Cartas para Hope escrita por Skye Miller


Capítulo 22
Twenty Two.


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas!
Nem demorei pra postar, né? Uhu, vamos comemorar.
Tuts tuts tuts tuts.
Então pessoal, gostaria de agradecer a JEM pela lindaaaa recomendação, sério, muitíssimo obrigada ^.^
Como prometido, esse capitulo é apenas de cartas. Eu ia dividi-los em dois, mas gosto de dar um trabalhinho pra vocês... então fiquem com esse capitulo enoooormeee.
Espero que gostem, sério. As cartas com data são as antigas, as que começam depois de "###" são atuais.
Beijinhos de luz.
(Hello G! Saudades!)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/528798/chapter/22

Quatorze de Março de 2004.

"Oi Hope, sei que você está brava comigo e que vai ficar me ignorando pelo resto do mês, mas mesmo assim quero pedir desculpas.

Mentira, não quero pedir desculpas por ter levado o cachorro do Mike para a festa da Sophia, não tenho culpa se você tem medo dele. Mamãe disse que eu deveria pedir desculpas a Soph, pois o Beetoven pulou na mesma dos convidados, comeu os salgadinhos e babou metade do carpete novo da Tia Elena.

Mas, Sophia não está com raiva de mim, você que está, e eu não entendo o porquê.

Falei para a minha professora sobre tudo isso e ela disse que, como eu não tenho coragem de pedir desculpas cara a cara, vou escrever esse bilhetinho.

Por favor, desculpa Hope, juro juradinho que nunca mais levo o Beetoven para a festa de alguém, apenas pare de me tratar mal e me ignorar, odeio quando você faz isso.

Tchau."

Dezessete de Abril de 2005.

" Oi.

É... oi.

Então... Oi.

Olha, vou direto ao ponto: Você é confusa. Não consigo entender o que você realmente sente ou não, e isso é chato.

Papai disse que você gosta de répteis, por isso coloquei um sapo nas suas coisas. Eu achei que você fosse gostar, sua chata, mas aí vou deu chilique e começou a chorar. Sei que não deveria ter rido, mas você fica muito engraçada quando chora, parece aqueles monstros de filme de terror. Sophia me disse uma vez que tem pesadelos com sua cara feia.

Não acho você feia. Mas não acho bonita. Acho você chata. E confusa. E estranha. E sem graça. E complicada. E fofa. (Não sei o que é fofa, a vovó diz que sou fofo, então você também é, eu acho, não sei).

Se eu comprar um lagarto no lugar de um sapo, você me perdoa?

Diga que sim.

Tchau.”

Vinte e dois de Abril de 2006.

"O Mike me disse uma vez que você é uma megera, e estou começando a concordar com ele.

Todos os anos, Hope, todos os anos lembro-me da merda do seu aniversário e compro um presente, porque justo no meu você diz que vai para o acampamento de verão e não vai chegar a tempo da minha festa? Você é uma chata babaca.

Eu te odeio. Você parece a professora Clark, do quarto ano, quem tem um cabelo estranho e meleca no nariz.

Te odeio. Espero que algo muito ruim te aconteça nesse acampamento.

Sem-tchau."

Vinte e nove de Abril de 2006.

"Oi Hope, eu sei que alguns dias atrás joguei uma praga em você, mas não esperava que desse certo de verdade. Sinto muito pela perna quebrada. Sério. Sei que as vezes eu não te ajudo a se locomover pela casa, mas faço isso porque é engraçado ver você irritada. Sabia que você fica com um bico engraçado e a as bochechas coradas? Parece aquelas meninas que tem desenhada nos gibis que o Mike gosta de ler.

Mamãe brigou comigo por ter te desejado o mau. Não gosto quando mamãe briga comigo, mas gosto quando você briga, me dá vontade de sorrir e te irritar ainda mais, então não fique chateada quando eu esconder sua muleta debaixo do sofá.

Tchau.”

Quatro de Agosto de 2007.

"Oi daqui de Minnesota!

Sei que você está morrendo de inveja, confesse, mas eu não tenho culpa se você é uma otária que odeia inverno.

Aqui pode estar nevando, mas tá tudo numa boa. Tia Elena me levou para o shopping e eu passei o dia inteiro dentro da loja de discos fingindo ser DJ. A tia gosta do dono da loja, então todos os dias ela consegue um jeito de ir até lá e nos leva junto; apesar de ser repetitivo é legal.

Aos domingos nós sentamos na varanda do prédio e ficamos sentados olhando para o horizonte comendo KFC, aí Sophia fica falando de coisas do passado e do futuro, enquanto a Tia Elena conversa com várias pessoas no telefone.

Eu acho que você iria gostar daqui, Hope, pois tem muitos jardins de tulipas em cada esquina, mas infelizmente não são vermelhas, ainda não vi nenhuma, mas mesmo assim você iria se sentir bem, sei o quanto você gosta dessas flores estranhas. ( Eu acho elas feia, mas não posso acha-las bonitas, Mike disse que isso é coisa de boiola)

Comprei uma blusa pra você, mas a Sophia quem vai dar, porque se eu der você vai ficar toda melosa para o meu lado e eu odeio isso, parece falso, gosto quando você grita comigo, quando me xinga, me bate e se irrita, pois é quando eu vejo a verdadeira Hope, a Stonem.

