Como Assim Apocalipse Zumbi? escrita por Lelly Everllark
Notas iniciais do capítulo
Eai meus amores, como vão? Ok, eu sei que fingir que eu não sumi não vai resolver nada, mas o capítulo ficou bastante bom (na minha humilde opinião) e tem umas reviravoltas bem legais e acreditem ou não que, talvez e só talvez eu poste outro antes do fim de semana que vem... Isso!! É pra louvar de pé irmãos, ela resolveu escrever kkkkkk parei com a zueira, espero que gostem e BOA LEITURA!! :D
Fomos o caminho todo sem dizer uma única palavra, se ele não vai falar nada, eu também não vou. Mas o que mais me irrita nem é o fato de ele estar assim com a cara fechada sem dizer nada, e sim o motivo, quer dizer, nós começamos a nos beijar e foi ótimo, mas ai ele queria tipo continuar depois disso, e quando o eu o afastei ele ficou chateada assim? Serio isso? Eu realmente achei que ele não era tão babaca.
— Liz chegamos – ele anunciou me tirando dos meus pensamentos.
— Já? – perguntei olhando em volta e vendo a mesma auto-estrada de ontem, eu sabia que mais adiante embaixo de um arbusto de aparência comum estava a entrada para a minha mais nova é... Casa. Sim ainda era estranho pensar que eu tinha um lugar para chamar casa outra vez.
— Sim, vamos – ele chamou já saindo do carro e eu o segui.
Atravessamos a auto-estrada sem nenhum empecilho e assim que chegamos ao pé da arvore que dava acesso ao bunker ele arrastou o arbusto para o lado e puxou a tampa.
— Por que nós entramos por aqui e saímos por lá? – não me contive e perguntei. – Não seria mais fácil entrar por aquela porta que nós saímos?
— É seria, mas também é mais fácil para as pessoas que decidimos que não estão vivas – ele disse me fazendo dar um meio sorriso mesmo que eu ainda esteja irritada com ele. – E aqui já é difícil para os vivos acharem quem dirá os mortos?
— Entendi – disse seguindo para a borda do buraco – Ninguém vai nos achar aqui. – terminei e escorreguei para dentro do buraco outra vez.
A descida foi tão tortuosa quanto à do dia anterior, e eu teria caído bem encima de um ser até então desconhecido se ele não tivesse sido rápido o bastante para sair do caminho.
— Liz! Vai com calma ai – foi Dylan quem saiu do caminho e me segurou (de novo).
— Estou bem – garanti ficando de pé e saindo do caminho para não ser atropelada pelo Alex, que diferente de mim parou de pé.
— Ai graças a Deus vocês voltaram! – eu ouvi a voz da Rose antes dela apertar eu e Alex em um abraço de urso, para logo em seguida nos soltar. – Vocês sabem o quanto eu fiquei preocupada!? Não era pra vocês voltarem ontem? Onde estavam? O que aconteceu!?
— Calma Rose deixa eles ao menos respirarem pra depois poderem falar – pra minha surpresa foi Max quem disse isso.
— Ok, ok, mas na próxima tomem mais cuidado – ela suspirou.
— Então, o que aconteceu? – foi Clary quem perguntou.
Eu e Alex nos entreolhamos pra decidir quem ia falar e eu acabei perdendo a nossa batalha silenciosa.
— Certo, eu conto – suspirei e tirei minha mochila das costas e aminha bolsa também – É melhor vocês se sentarem, a história é meio longa.
No fim eu tive que contar tudo a eles, desde a parte em que ficamos cercados na farmácia até a parte em que pegamos o carro na saída da loja de conveniência do posto e seguimos pra cá.
— Mas você, em? Só se metem em uma confusão atrás da outra – Dylan disse divertido.
— Pra mim já deu de confusão – garanti.
— Mas então, você trouxe aquilo que te pedi? – Clary perguntou ao Alex.
— Sim – ele suspirou, mas não pareceu muito feliz em confirmar.
— E você Liz, trouxe? Eu estou em apuros aqui! – ela disse indignada eu sorri e assenti.
— Vamos resolver tudo isso – Rose garantiu – Venham – ela nos chamou para a cozinha.
