Como Assim Apocalipse Zumbi? escrita por Lelly Everllark


Capítulo 26
Um pouco mais de confusão e música.


Notas iniciais do capítulo

Voltei meus amores! E super rápido dessa vez, dado o meus histórico de enrolação u.u
E quero dizer que o capítulo está muito massa :D sério, mil tretas e mais informações úteis e como sempre, um final muito louco, por que paz é a última coisa que esse povo vai ter kkkkk #AmoVocêsNãoMeOdeiem :3
Enfim, é isso, BOA LEITURA!! :)



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— Tudo bem - começou Dylan. - Depois que você - ele apontou pra mim - Se virou para chamar as garotas passou só alguns minutos até elas nos alcançarem, mas achei estranho você não estar junto, Alex surtou quando percebeu isso e a Meg já estava surtando quando chegou chamando pela Amy, não precisava ser um gênio para entender que vocês tinham ficado pra trás, Rose até conseguiu convencer a louca da minha namorada de que vocês iam sair bem de lá - disse divertido recebendo como resposta um tapa no braço da morena em seu colo. - E a coisa até estava indo bem, acho que Alex tinha se convencido também, mas foi ai que Meg deu a louca e voltou correndo, eu meio que fiquei sem saber o que fazer, e resolvi ir atrás dela, a gente disparou pelo corredor e quando chegamos aos quartos, ou o mais perto deles que deu, estavam tomados de zumbis, a coisa toda era meio assustadora.

  - Isso por que você não viu a coisa do meu ponto de vista - comentei e Dylan riu.

  - De qualquer forma - ele continuou. - A gente até tentou abrir caminho por aquele mar de zumbis pra ver se achávamos vocês, mas como você me disse a pouco, você e Amy não estavam mais lá, saber disso teria sido útil naquela época. Mas como​ a gente não sabia, continuamos a procurar, desviando de zumbis entrando em quartos, foi bem difícil e no fim acabamos presos.

  - Presos? - Alex perguntou surpreso. - Onde?

  - Num beco sem saída - Meg suspirou. - A gente estava tão concentrado em procurar a Amy e a Liz que não vimos onde estávamos indo, depois que entramos não deu mais pra sair, o corredor estava tomado e nós ficamos presos. Acabamos por passar a noite lá, foi assustador, solitário e angustiante, nós meio que conseguimos nos fechar em uma sala, e no outro dia, pelo menos que acho que já era o outro dia, quando a gente saiu, a coisa toda tinha melhorado de um jeito assustador, boa parte dos zumbis​ tinham ido embora. E até hoje eu não sei como nem por que, mas enfim, quando resolvermos tentar a sorte, a coisa toda foi muito bem, a gente passou pelos zumbis e conseguimos sair, mas no caminho não vimos ninguém - ela suspirou. - Como vocês bem sabem é difícil ter noção de dia e noite no bunker, por isso antes de sairmos, não tínhamos nem ideia de que tínhamos passado a noite toda lá dentro, na verdade acho que passamos boa parte do dia seguinte também, por que quando a gente finalmente saiu e alcançou a auto-estrada, o sol já estava alto no céu, devia ser algo entorno de meio dia, talvez mais​, e foi isso, quando chegamos lá, não tinha ninguém, e o jipe também não estava. Deduzimos que isso era uma coisa boa, que logo encontraríamos vocês e que estaria tudo certo, mas não foi bem assim.

  - O que exatamente você quer dizer com “Não foi bem assim”? – quis saber interessada e ela sorriu.

  - Que vocês não foram as primeiras pessoas vivas que encontramos.

  - Como? – perguntei surpresa.

  Meg sorriu.

