Os Mortos Também Amam - Livro 2 escrita por Camila J Pereira


Capítulo 22
A História de Sebastian


Notas iniciais do capítulo

Prontas?
Ok...



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Sebastian seguiu para o colégio tentando bolar uma maneira de se aproximar da pequena geradora. Ela estava se revelando astuta e esquiva e a Rachel parecia ainda mais. Ela temia que algo ruim acontecesse, ele entendia aquele tipo de lealdade. Tinha o irmão ao lado para saber muito bem sobre isso.

Quão não foi a sua surpresa ao ver Bella parada diante de sua porta após o término da aula. Ele franziu o cenho em uma curiosidade divertida. Estava fácil demais o que podia significar algo não muito bom para os seus planos. Ele terminou de dispensar a turma e caminhou devagar em direção a ela.

– Bella Salvatore. – Ele cantarolou e ela olhou para os lados alarmada.

– Como você...? – Ela balançou a cabeça deixando aquilo para lá. – Sebastian, gostaria de conversar com você.

– Isso é uma surpresa, Bella. Adoraria conversar com você. Quando e onde? Levará algum guarda costas?

– Não seja tão desagradável. – Aquele comentário saiu sem que ela mesma percebesse.

– Sempre fala o que pensa? Talvez assim seja melhor já que você tem um tipo de bloqueio natural contra a telepatia.

– Continua sendo desagradável. – Neste momento ela falou realmente querendo e rolou os olhos entediada. – Mas respondendo ao seu questionamento anterior. Sim, pretendo levar alguém. Não porque temer você. – Deixou claro.

– Sei que não teme a mim, já que aparentemente enfrentou vampiros malignos sozinha.

– Você ainda nada rondando a mim e a minha família?

– Na verdade são eles que me rondam. Estão sempre querendo certificar-se de que estou bem longe de você. Eles têm dificuldades em se manter distante. E é bem justificável isso.

– Sebastian, não estou aqui para falar sobre eles. – Bella o cortou. Ela já notara que ele fazia aquele tipo de jogo, querendo pô-la contra sua família. Aquilo era um absurdo.

– Mas querida, eles foram até a rua onde mantenho residência e me vigiaram. Tentaram obter informações diretamente da minha mente. Isso é um pouco desleal. – Sebastian fez um biquinho e Bella fez uma careta de desagrado. Era mesmo um pouco desequilibrado.

– E você ficar me espreitando por aí não é? No parque, várias vezes aqui na escola. Você vem me cercando, manipulando as coisas. Você está aqui agora, a custo do que? O que fez com o professor? Ele tinha certa idade, mas parecia saudável e a Sarah parecia gostar das suas aulas. Afinal de contas ele dava aulas há muitos anos neste colégio. – Sebastian soltou o ar pela boca e parecia mesmo abalado com aquele discurso.

– Santo Deus! Você queima. – Bella se afastou dele, pois tinha se aproximado durante a sua manifestação de descontentamento. – Realmente queima, Isabella. Você me deixou sem ar.

– Não estou afim de brincadeiras.

– Não estou brincando. Aceito ter essa conversa, onde e quando deixo totalmente a sua escolha. E esperarei ansiosamente pelo momento.

– Enquanto isso fique longe de mim e da Rachel e claro, se quiser se alimentar faça isso fora desse colégio. – Falou autoritária.

– Eu beijaria seus pés agora, Bella. Realmente faria isso.

– Você me entendeu?

– Claramente. – Ele parecia mesmo louco. Bella se afastou, não sabia muito bem o que pensar depois daquele entusiasmo.

Para a surpresa de Bella, Sebastian pareceu respeitar o seu pedido. Ele não a procurou, nem a Rachel. Muito menos ela sentiu que estava sendo observada. Resolveu falar com ele novamente e marcar a conversa para dali a dois dias, quando ela saísse da escola. Tudo deveria ser bem planejado, porém uma pessoa deveria ser avisada: Damon. Ela não podia mais afastá-lo, nem queria que as omissões fizessem isso. Ela o queria ao seu lado, por isso ligou no seu horário livre.

– Como estão as coisas, amor?

– Bem, tudo bem. – Ela apressou-se a dizer. – Onde você está?

– Na sua casa nova. – Casa nova, quando isso iria parar?

– Nossa casa. – Ela ouviu a sua tia ao fundo corrigi-lo. Então ela sabia que não podia falar com ele naquele momento.

– Oi para todos. – Depois que todos responderam em uma confusão de palavras, ela continuou para ele. - Preciso falar com você. Pode fazer aquele truque de aparecer aqui?

– Aconteceu alguma coisa? – Era como estivesse vendo todos os olhares em Damon esperando a resposta dela.

– Não, coisas de namorados. Preciso que venha.

– Coisas de namorados? Eu sou novo nisso então me diga: Isso é algum código para dizer que estou encrencado? – Damon fingiu aflição.

