Velha Infância - Berita escrita por Tay Pereira


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Geralmente é fanfic Mosli, Jurol mais espero que gostem dessa que é totalmente Berita.
Eu geralmente posto uma fanfic quando já está concluída. Só que como estava morrendo de vontade pra postar e aqui estou. Por isso, não vai ser todos os dias que irei postar.
Espero que gostem.



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Ernestina ao chegar no quarto das meninas, gritou para elas acordarem.

– Ande cambada! – diz ela. – A Cintia tem uma grande notícia sobre aquele casal que veio adotar alguém, há um tempo atrás.

– Eles decidiram adotar alguém? – pergunta Clarita.

– Não sei de nada – fala a mulher. – Vamos! Não tenho o dia todo para esperar as senhoritas se arrumarem!

Clarita bufou.

Todos os dias a rotina é mesma: levantar cedo para ir pra escola, tomar café da manhã as presas para entrar na van e aturar os professores. No entanto, hoje não é dia de semana para tal coisa: hoje é sábado.

– Quem será que eles decidiram adotar? – questiona Cris, toda animada.

– Você não acredita! Sabia que pode ser uma de nós? – ironizou Bia.

– Você é uma chata, garota! – exclamou Cris.

– Hei, não chame minha irmã de chata! – reclama Clarita.

– Desculpa-me, Clarita. Mais a sua irmã é muito...

– Cala a boca, Cristina! – gritou Bia.

– Não briguem, garotas – pediu Mili. – Vamos descer? – sugeriu. – Antes que a Erne apareça.

As meninas concordam e todas saíram do quarto. E Clarita ficou lá, pensativa.

– Aconteceu alguma coisa, Clarita? – Mili pergunta, se aproximando da amiga.

– Pensei que tinha ido com as outras...

– E deixá-la sozinha? Não, mesmo.

Clarita sorriu para Mili.

– Eu sou sua amiga? – Mili pergunta.

– Que pergunta! Claro que é.

– Então, me conta... O que está acontecendo? – Mili senta-se do lado de Clarita.

– E se esse casal adotar um dos que são mais próximos de nós?

– Vamos ter que se acostumar...

– E se esse alguém for o Beto?

(...)

– Acho que já estão todos aqui – fala Cintia.

– Falta a Mili! – lembrou-se Mosca.

– E a Clarita! – disse Beto.

– Por que elas não desceram? – questiona a diretora.

– Aquelas pestes... – Ernestina resmungou.

– Se quiser, posso chamá-las Cintia! – Beto diz.

– Não precisa, querido. A Ernestina fará isso.

A faxineira encara a diretora e começa a subir os degraus da longa escada, rumo ao quarto das garotas.

– Milena e Clarita, cadê vocês? – ela grita, do corredor.

– Estamos aqui! – exclamaram elas, aparecendo na porta do quarto.

– Por que não desceram? – a faxineira questiona. – Clarita, você está chorando?

– Não – ela enxuga as lágrimas que ainda estavam caindo. – Não é nada.

– Vão para a sala. Todos estão esperando as dondocas.

Ambas assentiram e seguiram Ernestina até a sala do orfanato Raio de Luz.

(...)

Ao ver que já estavam todos ali, Cintia decide anunciar a grande notícia: qual das crianças foi a escolhida para ser adotada pela família Almeida Campos.

Todas as crianças se olham. Logo perceberam o enorme sorriso estampado no rosto de Carol e Júnior Almeida Campos. A diretora do orfanato também não conseguia esconder a felicidade que estava sentindo.

– Como todos nós sabemos, o senhor e senhora Almeida Campos veio há algum tempo atrás para conhecê-los, pois tinham planos de adotar alguém, certo? – disse Cintia.

– Por favor, Cintia. Pare de enrolar e diga logo quem eles escolheram para adotar. – Clarita falou impaciente.

Carol e Júnior sorriram para a garota, e Carol diz:

– Foi bem difícil escolher, mais decidimos escolher...

– O nosso filho que irá morar conosco nos Estados Unidos – completou Júnior.