Tia Elena está me chamando agora, tenho que ir.

Tchau.”

Dez de Outubro de 2007.

"Oi Hope.

Eu acho que seria certo eu começar a carta pedindo desculpas por quebrar suas bonecas, mas, para início de conversa, você quem começou tudo isso. Qual a graça de entrar no meu quarto e pintar todos os meus quadros com esmalte vermelho? Aquilo nem era pintura de verdade, foram só vários riscos e um monte de "X". Você sabia que eu estava guardando aquelas telas para o que a "mamãe" chama de "especial"? Pois é!

Eu não gosto de futebol. Não gosto de carrinhos. Não gosto de desenho. Não gosto de pique esconde, não gosto de correr, não gosto de nada disso, de nada que você, Sophia e Mike costumam fazer.

Eu gosto de ler o jornal para a mamãe, ou qualquer outra coisa que envolva letras. Mas, acima de tudo, gosto de pintar e desenhar. Você foi muito má, Hope.

Eu deveria contar para a mamãe, mas antes disso você já havia me dedurado para o papai, por isso eu deixei de comprar tintas novas para comprar bonecas pra você.

Você nem gosta de bonecas, Hope! Poxa vida! Você odeia brinquedos, então por que faz isso?

Que bosta. Não vou pedir desculpas nem nada, espero que você se dane.

Tchau.”

Vinte e cinco de dezembro de 2008.

"Oi daqui de Colinas!

Como anda as coisas por aí? Por aqui tá tudo bem, hoje é Natal e a Tia Elena fez peru assado e ficou cantando músicas natalinas com a Sophia pelo saguão do hotel. Aqui é legal, tem gente de todo tipo e todo mundo do bairro se conhece.

Por que você preferiu ir para St. Paul? Aí é chato, é longe e sem coisas legais, além de que você vai ter que aturar o Mike falando sobre edições de quadrinhos da Marvel.

Papai me ligou hoje, disse que ele e a mamãe estarão voltando de Nebraska no final de semana, enquanto isso eu fico aqui curtindo a neve e você fica aí, sendo uma chata assistindo TV a cabo.

Eu comprei presente pra você, um livro, mas não vou dar, porque você vai achar estranho, fazer um monte de perguntas e eu odeio suas perguntas, são sempre cheias de "Ah, mas por quê?", odeio isso muito, mais do que odeio você.

(É, eu te odeio, sua chata)

Bom, é isso, tchau.

Ps: Use luvas grossas de lã e cachecol mesmo estando dentro de casa com o aquecedor ligado, você pode acabar sendo congelada, e eu não quero isso... Por que... Bom, se você congelar quem eu vou odiar? Fique bem. "

Treze de Maio de 2008.

"Seu cabelo ficou uma porcaria com esse corte de cabelo... Francamente... Prefiro ele longo.

Tipo, não que eu ache seu cabelo bonito (Ele é feio, acredite), mas com ele longo dá pra puxar quando você me irrita.

Olha, sério, nunca mais corte o cabelo assim. Odiei.

Tchau."

Quinze de Setembro de 2009.

"Olha, eu já to cansado de pedir desculpas a você por qualquer coisa. Você nunca percebe que quando eu digo algo de ruim a você é para o seu próprio bem.

Sabe quando eu disse em alto e bom som para todo mundo que você não deveria colocar aparelho porque ficaria feia? Bom, gostaria de deixar claro que você fica bonita de qualquer jeito, com ou sem um monte de ferros na boca.

Eu não entendi porque você começou a chorar e me chamar de monstro e indelicado, mas a verdade é que eu não suportaria, daqui a dois anos, ver você rir e não ver mais a fenda que tem nos seus dentes superiores.

Você pode achá-la ridícula ou qualquer coisa do gênero, mas eu a acho linda, Hope. Eu notei essa fenda assim que te vi sorrindo pela primeira vez, no orfanato.

Por favor, não coloque aparelho, eu imploro.

Tchau.”

Sete de Julho de 2010.

"Hope, é verdade que você gosta do sobrinho da vizinha? Por favor, diga que é mentira.

Quando a Sophia me contou eu não acreditei, sério. O que você viu nele? Qualquer outro menino é melhor do que ele, até mesmo eu sou uma opção melhor.

Não que eu me importe, você pode ficar com quem você quiser (Tá legal, a gente é criança, mas eu sei que apesar de ter doze anos você já beijou), porém você merece coisa melhor.

Claro que você é uma chata sem graça, bobona, idiota, bocó e... e... linda, mas mesmo assim, merece coisa melhor.

Não sei bem como explicar isso, mas... Não gosto de ver você conversando com ele. Na verdade não gosto que converse com nenhum garoto. Então, por favor, pare. Ver você assim, tão... tão a vontade me causa dor de cabeça e vontade de bater em alguém.

