The Last Time escrita por Ana


Capítulo 15
Quinze


Notas iniciais do capítulo

São 3 capítulos por semana, ou seja, esse é o último então sofram. E COMENTEM NÉ? Porque eu fico muito feliz, de verdade, quando vocês comentam.



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Corine ainda se recusava a deixar a enfermaria. Sentou-se na cama onde Draco se encontrava dormindo cruzando suas pernas, tentando não incomodá-lo. Madame Pomfrey aparentava não saber o que exatamente havia ocorrido, talvez fossem os ossos do oficio ou Snape tenha lhe ocultado a verdade.

– Senhorita Gouldfye, deveria parar de alugar o senhor Malfoy o dia mesmo e a si mesma dentro dessa enfermaria. Ele já está bom, talvez saia daqui pela manhã – disse a enfermeira com um sorriso amistoso nos lábios.

– Estou pensando em ir comer – disse a garota, levantando-se.

– É a melhor coisa que faz, ou então estará aqui até o entardecer.

Corine desceu as escadas e entrou no Salão Principal procurando por Grace. Não a encontrou, então foi diretamente até a mesa da Grifinória, sentando-se entre Louis Stuart e Rony Weasley.

A garota lançou um olhar breve para Potter e voltou sua atenção para as pessoas a sua volta.

– Não viram Neville hoje? – perguntou para alguns alunos em sua frente.

– Acho que revolveu chamar a Professora Sprout para sair finalmente – alguém brincou, mas Corine apenas se concentrou em seu suco.

Estava preocupada com Draco e mesmo sabendo que era algo totalmente desnecessário, já que ele se recuperava bem o bastante e logo estaria andando pelos corredores novamente.

Mastigou lentamente enquanto refletia sobre o fato de que Dumbledore deveria morrer para que Draco continuasse vivo e era algo que a fazia sentir-se extremamente culpada. Gostava do diretor por mais que não tivesse tanto contato com ele durante os seis anos que estudava em Hogwarts e por outro lado tinha sentimentos tão grandes por Malfoy.

Levantou-se, levando com sigo uma torta de limão e andou lentamente até o pátio ensolarado onde presumira que Grace estava.

Porém, parecia estar totalmente enganada. Esbarrou em Violet enquanto atravessava o gramado bem cuidado.

– Senhora Malfoy – ela despejou – Que prazer tê-la aqui e não de plantão na enfermaria enquanto seu amado namorado se recupera de algo grave. Existem chances de que ele morra?

– Cale a boca, Violet – Corine disse, tentando passar por ela, porém foi segurada pelo leve toque da garota, que a convidava a ouvir mais.

– Pode-se observar perfeitamente que aprendeu os bons modos dos Malfoy nesse pequeno espaço de tempo que passou com um dos membros da nossa adorada família – ela riu – Que pena. Você costumava ser agradável, sabia? Tão... Ingênua.

– E você continua a ser inconveniente, agora se me dá licença.

Corine passou por ela rapidamente, sem mais de longas e entrou no corredor mais próximo e foi a procura de Grace. A amiga quase não dera sinal de vida nos últimos dias. Imaginou que estivesse com Simas. Neville também havia sumido e isso era totalmente estranho para ela.

Foi para o Salão Comunal, onde encontrou Rony Weasley e Neville conversando.

– Neville? – ela disse, aproximando-se.

– Ah. Corine.

– Você desapareceu. Pensei que estivesse doente ou algo do tipo – a garota disse.

– Passei um tempo extra estudando, já que vovó tem cobrado muito minhas notas. Você esteve bem ocupada também, não quis incomodar.

– Não estava ocupada o bastante para não dar atenção aos meus amigos – Corine sentou-se ao lado de Rony – Olá Weasley.

– Se você diz.

– O que houve Neville? Você está estranho.

– Não é nada Corine. Só tenho que... Vou pegar mais tinta no meu quarto.

Então ele se levantou, deixando-a ali sentada com Rony, calada e em duvida. Começava a desconfiar que ele estivesse se afastando dela por conta de Draco, mas isso era totalmente ridículo e ela tinha total certeza de que Neville nunca faria isso com ela.

– Talvez seja por causa de suas novas companhias – começou Rony.

– Companhias? – Corine cruzou os braços encarando um ponto fixo no tapete – Ele acha mesmo que Draco e eu temos algo?

– Não é pra menos. Acho que toda a escola sabe que passou metade do seu tempo na enfermaria com ele.

– Hermione passou todo o tempo na enfermaria com você e ninguém disse nada – ralhou ela, mal humorada – Isso é totalmente sem sentido, ele é meu amigo.

– Não quando se anda com comensais, Corine. Você deveria se afastar dele enquanto dá tempo.

– Vocês afirmam que Draco é um comensal como se tivessem certeza absoluta, o tenham visto conjurar a marca negra ou tivesse a própria tatuada no seu braço.

– Você é quem sabe – ele sorriu e se levantou indo pra seu dormitório.

Corine passou a achar que essa era a melhor opinião, portanto dirigiu-se para o dormitório feminino para tentar se distrair.

**

Draco levantou-se no meio da noite em seu leito na enfermaria. Estava sozinho e as luzes apagadas. Aventurar-se pelos corredores havia se tornado algo natural para ele desde o começo de seu ano letivo.

Foi até o Salão Comunal da Sonserina, sorrateiramente se moveu por dentro dele e chegou até seu dormitório.

Todos haviam desligado seus abajures e dormiam naturalmente. Ele não deveria acordar quem quer que fosse. Mexeu em suas coisas e pegou seu terno preto e o vestiu, fazendo o mesmo com seus sapatos perfeitamente engraxados. Enfiou a varinha em um dos bolsos internos de seu paletó e deu uma ultima olhada em seu antigo lar, se é que poderia realmente chamar aquele lugar de lar em uma hora dessas. Estava prestes a destruir tudo aquilo.

Deixaria tudo para trás agora, seus amigos, as aulas que ainda não havia tido, seus pertences escolares, seu uniforme e Corine. Não poderia a levar com ele para onde iria. A partir de agora era um por si e ele não a iria expor para Bellatrix ou qualquer comensal da morte que fosse, não a colocaria em risco de morte.

Foi até seu destino, o corredor da Sala Precisa e se concentrou. Uma porta se revelou lentamente e ele entrou pela mesma, observando a sala precisa por completo.

Caminhou pelo caminho habitual, chegando até o armário ao qual ele já conhecia o bastante. Puxou o pano que o envolvia e o abriu inspecionando-o. Colocou um livro dentro do mesmo, fechando sua porta e concentrando-se o melhor que podia.

Após um tempo, algumas batidas foram ouvidas e a porta foi aberta, revelando uma bruxa descabelada e que aparentava ser totalmente louca. Bellatrix.

– Boa noite Draco – sorriu, saindo do armário e observando os arredores – Ora, ora, veja bem onde estou essa noite.

O mesmo ocorreu algumas vezes seguidas, fazendo com que mais figuras estranhas, atarracadas e algumas delas mascaradas se juntassem ao grupo e então zarparam da sala precisa, andando pelos corredores em silêncio. Caminhando para um destino que Draco não apreciava. Essa noite seria o fim de sua vida, ele podia sentir. E era algo que ele não poderia evitar por mais que quisesse.


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