Como Assim Apocalipse Zumbi? escrita por Lelly Everllark


Capítulo 13
Sozinhas.


Notas iniciais do capítulo

Eai meus mores? Como vão vocês?
Bem a história é o seguinte, eu comecei a faculdade e a minha vida tá uma correria então talvez (com certeza) eu enrole (mais) pra postar os capitulos, mas eu vou postá-los, Ok? Não precisam se preocupar, comigo é mais ou menos assim: Antes tarde do que nunca. u.u
Parei, espero que curtam o capítulo, e sim ele está meio chato, mas se tudo acontecer de uma vez, como eu vou deixar vocês na curiosidade? :D
Adoro vocês e BOA LEITURA!! *-*



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Ainda estava tentando entender a situação quando Amy soltou o famoso “E agora?”. A olhei realmente sem saber o que responder. Eu estava tão perdida quanto ela.

  - Não sei – admiti. – Acho que temos que dar um jeito de chegar à auto-estrada, era pra lá que todos nós íamos de qualquer jeito.

  Ela assentiu e nós começamos a seguir em direção a bendita auto-estrada.

  O nosso “passeio” durou muito mais do que eu imaginei que duraria, primeiro por que estávamos potencialmente perdidas, e segundo por que, aparentemente tínhamos saído do outro lado mundo e não do outro lado do bunker. O sol já estava alto no céu então com certeza já passava do meio dia e o meu estomago protestou quanto a isso, afinal não tínhamos almoçado. Foi então que me lembrei da lata que eu tinha colocado no bolso.

  - Vamos fazer uma pausa para o almoço – declarei e Amy praticamente se jogou no chão. Estava prestes a pedir pra que ela tomasse cuidado, mas como ela parecia exausta e não tínhamos visto nenhuma gelatina verde há horas, desisti da ideia e me sentei ao seu lado.

  - Você acha que vamos encontrá-los? – ela perguntou enquanto eu usava a minha faca para abrir o que descobri ser uma lada de legumes em conserva.

  - Com certeza sim – disse, sem ter certeza se estava tentando convencer a ela ou a mim mesma – Agora coma se não, não vamos conseguir chegar a lugar nenhum – e lhe estendi a lata.

  Nós comemos até o conteúdo da lata acabar, afinal não tinha como guardar a lata aberta de qualquer jeito e também eu não fazia nem ideia de quando seria a nossa próxima refeição.

  Quando finalmente chegamos a auto-estrada eu não sabia se sorria ou me desesperava. Sorria por finalmente ter conseguido chegar lá ou me desesperava por não ver ninguém, ninguém vivo pelo menos, por que zumbis tinham aos montes.

  Olhei em volta em pânico, não tinha ideia de que fazer, pela primeira vez desde que conheci o pessoal eu desejei estar sozinha, por que se eu estivesse sozinha não estaria desesperada assim para achá-los, não estaria apavorada com a ideia de que algo aconteceu ao Alex, ou que ele estivesse cercado e sem munição.

  - Liz – a voz amedrontada de Amy me tirou do meu surto – O que a gente faz agora?

  Boa pergunta, eu quis responder, mas a parte do meu cérebro que ainda estava raciocinando decidiu que não era um bom momento para ser irônica, principalmente com uma garota de dez anos apavorada.

  - Vamos sair daqui – comecei, me livrando desses pensamentos, me distrair assim só acabaria comigo e Amy sendo devoradas. – Arrumar um carro – continuei – E achá-los!

  Ela assentiu e nós fomos atrás de um carro, o que não é difícil já que estamos em uma auto-estrada, o difícil mesmo é algum deles ainda ter gasolina e funcionar.

  Já tínhamos passado por uns cinco carros e nada, mas a parte boa era que as gelatinas verdes também não pareciam muito interessadas em nós, como não estávamos fazendo barulho e estávamos cobertas até a raiz dos cabelos de sangue de zumbi, dificilmente pareceríamos ser um incomodo, ou no caso deles, um lanche.

  Quando estávamos quase desistindo Amy achou um carro de família empoeirado que ainda tinha uma mala presa ao teto, ele a principio parecia tão inútil quanto os outros, mas depois de umas tentativas ele finalmente ligou.

  - Finalmente! – Amy exclamou e se sentou no banco do passageiro, eu sorri e sentei no do motorista.

  - Vamos, que ainda temos que achá-los – comentei.

  - Tudo bem – ela disse sorrindo – Eu posso ligar o radio?