Acho que estou ficando louco.

Tchau.”

Trinta de Outubro de 2011.

"Oi Hope.

Nossa, faz quanto tempo que não começo uma carta com "Oi Hope"?, uns três anos , talvez? De qualquer maneira eu não sei bem como começar essa carta, nem sei como fazer vir a tona o assunto ao qual quero discutir.

Acho que devo ir direto ao ponto: O baile de inverno é daqui a duas semanas. Eu odeio dançar. Eu odeio o pessoal daquela escola. Odeio bailes. Odeio usar ternos. Odeio tudo isso.

Mas, o Tyler disse que bailes são importantes e que eu sou obrigado a ir. Infelizmente, o Ethan concordou (Sim, o Smith e sim, ele é meu amigo também) e já alugou o smooking.

Ontem vi você e a Lílian conversando sobre essa bosta de evento, o que me fez lembrar que eu ainda não tenho o par.

Bom, na verdade, tem a Aria Gomez... Mas tipo, a Aria é muito difícil de lidar, ela é calada demais e por qualquer besteira fica ressentida. Algumas meninas da minha turma de inglês me olham de maneira sugestiva, mas nenhuma me agrada. É uma completa droga.

Por esse motivo eu fiquei a noite de sexta feira inteira procurando alguém no livro anual e todas as que eu julguei ao menos adequadas já tinham um par. Aí, a mamãe sugeriu você e... Hm... Você quer ir ao baile comigo, Hope? Juro que vou tentar não falar mal do seu vestido ou cabelo, juro que se você quiser eu posso vir a ser um anjo. Apenas aceite.

Tchau.”

Quatorze de Novembro de 2011.

"Hope, sinceramente, qual é o seu problema?

Quando a mamãe disse que você deveria ir ao baile comigo ela realmente estava falando sério, eu havia pedido para que ela fizesse isso porque se eu convidasse você iria ser um desastre, já que você acharia que eu estou te dando um espacinho para entrar na minha vida, sendo que, na verdade, não estou.

Então, custava ter aceitado? Puta merda. Você preferiu ir com o David, que passou a festa inteira conversando com os amigos dele e te deixou sentada na mesa. Tive que chamar a Sophia para ir comigo, o que me faz lembrar que tenho sérias coisas pra contar pra você, coisas que descobri nesta noite.

1- A Aria tem depressão. Percebi isso porque quando eu disse que iria ao baile com a Soph ela deu um chilique e disse que já estava acostumada com isso, com o fato de ser deixada de lado. Aí ela começou a dizer que queria morrer, que queria sumir do mapa, que estava cansada do mundo. Fiquei tão assustado e preocupado que falei com a Sr. Dunner, daquela da sala de apoio. Espero que a Aria fique bem.

2- O Tyler gosta de você. E isso tá me irritando de uma maneira tão grande que eu sinto vontade de socá-lo no rosto toda vez que ele olha pra você e sorri. Aquele babaca inútil, agora entendo porque não consigo ter amigos. São todos traidores.

3- Você fica... hm... diferente vestida de vermelho. Foi a primeira coisa que eu notei quando você chegou com o David, você fica... Meio que desconcertante. Bonita. Atraente. Não parece uma pirralha que passa a tarde conversando besteira com as amigas no telefone, parece até madura para a própria idade. Deveria usar vermelho mais vezes, fica intimamente.

4- Eu dei meu primeiro beijo. Foi estranho.

Falar dessa questão me lembra de algo que está me dando dor de cabeça: Eu beijei a Sophia, só pra saber como é ter os lábios de alguém sobre os meus. E foi uma droga, porque enquanto a gente se beijava eu não conseguia parar de pensar em como aquilo era errado. Não porque a Soph é minha prima, mas porque ela não era a pessoa certa.

Depois que eu deixei ela em casa, fiquei me perguntando quem seria a tal pessoa certa. E aí eu te vi sentada na varanda conversando com a mamãe e quando você olhou pra mim tão atentamente, como se soubesse o que eu havia feito, senti que eu havia te traído.

E isso me assustou.

E isso está me assustando.

Porque sinto que eu deveria estar beijando você, e não a Sophia.

Cara, não acredito que disse isso.

Você é minha irmã, eu acho que por esse motivo é errado ficar te bisbilhotando nos corredores da escola, é errado sonhar com você, é errado querer te abraçar mesmo sem nunca ter te abraçado de verdade, é errado querer dormir ouvindo o som da sua voz, é errado querer estar com você de outra maneira... É errado querer te beijar.

Eu nunca te odiei, Hope. Nunca.

Todas as vezes que declarei que não considero você uma irmã é porque não consigo sentir absolutamente nada de fraternal por você, vai além disso, é uma coisa inexplicável.

Eu percebi que, faço você sentir ódio de mim porque é a única maneira que encontrei para ter certeza de que você pudesse sentir algo por mim, nem que fosse um sentimento ruim.

