Eu Te Amo, Idiota. escrita por kirasren


Capítulo 6
Capítulo V|- Insônia


Notas iniciais do capítulo

MIL
DESCULPAS,
MEUS
AMORES!
Meu Deus, seis meses! Que saudade! ♥ Sério, desculpa mesmo por esse hiatus inesperado, eu juro que farei (ou tentarei fazer) de tudo para postar nessa fanfic com a mesma rapidez que posto as outras ♥
Bem, leiam logo!



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O beijo terminou-se e tive medo de abrir os olhos, mas pude ouvir Marshall sussurrando que queria ver meus olhos. Os abri, e neles se plantavam um olhar de paixão e confusão, já os de Marshall haviam um certo brilho encantador de esperança.

— Então — Eu disse, após dar uma risada nervosa. —, você faria qualquer coisa por mim?

~^^~ Eu Te Amo, Idiota. ~^^~

Nunca tive algum problema com insônia, mas inacreditavelmente eu não consegui dormir naquele dia. Não pensava em outra coisa, a não ser o beijo.

Eu realmente nunca achei que minha vida seria esse tal clichê. É ridículo, totalmente ridículo, até porque eu ainda não conseguia nem responder a uma simples pergunta: Quem é Marshall Lee?

Para mim Marshall não passava de um completo desconhecido, apenas meu irritante colega de quarto. Quero dizer, um desconhecido que incrivelmente mudou minha vida inteira em uma maldita semana!

Talvez seja por isso que eu não conseguia dormir naquela noite, eu estava tentando achar uma resposta a esta pergunta.

Com meus olhos pesando, me encontrava encarando o teto. Provavelmente passavam das onze horas, o que, se alguém do internato (como alguma inspetora, por exemplo) soubesse, com certeza iria me dar uma bronca por passar do toque de recolher. Até que me sentei e olhei os lados, me perguntando o que eu poderia fazer naquele instante.

— Bonnie... — Marshall murmurou. Ele ainda parecia que estava adormecido, o que me fez pensar que ele era sonâmbulo, ou alguma coisa do tipo.

— Marshall... Está sonhando comigo? — Eu pensei. E logo após esse pensamento, senti automaticamente minhas bochechas ruborizadas. Mas, apesar disso, consegui sorrir por três segundos por causa do fato.

Quem é Marshall Lee? Essa pergunta rodou novamente em minha mente. Meu sorriso desapareceu-se.

O analisei outra vez e percebi que, em sua mão esquerda, havia um papel dobrado. Estava amassado, mas não tinha me importado com isso naquele momento. Aproximei-me da parte debaixo do beliche, em que Marshall dormia, e agarrei o papel de sua mão.

Na parte superior do papel, estava escrito como se fosse o título a palavra “Jujubas”, o que me fez dar uma risada fraca. E logo embaixo estava:

Eu acho que te amo.

Gelei. Meus olhos se arregalaram e minha respiração ficou pesada. Eu não tinha reação, eu não sabia o que dizer nem como reagir, isso literalmente fazia com que eu quisesse gritar. Mas não o fiz, pois isso acordaria os dois presentes no quarto e, com certeza, nos quartos vizinhos. Me sentei em minha cama, segurando aquele papel o mais forte que podia.

E quanto Marshall acordasse? Meu mundo estaria perdido, eu não conseguiria ao menos olhar na cara dele.

Fui ao banheiro e lavei o rosto, aproveitei e tomei banho. Após isso, não pude fazer nada além de desejar que aquela madrugada passasse rápido.

Quando o relógio despertador tocou, fui para a aula, já que estava completamente arrumada. Quando cheguei, tinha apenas algumas pessoas lá, então sentei ao lado de Íris.

Falamos por um bom tempo, mas não mencionei nenhuma vez o bilhete do garoto Marshall. Era compreensível, não? Como eu iria falar para alguém que Marshall “me ama”?

Aquilo era totalmente constrangedor, e errado. Ele não podia me amar, pela lógica, já que me conhecia há uma semana. Na verdade, quantas vezes já citei isso? Acho que é porque é impossível, mas estranhamente verdadeiro.

Prestar atenção na aula de História era muito mais difícil com o garoto que você gosta te encarando todo o tempo. Cruzamos olhares algumas vezes, mas ele continuava a fitar-me e não disfarçava. Acreditando ou não, isso te dá uma vergonha enorme, e não tem como disfarçar.

Depois de outras três aulas — que fiz de tudo para prestar atenção —, Marshall veio falar comigo. Antes, de longe, eu pude vê-lo suspirar e se preparar para dizer alguma coisa.

— Ninguém merece. — Falei comigo mesma enquanto assistia-o vindo para perto de mim. — Olá, Marshall.

— Bonnie, eu preciso falar com você. Urgente.

— Já está falando. — Eu disse.

Ele deu uma risada fraca e nervosa. Estava agitado, parecia suar frio. Segurei seu braço e olhei em seus olhos, perguntando:

— Marsh, pode falar.

— Eu acho... — Ele ficou mais nervoso ainda e segurou minha mão com força. — Bonnie, eu acho que... Eu te amo.

Era tão pior ouvir essas palavras de sua boca do que lê-las no papel. Paralisei naquele momento e me soltei de sua mão, alegando:

— Não, você realmente não me ama. Marshall, pelo amor de Deus, você não me ama!

Afastei-me mais um pouco dele enquanto o via perplexo. Era horrível, aquela cena era horrível, eu estava me sentido uma pessoa horrível. Horrível. Devíamos usar essa palavra um pouco menos.

Em meio aquela situação, eu corri. Não queria mais encarar Marshall, era muito vergonhoso. Corri até trombar-me com Íris, no meio do corredor.

— Meu Deus, Bonnie, o que aconteceu?

— A pior coisa que poderia ter acontecido.

— Uma pedra no rim? Aranhas no chuveiro? — Ela deu seus palpites, brincando. — Marcela pegou uma batata frita do seu prato e comeu?

Incrivelmente, eu ri. Íris era o que eu precisava naquele momento. Com certeza, ela era uma amiga ótima.

— Foi Marshall...

— Marshall pegou uma batata frita do seu prato e comeu? — Ela brincou novamente, me fazendo rir.

Entreguei para ela o bilhete que ele tinha escrito. Ela leu e releu, abrindo um sorriso e depois dizendo:

— Mas isso é ótimo, não é?

— Não, não é ótimo! — Eu disse, pegando o papel da mão dela. — Olha, eu não o amo e ele não me ama. Não teremos um final feliz e nem vivemos o amor verdadeiro. Não estamos na Disney! Será que eu sou a única nesse colégio que entende isso?

Ela parou um pouco, talvez para refletir sobre o que eu tinha dito. Depois de um tempo pensando, ela finalmente concluiu:

— Mas, pense melhor. Isso é completamente fascinante. Pense como é incrível ser amada. Pense em como é possível, entre bilhões e bilhões de sorrisos no mundo, o seu é o preferido dele. Pense, Bonnie!

Então foi naquele momento que eu percebi: Eu estava quebrando o coração de Marshall Lee. O tal garoto inquebrável da minha vida, incrivelmente estava apaixonado por mim. E eu tinha estragado tudo.


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Notas finais do capítulo

Obrigada por ler até aqui, comentários serão sempre bem-vindos!
Espero que tenha gostado ♥ Até mais!