– Hey, pode vazar, eu estou ai primeiro.

– Aff Sam, eu sabia que você já ia chegar reclamando.

– Ah cala a boca.

Nossa eu estava muito desconfortável com a roupa que eu estava usando, a blusa estava bem comportada já o shortinho nem tanto, mas o que eu posso fazer estava muito calor e eu nem imaginava que minha mãe iria mandar o Freddie vim dormir comigo, se eu soubesse tinha vestido um pijama melhor e o pior é que nem estava combinando nada, mas eu não estou nem ai, não sou igual aquelas garotas frescas que dizem precisar combinar tudo, o que mais destacava no pijama com exceção do shortinho super curto eram as pantufas, muito Show e criativas, e eu só deixei ele entrar porque foi minha mãe quem pediu e porque eu preciso de apoio estou sensível e preciso de alguém para me consolar, mas não esperaria que fosse justamente o Freddie, tipo poderia ser a Carly não ele n, meu short me deixava constrangida e o Freddie ainda ficava me olhando com aquele sorriso malicioso dele.

Dava vontade de perguntar por que ele ficava me olhando toda hora, mas sei que ele poderia vim com suas malícias, eu sei, o Freddie não tem costume de fazer isso, mas quem me garante que ele não vá fazer isso, o Freddie esta diferente, ele mudou completamente.

Eu gostei das minhas pantufas, são muito fofas.

Fiquei lá assistindo televisão com ele, eu estava com muito calor mesmo, então decidi ir fazer um suco e tive que perguntar se ele queria, se não depois iria falar que eu era ruim demais.

– Freddie eu vou fazer um suco você quer?

– De qual sabor você vai fazer? - Disse ele enquanto zapeava os canais na televisão.

– Vou fazer de maracujá vai querer?

– Vou, mas por que de maracujá?

– Porque é calmante e eu vou precisar esqueceu que minha mãe foi morar na Austrália.

– Ela foi morar?

–Sim, bom, mais ou menos, ela disse que ia ficar lá no mínimo cinco meses, mas talvez ela possa passar de apenas cinco meses - Digo lhe dando o copo de suco.

– Por que você acha isso? - Diz ele bebendo o suco

– Porque se o trabalho lá tiver bom é obvio que ela vai ficar mais que cinco meses, e ela passando apenas cinco meses já vai ser muito pra mim. - Digo bebendo o suco.

– E ela foi trabalhar de que mesmo?

– Acredite ou não ela foi ser Bióloga Marinha.

– Bióloga Marinha? sua mãe? mas como? ela nunca fez faculdade de Oceania e nem nada como ela conseguiu passar?

– É isso que eu não sei, acho que talvez ela tenha estudado sem eu saber ou ela fez alguma coisa pra passar.

– Conhecendo sua mãe eu não duvido nada.

– Para seu besta.

– Besta é você Sam.

– Você seu idiota.

– Sam qual é dessas pantufas do Garfield?

– Qual o problema? eu gosto do Garfield e as pantufas são bem legais. - Digo balançando os pés.

– Não tem problema nenhum.

– É bom mesmo. - Digo levantando uma sobrancelha. - Você é quem vai lavar a louça né Freddie?

– Eu não, até parece.

– Deixa de ser folgado, levanta dai e vai lavar.

– Não Sam lava por favor, eu não gosto de lavar louça.

– O que foi? virou gato, não gosta de se molhar.

– Gato eu sou, mas eu gosto de me molhar.

– Olha só, ele dando uma de egocêntrico.

– Não sou egocêntrico e nem metido, só falo a verdade.

– Tá se achando demais hein! eu vou lavar só o meu copo e o liquidificador e você lava o seu copo.

– Você é muito malandrinha hein.

– Se eu sou malandrinha então você é o malandrinho.

– Pronto a combinação perfeita. - Diz ele sorrindo

– Retiro o que eu disse. - Digo revirando o olhar para a TV.

– Agora não adianta mais.

Então mostro a língua pra ele e ele faz o mesmo pra mim.