Eu acho que estou apaixonado por você, Hope. Acho que sempre estive. E só fui perceber algumas horas atrás, quando você me perguntou o que eu achei do baile e eu quis responder que foi uma droga, por você estar longe de mim e por não ter sido meu primeiro beijo. Mas aí, respondi que havia sido maravilhoso e você apenas sorriu. Um sorriso lindo, cheio de dentes, com aquela fenda bonitinha nos dentes superiores. Sou apaixonado pelo seu sorriso.

Sou apaixonado por você, e é por esse motivo que nunca pude lhe aceitar bem, porque desde o início, eu sabia que meu coração pertencia a você e isso me dá um medo tão grande, tenho medo do que meus sentimentos por você me obrigarão a fazer.

Henry.”

Treze de Janeiro de 2012.

“Querida Hope, o Ethan sugeriu que...

....

Calma, estou tentando parar de rir.

Um segundo.

....

Meu Deus, como é estranho começar uma carta pra você dessa maneira tão pomposa. Normalmente eu começo pedindo desculpas ou lhe ofendendo, alguma vez na vida me dirigi a você de um jeito mais gentil? Acredito que não.

Quem deu essa ideia de começar as cartas assim foi o Ethan, que me julgou e me chamou de indelicado. Disse que eu “não sei como tratar uma moça”, quem vê pensa que ele é um cavaleiro, enquanto na verdade é tão ogro quanto eu.

Sei que é esquisito imaginar Ethan e eu sendo amigos, ainda mais pelo fato de que ninguém nos vê conversando ou no mesmo ambiente, mas ele é meu melhor amigo. Não, Tyler não é meu melhor amigo. Tyler era, há alguns meses atrás antes de você revelar ser apaixonada por ele, meu colega; mas depois disso virou um inimigo. Eu só continuo conversando com ele por esse ser um dos meios de chegar até você.

Por falar em meios, comecei a perceber que escrever essas cartas é minha única maneira de me dirigir diretamente a você, sem ter medo de falar absolutamente nada. Apesar de nunca entregá-las, eu imagino que você de alguma maneira consegue lê-las e só por um segundo sinto que você entende e aceita toda essa situação. Mas aí o segundo passa e eu volto a realidade, a realidade em que eu tenho de trata-la de um jeito grotesco para que nunca desconfie de nada.

Pode não parecer, mas me incomodar mentir tanto, me incomoda fingir, me incomoda estar ao seu lado e ter que fazer o papel de irmão-chato-problemático. Eu sou chato. Eu sou problemático. Mas não sou seu irmão.

Hope, as vezes paro para pensar como seria se a situação fosse diferente. Se eu tivesse me apaixonado por outra pessoa, como seriamos? Nós seriamos inseparáveis, tipo Sophia e eu? Eu bancaria o irmão mais velho que tenta dar uma de pai para cima de você? Nós seriamos do tipo que um apoia o outro? Ou, seriamos como somos hoje?

É até estranho dizer “somos hoje”, porque tudo é uma mentira, tudo é uma farsa. Todas as minhas atitudes são calculadas, até os mínimos detalhes. Desde criança, Hope, desde que tínhamos apenas seis anos de idade eu me esforçava para não ser legal com você, porque não queria que você me visse como um irmão, pois nunca vi você como uma. Não por você ser adotada, não por não querer dividir meus pais, mas porque simplesmente... Não consegui, não consigo e nunca conseguirei.

Você sempre será vista de outra maneira.

Até algum dia,

Henry.”

Vinte de Março de 2013.

“Querida Hope,

Tenho duas noticias para você, uma boa e outra ruim. É comum as pessoas começarem pelas boas, porque primeiro a gente rir e depois a gente chora, certo? Mas, de qualquer maneira, vou começar pela ruim, pois a ruim leva a uma variedade de questões e está ligada com a boa noticia.

Bem, a única pessoa que – Até ontem a noite – sabia sobre os meus reais sentimentos sobre você era o Ethan. A maneira como ele descobriu foi estranha: Ele me disse que precisava se afastar de você, que não podia mais ser seu amigo. Quando eu lhe perguntei o porquê ele disse que estava começando a gostar de você e não queria ficar na friendzone. É bem obvio que eu fiquei puto, primeiro porque ele é meu melhor amigo, segundo porque ele também é seu amigo e minha fonte de informações, terceiro porque eu não queria que ele se tornasse meu inimigo como o Tyler se tornou e quarto porque eu sabia que você iria sofrer com o súbito distanciamento dele.

Eu estava tão desesperado com toda essa situação que acabei falando que ele não era o único, então tive que explicar tudo do começo, aos mínimos detalhes. Ele ficou em um estado vegetativo por alguns segundos, processando o que eu havia dito e depois levou tudo numa boa. Sério. Ethan no começo ficou meio estranho, mas depois veio com piadas e um apoio que eu nunca imaginei que poderia receber (E olha que ele estava meio que na sua).

Porém, agora, mais uma pessoa sabe sobre isso.

E essa pessoa é a mamãe.

Há alguns meses atrás comecei um curso de desenho que a Tia Elena estava pagando e minha maior inspiração era você. Eu desenhava diversas coisas que tinham alguma ligação contigo: tulipas, luas, cigarros, sol... E, quando menos percebi, passei a fazer autos retratos.

