– Rei Lao, quanta honra! – Meu pai disse com ironia.

– Sem ironias Clarkson, vejo que ainda não aceitou minha proposta.

– Sua proposta apenas criou desavenças entre meus conselheiros e eu.

– Aceite logo Clarkson, ou sofrerá as consequências. Te dou uma semana para anunciar o fim das castas, e quero o projeto escrito por completo. Agora se eu fosse você escutava direitinho o que a princesa America tem a dizer, pois se não fosse a pedido dela, Illéa já estaria destruída – Ele disse e desligou a chamada e todos nós olhamos para America.

– Explique-se – Meu pai vociferou para ela.

– Eu nem sei por que ainda respondo a seus insultos, majestade – Ela disse séria – Sim, Illéa só não foi invadida ainda pela Nova Ásia porque eu pedi, liguei para o Rei Lao e pedi um prazo de um mês, mas como o senhor já viu ele não dará todo esse tempo, acho bom decidir logo, pois não é minha responsabilidade esse país, eu não vou perder nada se Illéa for destruída, já o senhor majestade, perderá muito, perderá essa pose de autoridade, como será que o senhor reagirá sendo tratado como trata seus empregados? – Ela disse as ultimas palavras ferozmente e saiu sendo seguida pelo seu noivo e sogro.

POV America

Estava furiosa com o Rei Clarkson, eu tento ajudar, mas ele só dificulta a situação, por que ele não podia aceitar o fim das castas? Seria tão simples, pelo menos uma parte dos conselheiros concordava com a gente. O que mais me deixava preocupada era que se ele não abolisse as castas íamos ter que partir para o plano b e eu não queria isso, não seria justo com Maxon, que apenas quer bem de seu povo, mas talvez fosse o único jeito, e ele ainda poderia governar, porém de um jeito diferente. Estava cansada de tudo isso, eu apenas queria voltar para casa e me concentrar na minha festa de noivado. Porém não era apenas isso que me preocupava, cada vez mais a conversa que tive com Kriss fazia sentido. Quando as coisas se tornaram tão complicadas? Eu era apenas uma cinco e hoje sou a futura princesa da Inglaterra.

– Ames, amor? – Ouvi Nicholas me chamando e só então percebi que já tínhamos chegado ao meu quarto, meu sogro já havia ido para seus aposentos – O que foi?

– Eu só estou cansada disso tudo – Eu disse sentando no sofá em frente à lareira do meu quarto – Sabe nunca imaginei que estaria onde estou agora, não que me arrependa, mas é estressante.

– Eu sei e sinto muito por isso – Ele disse me envolvendo em seus braços e acariciando eles – Mas não é sempre assim, na Inglaterra não precisamos nos preocupar com isso, por que mesmo você quis ajudar Illéa?

– Eu não sei, sabe ainda é o lugar que nasci e eu só queria ver Illéa prosperar.

– Hum... Posso te fazer uma pergunta? – Ele disse meio apreensivo e eu assenti – Não fique brava, por favor. Você voltaria com Maxon se isso fosse para ajudar Illéa? – Ele perguntou e eu o encarei, nunca tinha pensado nisso, mas não eu não faria isso, eu amava Nick de uma forma que eu pensava que amava Maxon, não trocaria ele por nada, se fosse preciso iriamos embarcar no plano b, mas largar Nicholas jamais seria uma opção.

– Nunca – Eu disse e o beijei para confirmar isso – Tire isso de sua cabeça, eu jamais te trocaria por outra pessoa – Ficamos nos beijando por um longo tempo até Mary entrar esbaforida no quarto nos assustando.

– Mary o que foi? – Perguntei assustada

– America! A Marlee está na ala hospitalar! – Ela disse e sai correndo gritando para Nicholas chamar Carter imediatamente. Eu sabia que Marlee não vinha se sentindo bem, ela ficava enjoada direto e as vezes tinha tonturas, eu ficava preocupada e insistira para ela ir ao médico, mas ela não quis. Quando chegamos à ala hospitalar, nos deparamos com uma Marlee sorridente deitada em uma maca e com um papel nas mãos.

– Marlee o que houve? – Eu perguntei sentando no final na maca. Estávamos apenas nós duas, pois Mary não entrou.

