Presumo escrita por QueenB


Capítulo 32
Meu pai tenta me matar


Notas iniciais do capítulo

eai! Desculpem nao ter postado ontem, n sei se foi so no meu pc/net que o site dava erro cada vez q eu entrava, entao desculpem, eh isso ai! De noite posto o capitulo de hj, bjs



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Pov – Calypso

Meu pai realmente estava de mau-humor. No pico da montanha uma tempestade negra se formava pronta para desabar por toda San Francisco.

Percy foi com Annabeth procurar Rode enquanto fui com Leo, Hazel, Frank e Jason ver o que acontecia lá em cima. O resto se separou para proteger os outros cantos da cidade. O único raio de sol que atravessava as nuvens foi tampado por uma multidão de abutres pretos raivosos circulando o céu.

– O que esta acontecendo? – Gritei.

– Uma pré-guerra, provavelmente. – Jason gritou por cima dos chiados.

– Não vamos conseguir chegar ao topo da montanha! – Frank disse. – Eles nos atacariam.

– Talvez essa seja a intenção. – Nós três olhamos para Hazel. – Eles sabiam que iriamos tentar chegar lá em cima, mas com certeza acharam que não seriamos idiotas para ir pelo subsolo...

– E não somos! – Falei desviando dos carros abandonados pela evacuação.

– É o único jeito. O pessoal dá um jeito de matar as aves, contudo temos que subir naquela montanha. – Jason falou. – Frank, um porco da terra, talvez?

– Tudo bem, Hazel me ajude. – Frank disse quando chegamos perto da montanha. Ele se transformou em um porquinho marrom e começou a abrir um túnel com a ajuda de Hazel. – Ronc, Ronc.

– Não falamos Porques. – Leo falou olhando para trás. Uma multidão de aves formou fileira para entrar no túnel. – Hazel!

No mesmo momento, o túnel foi fechado. Ótimo, agora não tinha volta.

– Tentem não passar mal vocês três. – Disse Hazel.

A única luz que havia no túnel era a da espada de Jason.

– Vocês dois vão conseguir abrir um túnel de baixo da montanha? – Leo perguntou meio grogue.

– Já estamos abrindo. – Hazel disse. – Caly, me ajude com a névoa.

Assenti e comecei a contornar a montanha com o truque. Quando finalmente chegamos no topo, - depois de várias minhocas nojentas – vimos realmente o que estava acontecendo. Meu pai estava segurando o céu de pé, enquanto Hipólito preparava uma sopa segurando uma menina desmaiada em suas costas. Escondemo-nos atrás de uma coluna aos pedaços.

– O que vamos fazer? – Perguntou Frank em sua forma humana.

– Vou ter que usar as minhas ervas na sopa. Meu pai esta de pé segurando o céu, alguma coisa esta deixando ele forte...

– Olhe! – Jason apontou para o outro centro da montanha.

Um véu preto cobria um corpo humano deformado que cintilava medo e faíscas. Reparei bem no lugar, para eu chegar até o caldeirão, teria que passar pelo gigante, e se eu não tomasse cuidado, meu pai iria me ver. Atlas estava com os olhos fechados, mas com certeza sentiria meu cheiro se eu chegasse mais perto.

– Distraiam o gigante enquanto eu explodo a sopa. Se alguns de vocês puderem, decapitem as pernas do meu pai. – Disse já contornando a pedra.

Pude ouvir Jason chamando a atenção do gigante e pelo canto dos olhos, Hazel tentando fazer Hipólito largar a menina. Frank devia estar tentando cortar pelo pai em picadinhos. O que não seria tão ruim. Leo rastejava atrás de mim até o homem de preto.

Rastejei pelo cascalho da montanha tentando passar fuligem de carvão e mim, para disfarçar o cheiro, meu pai pareceu nem notar. Quando finalmente cheguei perto do caldeirão, joguei um punhado de erva verde dentro da sopa, não, não era sopa. Um líquido azul com cheiro de bosta de vaca estava ficando homogêneo dentro do caldeirão. O cheiro era horrível, olhei pra Leo que apenas parecia pensar alguma coisa. Olhei para o outro lado e algum ser invisível parecia estar lutando com Frank. Já que meu pai era maior que ele e estava de pé segurando o fardo, Frank podia andar tranquilamente embaixo do céu. Atlas abriu os olhos quando Frank matou o ser invisível na sua frente e deu um sorriso. Hazel tinha comentado alguma coisa sobre Frank ter que carregar um fardo que não conseguiria, na época eu pensei que o fardo era carregar a morte de Davina, mas agora...

