Slenderman: Beginning escrita por Beyond B Nat


Capítulo 3
Beleza de Outono


Notas iniciais do capítulo

Bem, eu ia deixar esse capítulo disponível dia 10, mas tava com MUITA vontade de retomar às atividades daqui do site ^^

Agradeço pra quem está aqui depois dessa loooonga pausa, e desculpem-me pelos transtorno =)

Aproveitem o capítulo



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Tive um sonho estranho ontem à noite. Não me recordo totalmente dos detalhes, mas lembro-me de nele estar na floresta. Ela não estava com o mesmo nível de silêncio belo e harmonioso, havia uma energia sombria da qual pra qualquer um daria um medo de que a qualquer segundo algo surgiria das sombras e o atacaria.

A sensação que eu tive naquele sonho era indescritível, eu me movia como se não houvesse nada no chão... Daí, repentinamente, acordei.

Não abri totalmente os meus olhos mas tive a sensação estranha de uma presença. Por um meio segundo abri um dos meus olhos e vi uma figura cinza a beira de minha cama. Uma parte de mim quis ter alguma reação, mas o meu corpo não se moveu, simplesmente voltei a apagar e dormi.

Não sei se ver aquela figura foi um sonho ou não, apenas sei que acordei com o corpo um pouco dolorido, devia ser por causa do frio que fez ontem a noite. Fiquei alguns segundos imóvel na cama, encarando o teto. Não iria trabalhar hoje, pois era a minha folga, então pra que pressa, não é mesmo?

Criei coragem de me levantar e olhei para a roupa que separei para usar hoje. Certamente era o presente que eu ganhara ontem, prometi a mim mesmo que iria ao túmulo dos meus pais agradecer e é o que farei.

Após o café da manhã, fiquei sentado na frete da casa observando a floresta. Aquelas folhas alaranjadas possuíam uma beleza própria, algumas mais próximas do vermelho, outras mais próximas do amarela. Nem mesmo a primavera nesse lugar é tão bela como o outono.

Depois de um tempo apreciando a floresta, decidi levantar-me e seguir para o cemitério. O cemitério ficava num enorme terreno aberto e possuía uma leve inclinação de morro. Algumas das lápide eram bem cuidadas, outras simplesmente deixadas pra trás, entregues à degradação causada pelo tempo. As lápides de meus pais ficavam uma ao lado da outra. Possuíam detalhes na parte de cima próximo ás bordas e seus nomes estavam gravados no meio delas.

Sentei-me e fiquei olhando as lápides.

"Olá, faz um bom tempo que não visito vocês, não é?" Sussurrei.

Me veio um leve sentimento de tristeza, ainda sentia muita falta deles, após suas mortes, passei os últimos cinco anos sozinho. Não havia ninguém que realmente se importasse comigo, que pudesse se aproximar e eu pudesse contar. Era doloroso, mas convivi com essa dor por cinco anos, não vai ser agora que isso irá me abalar, não é? Foi exatamente o que pensei...

De repente, senti como se algo me observasse. Olhei em volta, mas não vi nada. Por que subitamente essa sensação? Não é desde agora, faz um bom tempo... Passou um vento que levantou algumas folhas, isso me fez sentir uma sensação estranha. Mexi a cabeça tentando ignorar, então despedi-me dos meus pais e segui para voltar pra casa.

Passaram-se algumas horas, ao meio-dia preparei meu almoço e me alimentei, depois fiquei um tempo lendo um livro. Certas pessoas consideram isso entediante, mas gosto dessa tranquilidade de morar numa casa um pouco afastada e dentro da floresta.

Ouvi um som, agora tenho certeza de que foi algo. Fui para fora e reparei duas crianças se escondendo atrás dos galhos secos do que restou de um arbusto. Não foi possível não notar, já que uma tava empurrando a outra tentando conseguir espaço.

– Está ficando tarde, o que duas crianças fazem na floresta a essa hora? - falei.

Ouvi uma sussurrando com a outra. O que será que estavam querendo aprontar? Me movi em direção ao arbusto, quando estava bem perto, as duas crianças se levantaram e saíram correndo e gritando.

Por que isso? Achavam que minha casa estava abandonada? Que era assombrada? Cada imaginação que as crianças têm... Olhei para a casa e a examinei. Ao menos não fizeram nenhuma traquinagem com ela como já foi feito a uns meses.

Ouvi algo se movendo e no momento que me virei vi uma moça. Sua pele clara e seus cabelos loiros me deixaram maravilhado, parecia que eu estava vendo um anjo.

– Desculpe-me pelos meus irmãos ,eles achavam que havia algo nessa casa e queriam investigar. Acabei os seguindo pela curiosidade, huhu.

Seu riso era tímido, fiquei um pouco constrangido pelo jeito que a olhava.

– Devem ser os que saíram correndo a pouco, não é? Desculpe-me por assustá-los.

– Tudo bem, compreendo que não foi sua intenção.

Olhei para seus olhos, eles eram de um verde esmeralda. Tão belos que eram... Por que de repente senti um nervosismo ao olhá-la?

– Está bem?

– Sim, hum... Está meio tarde, não é bom uma moça andar pela floresta a noite.

– Sim, claro...

– A acompanho até sua casa, se me permitir.

– Obrigada.

Ela sorriu e me senti ainda mais constrangido. Não creio que alguém pudesse falar comigo tão normalmente, sempre fui acostumado em ser maltratado e ela estava sendo gentil. Realmente existem pessoas assim, isso é bom.

Já havia anoitecido e finalmente chegamos numa bela construção.

– É aqui onde estou morando - ela falou - Obrigada por me acompanhar.

– Disponha.

– Isabella! Por onde andou?! - ouvimos uma voz masculina.

Nos viramos ao mesmo tempo e nesse momento tive um choque. Que droga, era o Evan!

– O que faz aqui, Slender?

– Espere, Noah, não tenha pensamentos precipitados - Isabella me defendeu - Segui os meus irmãos pela floreta e ele só me acompanhou no caminho de volta.

– Hunf! Isso não me importa! - ele me encarou - Não quero saber de minha NOIVA andando por aí com outro homem.

Ele propositalmente colocou ênfase na palavras noiva para me atingir. Isso me trouxe uma enorme dor. Abaixei a cabeça, disse "Desculpe-me por incomodar." e virei-me para partir.

Claro que percebi Isabella tentar dizer algo, mas tentei não ter nenhuma reação a isso. Estava sentindo uma dor. Por que uma pessoa tão doce como ela poderia ser noiva de Noah Evan? Isso machuca mais ainda por ter sentido o que senti antes de descobrir isso.

A achei doce, gentil, bela... Aquele nervosismo e constrangimento seria um amor tímido que vejo nos livros? Talvez, mas não posso fazer nada quanto a isso.

Por que pude acreditar que poderia vir a acontecer algo bom a mim? Que alguém viria a se importar e agir gentilmente comigo? Como fui ingênuo...

Sinto que estou sendo observado de novo e também aquele formigamento em minhas costas, mas não ligo pra isso. Só quero ir pra casa.


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Notas finais do capítulo

Coitado do Andrew, dá até pena, não é mesmo?

Bem, o que acharam? Comentários?

Até o próximo capítulo o/



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