(...) Hope P.O.V

– O dia está tão... Tediante. - deitei no meio da estrada, era questão de segundos, quando ouvi o primeiro carro se aproximar e como de costume, parar. Era um mustang vermelho, passou em alta velocidade ao meu lado, pude senti o cheiro de pneu queimado.
Ele abaixou a velocidade, deu meia volta, e veio ao meu encontro.

E quem desceu dele foi uma mulher, jovem ainda, digamos que na faixa dos 18. Ela era muito bonita. Pele branca e cabelos ruivos que por pouco não era loiro, realmente, ela seria uma grande perca.

– Moça, está tudo bem? - Ela disse se agachando ao meu lado...pude senti o sangue pulsar. Permaneci quieta. - Moça?! - Ela observava meu rosto, talvez esteja procurando algum ferimento.

– Você já se sentiu perdida? - Falei com um olhar meio longe.

– O que...?

– Eu estou me sentindo perdida.

– Moça qual é o seu nome? - Ela perguntava preocupada.

– Hope.

– É um nome muito bonito...- A moça complementou.

– Qual é o seu?

– Green. - Ela respondeu sorridente, talvez pelo fato de ver que eu estava bem.

– Você parece uma boa pessoa Green...

– Obrigado...- Ela me olhou meia confusa e deu um sorriso mínimo.

– É uma pena...já que pessoas boas morrem cedo. - Em um piscar de olhos, sentir o sangue quente escorrer pela minha boca. Lamentável, mas bíblico, eu sou um demônio e ela um anjo. Eu fui feita para devorar o que é bom e Green era uma das coisas boas do mundo.

(...) Narrado na 3° pessoa

(Escutem junto com a leitura ♥ http://youtu.be/vlcDX77rzPM )

– Onde estava? - Rebekah disse assim que avistou a sobrinha entrar.

– Shopping. - Rebekah sorriu ironicamente, sabia que Hope odiava ir ao shopping e que também, não tinha amigas pra fazer companhia.

– Arrume as malas. - A tia foi direta.

– Poxa, agora que comecei a me diverti, vamos embora? - Hope fez uma cara de desapontada para a tia.

– Hope, não venha com brincaderinhas. Antes de ser sua tia, eu sou uma Original, então tenha respeito!

– Acho que já tivemos essa conversa, hm! - Hope se mantinha confiante de cada palavra que dizia, sem saber ela, que irritar um Original, era o mesmo de assinar uma proposta de suicídio. Mas claro que Rebekah nunca ousaria tocar um dedo na sobrinha, ainda mais por ela ser filha do seu irmão bastardo, Niklaus, o híbrido Original.

– Sei que se sente só querida. - "Talvez ela só precise de compreensão." Bex pensou.

– Rebekah, eu sei o que está pensando, não vou caí no seu truque de "Tia acolhedora" OK? - Foi essa a garota que Rebekah dedicará 16 anos de sua eternidade? Onde foi que ela errou? - Estou indo pro meu quarto. - O vulto de Hope passou diante dos olhos de Bex, a deixando finalmente sozinha com seus pensamentos.

Hope P.O.V

Encarei por alguns segundos o meu quarto, até voltar a realidade.

– Eu não deveria achar a solidão tão acolhedora. - Refleti nessas poucas palavras...Nunca fui como todos. Nunca tive muitos amigos. Nunca fui favorita. Nunca tive alguém que amasse, mas tive a tia Bekah. A minha absoluta verdade, meu verdadeiro pensamento, meu conforto nas horas de sofrimento. Não vivo sozinha porque gosto e sim porque aprendi a ser só...