E se tudo fosse diferente? escrita por MBS


Capítulo 23
Capítulo 22


Notas iniciais do capítulo

Eu sei meus amados, podem me matar. Demorei muito, porém eu estava sem criatividade, e voltei a assistir Justiça Jovem e me deu uma inspiração que me faltava. Espero que gostem e resolvam não me matar. Beijos.



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Meses haviam se passado, quase 11 meses pra ser sincera, desde que voltamos da Liga dos Assassinos, na verdade eu perdi a noção do tempo. Não posso dizer que foi uma das piores experiências que já tivemos porque não foi, todos os aprendizados, os métodos de luta que aprendemos lá foram significativos, ajudara-me tornar uma guerreira melhor. Tudo bem que quando chegamos em casa recebemos um grande xingão do papai, com o discurso do quanto irresponsáveis éramos, e que péssimos filhos fomos em abandoná-los e não darmos noticias. Mas fazer o que, ele conhece os filhos que tem e depois de tooooodo aquele discurso veio nos abraçar dizendo pra nunca mais fazer aquilo e todo aquele blá blá blá do quando somos importantes na vida dele. Enfim, esse foi o resumo dos meus empolgantes últimos meses. E como já é dezembro espero que nosso querido BOSS não nos de nenhuma missão. Beijinho diário, quem sabe eu volte ainda essa semana pra contar mais fatos.

Fechei meu notbook e me olhei no espelho, depois de horas na frente do computador entre ajudar o Tony em um novo projeto pra empresa e descansar escrevendo no meu “diário” minha cara dizia que eu precisava de um treinamento.

Meus últimos meses estavam ótimos, até a ultima missão. Mas isso quem sabe eu comento depois, ou alguém metido irá comentar sobre.

Sai do meu quarto e fui andando pelo corredor.

—- 50 pratas por seus pensamentos – Tony falou passando o braço por meus ombros.

—- Nossa, eles já estão valendo tando assim? – Falei sorrindo de canto pra ele. – Não to pensando em nada específico, apenas o duelo entre ir pra cozinha e acabar com minha dieta de vez enquanto como chocolate ou ir treinar e manter a forma.

—- Achei que era no seu namoro que estava pensando. -- Ele falou dando um sorriso cínico, notando minha vontade de esgana-lo surgindo. 

—- Quis dizer tentativa frustrada de um namoro não é?  -- falei o encarando. Este era o que tinha estragado com meus meses perfeitos.

—- Mel, eu sei que aquilo que ele fez foi ruim, mas devia tentar superar. – Tony falou. Eu não tinha notado que estávamos do lado de fora da academia, mais específico em um jardim, com vários pufs e estudantes lendo, rindo e brincando com seus amigos. Nós, neste caso estávamos indo em direção a um banco nos sentar.

—- Superar Tony? Sinceramente eu achei que eu ia ser forte como fui em nosso namoro, mas não dá, eu me entreguei de corpo e alma pro Will e ele me despedaçou, mais do que você fez. – falei o encarando.

— Autch, essa doeu, falando assim parece que eu fui um monstro em nosso namoro. Mas ok, Will errou...

—- Não ouse defende-lo novamente Anthony Phillip Stark. Ele não apenas errou, ele me traiu, ele traiu a equipe, ele abandonou os amigos dele em campo para qualquer inimigo matar ou fazer... qualquer coisa. A missão era clara, ele precisa seduzir a garota, distrair ela, obter as informações necessárias. Não precisava levar ela pra cama e como bônus não conseguir nada do que precisávamos. – Falei jogando minhas mãos pro auto – Eu só posso ter jogado pedra na cruz pra ter tanto azar com namoros.

—- Fala como se só você tivesse azar. – Ele falou abaixando a cabeça, eu conhecia aquele olhar.

—- Vocês brigaram? – ele assentiu – De novo? – novamente concordou – Por um motivo plausível pelo menos? – ele negou.