Depois que meu professor me dava alguma nota eu jogava as folhas em uma caixa debaixo da cama, junto a todas as outras cartas. Acontece que, a mãe resolveu fazer uma geral no meu quarto e então achou a caixa.

Quando ela leu tudo o que eu já havia escrito durante anos, foi me buscar no treino de basquete mais cedo e teve uma conversa comigo sobre incesto.

Foi a pior conversa que tive com a mamãe. Foi pior do que a conversa que tive com o papai ano passado sobre sexo e camisinha. Foi um saco; tive que ouvi-la falar e falar durante horas, sem pronunciar uma palavrinha sequer.

– Isso é culpa minha, Henry? Você sentir essas coisas? – Ela perguntou em um fio de voz, parecendo estar prestes a chorar e eu a olhei sem entender. Não queria que isso acontecesse, odeio quando uma mulher chora. – Digo, eu sempre obriguei você a tratar a Hope de uma maneira melhor... e aí você desenvolveu essa... loucura... essa... coisa por ela?

– Não é nada disso, mãe. – Respondi apertando a têmpora com dois dedos, tentando não entrar em pânico. – Eu não sei explicar. Eu a amo e a odeio ao mesmo tempo. Amo tanto que meu coração quase se quebra em milhões de pedaços... Eu amo os olhos dela, o sorriso, a voz, a personalidade, a força de vontade, os cabelos, a pele... Mas eu odeio a inocência dela, odeio a lentidão, odeio a ironia, odeio o nariz arrebitado e o queixo erguido. E ninguém me machuca tanto quanto ela.

Eu esperei gritos, xingamentos ou qualquer coisa do gênero, mas ela apenas continuou me olhando com seus grandes olhos cinzas avaliativos e suspirou. Depois colocou a cabeça no volante e ficou sussurrando coisas desconexas.

– Tem certeza que não é algo passageiro? – Ela perguntou depois de um tempo e eu assenti. – O que ela significa para você?

– Ah, mãe, ela significa tudo. Eu não gosto da Hope, mãe, eu preciso da Hope. Não sei o porque, só sei que preciso... Ela é a garota mais inteligente, engraçada e linda que já conheci. Sinto falta dela todos os dias, o tempo todo, mesmo estando a alguns passos dela. Ela tem um jeito tão bonito de ser bonita. Tipo, ela não tenta ser bonita, por isso que ela é bonita. Ela é meu calcanhar de Aquiles, minha válvula de escapa, meu ponto de equilíbrio, minha prisão, é uma canção intocável, uma poesia dilacerante... Mas sobre todas as coisas, ela é a minha Querida Hope.

– Ai meu Deus, você a ama. – Cassie sussurrou com os olhos cheios de lagrimas tirando o cinto e se jogando em cima de mim com os braços abertos, parecia emocionada. – Você está apaixonado por ela. Ai meu Deus, isso é tão... lindo.

Quando chegamos em casa ela quis saber detalhadamente sobre as cartas, quis saber sobre como percebi que gostava de vocês, quis saber tantas coisas, até parecia uma adolescente que estava assistindo uma série romântica.

A boa noticia disso tudo, Hope, é que ela apoiou. Sim, ela apoiou, disse que moveria céu e terra para me ver feliz e se me ver feliz significa estar ao seu lado, ela está disposta a fazer o que for possível para que isso aconteça. Foi algo surpreendente ouvi-la dizendo isso como se fosse algo normal, então percebi que é algo normal sim, que podemos ficar juntos sim, basta você abrir os olhos e enxergar o que está na sua frente, Hope.

Tenha uma boa noite,

Henry.”

###

"Querida Hope,

Já fazem duas semanas que não nos falamos. Duas semanas que tenho estado com um aperto no peito e uma agonia indescritível. Pior do que ver você namorar com o Tyler é saber que não pude fazer nada para evitar. Você vai se arrepender, Hope, você vai sofrer.

Não que o Tyler seja ima pessoa tão ruim assim, mas ele tem uma fidelidade bem duvidosa. Ele nunca gosta de uma pessoa por muito tempo, é sempre temporária e quando não é ele fica obsessivo, literalmente.

Tyler não ama você, não caia nessa ilusão, ele pode até gostar, mas amar não.

Ele tem um rolo com a Hannah Wade desde que o conheci (e olha que já fazem quatro anos), algo tão complicado que não enrola e nem desenrola, que fica entre os nós.

No dia do seu aniversário você estava tão feliz ao lado dele, tão espontânea que por um segundo tive vontade de aceitar de braços abertos essa relação e seguir em frente. Mas então lembrei que horas antes Tyler estava tendo uma discussão com a Hannah sobre você e lembrei também que boa parte da sua felicidade se fazia devido aos presentes que ganhou pela manhã e por essa razão continuo tendo esperanças, de que um dia você vai acordar e ao me ver ao seu lado vai sorrir como nunca sorriu antes e que ficaremos juntos.