Um sorriso se formou nos olhos do meu pai e eu fui correndo ajudar Frank.

Pov - Leo

Apertei meu nariz e olhei em direção a forma preta no centro da montanha. Alguma coisa não estava certa. Olhei para cima e um buraco negro se formava em cima da cabeça dele. Lembrei de algo que Annabeth me disse nas aulas do acampamento: “Se você misturar dois certos elementos químicos do seu armário de limpeza, é morte certa. Como por exemplo, amônio e agua sanitária. É exatamente o que acontece quando não conhecemos nossos inimigos e fazemos o movimento errado. Qualquer falta de conhecimento pode nos explodir...” Não fazia ideia do que Annie queria passar com aquela aula, contudo agora entendi. Eu não tinha amônia em mãos, mas se eu misturasse as ervas da Calypso com agua sanitária do meu cinto...

Olhei para o lado onde há um segundo Calypso se encontrava e vi-a sair em direção a seu pai. Ataquei uma bola de fogo na cara do gigante que quase matou Hazel que tentava carregar a menina entre os braços. Hazel gritou um obrigado e virou-se bruscamente em direção a Frank que agora segurava de joelhos o céu sobre as costas. Calypso lutava com seu pai quando o gigante virou-se para mim. Droga.

Não tinha tempo de pedir a erva, teria que usar as próprias mãos de fogo. Não sabia se fogo e água sanitária causaria uma explosão maior que a erva mágica, mas tentei mesmo assim. Puxei a água do cinto de ferramentas começando a preparar o jantar do homem que fedia a cocô. Ataquei um pouco de álcool dentro do pote e fechei a tampa. Jason parecia estar distraindo Hipólito que tinha vários truques sendo um contra Hermes. Hazel parecia estar tentando proteger a menina de cabelos pretos de um grupo de telquines que estavam subindo a montanha. Os monstros estavam chegando, tinha que agir rápido e ajudar Frank. Corri em direção a Calypso atacando bolas de fogo em Atlas que só desviava.

– Esse é o seu namoradinho, filha? –Atlas falou rangendo apontando a foice negra na cara de Caly. – Não aprovo esse namoro.

– Você não tem que provar nada! – Calypso me olhou com lágrimas em seus olhos e acenou com a cabeça. – Vamos fazer meu pai segurar esse céu por mais um tempinho...

Calypso avançou com sua foice em mãos. Foice contra foice. Não tinha como explodir o buraco negro agora com Frank carregando o céu. Dei uma de louco e investi contra Atlas. Não sabia se um menino magrelo como eu teria forças para derrubar um titã, mas tentei mesmo assim. Fiquei em chamas quando trompei nele o fazendo voar para de baixo do céu. Calypso me olhou e disse:

– Desde quando você lança lava? – Não entendi o que ela quis dizer e então percebi o que tinha feito.

Meio que fiz Atlas tomar um banho de fogo. Ela puxou Frank de uma vez fazendo o peso cair em cima das costas de Atlas. Olhei para os lados e vi que Hazel e Jason estavam encrencados.

– Jason, Hazel! – Gritei o mais alto que pude, os dois me olharam. – Vamos voltar, tenho um plano, pro túnel!

Os dois pareceram entender e com um último esforço, Jason convocou um raio fritando Hipólito. Hazel carregou Frank com a ajuda de Calypso enquanto Jason apoiava a menina. Corremos em direção ao túnel e eu pedi a erva para Calypso que me olhou assustada. Ela não disse nada, apenas me passou o pacote. Sacudi-o dentro do pote de agua sanitária e pedi para Jason o fazer voar até o buraco. Lancei algumas bolas de fogo junto com fogo grego quando o pote atingiu o centro do buraco negro. Joguei-me dentro do túnel que foi fechado logo em seguida. Ouvi uma explosão no mesmo segundo, uma explosão que teria me deixado surdo se eu não tivesse debaixo da terra.

Todos me olharam assustados.

– Aprendi com Annabeth. – Disse por fim.

Hazel sentou um pouco dando ambrosia a Frank e Jason. A menina parecia estar acordando, olhei para Calypso que parecia prestes a chorar. Abracei ela que soltou o choro em meu peito.

– Ta tudo bem agora. – Sussurrei baixinho.

– Ele me disse uma coisa...

– Não acredite no que Atlas disse. – Dei um beijo na testa dela tranquilizando-a. A fuligem em sua cara a deixava muito mais linda. – Depois você me conta quando estiver calma, agora vamos esquecer isso.

Calypso assentiu e separou-se do meu peito olhando para todos.


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