Ghostly escrita por Xtraordinary Girl, Kep


Capítulo 5
Você está pedindo para morrer. Seu pedido é uma ordem.


Notas iniciais do capítulo

Kep: HHHEEEEYY girls! Estou aqui com um capítulo feito pela X.Girl e betado por mim, fresquinho pra vocês! Agradeço muito os três favoritos e os comentários



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Capítulo 03 – Você está pedindo pra morrer. Seu pedido é uma ordem.

G H O S T L Y

Uma semana se passou surpreendente rápido em Hogwarts. Realmente, aqui era o meu lugar. Já havia feito amizade com grande parte da família Weasley Potter–exceto o Alien Pervertido, vulgo James Sirius Potter-, que continuava com a sua missão: “Vou irritar a Alex até ela morrer de raiva". Mas os outros todos tinham sido muito gentis comigo e depois do incidente com a mulher gorda, – tenho ataques de raiva só de lembrar daquilo- eu estava agindo como uma boa bruxa, sem brigar com quadros alheios.

– Alex, vamos nos atrasar se você decidir morar aí no quarto! Ainda não é seu casamento, anda logo! –Ouvi Rose gritar, arrumando o cabelo para trás. Revirei os olhos, irritada, mas tratei de me apressar, pois sabia que não queria ver aquela ruiva enfezada. Alcancei o par de sapatilhas que havia pegado emprestado de Rose – por insistência dela, já que ela falou que eu não era um garoto para ficar usando tênis direto- e o calcei. Subi um pouco minha saia, puxando a meia calça para cima, vendo-a deslizar por minha pele pálida como uma luva. Terminei de me arrumar, balançando a cabeça sarcástica para a ruiva na porta do quarto.

– Você é doce como um limão, Weasley.

– Bom dia! – ela disse com uma dose a mais de doçura na voz e eu sorri, batendo de leve em seu ombro. Andamos até o salão da Grifinória, onde Roxy e Fred nos esperavam, conversando com os Potter.

Em uma semana, pude perceber que o Sr. Alien Pervertido é o único insuportável daquela família. Lily era a caçula, sempre sorrindo e sonhando acordada. Gostava dela, embora não conversássemos muito. O do meio se chamava Albus, uma versão incrivelmente fofa e um ano mais nova do Alien. Tirando os olhos, acrescento. Descobri que ele era melhor amigo do loiro que a Rose odeia – mas gosta, porém acha que ninguém sabe-, o Malfoy. Não me preocupei em guardar seu primeiro nome. Apesar de que vou virar cupido desses dois, sorri para o nada.

– Olá, garotas! – a morena soltou rindo, cutucando o irmão.

– Roxanne! – Fred reclamou, mas logo que nos viu aliviou o olhar. – Oi, Alex, Rose.

Logo entramos também na conversa, onde todos falavam sobre o que fariam no fim de semana seguinte, dia de Hogsmead, fosse lá o que isso fosse.

– O que é isso? – Perguntei, deixando a pergunta no ar.

Hogsmead é um vilarejo perto da escola. Você vai adorar, Alex! – Lily se animou, me olhando e sorri de volta, assentindo. Um vilarejo mágico. É isso deve ser legal.

– Todos os alunos vão?

– Só a partir do sexto ano podemos ir sozinhos. Uma vez ou outra, no quinto. Acho que não gostam da ideia de crianças no Três Vassouras...

– Claro, no três Vassouras... – Murmurei irônica, imaginando o que diabos seria isso.

– É o bar de lá. Espere aí... – Fred se interrompeu, com uma cara engraçada. – Você nunca tomou cerveja amanteigada?

– Tá maluco, Fred? – Exclamei arregalando um tanto os olhos. - Eu tenho 16 anos! Não bebo! – Me defendi, imaginando que meu mais novo melhor amigo era um bêbado. Apesar de que teve aquela bebedeira de fim de ano... Engoli em seco me lembrando do que eu nunca iria contar. Para ninguém.

– Não tem álcool na cerveja amanteigada, Alex. – Rose explicou paciente. – Os bruxos tomam desde criança.

