The Last Time escrita por Ana


Capítulo 1
Um




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O Profeta Diário trazia letras negras e gigantes com as palavras que Corine se habituara a ouvir nos últimos dois anos "Harry Potter: Será ele o Eleito?".

Todas as páginas falavam de um mesmo assunto, à volta Aquele-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado, seus feitos do passado, bruxos e trouxas que vinham desaparecendo de tempos em tempos. Outras páginas contavam rapidamente sobre o novo ministro da magia, Scrimegeour e todas as medidas que serão utilizadas para a proteção de Hogwarts e seus alunos.

Corine suspirou fundo e fechou o jornal, deixando-o cair de sua cama diretamente para o tapete azul e laranja que ganhara de aniversário de sua mãe. Deitou-se e fechou seus olhos, querendo imaginar como seria o novo ano em sua amada escola. Sorriu ao lembrar-se que finalmente voltaria a ver Grace, uma garota da Corvinal que conhecera enquanto se enfiava entre os alunos para que pudesse ver uma das provas do Torneio Tribruxo no quarto ano. Desde então eram amigas inseparáveis durante todo o ano.

No natal passado, Grace viera para a casa de Corine para os festejos e trouxera para ela um bolo encantado que escrevia "Feliz Natal" por si mesmo. Depois subiram para o quarto para que pudessem fofocar sobre as coisas que haviam acontecido durante as férias.

Lembrou-se então de Draco Malfoy e seus cabelos loiros que brilhavam no sol e mexiam-se discretamente enquanto andava pelos gramados de Hogwarts, sua capa esvoaçando enquanto avançava em direção a algum corredor, ignorando totalmente sua presença.

Sentiu-se mal ao pensar em quão era idiota por ainda sustentar seus sentimentos platônicos e totalmente não recíprocos por Draco. Sinceramente, não sabia por que ainda insistia em procurá-lo com seus olhares inquietos por toda a sala quando alguma aula coincidia com a dela e quanto o encontrava, ele só fazia ignorá-la.

A pior parte de todas foi quando ela finalmente tomara coragem de chamá-lo para o Baile de Inverno e ele a dispensara com um sorriso de desdenho nos lábios e com a mão gélida em seu rosto "Eu? Ir ao baile com... Com você?" e riu, tirando então as mãos de sua bochecha e virando-lhe as costas. Nunca chorara tanto até aquele dia, quando passou horas no dormitório da Grifinória, de baixo de seus cobertores pesados tentando não fazer nenhum barulho. Seus olhos ficaram tão inchados que passou um bom tempo na biblioteca procurando algo que a ajudasse a deixá-los normais novamente.

Dentro de algumas semanas estaria de volta, subindo as escadas, se perdendo nos corredores e procurando por ele novamente. Sua vida ás vezes parecia um pesadelo. Virou-se e encontrou os olhos de Potter, ligeiramente assustados, juntamente com Alvo Dumbledore estampados em seu jornal. Suspirou mais uma vez e colocou-se novamente em baixo de seus cobertores floridos e caiu no sono por mais algumas horas.

**

As rodas de seu malão deslizavam pelos pisos da estação Kings’s Cross em direção a passagem para a Plataforma 9 ¾. Tomou algum impulso e correu em direção á parede, pronta para que então batesse contra ela, mas surpreendentemente Corine atravessou a parede sem dano algum a si nem a seus pertences.

Estava então do outro lado e o Expresso de Hogwarts preparava-se para partir. O ar estava quente, tendo um cheiro doce e excitante e vozes de todas as formas vinham de todos os lados, juntamente com pios de corujas e mios de gatos.

A família Weasley falava alto e animadamente, enquanto Molly dava beijos e abraços exagerados nos filhos e também em Potter. Corine não levava seus pais com ela, já estava habituada a ir sozinha para a estação, todos os anos desde que tinha 14.

Sua mãe trabalhava no Ministério, no Departamento de Acidentes e Catástrofes Mágicas e seu pai trabalhava no quarto andar do Hospital St. Mungus para Doenças e Acidentes Mágicos. Foi exatamente nas escadas do hospital que eles se conheceram.

Embarcou no Expresso e procurou por uma cabine vazia, o que era relativamente impossível de se encontrar num dia desses e uma hora dessas. Achou Neville Longbottom e Simas Finnigan em uma das cabines conversando, abriu a porta e logo se remeteu a um cheiro de explosões recentes e não houve dúvida alguma que Simas havia tentado algum tipo de magia cedo de mais.

– O que você fez Finnigan? – perguntou Corine, sentando-se.

– Só um encantamento – respondeu.

– Que deu errado – interveio Neville -, Simas deveria parar de tentar fazer esse tipo de coisa em locais fechados, qualquer dia desse ele arranca o olho de alguém, se não for o próprio.

O tom que Longbottom usou fez com que Corine risse e relaxasse em seu acento.

– Mal posso esperar por herbologia – comentou Neville – Esse ano, acredito que iremos ver algo sobre os tentáculos venenosos ou coisas perigosas desse tipo.

– Como se herbologia fosse algo realmente perigoso, você mexe com plantas – reclamou Simas – Não quero nem ouvir falar em poções, quase não consegui notas suficientes nos NOM’s para cursar esse ano. Minha mãe quase me azarou.

– Snape adora reprovar alunos – Corine falou -, não sei como não me deixou para trás, meus NOM’S não foram lá muito agradáveis.

– Acho que ele ficou feliz o bastante de reprovar o Harry e o Rony – concluiu Simas -, dessa vez com toda certeza esse ano será dez vezes pior que os anteriores.

Uma movimentação no corredor chamou a atenção de Corine e seus dois companheiros de vagão. Draco Malfoy passou por sua porta sem olhar para os lados e com uma expressão irritadiça em seu rosto. A garota levantou-se e abriu rapidamente o vagão, colocando sua cabeça pra fora tentando ver para onde ele havia ido, mas já havia sumido do corredor.

– Fred e George farão falta esse ano – Neville subira ligeiramente a janela, deixando com que o vento entrasse, fazendo os cabelos escuros dela se esvoaçassem -, eles ajudavam a agüentar toda aquela pressão das provas finais.

– Eu que o diga – disse ela, sentando-se novamente -, não sei exatamente o que será de mim sem eles naquela escola gigante.

– Cale a boca, Corine – reclamou Finnigan novamente – Você não está sozinha, Gina ainda freqüenta, mesmo que esteja de caso com Potter, ela ainda é sua amiga.

– Mas não somos tão próximas.

– Você namorou Fred, não? – perguntou Neville, sorrindo.

– Não – ela riu, fechando a janela – Está frio, como você agüenta?

O trem continuava sua viagem sem fazer sequem um ruído e de vez em quando seu apito familiar e extremamente alto tocava fora dos vagões.

Corine mal poderia esperar para chegar em Hogwarts, algo dizia a ela, no fundo de sua mente que o ano seria particularmente maravilhoso.


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Notas finais do capítulo

É a primeira fanfic de Harry Potter que eu escreva e embora eu seja fã desde pequena, tenho medo de errar em qualquer aspecto, escrever algum nome errado ou então esquecer alguma coisa, portanto me desculpem e críticas construtivas, reclamações e elogios são bem-vindos.



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