– E sua mãe deixa você usar essas roupas dentro de casa?

– O que? o pijama?

– É obvio.

– Qual o problema? só vou usar para dormir.

– Você sempre dorme assim?

– Não, as vezes eu durmo melhor e as vezes pior, mas eu não vejo problema nenhum.

– Mas eu vejo. - Diz Freddie analisando o meu pijama.

– Ah Freddie para de ser besta, que foi esta com ciúmes?

– Eu com ciúmes? nunca. E de quem eu teria ciúmes?

– Não sei, talvez algum garoto possa dormir aqui um dia e eu me vestir assim.

– Se você quer se vestir assim o problema é seu.

Eu sei quando o Freddie esta com ciúmes e se ele esta falando grosso assim comigo é porque ele esta com ciúmes de mim.

– Sei Freddie.

– Hum, não tem nada a ver. - Diz ele voltando a assistir televisão.

– Hum, não tem nada a ver. – Digo com uma voz fininha para irritar ele.

– Eu não falo assim.

– Eu sei seu bobo. - Digo levantando do sofá para lavar a louça

– Deixa eu te mostrar o bobo pra você ver.

– Como se suas palavras tivesse poder. - Digo rindo de sua cara.

– Elas não tem poder, mas eu posso fazer isso.

Então quando estou passando por trás do sofá para ir em direção a cozinha ele me puxa e eu caio no sofá os copos caem no chão, mas a sorte era que eram de plásticos e não iriam quebrar e estavam vazios, então minha cabeça caem em seu colo, rola um clima e quando nosso lábios estão prestes a se selarem passa um comercial de um homem gritando e como o volume da televisão estava muito alto então fez com que levassemos um susto e quebrasse o clima, rapidamente me retirei de seu colo e fui atrás do sofá, peguei os copos que haviam caído e fui em direção a cozinha sem falar nada. Apenas avisei que era para ele lavar o copo dele porque estava folgado demais.

Quando eu estava lavando o meu copo e o liquidificador senti alguém agarrando minha cintura por trás, obvio que pelo perfume era o Freddie e ele era o único que estava em casa comigo, então eu disse.

– Pode parando hein Freddie.

Mas ele não me ouviu, ao invés de parar ele continuou e começou a beijar meu pescoço e acreditem é o ponto fraco de muitas mulheres por ai, sentir os beijos dele em meu pescoço fazia com que eu pedisse para que o tempo parasse naquele momento, então eu resolvi ser mais forte que a carne e fiz uma pegadinha com o Freddie, me virei fingindo que ia o beijar e cheguei bem próximo de sua boca, eu sentia sua respiração ficar mais forte e quando ele pensou que eu ia o beijar resolvi tomar o copo de sua mão e dizer.

– Não se esqueça de lavar o seu copo hein. - Digo - lhe fazendo um sorriso irônico.

– O que? isso foi golpe baixo.

– Golpe baixo era o que você queria fazer. - Disse pra ele lhe dando uma piscada e voltando para a sala dando risada.

– Droga Sam, mas vai ter troco. - Disse ele lá na cozinha.

– Ta bom pode dar o troco que quiser mas só depois que lavar o copo e aproveita e limpa a pia.

– Aff. - Disse ele reclamando da cozinha e eu rindo da sala.

Sentei no sofá e fiquei assistindo televisão trocando de canal, quando coloquei na Fox estava passando a série: The Walking Dead estava na 4ª temporada.

Fiquei tão feliz que nem percebi quando o Freddie tinha voltado pra sala, só percebi porque ele estava com a mão molhada e encostou ela em minha coxa.

– Ai Freddie, tira essa mão molhada de cima da minha coxa.

– Pronto já tirei.

– Agora seca essa mão.

Ele foi lá na cozinha e seco.

– Graças a Deus hein.

– Graças a Deus hein.– Diz ele tentando fazer o mesmo joguinho que eu fiz naquela hora.

De repente eu ouço o meu celular tocando, e estava tocando a música Hurricane da Bridgit Mendler.