—- Mas ela terminou comigo... De novo. Acho que dessa vez pra valer Mel. Ontem mesmo depois que ela desligou vi que uma amiga dela da Itália postou uma foto delas, em uma festa, achei que era uma foto antiga então fui procurar a tal festa, e era mesmo naquela noite. Não querendo acreditar liguei pro dono da boate, que estava nessa festa por sorte, e ele disse que viu ela, agarrada com outro cara, parecia feliz e quase sem nada de álcool. Enfim, acho que esse foi nosso término mesmo.

—- Tony... eu sinto muito – Falei pegando na sua mão.

—- Eu também, sinto que eu esqueci de algo, que eu causei tudo isso mas, nunca, em hipótese alguma eu imaginei que a Laura ia me largar dessa forma, sendo assim, tão... fria.

—- Estamos no mesmo barco moreno, isso é o que mais dói – falei deitando a cabeça em seu ombro. – Sinto falta quando as coisas estavam certas, pra nós dois, porque nossos amigos estão nas perfeições em seus relacionamentos.

—- Também sinto. – Ele falou rindo de canto. – Fiquei sabendo que sua irmã foi viajar sozinha com o Kevin – ele falou e eu fiz cara de desgosto, não queria imaginar o que eles estavam fazendo, isso gerou risadas do Tony – Aceite que ela cresceu Mel e você não pode mais protege-la. Não dessa forma...

—- Prefiro imaginar ela ainda como minha menininha que ainda é nova demais pra essas coisas. Não coloque essas imagens na minha cabeça Anthony, pelo amor de Deus. – Falei me pondo em pé. Ele continuou rindo e passou o braço em meus ombros.

—- Apenas aceite Mel.

—- Cala boca Anthony.

—- Não – falou em meio a risos ainda, mas parando e apenas deixando um sorriso de canto no rosto.

—- Sabe o quanto eu odeio você né? – Falei o olhando.

—- Sei o quanto você me ama e não vive sem mim, isso eu sei. – Falou dando de ombros.

—- Idiota.

—- Eu digo que me ama.

Continuamos andando pelo campus, escutei cochichos do tipo “eles voltaram?” “eles sempre formaram um belo casal” “fiquei sabendo que ambos terminaram os namoros e reataram o deles”, mas apenas abanei a cabeça e abaixei.

—- O que foi? – Tony perguntou baixinho.

—- Eles estão comentando, de novo, que voltamos – falei encarando discretamente o grupo que eu escutei vindo os comentários.

—- Não seria uma má ideia – ele falou. O encarei boquiaberta – Nós realmente éramos um ótimo casal, não podemos negar.

—- Não acredito que está concordando com eles. – Continuei o encarando.

—- Não posso acreditar que você não – disse em meio aos risos – Acabamos de terminar da forma mais trágica possível nossos namoros Mel, você, querendo admitir ou não, aceitar ou não, foi traída, e eu, bem, Laura me deu um toco e na mesma noite já estava com outro, entããão, as pessoas aqui do campus tem total razão em dizer que voltamos, não estamos dando motivos para dizerem ao contrário.

—- Triste mas a realidade, você ganhou, parabéns jovem – falei empurrando a porta da sala de treinamentos. Anne estava lá, treinando com o Lucas. – Oi pessoas lindas da minha vida.

—- Nossa, veja como uma noite de sono e uma metade de madrugada e manhã de trabalho animam uma pessoa – Lucas falou. Apenas dei de ombro e coloquei minhas luvas.

—- Sai dai magrelo, minha vez de treinar com ela – falei indo pro tatame.

—- Sim senhorita – Lucca falou indo pro lado do Tony.

—- O que foi que aconteceu loirinha? – Anne perguntou em quanto treinávamos.

—- Nada loira, por quê?

—- Não sei, você parece diferente, com um ar mais animado.

—- Como o Lucas falou Nani, eu to apenas animada, as distrações de agora me deixam feliz.

—- Quis dizer aquela distração ali, sentada com meu namorado loirinha? – Anne falou com um sorrisinho de canto.

—- Ele é namorado da nossa amiga Anne, seria como traição com a La.

