Presumo escrita por QueenB


Capítulo 35
Ninguém dorme no chao


Notas iniciais do capítulo

Oiiii, vou postar um capitulo por semana! falta uns 4 pra terminar a primeira parte- a fic ta grandeeee. - ok, vou fazer uma parceria diva com a Lira, (sim a propria) no presumo 2 - q vou escolher outro nome. bjs CAP - DAVICO



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Pov – Mi

Navegávamos em direção á Grécia enquanto Leo tentava comunicar Quíron. Passei o resto do dia estudando arquitetura com Annabeth. Ela me mostrou seus projetos para o Olimpo, me contou historias de suas aventuras vividas com Percy, dos desafios que teve de enfrentar ao longo dos anos. Comparávamos desenhos de casas e monumentos quando Calypso anuncia nos alto-falantes:

– O tempo não esta feliz com a nossa ideia de contornar o Golfo e nem teremos como voar pela América. Para chegarmos a Grécia...

Calypso para quando escutamos um som de explosão vindo do bordo.

Foi mal. – Leo grita.

– Continuando... Para chegar á Grécia, teremos que passar por toda a Ásia e oriente médio.

– E as boas notícias não acabaram! – Leo aparece com a sua voz no alto-falante. – Tempestade a vista no final do dia, descansem agora Jason e Percy!

– Isso vai demorar muito. – Digo dando de ombros.

– Muito. – Annabeth respira fundo. – Então, decidiu se vai dormir comigo?

Vejo pelos seus olhos cinza que seu rosto esta cansado, suas olheiras mostra como se ela nunca teve uma noite boa de sono. Com a falta de quartos, teríamos que dividir com alguém. Percy se candidatou para dormir com Annabeth e dar o quarto dele para alguém, Quíron não deixou. Mulher com mulher, homem com homem.

– Você parece cansada. Eu poderia dormir com Lira.

– Tenho certeza que eu não vou passar muitas noites aqui, nem vamos nos encontrar muito no quarto, por causa dos turnos. Mas eu quero sim que você durma aqui.

Pov – Davina

Ao entardecer o sol ficava alaranjado, nem parecendo que uma guerra estava acontecendo.

– Você deveria assumir. – Diz Ingrid e Lira concorda.

– Já disse mil vezes que ela o ama e ela não faz isso. Gato e rato dá não. – Fala Lira.

– Eu já disse que eu gosto do Nico, mas não estou nessa relação. Ele é frio. – Digo.

Lira ia dormir comigo a partir de agora e deu seu quarto há Gabi e Ingrid. O quarto vago ia ficar com o Lys e Jeremy.

– To cansada já disso. – Lira fala emburrada.

– Calma. – Ingrid diz. – Davina, vou te ajudar nisso...

– Não! Eu mesmo faço isso. – Sai do quarto ouvindo uns risinhos atrás de mim. Não parecia ser os das meninas.

Ignorei a sensação e continuei andando escutando os leves pingos de chuvas caírem sobre a madeira do navio.

Nem bati na porta de Nico que estava entreaberta. Chamei-o e não recebi nenhuma resposta. Eu nunca tinha entrado no quarto dele a noite, e agora o sol já estava baixo. Entrei encostando a porta. O único sinal de luz era fraco, e vinha da espada de ferro estígio em cima do criado mudo. Caminhei as cegas falando o nome dele baixinho. Ele já devia ter acordado para o turno da noite. Antes que eu pudesse chegar a cama tropecei em alguma coisa... Alguém. Cai em cima dele formando um mais (+) de corpo.

– Ei! – A voz que eu estava costumada ouvir protestou. Nico pegou sua espada e apontou pro meu pescoço. Acho que a pouca luz já foi suficiente para ele ver meu rosto. – Davina... O que esta fazendo aqui? – Falou tentando controlar a voz.

– Desculpe-me se eu estou acostumada a ver as pessoas dormirem em cima da cama! – Sentei.

– É você que invadiu meu quarto. Não reclama. – Nico colocou sua espada entre nós do jeito que conseguíamos ver o rosto um do outro.