  Ponderei a ideia enquanto dava ré para voltarmos para a entrada do bunker, alguns zumbis fizeram menção em nos seguir, mas já estávamos longe de mais.

  - Não vejo por que não – disse por fim e ela sorriu.

  - Vou procurar um CD.

  Não demorou muito para Amy achar um CD legal e uns minutos depois estarmos na maior animação ouvindo Red da Taylor Swift pela estrada deserta e mal nos importando com as poucas gelatinas verdes que apareceram pelo caminho.

  - Nós vamos achá-los, né? Eles vão aparecer do nada na nossa frente e vamos achar um lugar seguro, certo? – Amy perguntou depois de praticamente gritarmos o refrão da música.

  - Com certeza, vamos dar uma volta, se eles não estavam na entrada do bunker vão estar aqui perto – garanti a ela.

  - Liz você acredita mesmo nisso, ou só está falando isso pra fazer eu me sentir melhor?

  Sua pergunta me pegou de surpresa, uma garota de dez anos não devia pensar esse tipo de coisa. Não, ela devia sim, disse a mim mesma, é nesse tipo de mundo em que vivemos agora, devemos estar preparados pra tudo.

  - Eu acredito mesmo que vamos encontrá-los – disse por fim, e eu acreditava, eu tinha que acreditar, por que se eu perdesse a esperança o que mais me restaria?

  - Tudo bem então – ela disse sorrindo – Vamos encontrá-los!

  Seguimos o nosso caminho ao som de The Story Of Us até a bateria dar sinal de que ia pifar e eu desligar o radio, bem, foi bom enquanto durou. Depois disso nos contentamos em tagarelar sobre o pessoal, Amy me contou uma historia hilária de quando ela e Clary quase mataram os meninos de susto com um galho que fingiram que era uma cobra, entre outras coisas.

  - Por que você voltou no quarto aquela hora? – perguntei depois de um tempo de silêncio.

  - Por isso – ela disse tirando um pedaço de papel amassado do bolso, era uma foto. – Somos eu, Meg, mamãe e papai nas nossas ultimas férias em família. Estava na minha mochila quando eu fui com a Sra. Konrath, quer dizer, com a Rose, era pra um trabalho da escola e acabou sendo a única maneira de eu me lembrar do rosto dos meus pais com clareza, acho que se não fosse pela foto eu já não me lembraria deles direito.

  Mais uma vez no dia Amy me deixou sem palavras, mas eu entendia o seu sentimento.

  - Voltei pelo mesmo motivo, o colar da minha mãe foi tudo o que me restou dela – contei e enfiei a mão no bolso de trás para mostrar o colar a ela.

  Amy pegou o colar e sorriu.

  - É lindo – disse e me devolveu, eu o guardei de volta no bolso.

  Continuamos conversando por alguns minutos enquanto eu dava voltas e mais voltas perto da entrada do bunker, e eu não queria admitir, mas já estava começando a me preocupar, afinal não vi nem sinal de algum deles em qualquer lugar.

  Quando o carro de um tranco e parou de uma vez eu soube que o nosso dia não podia piorar. O capô começou a soltar fumaça.

  - Isso não é um bom sinal, é? – Amy perguntou apontando para a fumaça que saia do capô.

  - Não – disse simplesmente, olhei para o céu, o sol já havia se posto e não tínhamos encontrado nada, suspirei – Vamos passar a noite aqui dentro do carro, vai ser mais seguro, vou empurrá-lo para o acostamento. Preciso que você gire o volante para direcioná-lo par o lugar certo, pode fazer isso?

  - Posso.

  - Ótimo, vamos nessa – felizmente pra nós duas Amy entendeu direitinho o que eu queria que ela fizesse, girar o volante na direção do acostamento e puxar o freio de mão quando eu pedir, então 15 min. depois estávamos prontas para dormir. – Durma, eu vou vigiar.

  - Você não vai dormir? – ela perguntou se ajeitando no banco de trás e usando sua mochila como travesseiro.

  - Não estou com sono – menti, eu também estava cansada, mas a segurança de Amy, a nossa segurança vinha em primeiro lugar – Pode dormir.

  Não demorou nem 10 min. para Amy apagar, eu sorri, pelo menos uma de nós teria uma boa noite de sono. Quando começou amanhecer eu estava à beira de apagar, eu tinha cochilado durante a noite, mas eram cochilos de 5 min., eu definitivamente tinha perdido as minhas habilidades de ficar acordada a noite toda, antes de chegar ao bunker eu passava dois dias sem dormir, fácil, fácil, agora mal tinha passado uma noite e já estava quase morta.