Mas no fim nós acabamos nos separando outra vez, eu fui conversar com Meg e lhe entregar os absorventes e Alex sumiu com Clary logo em seguida.
— Como ficaram as coisas por aqui? – perguntei depois que ela voltou do banheiro, muito satisfeita.
— Foi bem estranho estar cercada de pessoas vivas, mas foi legal, é bom estar com a Amy outra vez e Clary é muito divertida e o Dylan...
— E o Dylan o que? – quis saber curiosa.
— Eu realmente não sei o que ele pensa, num minuto está sendo um idiota fofo e no seguinte me olha como se quisesse me devorar.
Eu ri.
— O que foi? – ela quis saber.
— Você também quer que ele a devore? – perguntei divertida.
— Não! Quer dizer... – ela suspirou – Pra falar a verdade eu não sei. Por quê? Você e o Alex já...? – ela me olhou e eu corei – Ai meu Deus! Vocês já fizeram alguma coisa?
— Bem, nós nos beijamos, pra falar a verdade, ele me beijou, tem diferença? – perguntei, mas logo mudei de ideia – Ok, a questão não é essa, e sim que enquanto nos beijávamos a gente quase... Estávamos perto de fazer outras coisas, mas ai eu interrompi o beijo e todo o resto e ele está com cara feia desde então.
— Ele está assim por que você interrompeu o beijo? – ela quis saber.
— Boa pergunta – suspirei. – Mas e você pretende se pegar com o Dylan ou vai ver se arruma outro?
Ela corou e eu ri.
— Liz! – ela me repreendeu – Pelo amor de Deus não fica ai falando umas coisas dessa, e pra falar a verdade eu acho que ele gosta da Clary...
Eu estava prestes a dizer que também achava que o Alex gostava da Clary e que no fim acabou me beijando, mas não precisei.
— Não, ele não gosta – Clary disse surgindo na porta do quarto que Rose tinha arrumado pra mim e pra Meg. – Pelo menos não desse jeito, os garotos me vêem como uma irmã eu também os vejo assim, eu sou tão atraente pra eles quanto a Amy.
Meg sorriu e pareceu aliviada, é no fim acho que ela e Dylan vão acabar se pegando mesmo.
— Gostei de saber disso – ela confessou e Clary sorriu, mas eu vi que o seu sorriso não exatamente verdadeiro e quando vi que ela não se mexeu mesmo depois de ter falado, percebi que alguma coisa estava errada. Minha mãe sempre dizia que eu era boa em ler as pessoas, e dessa vez ela não estava errada.
— Está tudo bem, Clary? – perguntei.
— Está – ela se apressou em dizer – Com certeza está tudo bem – ela disse parecendo animada, mas de repente começou a chorar. – Com certeza está tudo ótimo – ela disse em meio às lagrimas.
Como Meg ainda estava com a perna machucada ela não foi tão rápida, mas eu alcancei Clary e abracei, ela me abraçou de volta e continuou chorando, eu não a conhecia direito e mal tinha falado com ela, mas de que isso importa? Nós éramos garotas e ela estava precisando de ajuda, isso era obvio, então fiz o que podia nesse momento, fiquei ali e esperei que ela terminasse de chorar.
— O que aconteceu? – Meg perguntou depois que Clary se soltou de mim.
— Eu estou ferrada – ela murmurou – Eu sou uma idiota ferrada.
— Pode esclarecer? – eu perguntei, queria ajudar, mas se ela não dissesse nada coerente não poderia.
Só que ao invés de responder ela começou a tirar o moletom que usava, eu não tinha reparado nisso ainda, mas Clary usava um daqueles moletons cinza enormes que a gente normalmente usava pra ficar em casa de bobeira, quando o mundo ainda era normal.
Mas interrompi os meus pensamentos sem sentindo assim que ela terminou de tirar a peça, tinha um pequeno volume na região do seu abdômen, mas não era gordura, Clary era magra e pequena de mais pra isso, estava mais para uma barriga de...
— Ai meu Deus! – exclamei sem poder me conter.
— O que está... – Meg começou, mas se interrompeu. – Você está...?
— Grávida? – Clary perguntou com um sorriso triste.