  - Nós topamos com um casal uma semana depois de sairmos do bunker, ainda estávamos procurando vocês, mas eu estava começando a perder as esperanças, já tinha uma semana e nada, e foi ai que encontramos Harry e Ellie e o sobrinho deles Carl, eles estavam procurando uma espécie de cidade ou vila de sobreviventes, eu e Dylan não acreditamos na historia, era bom de mais pra ser verdade, mas como naquela época estávamos seguindo para o norte, resolvemos ir com eles até onde desse, eles é claro, tentaram fazer a gente mudar de ideia, mas no fim, além de não acreditar nessa história mirabolante, ainda não tínhamos desistido de vocês, eu não podia simplesmente desistir de Amy quando eu havia acabado de encontrá-la, então nos despedimos depois de uma semana viajando juntos, eles eram boas pessoas e teria sido divertido acompanhá-los, mas no fim fico feliz de não termos ido com eles, por que se tivéssemos ido talvez, e eu disse talvez — ela comentou divertida. – Ainda não sei se acredito nisso de uma cidade de sobreviventes, nós estivéssemos seguros e tudo mais, mas eu prefiro a loucura com vocês, que a segurança sem saber se estão bem.

  - Uau – foi tudo o que consegui dizer e Meg e Dylan riram.

  - Altas aventuras em? – Alex perguntou divertido e nós rimos.

  - Disse o trio que explodiu um acampamento e fugiu – Dylan disse irônico.

  - O que eu posso fazer se somos de mais? – brinquei e Dylan revirou os olhos.

  Meg fez menção em dizer alguma coisa, mas foi impedido pelo som do meu estomago roncando. Eu acabei corando.

  - Desculpe, não como nada há dois dias – comentei suspirando, estava tão acostumada a ter pelo menos três refeições por dia esse ultimo mês que ficar mais de um dia sem comer estava se mostrando uma tarefa incrivelmente difícil, como é que eu conseguia mesmo?

  - Sei bem o que é isso – meu namorado concordou e eu acabei rindo.

  - Desvio para suprimentos? – Max quis saber do banco do motorista e eu e o pessoal nos entreolhamos num entendimento silencioso, ninguém gostou muito da conclusão, mas nós precisávamos.

  - Sim – Alex respondeu por fim e o nosso motorista suspirou, ele também não tinha gostado da ideia.

  Paramos para vasculhar carros parados e não tivemos sorte, bebemos um pouco de água, mas era isso, não tínhamos nada de comida e se continuasse assim nós íamos terminar mal. Continuamos seguindo para o sul sem ter certeza de mais nada, não tínhamos um plano, nem comida, nem gasolina e nem certeza de pra onde ir, mas não íamos desistir, eu não ia, tinha prometido a Amy que não desistiria, então não ia ser agora que eu ia parar de procurar. Eu não podia parar.

  Passamos dois dias direto na estrada, racionando a água meticulosamente e sobrevivendo de um pacote de biscoito água e sal que Meg tinha encontrado perdido em uma mala, a nossa gasolina só não tinha acabado ainda por que os meninos quase terminavam bêbados puxando o restinho de gasolina dos tanques dos carros parados com uma mangueirinha. Meu ferimento continuava na mesma, aberto e sangrando ocasionalmente quando eu batia o braço em algum lugar, Meg o limpava pra mim, mas sem os instrumentos necessários ela não podia me costurar, e em nossas buscas não tínhamos encontrado nada remotamente perto do que precisávamos.

  Mas de um modo geral, essa nem era a pior parte, a pior parte com certeza era saber que Amy, Ben e o resto do pessoal estava em algum lugar a nossa frente e que dependiam de mim para encontrá-los e nem isso eu conseguia fazer, imaginar os pirralhos preocupados estava acabando comigo. Eu tinha jurado protegê-los e agora nem mesmo sabia se eles estavam bem.

  E ainda tinha é claro, o fato de que eu estava sendo total e completamente inútil em nossa viagem, eu não tinha minhas armas nem minha faca, não estava com meus instrumentos médicos (que seriam muito úteis agora), nem com a minha mochila onde eu sempre tinha alguma comida reserva e ainda tinha o meu braço machucado, e por causa dele eu não podia nem dirigir, como é que se dirige com uma mão só?

