Quem Nunca Amou Um Idiota? escrita por woozifer, Anya


Capítulo 3
Caça ao tesouro


Notas iniciais do capítulo

Então gatérrimos.Decidimos que vamos postar um dia sim e outro não./todos gritam/
Espero que gostem desse capítulo porque foi uma bosta pra postar (internet bosta)
Boa leitura lindos :**



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Eu encarava sem vontade alguma a cena que se desenrolava na minha frente. Ainda era madrugada (seis horas da manhã? Cinco?) quando Alicia invadiu o dormitório feminino e fez todo mundo se trocar. Nos deu braçadeiras azuis e depois no enxotou do dormitório, então estávamos ao redor daquele lago denovo, todo mundo com cara de sono, exceto Castiel, que tinha a aquela aparencia de sempre, os cabelos como se tivesse todo o tempo do mundo para deixá-los perfeitamente desorganizados. Não havia uma olheira em seu rosto, ou qualquer expressão de cançaso que fosse. Até Kyle parecia cansado, mas Castiel nunca estivera melhor. Aquilo me irritou ainda mais.

Tinha chovido de na madrugada, o chão que era de terra, agora estava em lama pura. E para piorar a situação hoje a prova deveria envolver alguma atividade física.

— Muito bem pessoal, a primeira prova vai ser uma Caça ao tesouro! — Johny dizia com megafone em mãos — Há pistas espalhadas por todo o campus e acho bom se esforçarem para encontrar os seus tesouros, porque o ultimo grupo a encontrar seu tesouro vai ficar responsável pela limpeza da louça e dos banheiros.

— Qual é o prêmio? — alguém do grupo verde perguntou.

— Isso é segredo por enquanto, mas garanto que é ótimo— disse Johny

— E se um grupo encontrar o tesouro de outro grupo? — perguntou uma menina na minha frente.

— Você tem que devolver ao lugar que encontrou. Cada grupo tem seu próprio tesouro, e o grupo será desclassificado e condenado a limpeza automaticamente se tirar do lugar, pegar ou abrir o tesouro que não seja do seu grupo.

— Isso ai galera, a prova vai começar! — Rick, um dos instrutores do time verde gritou.

— A primeira pista é : Olhe para o lado, o que vocês veem? A procura da pista olhe mais além.

— E a caçada começa... agora! — gritou Rick, e então vi todo mundo correr para o lago.

— Que?! — gritei sozinha e confusa. Por que todo mundo corria para o lago?

Então olhei mais atentamente, e vi que pouco a frente, no fundo do lago, havia três capsulas, uma verde, vermelha e azul. As pistas.

Corri pro lago e entrei como todo mundo. A água estava congelante e meio turva pelo movimento das pessoas. Fiquei nadando sem rumo, até que depois me cansei e sai da água.

Todo mundo já estava procurando a outra pista enquanto eu ainda saía do lago. Olhei em minha volta e corri para onde a minha equipe estava, eles encontraram a segunda pista bem rápido. Tínhamos que subir em uma árvore para pegá-la.

Estávamos molhados e com os pés sujos de lama então subir em uma árvore era uma tarefa um tanto quanto difícil.

Kyle e Castiel competiam entre si, Castiel era ágil mas Kyle tinha mais força. Quando ambos estavam no mesmo nível, Kyle tomou a frente agarrando um galho mais alto do que Castiel, e foi visível quando Castiel segurou um galho perto do pé de Kyle, o loiro pisou “acidentalmente” na mão de Castiel, fazendo-o escorregar.

Ninguém pareceu se importar com o que aconteceu, afinal, Castiel não tinha um arranhão, é uma pena mesmo.

Kyle colocou a cápsula azul entre os dentes e foi descendo vindo em minha direção, morri, seu corpo musculoso estava suado e seus cabelos colavam em sua testa.

Ele abriu a capsula, leu a pista perto dos meus ouvidos me fazendo estremecer e apontou para o meio da floresta. Todos, exatamente todos do time azul correram para onde o bonitão apontava. E mais uma vez, claro, eu fiquei por ultimo. Os outros times foram para outros cantos do acampamento. Fui caminhando para a floresta, todos estavam bem distantes de mim.