— Você está? – perguntei ainda em choque. Ela assentiu.
— Na verdade eu já tinha quase certeza – ela disse passando a mão sobre o volume no abdômen – Mas mesmo assim não queria acreditar, então pedi pro Alex buscar isso pra mim – ela disse e estendeu um teste de gravidez daqueles de farmácia. Nele tinha um sinal de mais indicando que o resultado era positivo.
— Mas esses testes vagabundos podem dar errado, né? – Meg perguntou esperançosa – Ainda mais depois da validade.
— É podem, mas eu fiz quatro e todos deram positivo, e também meio que já sabia a resposta só não queria aceitar – Clary suspirou – E também não sabia pra quem contar, Rose e Max provavelmente vão brigar comigo e os meninos, não sei, Alex já deve saber já que eu o pedi o teste, mas mesmo assim não tive coragem de...
— Quantos meses? – perguntei a interrompendo, eu sabia que se não o fizesse ela continuaria a tagarelar, afinal, eu era igual, quando ficava nervosa desatava a falar sem parar.
— Três – ela suspirou – No inicio eu achei que era paranóia da minha cabeça, mas há algumas semanas minha barriga começou a crescer e a minha fome quase que dobrou... Eu estou perdida.
— O pessoal já sabe? – Meg perguntou, mas eu vi a pergunta oculta em seus olhos e também estava curiosa quanto à resposta, afinal momentos antes Clary tinha dito que os meninos eram como irmãos pra ela.
— Não – ela disse vestindo outra vez o moletom.
— Você vai contar? – perguntei.
— Vou – ela disse decidida – Hoje, no almoço.
— Precisa de alguma coisa? – Meg perguntou depois de uns minutos de silencio.
— Companhia – Clary disse com um meio sorriso.
— Isso é fácil de arrumar – disse sorrindo e dissipando o clima tenso de uma vez.
Nós seguimos para as nossas camas, - que não eram nada mais, nada menos que lençóis grossos forrados no chão, mas que eram mais confortáveis do que qualquer coisa que eu experimentei nesses últimos meses – e nos sentamos. Passamos o resto da manhã assim, conversando e rindo como três adolescentes normalmente fariam se bem, não estivessem no fim do mundo.
Depois de um tempo Rose nos achou e praticamente nos arrastou em direção a cozinha. O almoço estava servido e Clary tinha uma missão pela frente que não seria nada, nada fácil.
Quando todos se serviram e sentaram para comer (eu estava tão concentrada no meu prato de sopa que mal vi) Clary ficar de pé e pigarreou.
— Eu é... Tenho algo pra dizer – ela começou hesitante.
— Vai em frente Clary – disse Max – Diga.
— Eu... – ela começou e respirou fundo – Estou grávida.
— Certo, claro – Rose disse sorrindo, mas logo em seguida seus olhos se arregalaram – Como assim grávida!?
— Certo Clary – Max disse com um misto de pânico e descrença - Já pode parar de brincar.
— Não estou brincando – ela disse e tirou o moletom revelando a barriga já com sinais de abrigar um pequeno ser.
— Como isso... Ou melhor, quando isso aconteceu? – Rose perguntou incrédula.
— Foi o Sean, certo? – Alex perguntou respirando fundo – Aquele babaca é o pai, não é?
— Quem é Sean? – Meg perguntou quase aliviada, nós duas queríamos saber quem era o pai, só não tivemos coragem de perguntar a Clary.
— Sean, foi um cara que eu conheci há uns meses atrás – Clary explicou rapidamente – E ele foi... Ele foi mordido – ela encerrou o assunto ai – E sim Alex ele é o pai.
Alex suspirou e passou a mão pelos cabelos escuros em sinal de frustração.
— Você sabe o quanto isso é perigoso, não sabe Clary? – Rose perguntou agora parecendo preocupada.
— Sei – ela garantiu – Mas não posso fazer mais nada com relação a isso, ele já está aqui e vou fazer meu melhor por ele – ela disse com um meio sorriso tocando a própria barriga.
— Nós estamos aqui também tampinha – Dylan se pronunciou finalmente. – Para o que der e vier.
