Slenderman: Beginning escrita por Beyond B Nat


Capítulo 17
Circo dos horrores


Notas iniciais do capítulo

Presente de Natal pra vocês =D

Desculpem-me a demora, mas esse capítulo foi muito difícil de fazer x_x Como eu queria algo bem feito, não poderia fazer rápido e postar do jeito que sair. Bem, espero que gostem.



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Aquilo que Sam viu no sonho era uma representação do meu irmão?! Será que a influência da minha telepatia pode ter criado na mente dela, durante o sonho, uma imagem de como seria ele misturado com as minhas características atuais? Ou realmente era ele? O meu irmão virado um mesmo tipo de monstro que eu?!

Não, isso não é possível. Se fosse assim, ele teria "voltado" antes mesmo da minha morte. Pra que estou criando esperanças com isso? Mesmo depois que nossos pais morreram, ele nunca voltou. Prefiro continuar pensando que, assim como todo mundo, ele morreu!

Mas que droga, pra quê fui lembrar do meu passado agora? Aquilo tudo não importa mais. Não só não tem importâncias, como pequenos detalhes mal me lembro. Não lembro nem meu próprio nome... Não seria estranho se um dia eu esquecesse que já fui humano, talvez até fosse melhor se isso acontecesse, Assim seria menos doloroso.

Por um segundo me distraí com a conversa de um dos circensses:

— O que foi? Por que essa cara de frustração?

— Aquela "coisa" sumiu...

— Ué? Tá falando daquela caixa? Pra quê tal fixação com uma caixa vazia?

— Não sei, apenas sei que tou até agora com aquela músiquinha na minha cabeça. De tanto abrir e fechar ela.

— (cantarolando*) All around the mulberry bush, The monkey chased the weasel. The monkey stopped to pull up his sock, Pop! goes the weasel!

— Cale a boca!

— Ha ha ha! Você tem que se concentrar pro show dessa noite e não numa caixa que você achou quebrada. Francamente, ficar gastando seu tempo livre somente para conseguir fazer o mecanismo funcionar. Que piada. E nada engraçada. - ele picou na última frase. O outro apenas revirou os olhos.

— Ok, vou focar no trabalho.... Temos ainda que dar um jeito nos animais. Depois de tanta coisa que aconteceu na guerra, essas pessoas merecem um pouco de alegria.

— É assim que se fala!

Me concentrei um pouco na mente de um deles. Fiquei apenas curioso em saber do que eles estavam falando.

**********************

O circo não é dos maiores, mas chegou a fazer uns espetáculos fora do país. Após alguns shows no Reino Unido, um circense, que tinha como passatempo um interesse por coisas antigas, encontrou numa loja de penhores uma caixa aparentemente de corda, toda desbotada. O dono da loja vendeu por um preço pequeno e ele a compou.

A caixa estava na região da manivela quebrada, na verdade, estava sem o objeto que servia para dar corda e o buraco rachado. O circense tinha interesse em concertá-la, até mesmo para saber que tipo de boneco tinha dentro dela. Passou muito tempo tentando, até que ele conseguiu.

Ele girou a manivela e estava tocando "Pop! Goes the weasel", algo típico desse tipo de caixa. Quando chegou no climax da música ele já esperava a caixa finalmente se abrir, mas nada aconteceu. Ele pensou que tinha algo errado, que o mecanismo da caixa estava com algo fora do lugar, mas então a caixa se abriu sozinha, porém não havia nada dentro dela.

Ele fez um expressão de frustração, quando de repente ele ouviu um riso sombrio atrás dele. Então ele se virou _

**********************

— Arg!

— O que foi?

— Minha cabeça doeu de repente. - eu não fiz nada.

— Você tá ficando esquisito...

— Eu estou b_ - de repente, ele mudou de expressão - O show não pode acontecer... Não pode! NÃO PODE!

Ele colocou as mãos sobre a cabeça em desespero. Sua memória foi apagada e ele lembrou de algo? A caixa tem a ver com algum monstro!

— Pare com isso! Você está me assustando! Relaxe no seu camarim, qualquer coisa! Você está ficando é louco!

O colega empurrou-o para dentro de uma das barracas e o deixou lá. O homem lá dentro balbuciou.

— Ele vai matar todo mundo... Ele só me deixou vivo para resevar isso para a hora do show... O show dele... Eu não devia ter aberto aquela caixa... Eu não devia...