A floresta era muito bonita, eu conseguia ouvir muitos pássaros cantando, o cheiro era agradavelmente natural, mas andar nela era complicado, a lama deixava as pedras ainda mais escorregadias. Tive que parar para descansar, minhas pernas estavam pedindo arrego.

Me encostei em um tronco caído e deixei minha cabeça tombar na pedra gigante em minhas costas. O grupo ia ficando cada vez mais longe e meus olhos iam se fechando cada vez mais. Eu não estava acostumada a acordar tão cedo. Tentei me manter atenta, mas minhas pálpebras pesaram e pensei em deixar meu cansaço me vencer por um momento, afinal, um minuto de cochilo não me faria mal.

Só não pensei que fosse realmente dormir.

[...]

Quando meus olhos voltavam a se abrir, não vi absolutamente nada, demorei para me adaptar a escuridão a ponto de eu ver que eu ainda estava na floresta, porém agora tudo estava mergulhado em escuridão.

— Puta merda, o que eu fiz? O que que aconteceu? Cadê o interruptor? Alguém acenda a luz! — gritei em desespero

Pensei em esperar por ajuda, alguém já devia estar me procurando. Certo? Mas então ouvi um barulho estranho em meio à mata, me levantei o mais rápido que pude e corri dali. Até parece que eu ia ficar parada ali dando mole para espírito.

E foi quando parei para descansar que vi uma luz no meu rosto, e logo depois uma silhueta.

Então seria esse meu fim? Eu estava fadada a morrer numa floresta? A silhueta era meu “guia espiritual”, e a luz era o meu fim? Porém vi que o “meu guia espiritual” era apenas Johny, o instrutor gostosão do time vermelho. Dei graças a Deus que era ele, a minha sorte acabava de virar, de um assassino para galã de novela.

— Ah graças a Deus— falei aliviada e o abracei— Pensei que eu ia ter que dormir a mercê de um psicopata que me mataria lentamente.

— Psicopata? No máximo você seria cheirada por algum bicho— disse ele

— O que foi? — ele me perguntou assustado

— Isso ai é pior do que ser morta por um assassino! Imagina o que iriam dizer no meu funeral “ela morreu por causa de um servo maluco”.

Johny riu e se desfez do meu abraço, então apontou pelo caminho de onde viera.

— O pessoal está te procurando, Samantha, como conseguiu se perder?

Comecei a ir pelo caminho que ele me indicou, e Johny veio ao meu lado.

— Hã... Meio que eu dormi.

— Meio que dormiu? Como assim “meio” dormiu?

— Acordei muito cedo hoje, aí parei para descansar, fiquei cansada...

— Entendi.

— Como alguém pode gostar disso tudo? — reclamei pulando sobre uma poça de lama.

— Disso o que?

— Da natureza! É tudo tão... Natural! —Johny riu.

— Se não gosta de natureza, porque veio para o acampamento? — ele perguntou

— Fui obrigada, é meu castigo— admiti

— Castigo? O que você aprontou para ser obrigada a vir para um lugar que odeia?

— Bom... Brinquei de bombeiro.

— Bombeiro? Poderia explicar?

— Apaguei a fogueira de uma festa da fogueira, acho que quebrei o aparelho de som e roubei uns salgadinhos. Tudo isso na festa do ultimo ano do colegial do Outside.

Johny riu ainda mais alto, e então passamos pelos limites da floresta, chegando de novo ao acampamento, que estava numa agitação imensa, com campistas e instrutores andando para todos os lados, mas todos pararam a me ver com Johny que ainda ria.

— Sammy! — ouvi Megan dizer aliviada e me abraçar com força.

— Ela está bem gente, a pequena bombeira acabou dormindo— disse Johny,e todos então voltaram-se a suas tarefas.

— Estou bem— garanti a minha amiga, que me soltou.