A música continuava a tocar e eu nem sabia onde estava o celular, quando eu olho e percebo que esta com o Freddie.

– Freddie me da o meu celular.

– Só se você pedir por favor.

– Aff Freddie me da logo.

– Sem pedir, sem celular.

– Ta bom vai logo, por favor Freddie me devolva o meu celular.

– O que? eu acho que não ouvi direito.

– Eu disse por favor Freddie me devolva o meu celular.

– Agora sim.

– Até que enfim.

Quando o Freddie me devolveu o celular a música já estava no refrão na melhor parte, mas eu tive que atender antes que o refrão terminasse.

– Alô?

– Alô, é a Sam?

– Isso mesmo, quem é que fala?

– Quem é Sam? - Perguntava o Freddie tentando pegar o meu celular.

– Eu não sei Freddie, agora cala a boca que eu quero ouvir quem é.

– Quem é Freddie? - Disse a pessoa que estava falando comigo pelo o celular.

– Freddie é o meu amigo.

– Ah tá o Freddie sei bem quem é.

– Sabe é?

– Sei.

– Hum.

– E o que ele esta fazendo na sua casa uma hora dessa?

– Como eu posso te explicar alguma coisa se eu nem sei quem você é?

– Ah é verdade desculpa eu sou o Shane lembra?

– Não. - Disse seca.

– O amigo nerd do Freddie.

– Ah tá lembro quem você é.

– Quem é Sam? - Diz Freddie curioso.

– Ah é um conhecido Freddie.

– Conhecido? - ele pergunta, mas eu o deixo no vácuo.

– Você nem lembrava mais de mim né?

– Pô faz tanto tempo né.

– Pô? - Fica o Freddie se perguntando na sala.

– É verdade.

– E também os problemas não ajuda em nada.

– É, você tem razão.

– E aí como você esta?

– Estou bem e você.

– Bem.

– Bem mesmo?

– Sim. - Eu não queria dizer pra ele os meus problemas logo de cara né, e ainda por cima pelo o celular.

– E aí eu queria saber se talvez a gente poderia sair um dia desses, você topa.

– Claro que topo.

– Topa o que? - Dizia o Freddie que já estava me irritando.

– Então amanhã eu te ligo pra marcar fechado?

– Fechado.

– Vê se não esquece hein, amanhã eu te ligo.

– Pode deixar.

– Beijos, tchau.

– Beijos, tchau.

Quando desliguei o celular sorrindo olhei para o lado e lá estava o Freddie com uma cara fechada fazendo várias perguntas.

– Pra quem você mandou beijos e com quem estava conversando?

– Era o Shane.

– Shane?

– É aquele seu amigo nerd, nossa o amigo é seu e você nem se lembra.

– E o que ele queria ligando uma hora dessas?

– Ah, ele queria marcar para mim sair com ele.

– E o que você disse?

– Disse que sim.

– Por que?

– Porque sim, qual o problema?

– Problema nenhum.

– Esta com ciúmes?

– Eu não, já disse que não estou com ciúmes nenhum seu.

– Sei.

– E quando vai ser esse encontro?

– Ainda não sei, ele vai ligar amanhã para nós marcar.

– Hum.

– Aff Freddie você não vai ficar murmurando a essa hora da noite néh.

– Não, eu já parei.

– Freddie eu já vou dormir, se você quiser ir dormir, vai dormir em meu quarto.

– Por que em seu quarto?

– Porque você não quer dormir no sofá né.

– Não.

– Então pronto.

– Se eu for dormir em seu quarto, você vai dormir junto comigo? -

Disse ele com aquele sorriso malicioso de novo.

– Não, eu vou dormir no quarto da minha mãe, naquela cama de casal espaçosa. - Digo acabando com suas chances de achar que eu iria dormir com ele.

– Aff. - ele murmura lá embaixo.

Subo e vou em direção ao quarto da minha mãe, deitei, pus o fone de ouvido e fiquei ouvindo de novo a música Hurricane já que só tinha ouvido pela metade e ali cai no sono.