Coração de Soldado escrita por Incrível


Capítulo 34
Capítulo 34 - Provas e Velhos Traumas


Notas iniciais do capítulo

Eai Povo? Sei q demorei, mas como eu disse no cap passado, a crise de criatividade está feia.
No último cap o pessoal tava perguntando sobre 2ª Temporada. Não vou poder fazer pois teria q recriar um enredo, e já está difícil com essa que tenho o enredo :/
Enfim, cap dedicado a minha amigona Miimi pela Recomendação no último cap. Mi, vc não é normal msm kkkkk mas mesmo assim sabe que te amo, miga ;)
Bom cap pra vcs



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Pov's Leon

Uma semana se passou desde o Show final e as coisas estão bem corridas por aqui. Como estamos no final do ano, já começam os preparativos para as festas; também temos as preocupações com o emprego e os vestibulares (que acontecerão nesta semana), tudo somado com tempo com a família, amigos e (claro) Violetta.

Talvez eu conseguisse um emprego de ajudante do Beto, mas isso era o que eu menos me preocupava. Violetta faria vestibular no dia seguinte (havia se inscrito meses atrás) e eu teria que decidir que profissão fazer e entrar no segundo semestre do ano na faculdade.

– Filho, temos que conversar - diz meu pai abrindo a porta de meu quarto.

– Depois eu te ligo, Vilu. - digo no celular - Continue estudando. Te amo. Tchau. - desligo me sentando na cama - O que queria conversar, pai?

– Bom, é algo sério. - se senta ao meu lado - Eu percebi que você anda muito frustrado por a Violetta fazer o vestibular pra faculdade e você estar sem nada pra fazer em casa, procurando um emprego e sem saber que faculdade cursar. - faz uma pausa - Você não tem a mínima ideia de qual faculdade fazer?

– Não tenho, pai. Parece que nada me interessa. - suspiro.

– E o exército? - pergunta.

– Não. - digo rápido.

– Você não quer ir porque não gosta ou por causa da Violetta? - pergunta já sabendo a resposta.

– Ta legal, você venceu. Não quero deixar a Vilu sozinha. - digo.

– Quero que me escute: você tem grande potencial para ser um militar. Poderia garantir um futuro brilhante, e eu teria o maior prazer de pagar seus estudos. Sei que seria difícil deixar a Violetta, mas ela te apoia tanto quanto nós e sem dúvida entenderia.

– Não, obrigado. - tento não me deixar levar pela ideia.

– Que pena, porque... eu marquei uma prova pra você na Academia Militar das Agulhas Negras. - sorri. (N/A: gente, aqui no Brasil é essa academia, agora na Argentina eu não sei como se chama :/)

– Marcou!? - praticamente grito de alegria mas me recomponho.

– Meses atrás, estavam fazendo as inscrições, e eu te inscrevi. - explica - Mas como você não quer ir...

– Pra que dia é a prova? - o interrompo.

– Amanhã.

– E porque não me contou isso meses atrás?

– Queria te fazer surpresa - diz.

– Isso foi no começo, - diz minha mãe entrando no quarto - mas depois ele esqueceu. - faz bico de quando está irritada enquanto meu pai se encolhia ao meu lado e eu ria da situação.

– Tudo bem, eu esqueci de contar. - revira os olhos - O que importa é: vai ou não fazer a prova?

– Eu queria muito... - digo cabisbaixo - mas não acho correto deixar Violetta sem mim.

– Seu pai nem presta atenção nos detalhes. - diz minha mãe frustrada sentando na poltrona - Ele nem te contou que a escola funciona em regime de internato, e que nos finais de semana você pode voltar pra casa e ver a sua preciosa Violetta. - revira os olhos.

– Posso!?

– Pode - sorri mamãe.

– Então acho que vou tentar! - digo entusiasmado.

– Perfeito!

–--

– Perfeito! - diz Violetta sorridente.

– Então você não ficará triste se eu entrar? - pergunto pela terceira vez.

– É claro que não. Fico muito feliz que vá fazer o que gosta. - segura minha mão - E o emprego? O que vai fazer? - muda de assunto.

– A Academia nos paga pra ficar lá. Então se eu passar, vou estudar e trabalhar ao mesmo tempo. - explico - Eu mandarei um pouco do dinheiro pra você. Não precisa trabalhar.

– Olha que Machista. - rimos - Vou trabalhar sim, Vargas.

– No que?

– Eu to conversando muito com o Marotti, pra assinar um contrato e começar a minha carreira, lembra que eu te contei? - pergunta e eu fico pensativo aproximando nossos rostos.

