A Descoberta de Lílian Evans escrita por Gih Weasley


Capítulo 2
Capítulo 2 - Lílian Evans


Notas iniciais do capítulo

Lumos
HEY VOLTEI, MOÇOS E MOÇAS!
Esse é meu cap favorito porque aparece um dos meus maridos *0*
Espero que gostem :3



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No dia seguinte penso em ir para Londres o mais cedo possível, quando tem menos circulação de pessoas e menos probabilidade de encontrar, por um acaso, o Derek. Se caso isso acontecer mesmo assim, quero ir preparada, por isso resolvi me disfarçar. Prendo meu cabelo em um coque e o visto dentro da touca e coloco óculos escuros. Um disfarce péssimo considerando que estamos no inverno e ninguém usa óculos de sol. Peguei alguns Galeões que eu tinha guardado no malão e já estava pronta. No começo fiquei um pouco nervosa, fazia muito tempo que eu não aparatava e se eu fizesse do jeito errado poderia me estrunchar. Eu só tinha que me lembrar dos três Ds: destinação, determinação e deliberação. Fechei os olhos e me concentrei o máximo possível. Três Ds, três Ds, três Ds eu ficava repetindo a mim mesma, destinação, determinação e deliberação. Foi quando senti um puxão pelo umbigo me fazendo ter enjôo e foi ai que eu soube que tinha dado certo. Abri meus olhos e me vi no Beco Diagonal na frente do Gringotes, banco dos bruxos. Estava muito frio e nevando. Mesmo sem ter tomado o antídoto ainda, minha memória parecia estar se lembrando de algumas lembranças que eu tivera ali. Me lembrei de um garoto com cabelos revoltos e óculos me chamando para sair e a única coisa que eu dizia era “não me chame de Lilian, pra você é Evans, Potter. E pela milésima vez, eu não quero sair com você!”. Isso me fez rir. Será que esse garoto ainda se lembrava de mim?

Depois de passar a manhã inteira comprando os ingredientes, ainda faltava o mais importante: a memória feliz de alguém. Eu não podia simplesmente sair pedindo por aí uma memória alegre para desconhecidos, ninguém me daria e eu não teria certeza de que a pessoa estaria mesmo me dando uma memória feliz, até porque eu não tenho nenhuma penseira para conferir. Mas talvez uma criança que não tem maldade no coração pudesse me dar de bom grado uma memória sinceramente feliz. Decidi tentar, o máximo que podia acontecer era ela dizer não e sair correndo. Me aproximei de um garoto ruivo que mirava com os olhos brilhando as vitrines de uma loja com artigos de quadribol.

– Essa é uma nova vassoura? –perguntei a ele.

– Tá brincando? Essa é a nova Cleanswhite 2.0, último lançamento em vassouras. Venho sonhando com ela desde que eu a vi.

– E quando foi a primeira vez que você a viu?

– Há dois dias. – respondeu o garoto. A admiração que ele tinha por aquele objeto me fez sorrir.

– Você poderia me ajudar em uma coisa? Eu estou procurando alguém que tenha uma lembrança feliz para que eu possa fazer uma poção para eu ter minha memória de volta.

– E a senhora quer que eu dê uma pra você? – assenti com a cabeça – Tá legal. Pode me emprestar a varinha pra eu fazer isso? Eu ainda não tenho uma, só quando eu for pra Hogwarts.

– Você sabe como fazer isso?

– Acho que sim. – entreguei minha varinha ao garoto que a levou para a lateral da cabeça tirando um fio prata de dentro. – Toma, essa é a memória de quando minha mãe deixou eu ficar com cabelo comprido durante um dia inteiro antes de cortá-lo. Foi o dia mais legal de todos!

– Muito obrigada – respondi.

– Gui Weasley, volte já aqui! Não posso te deixar um minuto sozinho! – berrou uma mulher baixinha e ruiva ao longe.

– Tenho que ir agora, minha mãe deve estar precisando de ajuda com os meus irmãos gêmeos recém nascidos. Adeus!

E assim o garoto foi correndo até sua mãe e eu já com o último ingrediente em mãos, desaparatei de lá.

Chegando em casa, imediatamente comecei a preparar a mistura. Não demorou muito até que já estivesse pronta. Coloquei a memória feliz e virei o copo de uma vez. No começo me senti tonta, depois fiquei com muito enjôo e então tudo começou a clarear. Todas as lembranças foram voltando de uma vez, de repente me lembrei dos meus amigos, Alice, Marlene, Emmeline, Dorcas, Frank, Remo, Sirius, Pedro, Sev... E também tinha o James, o garoto dos cabelos bagunçados e dono do maior ego que eu já vi. E meu namorado. Lembrei de todos os anos felizes que passei em Hogwarts com cada uma dessas pessoas. Me recordei também quem Derek realmente é, e o que fez comigo e com James. Fiquei furiosa com ele, a raiva começou a me deixar enlouquecida. Como ele pode fazer tudo isso por vingança? Ele até fingiu ser eu amigo! Nessa hora escuto alguém bater na porta.