  - Em Liz... Hei, amor! Você está me ouvindo? – Alex perguntou me tirando dos meus pensamentos, já era noite e tinha três dias desde que tínhamos saído do acampamento do Dean, pensando assim parecia que tinha muito mais tempo, nunca três dias demoraram tanto a passar. Nossa fuga nada discreta parecia ter acontecido há milênios.

  - Desculpe – disse por fim. – Eu não estava prestando atenção.

  - Percebe-se – ele disse divertido e eu revirei os olhos.

  - Mas então, o que você queria comigo?

  - Perguntar se você está bem, está feria e não tem comido nem dormido direito.

  Eu sorri diante de sua preocupação, Meg estava dirigindo e Dylan tinha ido para o banco da frente para ficar com ela, mas acabou dormindo e Max dormia também aqui no banco de trás comigo e Alex.

  - Eu estou bem – garanti, mesmo que isso estivesse longe de ser verdade por diversas razões diferentes. Então fiz o que podia pra me sentir melhor agora, me aconcheguei mais a ele. – Só me abraça – pedi e ele fez exatamente isso.

  Eu não sei exatamente quando, mas em algum momento eu acabei dormindo abraça a Alex, por que mesmo que eu gostasse de fingir de que estava tudo bem, meu ferimento não estava exatamente se curando sozinho e eu não podia fazer exatamente nada por ele. Cai no sono enquanto me perguntava se um milagre iria acontecer ou se eu estava fadada a não ter um único momento de paz.

  Acordei ouvindo o que me pareceu uma discussão, e que Meg aparentemente estava ganhando.

  - Mas eles podem ser boas pessoas! – ela dizia enquanto eu bocejava e me espreguiçava, notei também que tínhamos parado no acostamento, quase em meio às árvores, estávamos obviamente escondidos.

  - É, tão boas quanto Dean e o bando dele! – meu namorado rebateu ainda abraçado a mim, me desvencilhei dele tentando entender o que estava acontecendo. – Nada feito Meg!

  - Eu odeio ter que dizer isso, mas eu concordo com o Alex – Dylan se pronunciou olhando para a namorada como quem se desculpa, ela o fuzilou com o olhar. – Eles podem ser perigosos.

  - Eu também acho – Max concordou e eu pisquei ainda perdida.

  - O que está acontecendo aqui? – quis saber e eles se viraram para me encarar parecendo perceber só agora que eu tinha acordado.

  - Finalmente alguém para me ouvir! – Meg disse sorrindo pra mim do banco do passageiro, ela e Dylan tinham trocado de lugar durante a noite, acabei me sentindo mal por ter dormido de mais. – Você pode, por favor, dizer a esses cabeças duras que falar com algumas pessoas não vai nos matar!?

  - Falar? Algumas pessoas? Eu não estou entendo – disse ainda mais confusa, Meg sorriu.

  - É que a gente encontrou um carro há alguns minutos e Dylan parou aqui, eles estão mais adiante na estrada, também pararam, nós não temos certeza do por que, mas eu estou aqui tentando convencer os meninos a irmos até lá pra pedir informação, sabe? Sobre a cidade e talvez o pessoal, mas nenhum deles quer ir e não me deixam ir, só sabem dizer o quanto é perigoso e tudo o mais, mas eles falaram com a gente não foi? E eu e Dylan falamos com Ellie e Harry, por que não podemos fazer o mesmo com eles? Diga a eles Liz!

  - É diferente Meg – Max suspirou como se já tivesse dito aquilo antes. – E se eles realmente forem perigosos? Nós não estamos em condições de nos defender, não podemos arriscar. Diga a ela Liz!

  - Vamos diga! – pediram os dois ao mesmo tempo e eu me encolhi.

  - Eu não... – murmurei sem saber como continuar. Era informação e responsabilidade de mais, e no meu ponto de vista tanto Meg quanto Max tinham razão. Fora que eu tinha confiado em Ben assim que o encontrei, vendo por esse lado eu não tinha muito o que pensar, e também, se eles não fossem me sequestrar e pudessem ajudar, eu não me importava com quem eram. – Nós devíamos tentar falar com eles – disse por fim e Meg abriu o maior sorriso de todos e os meninos gemeram.

