Como Assim Apocalipse Zumbi? escrita por Lelly Everllark


Capítulo 11
Surpresas e Pegação.


Notas iniciais do capítulo

Eai meus amores, como vão? Ok, eu sei que fingir que eu não sumi não vai resolver nada, mas o capítulo ficou bastante bom (na minha humilde opinião) e tem umas reviravoltas bem legais e acreditem ou não que, talvez e só talvez eu poste outro antes do fim de semana que vem... Isso!! É pra louvar de pé irmãos, ela resolveu escrever kkkkkk parei com a zueira, espero que gostem e BOA LEITURA!! :D



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Fomos o caminho todo sem dizer uma única palavra, se ele não vai falar nada, eu também não vou. Mas o que mais me irrita nem é o fato de ele estar assim com a cara fechada sem dizer nada, e sim o motivo, quer dizer, nós começamos a nos beijar e foi ótimo, mas ai ele queria tipo continuar depois disso, e quando o eu o afastei ele ficou chateada assim? Serio isso? Eu realmente achei que ele não era tão babaca.

— Liz chegamos – ele anunciou me tirando dos meus pensamentos.

— Já? – perguntei olhando em volta e vendo a mesma auto-estrada de ontem, eu sabia que mais adiante embaixo de um arbusto de aparência comum estava a entrada para a minha mais nova é... Casa. Sim ainda era estranho pensar que eu tinha um lugar para chamar casa outra vez.

— Sim, vamos – ele chamou já saindo do carro e eu o segui.

Atravessamos a auto-estrada sem nenhum empecilho e assim que chegamos ao pé da arvore que dava acesso ao bunker ele arrastou o arbusto para o lado e puxou a tampa.

— Por que nós entramos por aqui e saímos por lá? – não me contive e perguntei. – Não seria mais fácil entrar por aquela porta que nós saímos?

— É seria, mas também é mais fácil para as pessoas que decidimos que não estão vivas – ele disse me fazendo dar um meio sorriso mesmo que eu ainda esteja irritada com ele. – E aqui já é difícil para os vivos acharem quem dirá os mortos?

— Entendi – disse seguindo para a borda do buraco – Ninguém vai nos achar aqui. – terminei e escorreguei para dentro do buraco outra vez.

A descida foi tão tortuosa quanto à do dia anterior, e eu teria caído bem encima de um ser até então desconhecido se ele não tivesse sido rápido o bastante para sair do caminho.

— Liz! Vai com calma ai – foi Dylan quem saiu do caminho e me segurou (de novo).

— Estou bem – garanti ficando de pé e saindo do caminho para não ser atropelada pelo Alex, que diferente de mim parou de pé.

— Ai graças a Deus vocês voltaram! – eu ouvi a voz da Rose antes dela apertar eu e Alex em um abraço de urso, para logo em seguida nos soltar. – Vocês sabem o quanto eu fiquei preocupada!? Não era pra vocês voltarem ontem? Onde estavam? O que aconteceu!?

— Calma Rose deixa eles ao menos respirarem pra depois poderem falar – pra minha surpresa foi Max quem disse isso.

— Ok, ok, mas na próxima tomem mais cuidado – ela suspirou.

— Então, o que aconteceu? – foi Clary quem perguntou.

Eu e Alex nos entreolhamos pra decidir quem ia falar e eu acabei perdendo a nossa batalha silenciosa.

— Certo, eu conto – suspirei e tirei minha mochila das costas e aminha bolsa também – É melhor vocês se sentarem, a história é meio longa.

No fim eu tive que contar tudo a eles, desde a parte em que ficamos cercados na farmácia até a parte em que pegamos o carro na saída da loja de conveniência do posto e seguimos pra cá.

— Mas você, em? Só se metem em uma confusão atrás da outra – Dylan disse divertido.

— Pra mim já deu de confusão – garanti.

— Mas então, você trouxe aquilo que te pedi? – Clary perguntou ao Alex.

— Sim – ele suspirou, mas não pareceu muito feliz em confirmar.

— E você Liz, trouxe? Eu estou em apuros aqui! – ela disse indignada eu sorri e assenti.

— Vamos resolver tudo isso – Rose garantiu – Venham – ela nos chamou para a cozinha.