– Quem é? – perguntei.

– Sou eu, Derek. Esqueci uns papéis que estavam dentro da minha pasta aqui, voltei para vir pega-los...

– Seu saco de bosta! Você mentiu pra mim durante todo esse tempo! Olha o que você fez com a minha vida! Porque você fez isso?

– Não sei do que você esta falan...

– Sabe sim! Eu não tomei aquele maldito chá, joguei ele na planta e depois extrai a poção que você tinha colocado nele e descobri que você alterou minha memória! E agora eu me lembro de tudo! De tudo!

– Foi bom não é? Achar que passou a vida sendo rejeitada por todos. Não se dê o trabalho de me explicar como é, porque foi exatamente isso que você e seus estúpidos amigos fizeram comigo! Lembra quando eu queria ser amigo dos marotos, quando eu queria ser seu amigo, e vocês me rejeitavam? Lembra?

– Nós não te rejeitávamos porque queríamos, você nos obrigava! Naquela época você era desprezível e isso não mudou.

– Mais desprezível que o seu precioso Potter? Você lembra que ele azarava todos pelo corredor só por diversão, inclusive a mim?

– Mas ele era imaturo, não fazia por maldade. E além de tudo ele mudou por mim! Porque ele me amava! Não tente se comparar a ele! Você lançava a maldição Cruciatus em alunos do primeiro ano inocentes! Você que é, e sempre será, o desprezível. – e conclui cuspindo no chão aos pés dele.

– Como se atreve sua sangue ruim nojenta? Eu só queria uma chance de ser amigo dos marotos, eu só queria uma chance com você! Eu comecei a odiar o Potter quando eu percebi que ele te queria de verdade e comecei a te odiar também quando vocês começaram a sair juntos! Eu gostava de você e também poderia ter mudado!

– Você só queria uma chance comigo porque sabia que o James me amava, tinha inveja dele. E essa sempre vai ser a diferença entre vocês dois: Você gosta de mim; ele me ama. E agora sua vingança vai vir por água abaixo, estou saindo daqui agora e você não vai me impedir!

– Petrificus Totalus! – antes mesmo de tirar minha varinha do casaco ele já tinha sacado a dele e me jogado o feitiço paralisante. – Além de ser sangue ruim ainda é burra. Você já foi melhor, Evans. Você vai morrer aos poucos, eu não vou te tirar esse feitiço. Vai morrer lenta e silenciosamente como você merece! E pode deixar, o Potter vai ficar sabendo disso, fique tranqüila. Quer que eu diga suas últimas palavras a ele? Ah, ele vai ficar tão decepcionado por você não ter dito nada. – e dando uma risada fria da minha incapacidade de falar, ele se dirigiu para a porta, saiu e eu o escutei dizendo “coloportus”. Ele me trancara aqui.

Como eu não previ isso? Devia ter desaparatado assim que o vi entrando. Estava tão perto de encontrar meus amigos, o James... Uma lágrima escorreu pela minha bochecha, minha vontade era de gritar, mas eu não conseguia mexer um músculo. Estava desesperada. Senti que minha mão tinha alcançado a varinha dentro do meu bolso do casaco, só não tinha conseguido tira-la pra fora no momento que Derek me jogou o feitiço. Com um grande esforço tentei me concentrar em dizer o contra-feitiço mentalmente. Era uma coisa realmente difícil de se fazer, ainda nos tempos de Hogwarts eu tentava fazer isso, mas sem sucesso. Dessa vez isso dependia da minha vida. Tentei várias vezes até que dei um basta no desespero e pensei o mais claramente possível no feitiço. Meus olhos piscaram. Deu certo, eu tinha conseguido me desparalisar. Na mesma hora tive vontade de sair correndo pela porta, mas Derek tinha selado ela de tal forma que o feitiço alohomora só funcionaria pelo lado de fora. Só havia um jeito de escapar daquela casa. Me recordei que antes de alterar a minha memora Derek me tinha feito como a Fiel do feitiço Fidelius daquele lugar, ou seja, podia dizer a localização da casa para alguém conseguir me encontrar. Naquele momento pensei em minhas lembranças felizes e produzi um patrono com uma mensagem para o James. Agora era só torcer para que ele o recebesse.


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Notas finais do capítulo

E então gostaram? Como eu disse nas notas iniciais esse é meu cap favorito porque, além de mostrar o Gui (com 9 anos, mais ou menos, nessa época), também, no inicio, mostra a Lílian se lembrando vagamente das insistentes tentativas de James para sair com ela. E só pra esclarecer, os gêmeos são o Fred e o Jorge e os outros irmãos de Gui não estão presentes na cena, justificando o porque do Gui achar que a mãe o está chamando para ajudar com eles. E sim, o Gui é um dos meus maridos (que são vários, por sinal kkkk)
Bem é isso, e, se possível, comentem :D
Até a próxima!
Nox



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