— Com certeza – Meg concordou.
— Vamos ter um bebê? – Amy perguntou animada.
— Sim Amy – Max deu um meio sorriso – Ao que parece, nós vamos sim.
Todos riram e o almoço terminou melhor impossível, e eu fiquei meio boba no meio de tanta felicidade, ainda é estranho ter esse tipo de experiência aqui no fim do mundo, sei lá, só de eu ter um lugar seguro para chamar de lar já estranho imagina a perspectiva de que eu conheceria o bebê da Clary daqui a alguns meses? Exatamente, é inacreditável.
Depois do almoço Rose foi ajudar Clary agora que ela sabe que da gravidez acho que não vai deixar Clary em paz.
— Serio Rose, não precisa – Clary tentou – Eu estou bem. Não preciso de mais travesseiros nem de uma cama maior.
— Besteira – Rose disse a arrastando consigo – Você vai mudar de ideia assim que sua barriga começar a crescer de verdade. Amy você pode buscar mais travesseiros no meu quarto?
— Sim – a garotinha sorriu e saiu correndo atrás dos benditos travesseiros.
— Vem Clary – ela disse a arrastando mais uma vez – E vocês meninas – ela se virou pra mim e Meg – Se precisarem de alguma coisa é só dizer.
— Certo – respondi e Rose arrastou Clary de vez pelo corredor. Fiquei de pé e acabei bocejando – Acho que vou dormir um pouco – anunciei – Se precisarem de mim é só me chamar.
Segui para o meu mais novo quarto e já estava quase na porta quando uma voz me fez parar.
— Liz – Alex chamou as minhas costas – Podemos conversar?
— Sobre o que? – perguntei mais seca do que pretendia me virando para encará-lo.
— Sobre o que aconteceu na floresta.
— Não lembro de nada que fizemos que precise de explicação – me fiz de boba.
— Vai me dizer que não se lembra do beijo? – perguntou dando um passo na minha direção. Não me mexi.
— O que eu interrompi antes de se tornar algo mais e por isso você está de cara feia o dia todo? Não, não me lembro!
— Espera... O que!? Você acha que é por isso que eu estou de cara feia?
— E por que mais seria!? – perguntei com raiva, ele está querendo me fazer de boba ou o que?
— Argh! Droga Liz! – ele passou a mão pelos cabelos em sinal de frustração - Eu fiquei daquele jeito depois de te beijar por que achei que tinha ido longe de mais! Estava te forçando a fazer algo que não queria e... Merda!
— Achei que você estava irritado comigo – murmurei abalada pela meia declaração.
— Com você!? Céus Liz, por que eu ficaria irritado com você? Eu estava irritado comigo por ser um babaca!
Eu sorri e dei um passo na sua direção.
— Bem nisso nós concordamos: Você é um idiota.
Ele sorriu também.
— Achei que tinha estragado tudo – ele disse dando mais um passo e quase colando os nossos narizes.
— Eu também achei – disse e finalmente ele acabou com a distancia entre nós e me beijou mais uma vez, e não sei como, mas essa conseguiu ser ainda melhor que a primeira.
Quando finalmente nos separamos por causa da falta de ar Alex tinha um sorriso bobo nos lábias assim como eu sabia que eu também tinha.
— Nada como poder beijar a pessoa de quem a gente gosta – ele disse e meu sorriso aumentou.
— Como pode dizer essas coisas sobre mim se só me conhece a dois dias, três se contar com hoje? – perguntei tentando parecer indiferente, sem muito sucesso, eu também tinha a impressão de que sei lá, Alex era o amor da minha vida. Não sei se era só o fato de eu ter ficado sozinha por tanto tempo ou o fim do mundo eminente, só sabia que gostava e muito dessa sensação.
— Não sei – ele disse e beijou a ponta do meu nariz – Só sinto.
— Eu também – deixei escapar entes de conseguir me conter e Alex abriu outro sorriso enorme antes de me beijar outra vez.
É talvez o fim do mundo não seja tão ruim assim.
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Eai? Vale algum comentário?
Vou ficar na expectaviva... Cadê o espírito natalino de vocês?
Please, façam o meu dia feliz!! :3