Mas no fim nós acabamos nos separando outra vez, eu fui conversar com Meg e lhe entregar os absorventes e Alex sumiu com Clary logo em seguida.

— Como ficaram as coisas por aqui? – perguntei depois que ela voltou do banheiro, muito satisfeita.

— Foi bem estranho estar cercada de pessoas vivas, mas foi legal, é bom estar com a Amy outra vez e Clary é muito divertida e o Dylan...

— E o Dylan o que? – quis saber curiosa.

— Eu realmente não sei o que ele pensa, num minuto está sendo um idiota fofo e no seguinte me olha como se quisesse me devorar.

Eu ri.

— O que foi? – ela quis saber.

— Você também quer que ele a devore? – perguntei divertida.

— Não! Quer dizer... – ela suspirou – Pra falar a verdade eu não sei. Por quê? Você e o Alex já...? – ela me olhou e eu corei – Ai meu Deus! Vocês já fizeram alguma coisa?

— Bem, nós nos beijamos, pra falar a verdade, ele me beijou, tem diferença? – perguntei, mas logo mudei de ideia – Ok, a questão não é essa, e sim que enquanto nos beijávamos a gente quase... Estávamos perto de fazer outras coisas, mas ai eu interrompi o beijo e todo o resto e ele está com cara feia desde então.

— Ele está assim por que você interrompeu o beijo? – ela quis saber.

— Boa pergunta – suspirei. – Mas e você pretende se pegar com o Dylan ou vai ver se arruma outro?

Ela corou e eu ri.

— Liz! – ela me repreendeu – Pelo amor de Deus não fica ai falando umas coisas dessa, e pra falar a verdade eu acho que ele gosta da Clary...

Eu estava prestes a dizer que também achava que o Alex gostava da Clary e que no fim acabou me beijando, mas não precisei.

— Não, ele não gosta – Clary disse surgindo na porta do quarto que Rose tinha arrumado pra mim e pra Meg. – Pelo menos não desse jeito, os garotos me vêem como uma irmã eu também os vejo assim, eu sou tão atraente pra eles quanto a Amy.

Meg sorriu e pareceu aliviada, é no fim acho que ela e Dylan vão acabar se pegando mesmo.

— Gostei de saber disso – ela confessou e Clary sorriu, mas eu vi que o seu sorriso não exatamente verdadeiro e quando vi que ela não se mexeu mesmo depois de ter falado, percebi que alguma coisa estava errada. Minha mãe sempre dizia que eu era boa em ler as pessoas, e dessa vez ela não estava errada.

— Está tudo bem, Clary? – perguntei.

— Está – ela se apressou em dizer – Com certeza está tudo bem – ela disse parecendo animada, mas de repente começou a chorar. – Com certeza está tudo ótimo – ela disse em meio às lagrimas.

Como Meg ainda estava com a perna machucada ela não foi tão rápida, mas eu alcancei Clary e abracei, ela me abraçou de volta e continuou chorando, eu não a conhecia direito e mal tinha falado com ela, mas de que isso importa? Nós éramos garotas e ela estava precisando de ajuda, isso era obvio, então fiz o que podia nesse momento, fiquei ali e esperei que ela terminasse de chorar.

— O que aconteceu? – Meg perguntou depois que Clary se soltou de mim.

— Eu estou ferrada – ela murmurou – Eu sou uma idiota ferrada.

— Pode esclarecer? – eu perguntei, queria ajudar, mas se ela não dissesse nada coerente não poderia.

Só que ao invés de responder ela começou a tirar o moletom que usava, eu não tinha reparado nisso ainda, mas Clary usava um daqueles moletons cinza enormes que a gente normalmente usava pra ficar em casa de bobeira, quando o mundo ainda era normal.

Mas interrompi os meus pensamentos sem sentindo assim que ela terminou de tirar a peça, tinha um pequeno volume na região do seu abdômen, mas não era gordura, Clary era magra e pequena de mais pra isso, estava mais para uma barriga de...

— Ai meu Deus! – exclamei sem poder me conter.

— O que está... – Meg começou, mas se interrompeu. – Você está...?

