Um verão cheio de emoção escrita por Gravity Lover


Capítulo 4
Meus três erros


Notas iniciais do capítulo

oeeee minha xemt, capítulo de hj é feat Pacífica Northwest.
OMG, eu tinha esquecido meu estilo de formatação (fanart e titulo centralizado), mas to de volta com esse hábito e já formatei o cap anterior com le imagem q n tem nd a ver com o cap mas ngm se importa uhaehehuahuea

Até la embaixo!!
~Lubi (talvez eu assine por Lui pq é o meu apelido original de Luíza mas ngm se importa²)



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Capítulo 4: Meus três erros

...

Estava completando uma semana e meia desde minha chegada a Gravity Falls, e já fazia 3 dias desde a noite de terror e da revelação da Mabel.

E desde aí eu não falei mais com ela.

Wendy puxava assunto conosco, mas acho que a ruiva sabia do clima tenso que rolava entre nós. Trabalhei duro durante esse tempo, mas Stan não ajudava nem com um mísero aumento (pão duro detectado).

—Ei, pirralho — meu Tivô chamou — Vá colocar essas placas da Mistery Shack na floresta.

—OOOOOOOOOIIIIIIIIII??? Quem diabos vai ver essas coisas no meio da floresta? — perguntei, atordoado. Stan riu.

—Só terá o aumento que você quer se me obedecer, pirralho.

***

— Afe, olha as coisas que esse infeliz me mete no meio —resmunguei, martelando uma placa na árvore. Bati fortemente e ouvi um baque surdo.

O tronco era...oco?

Usei minha super força (*cof cof* mentira *cof cof*) para bater no tronco, e ele se rompeu em meus punhos. Eu tinha razão. A árvore era oca, e lá dentro havia alguma coisa. Peguei o objeto em mãos, acompanhado de três espirros seguidos.

Era um livro de capa marrom, com uma mão dourada e um três no meio. Mas o que diabos era aquilo e por que estava tão bem escondido?

Folheei de leve o livro, e me deparei com uma página com os seguintes dizeres:

Não confie em ninguém.

Por algum motivo, não me caguei ao ler isso e fiquei ainda mais tentado por mais. Decidi que já era hora de voltar, e que deveria ler o livro sozinho. Não parecia ser algo que eu poderia ler em qualquer local público e que todos sorririam para mim como se eu estivesse lendo Shakespeare.

Aquilo me parecia muito mais assombroso que Romeu e Julieta, acreditem.

Escondi o livro no meu quarto quando voltei, e logo desci para voltar ao trabalho. Mabel não me perguntou o porquê da demora e Wendy trocou apenas curtos cumprimentos comigo.

Ao anoitecer, eu não desci para jantar, e nem me esforcei para parecer animado. Eu não estava.

Mabel sequer olhava para mim e eu estava cansado de perambular pela floresta. Então, fiz o que tinha planejado mais cedo: me trancar e ler.

Era um livro grosso e extenso que desvendava os mistérios de Gravity Falls. Não era uma narrativa, nem um poema, e não possuía personagens.

Era um livro informativo, como se tudo aquilo fosse realidade.

—Pffft...Esses livros de crianças...Pelo menos tem desenhos maneiros —comentei, olhando para uma linda ninfa retratada na folha velha e desgastada (será que alguém derrubou café nesse livro?).

Mas com o passar do tempo percebi que tudo começava a se encaixar lentamente e eu comecei a ficar assustado. Será que...talvez fosse verdade?

Foi aí que cometi meu primeiro erro:

Decidi que iria investigar isso a fundo amanhã, domingo, já que não tinha que ser escravo do meu tio avô.

Absorto em meus pensamentos, assustei quando alguém bateu na porta. Deixei o livro em cima da cama, e depois fui abrir. Minha visão foi ofuscada pela luminosidade vinda de trás da menina que se encontrava à minha frente. Era Wendy.

—Temos visitas indesejadas, e ela está brigando com a Mabel lá fora.

***

Loira, alta, esbelta, maquiagem no rosto, mão na cintura e pernas bem torneadas. Talvez Gravity Falls fosse um lugar bom para se encontrar meninas bonitas.

— Você acha que pode dirigir uma palavra à uma Northwest? Hahaha, cresce Mabelzinha — a loira proferiu, enquanto Mabel encarava o chão.

—Mas é meu! —ela rebateu, ainda olhando seus próprios pés.

—Mas eu quero! E o que eu quero tem que ser meu!

É, as aparências enganam.

—Me deixe em paz, Pacífica!

—Ah, quer saber, esquece. Não preciso dessa tiara de merda mesmo, principalmente depois que ela passou pela sua mão imunda e seu cabelo empesteado de piolhos. Eca! —Pacífica riu maliciosamente, se divertindo com as lágrimas que escorriam do rosto de Mabel.

Mas o molhado de suas lágrimas pareceram acender mais meu fogo de ódio. Quem aquela loira maldita pensava que era?

—Hey você, saia daqui!

—Olha, outro Pines? Outro ridículo...

—Pode me chamar de ridículo à vontade, mas não ouse a falar da Mabel!

—Ai que lindo. Tocante, menino Pines. Pena que seu sobrenome estraga alguém tão fofo como você. —ela riu.

Franzi meu cenho, nervoso.

—Se você vive de seu sobrenome, por que não pede pra ele te dar uma tiara hein? Se você vive do que você tem, então não merece falar com alguém que vive do que é! — gritei, me referindo à Mabel. Wendy, Soos, Stan e todos os presentes na cabana do Mistério ficaram me olhando surpresos, e eu segurei a mão de Mabel.