Hum... Prevejo catástofres. Pode ser interessante ver o que ocorrerá. Depois de uns segundos, apenas falei para o "ser" que estava presente:

"A quanto tempo pretende ficar me observando?"

Ouvi um som de guisos e o encarei. Pude ver uns tentáculos negros com os tais guizos e uma mão negra com unhas afiadas da qual ele tocou a árvore a sua frente e revelou a face que me foi descrita. Sam realmente não sonhou...

— Devia ter previsto que iria me perceber....

" O que faz aqui?"— perguntei com frieza.

— Vai saber, ando por aí, pra cima e pra baixo a um bom tempo ♥ Huhu. Gosto da alegria contagiada pelo circo, apenas lamento que esse circo nessa noite será mais para um Circo dos Horrores do que algo para alegrar os que estarão aqui. Eu vi o que estava dentro da caixa. Assustador.

"Para mim parece que será interessante, ao contrário do que aparenta que será para você. Suponho que irá embora, pra variar."

— Doeu :( Bom... É...

Ele queria puxar assunto, mas desistiu. Não me importei, não queri falar com ele. Dei as costas e ficamos em silêncio. Depois de uns minutos, acabou eu quem tomou iniciativa. Era curiosidade:

" Sabe se alguém mais encontra-se... Assim?"

Ele voltou a sorrir, porém com um olhar triste. Irritante.

— Não sei se seria bom ou não dizer que sim, mas não sei.

" Tá. Eu só queria saber isso. Se não quer ver dor, sofrimento, medo, horror e sangue, melhor ir embora."

—Você mudou, ficou frio, mas, eu vi que ainda é gentil.

"Você também mudou, ficou indiferente, mas continua sendo um idiota."

— Vou considerar um elogio, Slendy! ♥ Mas falei sério, aquelas "crianças" gostam de você. Por que insiste em ficar sozinho?

" Vá embora."

— ..... Sei que é tarde pra isso e não mereço... Mas me desculpe.

Olhei para trás, mas ele não estava mais lá. Aquele idiota...

Em poucos minutos irá anoitecer, porém, o homem que abriu a caixa ainda estava paranóico. Minha culpa, por xeretar a mente dele e acabar acidentalmente o fazendo lembrar do que aconteceu quando ele abriu a caixa. Por garantia, apaguei da mente dele aquela lembrança e ele voltou a estar calmo. Quero ver o que irá acontecer.

A noite finalmente chegou e vários adultos e crianças estavam aqui. Pude reparar que eu não era o único esperando pra ver o caos acontecer, vi Smile Dog ao longe e assim que ele me avistou fez aquele sorriso bizarro. Faz anos que não o vejo.

Pude reparar uma criança olhando em minha direção. Não me incomodei em ficar "invisível", pois estava escuro e meu corpo esguio se misturava com as árvores, além disso, é provável que todos lá morrerão essa noite. Porém, parece que a criança me notou. Encarei o menino que não tinha nem sete anos e ele espressava medo. Não quero que ele comente a um adulto. É claro que ninguém sairá vivo hoje, mesmo assim, não estou com vontade de me aborrecer mais do que já estou.

Entrei na mente da criança e ele tossiu um pouco. Isso é mais fácil com animais... Ele no meio da multidão se "perdeu" da tia (ele só tinha o pai e este morreu na guerra) e seguiu em minha direção. Assim que chegou bem perto de mim tossiu mais ainda e desmaiou. O desmembrei em alguns pedaços e disse:

"Pare de fazer essa cara de cachorro pidão. Sei que você quer sem precisar ler sua mente."

Smile fez uma expressão feliz, correu em minha direção e comeu os pedaços da criança. Consegui facilmente saber que ele come carne humana em poucos segundos aqui e sem esforço. Minha telepatia está muito melhor que a última vez, tanto que nem precisei me esforçar para isso.

" Você está bem diferente da última vez, huhu. Não está nem com remorço de matar."— ele falou

"Todos morrem algum dia, bem que no caso, essa criança morreria hoje de qualquer maneira. Está aqui por causa do ser da caixa, certo?"