— Grávida? – Clary perguntou com um sorriso triste.

— Você está? – perguntei ainda em choque. Ela assentiu.

— Na verdade eu já tinha quase certeza – ela disse passando a mão sobre o volume no abdômen – Mas mesmo assim não queria acreditar, então pedi pro Alex buscar isso pra mim – ela disse e estendeu um teste de gravidez daqueles de farmácia. Nele tinha um sinal de mais indicando que o resultado era positivo.

— Mas esses testes vagabundos podem dar errado, né? – Meg perguntou esperançosa – Ainda mais depois da validade.

— É podem, mas eu fiz quatro e todos deram positivo, e também meio que já sabia a resposta só não queria aceitar – Clary suspirou – E também não sabia pra quem contar, Rose e Max provavelmente vão brigar comigo e os meninos, não sei, Alex já deve saber já que eu o pedi o teste, mas mesmo assim não tive coragem de...

— Quantos meses? – perguntei a interrompendo, eu sabia que se não o fizesse ela continuaria a tagarelar, afinal, eu era igual, quando ficava nervosa desatava a falar sem parar.

— Três – ela suspirou – No inicio eu achei que era paranóia da minha cabeça, mas há algumas semanas minha barriga começou a crescer e a minha fome quase que dobrou... Eu estou perdida.

— O pessoal já sabe? – Meg perguntou, mas eu vi a pergunta oculta em seus olhos e também estava curiosa quanto à resposta, afinal momentos antes Clary tinha dito que os meninos eram como irmãos pra ela.

— Não – ela disse vestindo outra vez o moletom.

— Você vai contar? – perguntei.

— Vou – ela disse decidida – Hoje, no almoço.

— Precisa de alguma coisa? – Meg perguntou depois de uns minutos de silencio.

— Companhia – Clary disse com um meio sorriso.

— Isso é fácil de arrumar – disse sorrindo e dissipando o clima tenso de uma vez.

Nós seguimos para as nossas camas, - que não eram nada mais, nada menos que lençóis grossos forrados no chão, mas que eram mais confortáveis do que qualquer coisa que eu experimentei nesses últimos meses – e nos sentamos. Passamos o resto da manhã assim, conversando e rindo como três adolescentes normalmente fariam se bem, não estivessem no fim do mundo.

Depois de um tempo Rose nos achou e praticamente nos arrastou em direção a cozinha. O almoço estava servido e Clary tinha uma missão pela frente que não seria nada, nada fácil.

Quando todos se serviram e sentaram para comer (eu estava tão concentrada no meu prato de sopa que mal vi) Clary ficar de pé e pigarreou.

— Eu é... Tenho algo pra dizer – ela começou hesitante.

— Vai em frente Clary – disse Max – Diga.

— Eu... – ela começou e respirou fundo – Estou grávida.

— Certo, claro – Rose disse sorrindo, mas logo em seguida seus olhos se arregalaram – Como assim grávida!?

— Certo Clary – Max disse com um misto de pânico e descrença - Já pode parar de brincar.

— Não estou brincando – ela disse e tirou o moletom revelando a barriga já com sinais de abrigar um pequeno ser.

— Como isso... Ou melhor, quando isso aconteceu? – Rose perguntou incrédula.

— Foi o Sean, certo? – Alex perguntou respirando fundo – Aquele babaca é o pai, não é?

— Quem é Sean? – Meg perguntou quase aliviada, nós duas queríamos saber quem era o pai, só não tivemos coragem de perguntar a Clary.

— Sean, foi um cara que eu conheci há uns meses atrás – Clary explicou rapidamente – E ele foi... Ele foi mordido – ela encerrou o assunto ai – E sim Alex ele é o pai.

Alex suspirou e passou a mão pelos cabelos escuros em sinal de frustração.

— Você sabe o quanto isso é perigoso, não sabe Clary? – Rose perguntou agora parecendo preocupada.

— Sei – ela garantiu – Mas não posso fazer mais nada com relação a isso, ele já está aqui e vou fazer meu melhor por ele – ela disse com um meio sorriso tocando a própria barriga.

— Nós estamos aqui também tampinha – Dylan se pronunciou finalmente. – Para o que der e vier.