Ele semicerrou os profundos olhos negros e ficou esperando uma resposta.

– Para de me encarar. – Pedi. – Você assusta assim.

– Admitiu que eu te assusto. A evolução da sua espécie começou.

Juro que quando ele disse isso quase cravei aquela espada no pescoço dele. Respirei fundo já cansada daquela conversa.

– Tchau Nico. – Falei me preparando para levantar. Ele segurou minha mão e eu continuei sentada.

– Você me chamou de Nico?

– E?

– Nico? Não Di Ângelo, É, nem nada?

– Já passamos dessa fase. – Disse.

– Até que enfim. – Nico disse e eu pude ver um fraco sorriso em seu rosto.

– Então. Por que estava no chão?

– Penso melhor perto do subsolo. Mesmo que estejamos em um navio no meio do atlântico.

– Ah, claro.

– E você, o que te traz aqui? – Nico perguntou debochando a formalidade.

– Há-há. – Pensei um pouco e fiquei sem o que responder. Eu sabia o porquê estava ali, mas ao mesmo tempo, o impulso que me fez vir até aqui, foi só por causa das meninas. – Não sei.

– Sabe sim.

– Por que não podemos fingir que eu apenas estou te visitando?

– Porque você não esta. – Nico disse frio.

Era isso que me incomodava nele. Eu era filha do deus do sol, o deus mais quente – Zeus que me perdoe – ele era filho do deus dos mortos, frio e distante.

– Você também poderia evoluir. Já esta na hora de passar de Pichu para Pikachu. – Disse.

– Pokémon, sério? – Ele disse tentando não rir. – Já evolui. Sou um Raichu.

– Não. Não é.

– Como assim?

– Você... – Pensei em uma frase melhor que “você é frio”. – Você é muito distante de mim. Como se quisesse ficar longe, e quando eu estou perto, tenta se distanciar.

Pov – Nico

Quando Davina disse que eu era frio de um jeito mais carinhoso, fiquei sem o que dizer. A verdade é que eu tinha medo dela descobrir minha queda por Percy. Percebi que tinha ficado muito próximo dela quando vi que eu não parava de olhar pra ver se ela estava em lá na ponte. Decidi ficar longe dela.

– Não é bem assim... – Tentei me explicar.

– O que então? – Pude ver tristeza em seus olhos.

Ela ficava trocando o anel de dedo toda hora em sinal de nervosismo. Será que...

– Eu so não quero que você se machuque. – Com as pancadas do temporal no leme ficavam difíceis de falar.

– Com o que? – Ela disse alto.

– Com o que você pode descobrir de mim! Nem tudo sobre minha vida você sabe, nem meu passado...

– Ta na hora de você parar de querer fazer as escolhas por mim, Nico Di Ângelo. – Ela gritou se levantando.

Fiquei de pé encarando seu rosto.

– Não estou fazendo suas escolhas... – Um trovão rimbombou no céu. – São as minhas!

– Você... – Com os relâmpagos pude ver que ela estava chorando. – Ok.

Ela se virou e andou em direção á porta se abraçando. Com impulso segurei o seu braço e a abracei. Ela não me abraçou de volta até eu apertar ela.

– Não foi isso que eu quis dizer. – Sussurrei em meio á chuva. Ela não disse nada. – A minha escolha é ficar com você. Mas não sei se vou conseguir isso. Você não sabe de varias coisas sobre mim, e eu não quero começar uma batalha desarmado. – Ela afagou um pouco o choro.

– O passado é traiçoeiro, e eu acho errado você querer escrever seu futuro com os erros do passado. Tchau Nico, quando você decidir o que quer da vida me fale.

Ela tentou sair, mas eu a apertei ainda mais. Não ia deixar ela ir embora assim. Pensei bem no mal que eu podia causar a ela. A verdade era que eu estava sendo mesquinho. Meu maior medo era me machucar. O pior deus me avisou isso.

– Já decidi. E escolho você.


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