  - Liz... – Alex me chamou e eu sorri pra ele.

  - O que custa em? – quis saber. – Eles, quem quer que sejam, não podem ser tão ruins quanto o Dean e o seu bando, nós vamos armados e tomamos cuidado, vai?

  - Por favor? – Meg pediu também e eles suspiraram e quando Alex e Dylan sorriram e Max revirou os olhos eu sabia que era uma causa ganha.

  - Tudo bem então – Max cedeu. – Mas vocês duas ficam aqui.

  - O que!? – perguntamos eu e Meg ao mesmo tempo.

  - Isso mesmo – concordou Alex. – Você nem está em condições de atirar Liz, vai ficar aqui.

  Bufei fazendo bico.

  - Era só o que faltava – resmunguei e Meg fechou a cara também.

  - Mas eu não estou machucada – ela tentou e os meninos apenas reviraram os olhos.

  - Você fica – Dylan decretou e ela estreitou os olhos pra ele e depois se virou para frente outra vez.

  - Tudo bem então, mas é melhor se apressarem se quiserem alcançá-los – ela comentou.

  - Como? – seu namorado perguntou confuso e todos nos viramos para ver o que ela apontava.

  O carro – uma caminhonete antiga, que me era vagamente familiar – tinha voltado para a estrada e feito meia volta se virando para o sul também.

  - Não, não, não – Max murmurou saindo apressado do carro, Dylan e Meg o seguiram e Alex me ajudou a descer também. Fora do jipe eu consegui identificar duas pessoas na carroceria da caminhonete, uma maior e outra um pouco menor com uma cabeleira loira. Meu coração errou uma batida quando eu ouvi algo que eu não ouvia há algum tempo.

  - Isso é música? – Dylan perguntou incrédulo.

  - Quem se importa! – meu namorado exclamou. – Eles estão indo embora!

  Mas era, era musica sim, e diferente do que Alex pensava era importante sim. Principalmente quando a música que eles ouviam chegou até mim, não podia ser só coincidência, simplesmente não podia.

  - It's a beautiful night we're looking for something dumb to do, Hey, baby I think I wanna marry you, Is it the look in your eyes, or is it this dancing juice? Who cares, baby? I think I wanna marry you...

  - Hei Liz! O que está fazendo!? – Alex perguntou assim que me viu tentando subir no capô do jipe, ele tentou me descer, mas eu não deixei.

  - Me ajuda! – pedi e ele me olhou sem entender, mas o fez assim mesmo.

  A caminhonete estava se afastando cada vez mais.

  - Nós perdemos a nossa chance – Meg suspirou e eu fiquei de pé no capô do jipe.

  - Ainda não – comentei olhando para a estrada.

  - Como assim “Ainda não”? Eles estão... Ai meu Deus Liz, o que você está fazendo!? – Meg perguntou surpresa se interrompendo, e eu sorri quando Max e Dylan se juntaram aos outros me olhando sem entender.

  - Espero que o certo – murmurei encarando a caminhonete outra vez. – HEI PIRRALHOS! – berrei e assim como eu achei que aconteceria a caminhonete parou e a figura menor na carroceria ficou de pé. – ASSIM VOCÊS VÃO ACABAR COM A BATERIA DO CARRO!

  - Do que você está...? – Alex parou assim que a caminhonete virou outra vez na nossa direção, a figura loira pulou de cima da carroceria e começou a correr em nossa direção, meus amigos encaravam a cena sem entender, mas eu entendia, pela primeira vez em muitos dias eu entendia exatamente o que estava acontecendo.

  Pulei de cima do capô do jipe sentindo todo o meu braço esquerdo latejar, mas não me importei, na verdade não me importei com mais nada enquanto começava a correr em direção ao resto da minha família.


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Notas finais do capítulo

Eai? Eai?
Quero opiniões, estou indo rápido de mais ou tá legal?
Espero mesmo que estejam gostando...
Beijocas de mouse de maracujá e até o próximo capítulo!! :3



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