– Verdade, devo ter ouvido você falar isso, mas estava ocupado com... - beijo sua bochecha - com... - beijo a ponta de seu nariz - com... - beijo sua outra bochecha - isso.

Alinhamos nossos rostos com sorrisos bobos enquanto eu passava uma mão por sua nuca.

– Engraçadinho - diz Vilu rindo fraco e olhando pra minha boca. Nos aproximamos mais.

– Não consigo segurá-lo mais, Vilu. - diz Angie abrindo a porta. Afastamo-nos rapidamente, constrangidos - Desculpem, atrapalhei. - ri fraco fechando a porta.

– Tudo bem, é melhor eu ir antes que seu pai invada o quarto. - digo rindo enquanto me levanto - Me desculpe ter aparecido aqui à essa hora.

– Não peça desculpas, eu estava com vontade de te ver depois de ficar tanto tempo praticamente engolindo os livros. - ri ficando de pé ao meu lado. - Boa sorte amanhã, tenho certeza que vai passar.

– Obrigado, linda. Boa sorte amanhã, my star. - brinco.

– Vilu! - chama Angie em tom de desespero para que eu fosse embora pois Germán não queria que eu ficasse por mais tempo.

– Ta na hora. - sorri dando-lhe um selinho rápido - Tchau, Anjo.

– Tchau, príncipe. - brinca e eu paro na porta confuso.

– Príncipe?

– É, você tem tantos apelidos pra mim, esse foi o melhor que eu encontrei. - rimos.

– Depois trabalhamos nisso. - digo sorridente - Boa noite.

– Boa noite. - diz enquanto eu fecho a porta.

Chegando em casa, eu capotei na cama, já pensando na prova que poderia mudar o rumo da minha vida.


Pov's Violetta


Batia o lápis incessantemente na mesa enquanto olhava desesperada para o relógio que ficava na frente da sala. Por mais que eu soubesse que isso só me deixaria mais nervosa, não conseguia me controlar.

Uma garota ruiva ao meu lado me olhou irritada, provavelmente pelo meu "Tic" com o lápis. Parei bruscamente de bater o lápis e sorri amarelo para a garota.

– A avaliação começará agora. - diz a aplicadora da prova, uma senhora de 60 anos com os cabelos grisalhos - Podem virar as provas em... 5... 4... 3... 2... 1...

Virei a prova que estava sobre minha mesa e comecei a faze-la. Tudo o que havia estudado havia caído nela. Em algumas questões eu me confundia, mas respirava fundo, me controlava e re-lia a pergunta até compreende-la.

A prova tinha o mínimo de tempo de 3 horas, e assim que esse tempo se esgotou, às 16:00 horas eu entreguei minha prova sendo uma das primeiras.

Chegando em casa (super feliz pois sabia que havia me saído bem) eu fiquei de bobeira, esperando receber notícias de Leon. Resolvi alguns problemas sobre o casamento com Angie e quando percebi, já eram mais de 20 h.

Quando desci as escadas, vi uma cena incomum: papai, Federico e Leon sentados no sofá jogando videogame entre gritos.

– Sai pra lá! - grita Leon.

– Nunca! - diz papai divertido - Nunca me ultrapassará, a linha de chegada esta logo ali, falta só uma volta.

– Enquanto os dois brigam ai, eu to disparado. - diz Fede.

– Vai, amor! - torço me sentando ao lado de Leon sem comprimenta-los enquanto papai revira os olhos e Fede segue concentrado.

– Vai, querido! - diz Angie vindo da cozinha e se sentando ao lado de papai.

A partir dai foram gritos de torcida até o último segundo, como se estivessemos assistindo à Final da Copa do Mundo. Infelizmente, papai ganhou, deixando Fede em 2º lugar e Leon em último. Agora ele teria que lavar a louça, já que os três haviam apostado.

Jantamos em um clima bem agradável, entre risadas e brincadeiras.

Logo, Leon foi pra cozinha lavar a louça, e como eu sou uma pessoa com um coração muito caridoso, resolvi secar a mesma para ajudar o meu amado perdedor.

– Vou jogar com Federico, e quando você terminar eu te dou mais uma chance pra perder. - zoa papai saindo da cozinha, enquanto ele e Fede riam.

– Vão jogar de novo? - pergunto.

– Sim. - sorri - Preciso de uma revanche.

– E a prova? - pergunto enquanto ele já começava a lavar a louça.

– Foi bem, não tive muita dificuldade mas não sei se passei. - diz pensativo - E a sua?

– Fácil, já estou dentro. - me gabo.