Soltei um suspiro angustiado pelas narinas. Mas quando criança, eu era apenas uma criança estranha. Não uma bruxa.

– Ah... Nesse caso... Não, Fred, eu nunca tomei. – Cocei minha cabeça meio sem graça. O ruivo percebeu, bagunçando meu cabelo – o que se tornou um hábito pra ele- e sorrindo verdadeiramente pra mim.

– É muito bom, você tem que tomar! Domingo você vai lá comigo e com o Al.

– Certo. Fechado.

– Esse passeio vai ser épico! – Concluiu Roxy rindo em expectativa, fazendo todos concordarem sorridentes.

Era impressionante como eu conseguia me sentir em casa naquela escola. Em pouquíssimo tempo eu já sabia andar por ela, apesar de que eu havia me perdido algumas vezes. Os professores eram legais comigo, embora alguns me olhassem como se eu fosse um fantasma. E as pessoas de lá nem se comparavam com as do meu colégio. Segundo Rose, na época dos pais dela Hogwarts era muito dividida pelas casas, e ainda é um pouco, mas tudo melhorou depois da Segunda Guerra Bruxa, guerra que eu sabia muito pouco por sinal. Alguns alunos da Sonserina pareciam não ter superado as diferenças e tratavam todas as outras casas com desprezo, o que eu odiava. Mas de resto, valiam a pena.

Rose e Roxy já me tratavam como se nos conhecêssemos desde sempre. Lily me tratava como todos os outros: perfeitamente bem. Fred me fazia rir sempre, e tinha se tornado um melhor amigo perfeito para mim. Finalmente, eu era tratada bem e podia ser exatamente quem eu era.

Uma bruxa. Uma bruxa entre bruxos, Sorri completando em pensamento.

– Cadê o James? – Rose perguntou de repente, fazendo todos arquearem as sobrancelhas em sinal de dúvida. Pra que se preocupar com o alien pervertido?

Procurando por mim? – aquela voz grossa – rouca- e irritante que eu reconhecia de longe soou, me fazendo bufar.

– É só falar no diabo que ele aparece. – Murmurei cruzando os braços, arrancando risadas de todos.

– Bom dia para você também, morena.

É, mesmo com todas os meus reclames e quase socos em sua cara, ele não tinha parado de me chamar de morena. Como eu odeio aquilo! Observei-o mortalmente, que retribuiu tentando me abraçar. Desviei de seu corpo, indo próxima de Fred.

– Fique.Longe.De.Mim.Potter. – Sibilei com a língua entre dentes, engolindo em seco.

– Vish. É melhor não brincar com fogo... – Fred alertou e eu sorri para ele, sarcástica.

– Ele tem razão, Potter. Ouça o seu amigo.

– Tem razão que você é quente, morena. Mas não sabia que já estava até pegando fogo... – Ele abriu um sorriso maroto e saiu correndo prevendo que eu iria atrás dele. Como ele ousa?

– JAMES SIRIUS POTTER VOLTA AQUI! – Gritei exasperada, enquanto corria atrás do maldito. Como o corredor era gigantesco, quanto mais passava o tempo, mais minhas pernas gritavam por PARE. Bufei parando, e logo dando meia volta, sem antes ouvir as gargalhadas roucas que saíam de sua garganta.

– Tá cansada? – Perguntou me fazendo afirmar subitamente, sem pensar. É, Alex. Tem que pensar antes de fazer qualquer coisa relacionada ao Potter. Ele se aproximou mais de mim e, em um minuto, eu já estava em seus braços, ele me carregando. – Até que você é leve.

– Me coloca no chão! – eu me senti minúscula perto dele. Sua respiração estava acelerada por causa da corrida e em seu rosto um sorriso triunfante brilhava.

Um sorriso completamente lindo...Lindo o cacete. Bom, eu estou contando uma mentira. Ela me ensinou á nunca dizer mentiras.

– Não vou te soltar, morena.

– É Corner pra você!

– Nós dois sabemos que eu nunca vou te chamar de Corner. – ele disse somente, imobilizando minhas pernas que davam chutes em sua barriga. – Até que você é forte, pra uma garota tão magrinha.

– Me erra, Potter.