– Então, é um menino? – fala Rafa.

– Sim – disse o casal.

As crianças se olham.

– E o sortudo, o garoto que foi escolhido por Carol e Júnior é... – Cintia faz suspense. – Alberto!

Clarita olha para o amigo e ele olha para ela.

– Beto é você! – grita Mosca, abraçando o garoto.

– Sim, sou eu. – Beto sorriu. – Eu fui adotado!

Todas as crianças do orfanato foram abraçar Beto, apenas Clarita ao invés de ir parabenizá-lo correu para o jardim do orfanato.

(...)

Depois que foi abraçado pelos os amigos, Beto foi abraçar os novos pais.

– Está feliz? – Júnior pergunta.

– Muito – disse o garoto.

– Que bom, filho – Carol disse, sorrindo.

– Beto – Mili sussurrou no ouvido dele. – A Clarita sumiu.

– O que?

– Não percebeu que ela foi a única que não lhe parabenizou? – questiona Mosca.

– Vocês não viram pra onde ela foi? – pergunta Beto.

– Pro jardim – fala Ana, que passa ali.

Rapidamente Beto corre até o jardim.

– Beto nós temos que... – Carol tenta impedir mais foi em vão.

(...)

Quando chegou ao jardim, Clarita não conseguia chorar apenas estava pensativa: o seu melhor amigo irá embora pra sempre.

– Clarita... – ela ouve a voz dele a chamar. – Não vai se despedir de mim?

Ela olha para ele e diz, num sussurro:

– É difícil pensar que terei que me despedir do meu melhor amigo.

Beto sorriu e sentou-se do lado dela. Ele a abraçou.

– Você sabe que isso é um sonho que está sendo realizado, pequena – disse ele. – Eu vou ter que ir mais quero que saiba que mesmo estando longe de você, seremos sempre amigos.

Clarita sorriu com as palavras de Beto.

– Promete? – pergunta ela, sussurrando. – Promete que seremos amigos pra sempre?

– Pra sempre. Apesar de estarmos longe – eles se distanciam um do outro.

Na emoção do momento, Clarita enlaça seus braços no pescoço de Beto abraçando-o novamente.

– Obrigada por ser esse grande amigo. Desde quando entrei no orfanato você foi um ótimo amigo.

– Obrigado Clarita. Sentirei sua falta, sua chata.

– Também vou sentir sua falta, seu chato.

Eles riram.

– Beto! – eles ouvem a voz de Carol, o chamar. – Querido, temos que ir. Já se despediu de todos os seus amigos? – questionou.

– Ainda terei que pegar minhas malas no quarto – resmungou ele.

Clarita olha para o chão. O adeus estava a cada segundo mais próximo.

– Eu acho que terei que ir, Clarita – fala Beto, olhando para a amiga.

Ela dá um pequeno sorriso.

– Posso pedir um último conselho? – questiona ela.

Beto riu. Desde que Clarita completou 12 anos, pede conselhos pra ele. Sobre qualquer assunto: desde matemática até sobre garotos.

– Claro – concorda ele.

– Você acha que devo dizer para o garoto que estou afim, que eu gosto dele?

Beto fica sério e depois de pensar um pouco, responde:

– Faz o que você sentir. Afinal, depois você não terá um amigo para lhe aconselhar.

Clarita o encara.

– Beto, querido! – Carol gritou. – Vamos, meu anjo.

No momento que Beto foi para sair, Clarita pega na mão dele, e beijou os lábios do amigo, um simples selinho mais que tinha muita importância para ela, ou talvez, para ambos.

– Cla... – Beto tenta dizer.

– Vai! Os seus pais o estão esperando – disse a garota, se afastando dele.

Beto saiu do jardim mais sempre olhando para Clarita. Ela ao vê-lo longe, sussurrou:

– Agora você sabe de quem eu era e sou apaixonada.


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Notas finais do capítulo

Gente, por favor comentem ok?
Eu já excluí fanfic por falta de comentário e não quero excluir essa também.
Beijo.



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