– Nossa, poderosa. - entra na brincadeira enquanto rimos.

– Você mesmo disse que eu sou sua estrela. - digo dando um beijo no ar e soprando pra ele enquanto o mesmo ria.

Leon pegou uma pilha de pratos limpos, vindo em minha direção. Nesse momento, um alto barulho de tiros ecoa pela casa, vindo do videogame. Pra mim, isso era normal, mas algo estranho aconteceu.

Os pratos que estavam sendo segurados por Leon, foram parar no chão, quebrando em vários pedaços e fazendo um barulho assustador. Antes que eu pudesse pensar no que estava acontecendo, Leon se jogou sobre mim nos fazendo cair no chão.

– Fica abaixada! - diz Leon nervoso.

– Tudo bem ai? - pergunta papai da sala. Dando um pausa no jogo, cessando o barulho de tiros.

Olho pra Leon rapidamente e entendo tudo. Leon escutou o barulho dos tiros e achou que fossem reais. Me levanto rapidamente.

– Sim, só derrubei um prato, esta tudo bem! - grito e já ouço o barulho do videogame novamente.

Me agacho ao lado de Leon. Ele continuava meio caído no chão, encostado no balcão. Seus olhos estavam cheios de medo e suas mãos tremiam.

– Calma, Leon. - digo serenamente segurando suas mãos - Foi só um susto.

– Eu ouvi, eu... escutei tiros e... - gagueja desorientado com um olhar desfocado.

– Shhhh. - seguro seu rosto entre minhas mãos fazendo carinho com o polegar - Olha pra mim. - chamo sua atenção enquanto seu olhos se focam em mim - Já passou. - digo como se ele fosse uma criança.

– Era... era... tão real. - comenta frustrado e cansado.

– Era só o videogame, meu amor. - digo carinhosa o abraçando - Esta tudo bem.

– Mas eu ouvi os gritos e os choros e... - suspira.

– Nada aconteceu. - digo mas o sinto tremer um pouco - Hay amor en el aire, acercate a mí, apuesta por lo que siento, hay amor en el aire, tu confia en mí, ya ves que no existe el tiempo...– sussurro em seu ouvido enquanto afagava seus cabelos, ouvindo seu coração voltar ao ritmo normal e a respiração ficar tranquila.

– Você vem ou não vem, Leon? - pergunta Fede adentrando a cozinha. Dando a volta no balcão ele nos encontra no chão, abraçados e cercados de cacos de pratos - O que houve?

– Nada, eu derrubei sem querer. - digo me separando fracamente de Leon.

– Hum, ai deram uma aproveitada para namorar - diz Fede malicioso.

Ri nervosa, querendo que ele saísse da li para eu acalmar Leon.

– Fede... Pode nos deixar? - peço.

– Claro, vou deixa-los aproveitar. - ri se afastando.

– Esta melhor? - pergunto assim que Fede estava fora de vista.

– Quando você canta, tudo se ilumina pra mim. - sorri fraco, mas sereno como o Leon que eu conhecia e amava - Acho que vou pra casa. - se levanta.

– Tem certeza? - pergunto me levantando - E o videogame?

– Deixa pra próxima. - sorri como se nada tivesse acontecido.

– Leon, você está bem? Quer conversar? - pergunto dando um passo pra frente enquanto ele recua dando um passo pra trás parecendo confuso.

– Estou ótimo, até amanhã. - diz rapidamente e depois beija o topo de minha cabeça e se afasta, saindo pela porta da cozinha, e me deixando plantada lá, sem entender muita coisa.

Depois que limpei tudo, dei uma desculpa esfarrapada para papai e Fede sobre Leon ter ido embora e fui dormir.

Enquanto o sono ainda não vinha, eu pude pensar com mais clareza. Se Leon ainda tinha seus traumas, por quê não pedia ajuda? Por que ele havia fugido de mim? E a pergunta mais importante: Seria realmente uma boa ideia entrar pra Academia Militar com esses traumas fora de controle?


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Notas finais do capítulo

Vish, no que será que vai dar essa academia militar com nosso galã nesse estado?...
Gente, planejei a fic para ficar até o fim do ano do Studio, mas como tive criatividade resolvi continuar, ai preciso saber a opinião de vcs: Querem cap especial de Natal ou Ano novo, ou querem q eu ja pule pro ano seguinte? PRECISO DE RESPOSTAS!!!!
Acho q a fic vai até uns 40/50 capitulos, por ai (ou mais) tudo depende da criatividade ;)
Tento voltar logo, forçando minha mente pra ter criatividade kkkk
Bjss