—- Ex-namorado. E eu sei que você sabe, ele provavelmente já te contou. – Falei a encarando.

—- Sim, mas mesmo assim. As chances deles voltarem são...

—- Zero, nenhuma, nula, nada. – Anne falou deixando os braços caírem ao lado do corpo – Caminho livre meu amor – falou sorrindo.

—- Não vou nem comentar nada ok? Ok, obrigada.

—- Quem cala consente. – ela falou em meu ouvido.  – Enfim, deu de treinamento hoje, eu to morrendo de fome, vamos jantar aonde hoje? – Anne falou passando o braço pelos ombros do Lucca.

—- Poderíamos ir naquele restaurante beira mar perto da minha casa, mamãe disse que a Sophie ta com saudade de vocês e era pra mim levar vocês lá, então, já são bons motivos para irmos. – Tony falou.

—- Claro, podemos ir mesmo. Vamos só nós ou vamos convidar mais alguém? – Anne perguntou.

—- Tipo quem, o Will? – Lucca falou, apenas fiz uma cara de desgosto e virei às costas pegando minhas coisas e saindo da sala. Escutei a Anne falando “você tinha que tocar no assunto né?”

—- Maaay, desculpa vai, não foi minha intenção. – Lucca falou correndo atrás de mim.

—- Desculpado, sei que não foi Lucca, só não... toca no assunto ok? – falei o encarando com meio sorriso.

Ele assentiu e voltou ao lado da Anne, continuei andando sem olhar para frente até que “Melanie Wayne e Anthony Stark, comparecerem imediatamente a sala da diretoria”, olhei pra trás e Tony estava em duvida, ele apenas me olhou como se dissesse “eu não fiz nada dessa vez”, apenas concordei e sinalizei com a cabeça para irmos para a diretoria.

O prédio que a diretoria encontrava-se era amplo, sem muitas decorações, como meus amigos sempre diziam “era formal demais”.  A secretaria apareceu sinalizando para entrarmos na sala, que estávamos já sendo aguardados.

—-  Bom, vieram rápido. Sentem-se por favor – a diretora Payton sinalizou as cadeiras na frente de sua mesa – Sem mais delongas, os senhores foram solicitados em uma missão de reconhecimento, bem, não juntos, mas ambos na mesma missão com o mesmo propósito pelo que entendi. Caso necessário, seus colegas de equipe serão enviados.

“Pelo menos ela é direta” pensei.

—- Quem são os responsáveis da missão? – Perguntei.

—- Ora, achei que fosse meio óbvio senhorita Wayne, os responsáveis são os Vingadores juntamente com a Liga da Justiça. – Notei a tensão no olhar da diretora. Se fosse mesmo assuntos da Liga porque meus pais não haviam me informado, ou meus irmãos? Isso é uma resposta a qual vou ter que aguardar.

—- Obrigada senhora Payton. Com licença. – Anthony levantou e eu apenas o segui.

Saímos do prédio em um silencio absoluto, ele entendeu que eu queria falar algo mas aquele não era o local nem o momento. Cada um dirigiu-se aos seus dormitórios arrumar suas coisas, Anne não estava aqui, resolvi escrever um bilhete para ela.

Criatura loira/Parabatai

Resolvi deixar este mísero bilhete pra te avisar que estou indo em uma missão um tanto quanto estranha com o Tony. Pelo que a Diretora nos passou foram os nossos pais que nos solicitaram. O por quê? É uma incógnita.

Mais tarde eu te ligo, ou amanhã, não sei, pra te passar melhor sobre isto. Cuidado com tudo e todos ai. Não confie em ninguém a não ser do nosso grupo.

PS:. Desculpe por desmarcar assim nosso jantar, mas situações como estas... dificultam minha vida normal acadêmica.

Se cuide, se proteja e todo caso me chame.

Amo você

M.

Deixei o bilhete sobre sua cama, peguei minha mochila, coloquei minha jaqueta e peguei as chaves do carro. Quando deixei o prédio do dormitório Tony já me esperava. Saímos em direção ao estacionamento despercebidos, ou ninguém mais ligava de nós dois estarmos saindo.