– America... Eu... Eu... Eu estou grávida! – Ela disse e eu dei um gritinho a abraçando.

– Marlee isso... Isso é maravilhoso! – Eu disse – De quanto tempo está?

– O médico disse que de duas semanas – Ela disse e pude ver o brilho em seus olhos – Sabe eu queria que você e o Nicholas fossem os padrinhos, o que você acha? – Ela perguntou um pouco hesitante.

– É claro que aceitamos! – Eu disse mais feliz ainda. Conversamos mais um pouco até que um Carter ofegante entra desesperado no quarto com um Nicholas logo atrás. Me retirei com Nick os deixando em paz, estava muito feliz por minha amiga.

– O que ela teve? – Ele perguntou preocupado

– Marlee está grávida! E nos convidou para sermos padrinhos! Isso não é demais?

– Isso é maravilhoso! Não vejo a hora de termos os nossos também!

– Nick! Quando estivermos casados podemos pensar nisso – Eu disse e fomos até o jardim, quando entrei reparei no banco que eu e Maxon sempre sentávamos, aquilo me encheu de lembranças, felizes, mas que ficariam no passado assim como minhas lembranças com Aspen. Nos sentamos na grama mesmo, em baixo de um árvore.

– Estive pensando – Ele começou.

– E no que andou pensando?

– Quanto tempo vamos esperar para termos nosso primeiro filho?

– Hum... Não sei que tal um ano?

– Muito tempo! – Ele disse de forma brincalhona e eu ri.

– Não sei então, quando acontecer vai acontecer – Eu disse e me levantei – Agora tenho que ir prometi que iria brincar com sua irmã, ela anda tão triste sem meus irmãos.

– Verdade, e como estão eles? – Ele perguntou levantando também – Já ligaram?

– Já sim, eles falaram que estão amando lá, May e Gerard estão adorando tudo. Fico muito feliz com isso.

– Eu também, acho melhor ir também, tenho uma reunião com meu pai sobre a aliança com o Brasil, está quase tudo certo – Ele disse e nos beijamos.

Ele foi para a reunião e eu para a sala de música encontrar com Bella. Mas quando estava quase lá ouvi o alarme rebelde, corri o mais rápido que pude para a sala de música, pois havia pedido para Bella me encontrar lá, mas quando cheguei não tinha ninguém, sai procurando pelos corredores, mas nada dela.

POV Nicholas

Havia acabado de me despedi de America e tinha chegado à sala de reuniões que o Rei Clarkson nos emprestara, quando ouvi um barulho, imediatamente guardas nos avisaram que estava tendo um ataque e nos levaram para uma sala segura, chegamos lá e o Rei Clarkson, Rainha Amberly, Maxon, Kriss e minha mãe também estavam. Eu fiquei preocupado, nem America e nem minha irmã tinham chegado ainda, passaram-se uns dez minutos e minha mãe já estava chorando muito de desespero quando a porta abriu e Isabella entrou escoltada por um guarda chorando muito. Assim que nos viu correu para minha mãe que a abraçou e meu pai abraçou elas, por mais que estivesse feliz por ela estar bem sua chegada me preocupou, ela deveria estar com America.

– Bella cadê a Ames? – Eu perguntei.

– Eu... Eu... Eu não sei – Ela começou ainda chorando – Eu estava indo para a sala de música quando um barulho muito alto começou, eu fiquei desesperada e sai correndo ai aqueles guardas da America me acharam e me trouxeram para cá – Ela terminou e troquei um olhar preocupado com Aspen que estava lá, ele entendeu e sai para procura-la.

Esperamos pelo que pareceu um longo tempo, eu estava desesperado sem saber da America, meus pais também, minha mãe havia voltado a chorar. Maxon e Amberly também estavam bem tensos. Até que a porta se abriu e um guarda veio correndo até nós e o que ele disse fez meu mundo desabar.

– Levaram-na majestades, os rebeldes levaram a princesa America!


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Notas finais do capítulo

Então...Não me matem por favor! Pensem pelo lado positivo eu volto a postar normalmente então quinta tem capitulo! Mereço comentários? Beijinhos lindinhas...