Velha Infância - Berita escrita por Tay Pereira


Capítulo 17
Capítulo 16


Notas iniciais do capítulo

Mais um hoje haha.
Espero que gostem.



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Clarita andava pelas ruas sem se importar com as poucas pessoas que estavam em sua volta. A única coisa que ela gostaria é de chegar em seu apartamento e tentar esquecer tudo que aconteceu nessa noite.

– Por que tudo tem que ser tão complicado para mim? – falou, sozinha. – Será que nunca serei feliz como sempre sonhei?

(...)

Beto entrou em casa tentando fazer o menor barulho possível. Não queria chamar a atenção de ninguém, muito menos de sua mãe. Na verdade, não a queria ver. Ele tem quase certeza que se não fosse ela, nada do que está acontecendo em relação a Clarita e a ele, estaria acontecendo.

Ao ir em direção ao corredor do seu quarto, escuta Carol finalizar uma ligação que parecia muito importante e particular, já que ela sussurrava. Depois que viu sua mãe entrar no quarto dela, Beto pode ir para o seu tranquilamente. Chegando lá se jogou na cama.

– O que farei pra tentar reverter essa situação? – questionou. – Nos amamos, mas Clarita se importa com a opinião dos meus pais. Como vou fazer para minha mãe a aceitar?

(...)

Clarita estava quase chegando na rua onde fica o apartamento que divide com a melhor amiga, Mili. Já tinha tirado os sapatos dos pés, os levando na mão e andando descalço no asfalto.

– Estou tão cansada – murmurou.

– Já vai descansar, princesa – alguém sussurrou em seu ouvido e tapou sua boca com um pano.

Clarita tenta gritar, mas seu grito é abafado devido ao pano que estava em sua boca.

– Quietinha, se não vai ser pior pra você – ameaçou o homem.

Ele amarra o pano na boca de Clarita e logo colocam um capuz na cabeça dela, a impedindo de enxergar qualquer coisa.

(...)

Mili acordou com as batidas descontroladas na porta do apartamento.

– Já vai! – gritou em resposta.

Antes de abrir a porta, Mili ajeita o cabelo que estava desarrumado. Quando finalmente a abriu, encontrou o segurança do prédio com um par de sapatos femininos em mãos.

– O que aconteceu para me acordar a essa hora?

– Aconteceu algo muito grave.

– O que? – Mili tenta despertar direito. – O que aconteceu? – repetiu.

– A dona Clarita...

– O que houve com ela? Diga por favor! Não me enrole, não me deixe preocupada!

– Encontramos esses sapatos aqui perto do prédio – contou. – Ao olhar as câmeras de segurança do prédio, vimos que os sapatos pertencem a sua amiga.

Mili coloca as mãos sobre a boca.

– Meu Deus! – exclamou. – Sabe alguma notícia sobre ela?

– Infelizmente não, senhorita. Mas pode ser que a senhorita nos ajude.

– Como?

– Falando sobre onde ela foi ontem a noite – disse. – Aliás, ela estava acompanhada por um rapaz quando saiu daqui.

– Sim, é verdade – Mili concorda. – Devemos falar com ele, ele deve saber mais do que eu sei.

O homem assentiu.

– Terei que ir para o meu lugar de trabalho, é lá onde ele estará.

– Infelizmente não poderei acompanha-la. Meu trabalho é aqui.

– Posso falar com a polícia?

– Eles só investigam casos depois de 24 horas de desaparecimento.

– Inúteis! – exclamou ela. – Posso falar com o senhor, então?

– Claro.

Mili pega o número do segurança e rapidamente volta para dentro do apartamento, se arrumar para ir ao trabalho.

(...)

Beto resolveu ir ao Café Boutique, já que não teria nada para fazer. Era melhor ficar com o pai do que olhar para a cara da mãe.

Quando chegou lá, viu Francis o encarar quando entrou no estabelecimento. Estranhou o fato de não ver Clarita ali, mas logo resolveu tirar sua dúvida quando viu Mili chegar.

– Onde está Clarita? Não vai vir hoje? – pergunta ele.

Mili olha para ele, assustada.

– Aconteceu algo muito grave.

– Algo com a Clarita? – perguntou Francis, se aproximando.

Mili assentiu e deixou algumas lágrimas escaparem no seu rosto.

– A sequestraram – resolveu dizer. – O segurança do prédio apenas achou os sapatos que ela estava ontem a noite.

Francis e Beto se olharam.

– Meu Deus! – disse o barista. – Já avisou a policia?

– Não adiantaria nada. Eles só resolvem esses casos depois de 24 horas de desaparecida.

– Idiotas – murmurou Francis. – Vamos fazer o que agora?

– Não tenho ideia – fala Mili.

Mosca chega no Café e abraça Mili.

– O segurança do prédio me contou o que aconteceu – diz ele, beijando o topo da cabeça da namorada. – Vai ficar tudo bem, acredite.

– Juro que estou tentando, mas é tão difícil.

– Vou trazê-la de volta – fala Beto. – Custe o que custar!

Beto se manifesta para se distanciar dos outros, mas é impedido por Francis.

– Não tente bancar o herói! – gritou o barista.

– Não estou tentando bancar o herói. Só quero fazer o possível e o impossível para salvar a amiga e mulher da minha vida.

Francis revira os olhos e Beto se afasta deles, esbarrando em seu pai.

– O que houve, meu filho? Você parece preocupado.

– Aconteceu algo horrível.

– O que? E com quem?

– Sequestraram a Clarita – contou. – Papai, preciso de sua ajuda. Nunca me perdoaria se algo de ruim acontecesse com ela.

Júnior encara o filho, pensando sobre o assunto.

– Pode contar comigo – resolveu dizer. – Entendo o quanto você a ama. E sei que será capaz de fazer qualquer coisa para vê-la bem.

Beto sorriu para o pai.

– Obrigado. Não sei o que seria de mim se eu não tivesse o senhor do meu lado.

– Eu te amo, filho. Jamais esqueça disso.

Beto e Júnior se abraçam e logo se distanciam.

– Vamos! – exclamou Beto. – Não podemos perder tempo!


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Notas finais do capítulo

O que acharam?
Comentários são sempre bem vindos.
Até mais!