Tive tempo apenas de erguer os olhos e ver Castiel com um sorrisinho no canto dos lábios, provavelmente feliz por não precisar arranjar outra pessoa para atazanar.

— Fiquei tão preocupada com você Samantha! —disse Megan.

— Estou bem— repeti e ela assentiu— e ai quem ganhou o jogo?

— Seu time— lamentou ela.

— E qual é o tesouro? — perguntei

— Vinte pontos no placar geral!

Fiz uma careta sem querer acreditar que eu havia entrado num lago por vinte pontos.

— Ok, bom... Meg vou deitar, estou cansada.

— Mas você não dormiu na floresta?

— Exato, pedras são desconfortáveis.

[...]

Acordei com o rosto da Kimberly próximo do meu, já sabia que coisa boa não era. Empurrei a cara dela para longe, porém o esforço foi em vão. Suas duas comparsas me pegaram pelos pés e me atiraram para fora do alojamento. Me levantei rapidamente e girei a mão na maçaneta, porta trancada. Andei ao redor do alojamento na tentativa de achar alguma outra porta ou janela aberta, de fora conseguia ver Kimberly rindo da minha cara.

— Algum problema Samantha? O que você está fazendo essas horas fora do seu alojamento? — Johny se aproximava com uma lanterna apontada para meu rosto.

Expliquei toda a história para ele, e vi a assombração. Meu pesadelo, Castiel, se aproximava, e eu estava com um pijama ridículo do Pernalonga, tinha certeza que ele iria rir de mim. Maldita sorte!

— Bonito pijama Samantha. — ele ria sem parar— Tá parecendo uma criança.

UMA CRIANÇA? Ok eu não tinha tanto peito e bunda quanto a Kimberly, mas criança já era demais.

— Criança?! Olha, eu pareço uma criança por causa das minhas roupas, mas e você que parece uma criança por causa desse corpo mais magro que meu primo de dez anos— retruquei me referindo ao seu peitoral a mostra por ele estar sem camisa. Menti, ele não era a pessoa mais forte do mundo mas estava em perfeita forma.

— Chega vocês dois— interrompeu Johny.

— O quê está acontecendo aqui? — perguntou uma terceira voz e nos viramos para o diretor, que chegara naquele instante.

— Kimberly me trancou para fora do meu dormitório— respondi.

— E viemos ajudar— disse Johny mentindo. Eles já estavam lá conversando, antes de eu aparecer.

— Como você sabe que foi a senhorita Kimberly? — indagou o diretor

— Porque eu vi oras!

— Você tem como provar Samantha?

— Ela ainda está lá dentro.

— Certo, vamos resolver isso então.

Ele tentou abrir a porta do alojamento, que continuava trancada. O diretor verificou todas as possíveis entradas, e concluiu que tudo estava mesmo trancado, e que Kimberly não estava lá dentro.

— Quem sabe você não possa dormir com os meninos? — o diretor falava com a mãos na cintura e uma real cara de preocupação.

Johny me analisava com uma das mãos no queixo.

— Desculpe, mas acho que não seria uma boa ideia, certamente todos os garotos ficarão em cima dela— Johny falava passando a mão no meu cabelo.

— Certamente, vamos tentar ver o outro dormitório das meninas então— o diretor apontava para o dormitório vermelho feminino.

— Eu posso levá-la— Castiel se ofereceu

Não!

— O senhor acha que sou bobo? Eu mesma a levo— disse o diretor

— O dormitório é do outro lado, posso acompanhá-los— se ofereceu Johny

— Ótimo, vamos lá— resmunguei impaciente.

— Vamos — concordou Castiel.

— O senhor não— o diretor interrompeu— Volte já para o seu dormitório, não era nem para estar acordado!

Castiel suspirou e então nos deu as costas, voltando para o dormitório masculino, mas não antes de mandar um sorriso impertinente.

— Vamos lá senhorita Bergenfield.


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Notas finais do capítulo

Então gente. O que acharam do capítulo?
Comenteeem,queremos saber a opinião de vocês!
Beijos lindos :**