– No dia em que eu acertar com você...- Ele murmurou baixo e eu soltei uma risadinha debochada. Ele não pode estar falando sério. Ele tem uma cantada como resposta pra tudo que eu falo?

– Esse dia não vai chegar nunca. – Resmunguei sentindo uma dor de cabeça se alastrar ali. Viu? Essa criatura me faz mal só de abrir a boca.

– Ah é? – Ele deu meia volta e começou a andar no sentido contrário ao do refeitório. - Que ótimo! Eu estava pensando, o que acha de darmos um passeio por Hogwarts até a primeira aula?

Por Deus, alguém pode me explicar o que eu fiz para merecer esse castigo? Neguei com a cabeça e voltei a me debater, tentando -sem sucesso– desaparecer de seus braços. Será que não existe feitiço para isso? Comecei a murmurar todos que eu sabia - que infelizmente não eram muitos- sem me lembrar de nenhum que me fizesse mudar de lugar.

– Só para você saber, Branca de Neve. – Maldito seja esse apelido ridículo. O que diabos eu tinha de Branca de Neve? Não estou vendo nenhum anão andando e cantando atrás de mim. – Bruxos só podem aparatar quando atingem a maioridade.

Apara-o-quê?- Deduzi que seria uma forma de se transportar a outro lugar e bufei, jogando a cabeça para trás do braço do sequestrador que me carregava e inalando o cheiro de perfume dele. Aquilo era extremamente bom. Bosta.

– Me solta, Potter.

– Vamos ver o que você pode fazer para eu te soltar...

– Não vou fazer merda nenhuma! – exclamei, me controlando para não quebrar aqueles trinta e dois dentes brancos. – Me coloca no chão A-G-O-R-A. – falei pausadamente, distribuindo minha raiva e ele riu, respondendo.

N-Ã-O. - falou como se eu fosse uma criança de cinco anos, o que só me irritou ainda mais. – Tenho uma condição.

– Desembucha.

– Eu te solto se você me der um beijo. – Aumentou seu sorriso, ouvindo meu gemido de raiva.

– Nunca! –Berrei revoltada. Aquele garoto não tinha jeito mesmo!

– Você é muito estressada para alguém baixinha. – Soltou me fazendo socar sua nuca. A criatura riu como resposta, não demonstrando algum vestígio de dor. Porra.

– Posso não ser um muro de Berlin como você, - Falei ouvindo frustrada sua risada. - mas te garanto que alcanço a minha mão na tua cara. Você já provou isso, não? – ameacei, mas ele pareceu não ligar.

– Ok, não precisa me beijar. Eu te solto se você falar que gosta de mim.

– Eu te odeio seu babaca!

– Quem está dificultando as coisas é você! Fale e eu te solto para ir tomar café. Mas se não quiser, eu não me importo. Sei que deve ser difícil ficar longe de mim. – Continuou andando, subindo sua mão até a minha coxa, apenas por um tempo, já que empurrei sua mão.

– É impossível ficar perto de você!- rebati, com verdadeira raiva. Ele não podia escolher alguma outra pessoa para importunar? De preferência uma que o faria ficar bem longe de mim?

– Sabe que desse jeito não vai conseguir nada, não sabe?

– Ok. – me rendi. Afinal, mentir não dói, não é? É apenas uma mentira, né?

– Repita comigo: Eu, Alex Corner, gosto do James, mesmo mentindo que o odeio.

– Eu, Alex Corner... – comecei, contrariada. – Gosto do James, mesmo dizendo que eu o odeio. – murmurei baixo e rápido, mas foi o suficiente para o moreno me soltar.

Ele sorriu para mim e logo levou um belo de um soco no tórax, mas pareceu não ligar. Deu-me um beijo demorado na bochecha e saiu andando. Sim, demorado. Estava estática demais para fazer alguma coisa. Fechei os olhos, assim como os punhos. Meus dentes estavam trincados.

E eu só tinha uma coisa na cabeça.

Aquele garoto estava pedindo para morrer.


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Notas finais do capítulo

Merecemos comentários, não é? Quanto mais, mais rápido é a atualização, já falamos isso :)



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