  Decidi que Amy já tinha dormido o bastante e resolvi acordá-la.

  - Vamos Amy, acorda temos que sair daqui. – balancei seu ombro e ela me olhou com os olhos verdes nublados pelo sono eu sorri e desci do carro, ela levou alguns minutos pra se situar, mas depois me acompanhou – Vamos continuar a pé.

  Ela assentiu coçando os olhos com a mão esquerda, e me olhou com curiosidade.

  - Liz – chamou com a voz ainda rouca pelo sono.

  - Oi?

  - Nós podemos trocar de roupa? – ela disse olhando pra si mesma.

  Eu sorri, realmente estávamos imundas.

  - Vamos ver se tem alguma coisa na mala – disse divertida – Nos trocamos assim que acharmos um lugar.

  - Tudo bem – ela concordou e nós reviramos a mala que estava encima do teto. No fim lá tinha roupas que serviam em mim, jeans e camiseta, até mesmo uma bota eu encontrei, guardei tudo na mochila e Amy fez o mesmo, mas para indignação dela só tinham vestidos que serviam nela, mesmo irritada, ela guardou um na mochila, junto com um casaco e um tênis. Eu podia apostar que ela assim como eu estava louca para trocar de roupa, afinal compras são sempre compras, não importa se você comprou em uma loja ou roubou de uma mala.

  Seguimos a pé pelo meio da mata, topamos com uns cinco zumbis de uma vez, mas depois do que aconteceu no bunker isso era quase brincadeira de criança.

  Eu ainda tinha esperanças de encontrá-los, mas depois de algumas horas eu comecei realmente a me preocupar, o sol já estava alto no céu e eu estava com fome, e eu sabia que Amy também, afinal tinha ouvido seu estomago roncar há alguns minutos. Suspirei, não tínhamos comida e nossa ultima refeição tinha sido há umas doze horas, nosso estoque de água se resumia em duas garrafas de 500ml (uma delas pela metade), nosso carro tinha quebrado e não tínhamos nem sinal de ninguém do grupo, será que dava pra ficar pior?

  E dava, eu não devia ter perguntado, por que definitivamente dava pra ficar pior. Quando ouvimos barulhos a nossa esquerda, seguidos de tiros e gritos, eu e Amy nem hesitamos, só podia ser alguém do grupo, ou até mesmo o grupo todo, mas não era, na verdade a cena que encontramos era bem estranha, digna de um filme de terror, mas se contarmos que estamos no meio de um apocalipse zumbi, bem não é tão ruim assim, mas era, era bem ruim.

  Havia sangue pra todo lado, pelo menos uma dúzia de zumbis mortos pelo chão, um corpo de um homem morto, ele tinha um machucado horrível no braço e eu sabia bem o que era, minha mãe tinha um desses na ultima vez que a vi, era uma mordida. E bem no meio dessa bagunça toda, nos encarando como um animal selvagem encara sua presa, estava um garoto que devia ter no máximo uns 12 anos, com olhos azuis e cabelos loiros, ele estava sujo de sangue, mas nada comparado a mim e Amy, numa mão ele tinha uma faca e na outra uma pistola, ele apontou a pistola na nossa direção e mais por instinto do que por medo eu apontei uma das minhas na direção dele, eu não tinha nenhuma bala, mas ele não sabia disso.

  - Quem são vocês? – ele perguntou.


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Notas finais do capítulo

Então, o que acharam?
Quem é esse garoto? O que vai acontecre com elas? Elas vão achar o pessoal?
Sexta no globo reporter kkkkkkk
Serio, tenho que parar com isso .-.
Enfim, vou ficar esperando os comentários de vocês.
Beijocas e até a próxima!! :*
PS: Pra quem não "viu" a Amy vou deixar o link com a foto aqui:
http://us.123rf.com/450wm/alenkasm/alenkasm1308/alenkasm130800085/21382934-cute-redheaded-child-eating-apple-on-vintage-blue-background.jpg
E sim ela é ruiva, e o garoto do final vou deixar o link aqui e no texto:
http://2.bp.blogspot.com/-Ety2ceqatxU/Tre47S-o9UI/AAAAAAAAAC0/QWL2pVQDXLs/s1600/PQAAAHJPGrqRqgfgEuFtZBMj3O6C0LZpVuPsOfiPHCBBew-GTJSU6wfU7pjG_uenV6FeY5dKDXCucYPLHjTYJyLTn9gAm1T1UI1CxkaSq1TeH8VLnKXF1n8vknmS.jpg



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