Vamos voltar a falar do seu aniversário porque aquele dia foi o melhor e o pior da minha vida. Melhor porque tive aquela conversa com você antes de dormir, porque a abracei com força e vi o quanto você é cuidadosa com todas cartas e desenhos que já lhe entreguei.

Pior porque Sophia está indo embora.

Lembrar disso me causa dores de cabeça; as coisas estão ruins Hope, elas estão difíceis e a Sophia é uma das minhas únicas válvulas de escape. Saber que ela está indo para Nova Iorque está me quebrando por inteiro.

Não sei como vou consegui seguir em frente sem ela, Hope. Eu sou desesperado por aprovação, eu tenho esse problema. Essa coisa toda de aceitação. Essa auto estima baixa. Eu olho para as pessoas e sussurro: Gostem de mim! Gostem de mim. Por que se gostarem de mim, talvez eu também comece a gostar.

Estou cansado.

Meus pensamentos vão acabar me matando, meu cansaço vai acabar me matando, eu vou acabar me matando.

Henry.”

"Querida Hope,

Tic-Tac. Tic Tic Tic Tic Tac Tac Tac.

Tic-Tac. Tac Tac Tac Tic Tic Tic Tic.

O relógio está batendo.

Os pontos estão ligados.

Tic Tac. Tac Tic.

Constante.

Minha mão está tremendo, minha vista está curva.

Tic Tic. Tac Tac.

Os anti-depressivos me deixaram calmo.... E louco.

Tic Tac.

Quero morrer.

Tic Tac.

Que relógio repetitivo.

Tic Tac.

O poema, Hope, você tem que ler o poema. É minha despedida.

Tic Tac.

O jogo de basquete hoje foi a despedida para John. As notas para a mamãe e o Poema para você.

O Poema de flores mortas.

Tic tac.

Está chegando a hora.

Tic Tac.

Talvez eu tenha bebido demais, acho que estou lunático.

Será que estou louco?

Estou morrendo. Os cortes estão ardendo, mas o que me deixa em agonia é ver meu próprio sangue.

Tic Tac.

Estou passando a corta pelo pescoço.

Tic Tac.

Estou subindo na cama.

Tic Tac.

O lustre está balançando.

Tic Tac.

Merda, esqueci o poema.

Não, não esqueci. É o poema de flores mortas. É um poema sobre mim. Mas não é um poema. É uma música. Música Brasileira. Mas vejo como um poema... Ah Hope, o poema das flores.

Olhei até ficar canso de ver os
meus olhos no espelho
Chorei por ter despedaçado
As flores que estão no canteiro

Os punhos e pulsos cortados
E o resto do meu corpo inteiro
Há flores cobrindo o telhado
Embaixo do meu travesseiro
Há flores por todos os lados
Há flores em tudo o que vejo

A dor vai curar essas lástimas
O soro tem gosto de lágrimas
As flores tem cheiro de morte
A dor vai fechar esses cortes
Flores
Flores
As flores de plástico não morrem

A corda está fixa, o quarto está silencioso, mas estou ouvindo sua voz, estou ouvindo você me chamar.

Você não pode me salvar. Não de mim mesmo.

Tic Tac.

O garoto do quarto ao lado da janela, com cabelos loiros feito folhas secas de outono, que tem problemas com os pais e com os próprios sentimentos, está dizendo indo embora para sempre.

Estou enlouquecendo. Estou olhando para o abismo, e o abismo está olhando para mim. Ele sorri. Eu vou pular. Eu quero pular.

Adeus Hope."

"Querida Hope,

Eu tenho absoluta certeza de que você sabe o que significa seu nome.

Esperança.

É tão bom falar essa palavra: Esperança. Faz você acreditar que algo bem está por vir, faz você ter fé que as coisas irão melhorar, faz você continuar seguindo em frente.

Esperança.

Enquanto assistia você correr nas regionais não consegui parar de pensar no quão determinada você estava, na sua expressão que dizia claramente "Eu sei que vou ganhar, eu sei que consigo, olhem para mim, olhem olhem olhem! Atravessei a linha de chegada, babys."

Você sorriu tão lindamente quando se deu conta de que havia ganhado que eu me curvei sobre o banco e tive um feeling.

Só tive um feeling quando era criança e viajei para Minnesota e conheci um jogador de basquete famoso. Aquele foi meu terceiro feeling. O seu sorriso foi a razão do meu feeling.

Após convencer a Lilia de que deveríamos ir até você não conseguia parar de pensar no que dizer. Eu queria agradar. Queria passar confiança. Queria que você tivesse um feeling também.

Seu rosto estava tão sereno quanto quatro dias antes, no momento do meu segundo feeling. Quando acordei no hospital e você estava curvada sobre mim, com um sorriso de orelha a orelha. Por um segundo quis sorrir também, por um segundo quis esticar as mãos e tocar seu rosto. Por um segundo pensei que estava no céu.

Mas então a realidade me acertou em cheio e fiquei me perguntando o que havia dado errado. Fiz o plano de um jeito tão estratégico que achei que não haveria falhas. Quis gritar e me matar novamente. Quis saber quem havia me salvado, só pra mata-lo. Eu não deveria estar ali, eu deveria estar morto.