"Bingo! Ele fez uma certa bagunça por Londres, mas quando foi atrás de uma das vítimas, que pegou sua caixa, esta conseguiu prendê-lo lá dentro e quebrou a manivela. Ele já passou frustrações por ficar tempos dentro dela antes, agora de novo? Ele deve estar cheio de sede sangue, ha ha ha ha ha!"

"Além disso, devo desmembrar você por não dizer que não sou o único que é 'isso'."— falei me referindo à "coisa", tipo de monstro, que sou.

"Eu falei que minha maldição afeta não só quem me viu, mas seus filhos, netos e etc. E que ela pode variar de pessoa pra pessoa. No seu caso você virou um monstro, mas há membros de sua família que realmente estão mortos, ao exemplo de seu pai."

" E o meu irmão, vivo..."

"Guarda rancor?"

"A quanto tempo me observa?!"— mudei de assunto.

"Só olhava sua família de vez em quando pela curiosidade, só."

"E tem mais alguém?"

"Não sei e se soubesse não diria que sei. Preferiria deixar na surpresa."

Que "saudade" desse cachorro... Transportei-me para dentro da tenda do circo e fiquei observando o que aconteceria lá. Por uns minutos, tudo ocorria normalmente, até o momento em que o dono do circo conduziria mais um espetáculo.

— E agora, senhoras e senhores, traremos para vocês uma nova atração! - a voz dele saia meio estranha e ao mesmo tempo não tão alta e clara como antes - As luzes, por favor.

As luz cetral se apagou e ficaram apenas umas menores, porém, fracas. Surgiu uma especie de névoa cinza, algumas crianças menores estavam começando a sentir medo.

— Senhora e senhores, - Surgiu uma voz alta e clara, como se viesse de toda parte - meninos e meninas! Começará agora o MAIOR espetáculo dessa noite! Vocês irão se surprender, e gritar de emoção!

Começou a tocar num som alto de órgão a música "Pop! Goes The Weasel", de maneira lenta e grave. A luz central se acendeu e focou num ser que aparentava ser um palhaço de nariz pontudo e, ao invés de colorido, que seria o normal, suas roupas e maquiagem eram pretas e brancas. Um palhaço monocromático.

Este palhaço era algo que nunca vi coisa similar antes. Sua mente era impenetrável, como se ele fosse um objeto. Não consigo saber o que ele pensa ou suas emoções, sei que não me é possível aprofundar-me tanto na mente de monstros como consigo com humanos ou meros animais (por isso não consigo ficar "invisível" a eles, como foi no caso do Eyeless Jack), de qualquer modo, consigo no mínimo saber as emoções, os "gostos peculiares". Desse palhaço, não consigo nada.

Focando no que estava acontecendo, o palhaço olhou para o público e disse:

— Apresento-lhes a vocês, EU! Jack Risonho!! Huhu! Ora ora, agora posso ver, tem várias crianças aqui essa noite! Isso será divertido! Ha ha ha!

Era possível ver aqueles dentes afiados quando ele ria. Faz bem juz ao nome, "Risonho".

— Então, vamos começar a primeira parte do show! Algum voluntário?

Ninguém se moveu e certas crianças curiosas que pensaram em se volutariar foram impedidas pelos adultos.

— Ninguém? Há algo errado? Bem... Se niguém quer participar, não há problema. O show deve continuar, não é?

De repente uma enorme energia sombria rodeou o local. Os bancos em que todos estavam começaram a criar vida e coisas similares aos braços do próprio risonhos, mãos negras com braços listrados, seguraram todos os presentes. Começou a emanar medo e alguns gritaram de desespero. Ele mistura realidade com ilusão, interessante. Nem eu tenho tal nível de poder.

— Ha ha ha! Isso! Agora estão empolgados!

Algumas das pessoas foram apertadas mais forte, ecoando o som de ossos se quebrando e apavorando cada vez mais as que, por hora, não estava nada além de presas em seus lugares. E as pessoas que tiveram seus ossos quebrados logo em seguida suas cabeças foram arrancadas e vísseras eram tiradas pelos braços dos bancos. Pessoas gritavam tentando se soltar, temendo o pior, crianças choravam, mas nada adiantaria.

— Bem, bem. Esse número é o suficiente, não dá para fazer um belo "show de horrores" sem coisas assustadoras, não é? Huhu.