— Com certeza – Meg concordou.

— Vamos ter um bebê? – Amy perguntou animada.

— Sim Amy – Max deu um meio sorriso – Ao que parece, nós vamos sim.

Todos riram e o almoço terminou melhor impossível, e eu fiquei meio boba no meio de tanta felicidade, ainda é estranho ter esse tipo de experiência aqui no fim do mundo, sei lá, só de eu ter um lugar seguro para chamar de lar já estranho imagina a perspectiva de que eu conheceria o bebê da Clary daqui a alguns meses? Exatamente, é inacreditável.

Depois do almoço Rose foi ajudar Clary agora que ela sabe que da gravidez acho que não vai deixar Clary em paz.

— Serio Rose, não precisa – Clary tentou – Eu estou bem. Não preciso de mais travesseiros nem de uma cama maior.

— Besteira – Rose disse a arrastando consigo – Você vai mudar de ideia assim que sua barriga começar a crescer de verdade. Amy você pode buscar mais travesseiros no meu quarto?

— Sim – a garotinha sorriu e saiu correndo atrás dos benditos travesseiros.

— Vem Clary – ela disse a arrastando mais uma vez – E vocês meninas – ela se virou pra mim e Meg – Se precisarem de alguma coisa é só dizer.

— Certo – respondi e Rose arrastou Clary de vez pelo corredor. Fiquei de pé e acabei bocejando – Acho que vou dormir um pouco – anunciei – Se precisarem de mim é só me chamar.

Segui para o meu mais novo quarto e já estava quase na porta quando uma voz me fez parar.

— Liz – Alex chamou as minhas costas – Podemos conversar?

— Sobre o que? – perguntei mais seca do que pretendia me virando para encará-lo.

— Sobre o que aconteceu na floresta.

— Não lembro de nada que fizemos que precise de explicação – me fiz de boba.

— Vai me dizer que não se lembra do beijo? – perguntou dando um passo na minha direção. Não me mexi.

— O que eu interrompi antes de se tornar algo mais e por isso você está de cara feia o dia todo? Não, não me lembro!

— Espera... O que!? Você acha que é por isso que eu estou de cara feia?

— E por que mais seria!? – perguntei com raiva, ele está querendo me fazer de boba ou o que?

— Argh! Droga Liz! – ele passou a mão pelos cabelos em sinal de frustração - Eu fiquei daquele jeito depois de te beijar por que achei que tinha ido longe de mais! Estava te forçando a fazer algo que não queria e... Merda!

— Achei que você estava irritado comigo – murmurei abalada pela meia declaração.

— Com você!? Céus Liz, por que eu ficaria irritado com você? Eu estava irritado comigo por ser um babaca!

Eu sorri e dei um passo na sua direção.

— Bem nisso nós concordamos: Você é um idiota.

Ele sorriu também.

— Achei que tinha estragado tudo – ele disse dando mais um passo e quase colando os nossos narizes.

— Eu também achei – disse e finalmente ele acabou com a distancia entre nós e me beijou mais uma vez, e não sei como, mas essa conseguiu ser ainda melhor que a primeira.

Quando finalmente nos separamos por causa da falta de ar Alex tinha um sorriso bobo nos lábias assim como eu sabia que eu também tinha.

— Nada como poder beijar a pessoa de quem a gente gosta – ele disse e meu sorriso aumentou.

— Como pode dizer essas coisas sobre mim se só me conhece a dois dias, três se contar com hoje? – perguntei tentando parecer indiferente, sem muito sucesso, eu também tinha a impressão de que sei lá, Alex era o amor da minha vida. Não sei se era só o fato de eu ter ficado sozinha por tanto tempo ou o fim do mundo eminente, só sabia que gostava e muito dessa sensação.

— Não sei – ele disse e beijou a ponta do meu nariz – Só sinto.

— Eu também – deixei escapar entes de conseguir me conter e Alex abriu outro sorriso enorme antes de me beijar outra vez.

É talvez o fim do mundo não seja tão ruim assim.


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Notas finais do capítulo

Eai? Vale algum comentário?
Vou ficar na expectaviva... Cadê o espírito natalino de vocês?
Please, façam o meu dia feliz!! :3



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