— Vem, vamos deixar que essa loira oxigenada corra para seus papais. Não se incomode com ela. —falei. Ponderei se o “loira oxigenada” não era um xingamento de meninas para meninas, mas nem me importei. Arrastei a morena de volta para meu quarto.

E esse foi meu segundo erro.

Mabel entrou, e eu tranquei a porta. Ela caiu em prantos, e eu agachei do seu lado, tocando seu braço.

—Hey...pare de chorar...

—Dipper...Obrigada —ela falou, chorosa, pulando e cima de meu tronco e molhando meu rosto de lágrimas.

Nossa proximidade me deixou aflito, e eu me afastei um pouco, sentando em minha cama. Ela veio ao meu lado, e viu meu livro. Droga.

—Onde arranjou isso? —ela franziu as sobrancelhas.

—Ahn.. trouxe da minha casa.. —menti. Não queria dizer que estava escondendo algo de todos. Ela tomou o livro em mãos, e limpou a garganta.

—Que tal eu ler um pouco?

—M-mas...Não quer falar sobre-

—Não quero falar da Pacífica, por favor. Eu te explico mais tarde, pode ser?

E assim acabou a conversa. Ela pegou uma lanterna que estava jogada perto da minha cama, fechou a janela e deixou tudo escuro. Se enfiou debaixo do lençol e me chamou junto.

A cena foi meio cômica, mas ela parecia feliz novamente e isso foi suficiente para me deixar alegre.

Ela abriu em uma página qualquer e começou a inventar uma história.

—As sereias são atraentes seres com aparência humana e com caudas escamadas. Tem um canto muito belo, e atraem qualquer homem para elas...Hum.. interessante fato— Mabel comentou, lendo. Ela suspirou. —Então vamos à história!

Dipper (Alá, já começou o bullyng) era um garoto tranquilo de 15 anos que não pensava em se apaixonar.

Depois de descobrir que sua namorada o traia, seu coração estava frágil. Magoado, decidiu observar algo ainda mais molhado que seus olhos. O lago de Gravity Falls.

O lago estava quieto, com exceção de um canto leve e longínquo. Ele se assustou, mas percebeu que a melodia acalmava seu coração. Procurando a origem do som, ele se deparou com algo incrivelmente surreal.

Um ser místico estava sentado em cima de uma pedra, cabelos platinados, corpo perfeito e cauda azulada. A perfeição do rosto, os traços gentis e a voz da sereia fizeram Dipper se apaixonar em um instante!

—Ahn, desculpe acabar com a história, mas eu nunca me apaixonaria por uma sereia —eu intervi. Mabel pareceu confusa.

—E por que não?

—Por que sabe...eu nunca poderia... entende...

—Não. — Mabel respondeu inocentemente, e eu corei ao extremo. Não queria contar meus motivos masculinos.

—Esquece.

—Fale!!!Por favor~ —droga, ela fez um biquinho fofo T-T

—Por que não teria como eu...sabe.. fazer “tico tico no fubá” com ela, ué —eu ri, quase enfiando minha cabeça na própria cama, de vergonha. Ela corou também.

—Seu pervertido! —ela exclamou, me dando um tapa. —Você estragou minha história pra algo assim?

—Ah qual é...Desculpe Mabel. Mas também tem outro motivo... —comentei corado.

—Lá vem...Vou me arrepender, mas conta!

—Não posso me apaixonar por uma pessoa se já estou apaixonado por outra.

—...P-Por quem, Dip? —ela se arriscou, e eu peguei sua mão.

—Acho que pela minha própria “prima” — eu confessei, bravo comigo mesmo por ter dito algo assim. Ela pareceu muito surpresa, e depois, sorriu com gentileza.

—Desculpe por ter me afastado de você Dipper. Nunca senti tanta falta de alguém... —ela falou, com vergonha, e eu segurei seu queixo. Não deixaria ela me escapar dessa vez.

Me aproximei o suficiente para ouvir sua respiração ofegante. Pelo fato de estar cobertos, a entrada de ar era quase impossibilitada, e ficava muito mais difícil não ficar sem ar.

Vergonha + falta de ar + Mabel + medo = R.I.P Dipper

Mesmo assim, não hesitei em beijá-la.

E esse foi meu terceiro (e pior) erro.

Foi meio rápido, um selinho prolongado. Algo de somente encostar os lábios e depois se afastar.

Não queria abrir meus olhos e ver Mabel me olhando com cara de tacho (se bem que a minha não estava diferente). Não sabia se aquilo era certo, se era errado, mas me fez voar longe.

Queria mais uma vez sentir seu perfume bem de perto e seus lábios nos meus, mas ela colocou um dedo sobre minha boca, e eu abri meus olhos.

Ela parecia estar virando seu próprio sangue de tão vermelha que estava. Certeza que eu estava com o rosto da mesma forma, mas preferi não pensar nisso.

Para tentar amenizar o clima, eu a abracei devagar, e ela retribuiu. Encostei meu nariz no dela e falei suavemente:

—Vai ser nosso segredinho...ok?

—Dipper, você interrompeu minha história para me beijar, seu...seu...infeliz! —ela brigou, mas rindo de uma forma calma.

—Eu gostei mais desse final da história, e você?

—…Eu também...

Fechei meus olhos vagarosamente e pensei com meus botões:

“Se beijá-la é um erro, não me importo de cometer este todo dia da minha vida”


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Notas finais do capítulo

Sabia que fan arts de Pinecest é algo que eu posso passar meu dia todo olhando??
~ta, vc perde boa parte da tua inocência lá, mas tem umas tirinhas bem maneiras que me inspiram para escrever os capítulos
Enfiiins, até o próximo cap :D Obg por lerem, o 5 já está sendo escrito :3
~Lui