Slenderman: Beginning escrita por Beyond B Nat


Capítulo 34
Tudo em jogo


Notas iniciais do capítulo

Eu havia postado esse capítulo no spirit e esqueci de postar aqui (ops!), hehe X'D

Bom, eu sei que o tamanho desse capítulo não compensa a demora, mas é o que temos pra hoje =/



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No amanhecer dessa segunda-feira, Tom decidiu sair de seu quarto. Ele não dormira na noite anterior, então sua mente estava levemente cansada. Ontem a ansiedade e o medo tomavam conta dele, não o permitindo fechar os olhos em nenhum momento que não fosse apenas piscar. 

Era muito cedo, seus pais não acordaram ainda, mas ele queria ir embora desse lugar. Ele pegou na cozinha algo para comer no caminho e, logo após colocar em sua mochila a comida, uma garrafa d’água, lanterna, um canivete e outras coisas a mais, ele saiu pela porta da frente e foi andando em direção ao colégio. Ele queria que tudo acabasse logo, que esse pesadelo tivesse o seu fim.

Ele sentia leves dores de cabeça durante o caminho, olhava de um lado para outro, sentindo-se observado. Afetei pessoas o suficiente para saber que ele está muito perto de quebrar. De hoje pra amanhã ele não passa. 

Tom chegou no colégio, já haviam algumas pessoas, porém faltava mais de meia hora pra primeira aula e Soph não havia chegado, então ele tinha que esperar. Ele ficou num local perto da entrada principal mexendo em suas coisas, principalmente abrindo e fechando o canivete, que dessa vez era um com somente a faca. 

Nele vinha uma sensação de desconforto que não cessava e conforme o colégio enchia, mais ele sentia estar sendo observado. 

Enquanto isso, na casa aqui ao lado, os pais de Tom perceberam que ele saiu cedo e sem avisar, estavam preocupados. A princípio achavam que ele estava dormindo, mas viram que ele não estava na cama. Sua mãe ligou pro celular dele, mas só deu para ouvir o aparelho vibrando sobre a escrivaninha presente no quarto. O celular ficou em casa. Ela quis ir ao colégio para ver se o filho estava bem, mas seu marido tentou acalmá-la e disse que veria esse comportamento do garoto mais tarde. Apesar disso, por garantia, ele pretende ir direto buscar o garoto ao invés dele ir pra “um suposto trabalho”. 

É… Não estava duvidando de que ocorreria isso quando eles percebessem o sumiço do garoto, felizmente tenho uma carta para essa situação. 

Tom ficava encarando as pessoas ao redor dele, sua respiração era pesada, ele sentia que algumas pessoas estavam falando dele, olhando e sussurrando. Ele tentava se acalmar, mas seu estado apenas piorava, até que ele focou o olhar em um dos colegas, que ele sentia que o estava encarando. Sua mente teve um momento de vazio, ele encostou a mão no bolso onde estava o canivete pronto pra se levantar, mas, de repente, alguém tocou nele e ele levou um susto, porém respirou e voltou a si ao perceber quem era.

— S-Soph…

— Oi. — ela sorriu, mas logo em seguida mudou a expressão — Você não parece nada bem.

— Dá pra notar, né? Eu só não dormi direito…

— “Só”?

Tom dá de ombros como resposta. Ele estava perto de atacar alguém, sem dúvida não iria querer tocar nesse assunto. 

— Não guarda essas coisas pra si. De qualquer jeito… A gente vai acabar com isso. Aquela coisa não vai mais prejudicar ninguém.

— Espero…

Ele faz um olhar levemente vago para frente, vendo as pessoas passando. 

“O que… Eu ia fazer?” 

— Ei! Vem comigo! — a garota falou de repente. 

— Quê?

Antes que Tom fosse capaz de questionar, Soph o puxou pela manga do casaco dizendo:

— Fala sério, você NÃO TÁ bem! Duvido que você preste atenção nas aulas. 

— E pra onde tá me arrastando? 

Ela não responde, apenas o guia para uma área do colégio com menor movimento até um pouco mais isolado. Dentro de poucos minutos o sinal da primeira aula tocou e o local onde eles estavam encontrava-se totalmente vazio. 

— Acho que aqui dá para ficarmos tranquilos. E também, dá pra planejar o passo a passo do nosso plano. 

— Quê? Ah, as páginas… Olha, você não devia fazer isso, você pode acabar morrendo… 

— Eu já falei, eu quero acabar com o Slender, eu quero evitar que ele faça mal a mais alguém, e isso inclui você. 

— Eu… Tá, ok. E o que você já pensou? 

— Bom, dei umas pesquisadas e achei o mapa do parque. — Ela tirou de sua mochila uma folha dobrada, da qual ela abriu e revelou um mapa. — Você disse que achou alguns papéis por lá, não é? Se lembra onde achou. 

— Hum… 

Tom puxa a memória e diz alguns locais que ele conseguia lembrar. Soph disse que uma parte que ela teorizou estava certo, os locais onde eram encontradas as páginas eram bem específicos e não locais qualquer como uma árvore isolada ou o chão, na verdade, a única página encontrada numa árvore era em uma que chamava muita atenção por ser maior que as outras. 

— Se eu estiver certa então, pode-se considerar que temos uns dez locais onde podem estar as páginas. 

— Deduzindo assim, parece um jogo. 

— Slender brinca com suas vítimas, é quase isso. 

— É… 

Soph olha para Tom e ele olha pra baixo um pouco preocupado, também cheio de sono. Eles ficaram nesse silêncio por algum segundos, até Soph dizer:

— Se quiser cochilar, temos bastante tempo antes de acabar as aulas e anoitecer. Já pesquisei, as páginas não aparecem pela floresta durante o dia. 

— Tu quer é me ver dormindo, mas você tem razão… 

Ela deu um riso de leve. Tom pegou a própria mochila e encostou a cabeça. Os dois ficaram conversando um pouco, até o assunto morrer e o rapaz conseguir fechar os olhos e descansar a mente, ao menos por um tempo. 

Passou algumas horas, como Tom estava dormindo e eu estava com a mente diretamente conectada a ele, não dava pra saber o que Sophia inventava de fazer enquanto ele dormia. Nem tenho curiosidade em saber… Ele finalmente acordou e viu ela lendo um livro. 

— Finalmente você acordou. — Soph falou fechando o livro. 

— Foi por muito tempo?

— O suficiente pra eu ler três capítulos, hehe. 

“ Ler, né?”

— Faz pouco tempo que acabou as aulas, vamos logo. 

— Bora. 

Eles se levantam e pegam as próprias mochilas. Saem do local e seguem por onde haviam alguns alunos ainda prontos para ir para casa. Antes de sair pela saída principal, Tom avistou o carro de seu pai. 

— Oh, vida… 

— Que foi? 

— É meu pai, lá na frente. 

— Sim… Reconheço o carro. 

“Ele vai levá-lo, vai atrapalhar tudo. O inferno não vai acabar”

Tom olhou ao redor pensativo, até que notou um homem de moletom amarelo se aproximando do carro e falando com o quem estava na direção. Ora, Brian foi rápido. 

— Ele tá distraído, acho que dá pra vazar antes que ele nos veja, vamo! 

Tom e Soph passam rápido pelo estacionamento sem o pai dele os perceber, então eles seguem em direção do parque conforme vai se aproximando do anoitecer. 


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Notas finais do capítulo

Adianto avisar de que é provável que o próximo capítulo demore um pouco...



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