Quando o campus já começava a ficar longe do nosso campo de visão o silencio foi quebrado.

—- O que houve? Você ficou tensa e muito silenciosa desde que a diretora mencionou nossos pais. – Tony perguntou enquanto arrumava algo em algum dos seus projetos novos no tablet.

—- Não sei, tinha algo estranho no olhar dela. E eu como filha do Batman, bem, desconfio de tudo ou neste caso qualquer um que me mostre tensão no olhar. – Falei apertando mais o volante.

—- Sabe que pode ser coisa da sua cabeça não sabe? – Ele me encarou.

Preferi não responder. Nossa viagem foi rápida, curta e silenciosa. Chegamos ao local marcado e eles estavam já nos esperando. Parei o carro perto do local onde os demais já estavam. Aproximamos-nos do grupo e os encarei.

—- Podem nos explicar agora ou ainda vão ter aquela burocracia de "é uma missão secreta e não podemos falar os por menores dela ainda"? – Falei um pouco exaltada e imitando a voz do meu pai. Ele, pro outro lado, apenas levantou uma das sobrancelhas e deu um sorriso de canto, minha mãe que estava do seu lado apenas cochichou para si mesma “imagina quando ela ficar sabendo quem é o parceiro dela”.

—- Menos drama Mel, vocês vão ficar a par de tudo quando chegarem. – Meu pai falou indo ao meu lado e me dando um beijo no topo da cabeça. Isso apenas aumentou minha inquietação e raiva interna. Primeiro ele me chama de “querida”, o que só ocorria ou quando ele estava tentando me acalmar de algo ou quando se sentia culpado, o que levava ao beijo no topo da cabeça, que era justamente quando ele se sentia culpado.

Entramos no jato que estava nos aguardando e coloquei meus fones, deixando claro que não queria saber de missão até chegarmos ao nosso destino, onde quer que ele fosse.

3 horas e meia depois...

Senti o pouso do jato, o que me fez acordar do meu sono, o qual eu nem havia notado que havia caído. Saímos da aeronave e notei o silencio e inquietação do Tony, o qual resolveu escutar a missão. Fomos em carros separados para “????” algum lugar não definido ainda, chegamos a um belíssimo hotel.

—- Chegamos à primeira parte do destino. Pode deixar suas coisas aqui filha, levarão para o quarto. – Apenas concordei com as palavras da minha mãe. Acompanhei meus pais para a entrada do hotel. Estávamos indo em direção ao restaurante, especificamente a uma mesa que já havia três pessoas, minha mãe olhou pra trás como se lesse meus pensamentos e confirmasse que aquele era o local.

Quando as três pessoas olharam para trás meu coração deu uma leve falhada, e tenho certeza que duas dessas pessoas podem ter ouvido isto.

—- Clark, Lois e Conner, prazer em revê-los. – Meu pai foi cumprimentando um por um assim como minha mãe, eu fiquei estática no lugar. Então era verdade, era algo da Liga a missão, mas porque os Kent estão aqui? E apenas três deles? Cadê Drew e o Jonathan?

—- Mel, quanto tempo. Cada vez mais linda. – Lois vem em minha direção me abraçar. Senti a tensão do meu corpo começar a se esvair com aquele abraço.

—- Tia Lois, obrigada – A abracei de volta. – Tio Clark. – Fui em sua direção.

—- Olá querida – Ele me deu um abraço apertado. Quando me soltei olhei para Conner, que estava tão desconfortável quanto eu. Aqueles olhos fizeram toda a tensão voltar, e ainda redobrada.

—- Olá Conner. – Falei colocando minhas mãos no bolso de trás da calça.

—- Melanie – Ele respondeu com seu típico sorriso de canto e a voz rouca, provável pra me provocar ou me tirar do sério.

E este é meu Inferno em Terra, que Deus me dê forças pra aguentá-lo e não fazer nada que minha eu sóbria não faria. Tomara que Tony esteja tendo tanta sorte como eu.


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