Então dormi novamente. Estava embriagado por remédios.

Quando acordei a única coisa que clareava o quarto era um abajur no canto direito, onde você estava sentado de pernas cruzadas lendo um livro, as unhas pintadas em um azul descascado. O rosto sereno, concentrado no que e um lia, as sobrancelhas arqueadas bico nos lábios. Tão linda. Tao adorável. O meu feeling. Minha razão para não se matar.

Eu disse baixinho: Eu amo você. Automaticamente seus olhos encontraram os meus e você me pediu para repetir. Soltei um resmungo, virei para o outro lado. Esperei que até você desligar as luzes e dormir para levantar, caminhar calmamente pelo chão gelado e me ajoelhar diante do seu corpo pequeno.

Antes de qualquer ação eu sorri, porque me dei conta de que seria capaz de passar o resto da minha vida sussurrando isso em seu ouvido. Eu amo você. Eu amo você. Eu amo você - Suspirei cansado, sentindo o peito rasgar por estar ajoelhado na sua frente e não deitado na maca. - Eu amo você. Eu amo você, anjo de vestido azul.*

Você sorriu em meio ao sono. Deveria estar sonhando. E, naquele momento, tive um feeling.

Henry. "

“Querida Hope,

Durante toda a semana Lília jogou indiretas sobre você estar procurando o Sr. Confuso. No começo, não acreditei, achei que ela estivesse apenas com ironia para me irritar (Ela tem mania de fazer isso, é horrível, ironia é a forma elegante de ser mau.). Mas então o Ethan chegou desesperado no treino aos berros sobre você estar estranha e andar em grupo por aí com uma lista de garotos.

Eu não sou burro, Hope, juntei algumas pistas e logo percebi o que você estava tentando fazer. Por esse motivo liguei.

Para deixar claro: Eu iria dizer que você deveria parar de tentar me encontrar. Iria dizer para você desistir.

Mas aí... Você simplesmente... Se revelou, Hope. Foi como se você estivesse no escuro durante todo esse tempo, foi como se você estivesse presa e resolvesse se libertar, resolvesse libertar seus próprios sentimentos. Eu fiquei surpreso diante das coisas ao qual você falou, em nenhum milhão de anos poderia imaginar que você fosse capaz disso.

Quando você gritou que me amava, gritou tudo o que estava preso dentro de si, foi como se placas tectônicas estivessem se movimentando dentro da minha barriga. Sugerir que deveríamos nos encontrar foi algo tão impulsivo, tão... sei lá. Mas eu gostei, gostei da sua reação.

Amar pode doer, mas é a única coisa que nos mantem vivos. Amar pode remendar a alma. Pode curar. Amar torna tudo mais fácil. É a única coisa que levamos consigo quando morremos.

E você me ama. Ah, você me ama.

Porém, estou com medo, Hope. Com medo do que tudo isso vai dar. Com medo da sua reação. Com medo de não conseguir chegar no encontro a tempo (Tenho uma reunião com o John antes.)

Já sofri demais, Hope. Estou constantemente no escuro, constantemente sozinho, sem ninguém ao meu lado, porque ninguém realmente entende. E isso meio que virou uma rotina, entende? Perder amigos, pessoas, ficar desolado apenas com memorias póstumas. No final de tudo, sei bem as dores que carrego no peito, sei bem as lições que levo para casa. Não sei se vou aguentar mais uma decepção, não sei como agir diante da sua reação.

Nos vemos amanhã. Apenas espero que tudo não seja em vão.

Henry. “

“Querida Hope Turner Adams, que na verdade é Hope Elizabeth Stonem

Você disse que nunca iria dizer adeus. Você disse que nunca iria desistir. Você disse que nunca iria me deixar. Mas foi só as coisas se complicarem, foi só as coisas ficarem difíceis para que você fosse embora.

Você fugiu, Hope, fugiu de mim.

Dói dizer isso, dói pensar nisso ou qualquer coisa do gênero.

Eu estou irado. Se começar a ficar um ogro no decorrer dessa carta, não pare de ler, não mesmo. A realidade me atacou em cheio. Primeiramente, só tenho a dizer que: Perdão por te transformar no amor da minha vida, eu deveria ter esperado, ter deixado que isso acontecesse mérito seu.

Sim, estou venenoso, estou com raiva. Ah... Hope, se você soubesse em tudo o que tenho pensando desde que você atravessou aquela porta...

Quando cheguei em casa já tinha em mente que você deveria estar trancada no quarto toda sentimental por ter ficado mofando naquele parque. Eu não queria ter me atrasado, juro, mas o John praticamente me prendeu dentro da empresa, fazendo perguntas toscas e me obrigando a se cadastrar em um concurso de direito em Omaha.

Ao ver você jogada no chão daquela maneira; aos berros com o computador ligado tive uma noção do que havia acontecido.