Jack Risonho aproximou-se da platéia e recebeu de um dos braços uma cabeça, de um homem. Ele inclusive disso "obrigado". Deus, esse palhaço é insano. Ele colocou a mão dentro da cabeça e começou a brincar com ela como se fosse um fantoche.

— Olá! Esse é o senhor Zerisvaldo. Sim, o nome dele é meio estranho, seus pais eram um tanto criativos ou tinham problema na cabeça, hu. Díga-me, senhor Zérisvaldo o que podemos fazer de interessante para as pessoas que não colaboraram ainda para o nosso show? "Os outros colaboraram?" - ele fez uma voz diferente para o "fantoche" - Ora, claro! Víceras e cabeças são importantes! E você está aqui acha por quê? "Não sei! Acho que perdi a cabeça nessa brincadeira" Piada ruim. Tente de novo!

Ele jogou a cabeça simulando o "grito" dela e esta voou em direção ás pessoas. Claro que teve gritos.

— Que chato... Estava pensando mil maneira de fazer um bom show quando estava preso naquela caixa... Talvez eu possa fazer cada uma com cada um de vocês, então todos poderão participar, não será divertido? Hu hu hu. A noite será longa! Dará tempo para todo mundo!

Nem as mortes que causei "naquela cidade", nem a Grande Guerra, nem nada que eu possa ter presenciado fez emanar tanto medo. Observei cada pessoa sendo morta pelo Jack Risonho. Todas lentamente, agonizando mais as outras do que as que estavam sendo torturadas, pela ansiedade e medo de o quanto iria sofrer quando chegasse sua vez.

A noite foi realmente longa, porém "interessante". Quando Risonho matou a última pessoa, após fazer "bichinhos de balão" com as tripas desta, ele falou em alto tom:

— E assim termina o show! Foi uma excelente noite, ha ha ha! Então? Não mereço uns aplausos?

Ele falou a última frase olhando em minha direção e na do Smile, que a um tempo estava perto de mim, já que onde estavamos no momento a visão era mais privelegiada.

" Eu até aplaudiria se pudesse, huhu!"— Simile falou enquanto abanava seu rabo.

— E quanto ao Sr. "Tallman", suponho que não seja de seu estilo.

"É Slenderman. De certa forma, chega a não ser. Não me empolgo com algo desde muito tempo."

— Bem frio... Interessante.

"O que exatamente você é?"

— Vai saber... Talvez uma entidade da sorte. Boa ou má sorte, depende do ponto de vista, huhu.

"Esse cão é da má sorte." — me referi ao Smile

"EI!"

"E estou mentindo?"

"Rancoroso..."

Risonho riu e disse "Frio, porém tem senso de humor, ha ha ha!" Apesar de que não disse aquilo por gracinha. Ele parou um pouco para catar uns olhos no chão que estava inteiros. Ele pretende fazer algo com os restos dos cadáveres?

— E o que estava fora da tenda? Seu amigo? - Ele perguntou a mim.

Perguntou de propósito! O único que estaria por perto para Jack perguntar dele tão naturalmente e ao mesmo tempo com intuito de provocar, deve ser meu irmão. Então ele não foi embora naquela hora...

"Não, não é."

— Entendi...

"O que está pensando?"

Por um segundo ele parou e parecia lembrar de algo, pois depois de uns dois segundos ele começou a rir. Que raiva não poder ler a mente dele...

— Deixa pra lá. Bem, o sol está vindo e a diversão acabou. Gostaria de ficar para conversar mais, mas tenho que ir.

Ele estalou um dos dedos e surgiu uma especie de neblina em volta dele e ele sumiu. Todo o cenário de terror aqui presente também sumiu. Como se tudo aqui não passasse de uma ilusão.

" Você ficou irritado, huhu."

"Tem um rio aqui perto. Ou você vai embora daqui, ou te transformo em isca de peixe."

"Foi bom te rever também. Até mais!"

Smile saiu correndo.

Então ele estava lá. Se ele tem os mesmos poderes mentais que eu, deve ter ficado para aliviar o medo das pessoas sendo mortas. Assim como fiz uma vez com... "Ela"...

Meu irmão é um idiota...

Sim, guardo rancor de você.


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Notas finais do capítulo

Hum... O que será que passou pela cabeça do Risonho? kkk Pobre Slender, dessa vez a telepatia o deixou na mão XD

Até mais, gente :3 Lembrem-se de comentar o/



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