No inicio eu quis me bater por ter sido tão burro. Quis me crucificar por deixar você descobrir tudo daquela maneira. Mas então me arrependi totalmente quando você começou a dizer aquelas coisas. Aquilo machucou muito, foi como se uma lamina afiada estivesse me partindo ao meio.

Eu poderia me declarar de mil e uma maneiras nessa carta, sério. Poderia dizer o quanto amo você, o quanto quero que você volte para casa e tudo mais, porém, a partir do momento em que você atravessou aquela porta e foi para casa da Anna Palmer, tudo isso mudou.

Você fez a sua escolha.

Acho que estou te superando, sério, aas vezes paro o que estou fazendo e me questiono: Por que continuo lutando? Por que continuo indo atrás dela? Será que eu não mereço um amor correspondido? Será que eu não deveria realmente seguir em frente?

Vou repetir: Você fez a sua escolha. Depois não diga que eu fui culpado de algo, pois eu estava ali, com você, mas você me mandou embora. Eu esperava mais de você. Esperava que você abrisse os olhos e me puxasse de volta. Esperava que você demonstrasse que me queria com você. Esperava algo de você. É esse o problema. Eu espero demais de você e você não pode me dar nada. E isso dói. Tudo dói.

Quando você entrou dentro daquele carro, fiquei alguns minutos parado na porta. Cassie começou a chorar, quis chorar também, quis me despedaçar também, mas deixaria isso para depois. Em meus pensamentos eu te xinguei, te xinguei muito. Por que eu te amo e te odeio ao mesmo tempo. Por que nenhuma pessoa me machuca tanto quanto você. Por que... Ai meu Deus, porque quero que você sinta uma baita saudade de mim, mas uma saudade daquelas bem filha-da-puta, que tira sono e tudo mais.

Não vou te ligar. Não vou te perseguir. Vou te dar tempo e espaço. O que você vai fazer com isso é escolha sua: Você pode voltar, tratar as coisas com maturidade e ser feliz ao meu lado. Mas você pode ser uma babaca; vai lá, vai em frente, corre atrás de quem não te valoriza, de quem não te merece. Faz todas as suas borradas, as tuas merdas e depois sofra as consequências sozinha. Estou sendo frio, eu sei, mas se eu não fui bom o suficiente para te amar, não sou bom o suficiente para te consolar, para te curar.

A escolha é sua. Se você preferir estar longe de mim, juro que vou fazer de tudo para te esquecer. Tudo mesmo; por que sinceramente? Eu me recuso a continuar sendo um idiota, me recuso a me doar por inteiro pra quem não me dar valor. Lília disse que às vezes colocamos qualidades demais em cima das pessoas e esquecemo-nos dos seus defeitos, isso acontece comigo, mas já cansei de enxergar o melhor em você e me decepcionar no final. Chega.

Você foi meu mundo, minha razão para viver, minha válvula de escape, minha esperança. Pra você, eu fui um erro que o tempo apagou, que não foi bonito viver, que não valeu a pena. Eu fui plural, você foi singular. Você foi coincidência, eu fui destino. Você foi paixonite, eu fui amor. Você foi momento, eu fui eternidade. Nessa sua insignificância, nessa sua divisão, nessa sua falta por nós, eu fui por dois e acabei ficando por um. Sozinho.

A tempestade que está por vir é da cor dos teus olhos castanhos.

Se agasalhe, a noite é fria, e o seu coração mais ainda.

Henry.”


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

*Algo que vai ser explicado depois.

GENTE DO CÉU ESSE FINAL.
ESSE FINAL.
FOI TÃO HOLY FOOL.
TO ME SENTINDO KIBADORA MAS EU NÃO PLAGIEI NADA, SÓ FICOU PARECIDO, SÓ ME LEMBROU MT AQUELE MOTOQUEIRO LOUCO
AKLJEIKMSEJS
GENTE DO CÉU ESSE FINAL FOI MEU CÚ, MEU CHÃO, MINHA DIGNIDADE E O RESTO DO MUNDO JOGADO PRO ALTO.
A merda foi jogada no ventilador, agora que estamos aqui vamos nos melar.Aff, que frase feia.
Alguém aqui já leu Garoto encontra Garoto? GENTE QUE LIVRINHO FOFINHOOOOOO, O NOAH É TÃO GAY QUE EU FICO TODA AWN AWN AWN. ADORO A INFINITE DARLENE. Melhor que Will e Will, francamente.

E Eleanor e Park? Gente que livro mais @@##!!!@@@ e Hopeless??? Cara, tenho lido demais esses dias, oloookooooo, por isso to tão insipirada.

Booooooom, gostaram do capitulo? Eu amei ver o Henry/Sr.Confuso todo maldoso, todo frio, sério, esse negocio de "sentir uma baita saudade" me fez querer bater palmas por ele acordar de vez e parar de mimar a Hope... Aquela trouxa, aff.

Espero que tenham gostado.

E COMENTEM! SÓ A GAB E A JEM COMENTOU NO 21, ISSO ME MATOU. ENTÃO COMENTEM AGORA. PLEASE.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Cartas para Hope" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.