– Talvez você fique se não vier. – Ele riu.

– Irei, é claro. E o Sebastian?

– Nada, está simplesmente na dele. – Um pequeno silêncio talvez de descrença.

– Sério?

– Sim. Precisarei desligar. Te espero mais tarde. – Bella não queria ter que mentir, por isso optou por desligar o mais breve possível o telefone.

Mesmo com o estado de espirito da Rachel sobre aquele assunto, ela contou para ela o que pretendia. A sua amiga quase surtou com a ideia da Bella conversar com o Sebastian, ela não entendia. No entanto, Bella tinha um pressentimento sobre aquela relação, ela poderia usá-lo de alguma forma para acabar com os Volturi.

Rachel estava muito agitada com aquele assunto e tinha trocado telefonemas com a Nina durante toda a semana. Bella não sabia a que conclusão haviam chegado ou se havia alguma, mas o fato era que Sebastian era uma incógnita e por isso era temido por Rachel.

Mais tarde Rachel dormiu e só então Bella deitou em sua cama, mas fez isso para esperar Damon. Perto de meia noite ele chegou silencioso.

– Oi. – Sussurrou ao seu lado. Damon estava agachado e acariciava os seus cabelos.

– Oi. – Ela o beijou.

– Então... Coisas de namorados?

– Damon, sente-se. – Ela pediu e ela mesma sentou para que ele fizesse o mesmo. – Preciso te falar algo que pensei. Sobre o Sebastian. – Ela verificou se ele a estava acompanhando.

– Estou ouvindo.

– Talvez nós possamos usá-lo para destruir os Volturi. – Ela começou. – Ele é filho do Marcus, isso pode fazer com que eles mesmos se destruam se eu tiver certeza de algumas coisas. E para ter essa certeza, eu preciso conversar com o Sebastian.

– Isso não é um pedido de conselho, não é? – Ela sabia que não seria tão fácil, mas ele era a sua chance. Damon precisava ficar ao seu lado. – Você já decidiu fazer isso.

– Já marquei com ele para a sexta depois das aulas. – Damon fechou os olhos brevemente.

– E já falou com ele mesmo com o meu pedido de não o fazer. – Ele completou como se Bella não houvesse falado nada.

– Veja a oportunidade.

– Não podemos confiar nesse hibrido. Você já deu uma boa olhada naquele cara? Mas é claro que deu. – Damon resmungou. – Bella, eu entendo que queira destruir os Volturi, até eu mesmo gostaria de arrancar as cabeças deles somente por tê-la ameaçado. Mas vamos pensar: Todos precisam de uma hierarquia. Se os Volturi sucumbirem, quem ficará no lugar deles? Porque por mais extraordinário que isso pareça ao sair dos meus lábios, precisamos de regras e de alguém que as faça ser respeitadas. E se não houver ninguém, como será?

– Carlisle. – O nome apenas saiu sem que ela pensasse muito sobre aquilo. Damon a olhou como se fosse a primeira vez. Ele estava surpreso. – Carlisle pode liderar, ele pode vir a se tornar da realeza vampiresca ao lado da Esme. Todos vocês, sim, claro. – Bella estava cada vez mais empolgada ao falar aquilo. – Vocês comandarão os vampiros.

– Você enlouqueceu. Nenhum deles aceitaria.

– Porque não? Diga-me porquê. Porque eles não topariam ou porque você não faria parte disso?

– Acredito que deva ouvir deles porque claramente você não me escuta.

– Claro que escuto.

– Não, você não escuta! – Damon se alterou falando um pouco mais alto do que os seus sussurros anteriores. Rachel remexeu-se na cama, mas não acordou. – Faz apenas aquilo que quer. E agora quer nos colocar no comando de todos os vampiros, quer destruir os Volturi antes disso. Não pensa mais em nada.

– Você está sendo injusto. Isso tudo é para ficarmos bem e juntos. Por vocês. – Bella levantou-se. Não suportava mais ficar tão quieta. Andou de um lado a outro, Damon estava refletindo sobre tudo. – Vocês são talentosos demais e tem seus códigos de honra. Ninguém ousaria nos separar.

– Parece que está decidido, não é? – Damon levantou-se e segurou a sua mão. – Você deveria ser a rainha de todos nós.

– Só se estivesse ao meu lado como o rei. – Damon sorriu triste.

– Ficarei ao seu lado nessa sua conversa com o Sebastian.

– Por isso te contei. – Bella respondeu dando de ombros.

– E por isso te apoiarei, porque enfim confiou em mim e para que não faça nada escondido. – Ele lhe deu um beijo na testa. – Vamos saber mais sobre esse hibrido. E pensar, Bella, eu disse pensar em seguir com a ideia da destruição dos Volturi.

– Damon...

– Precisamos de mais do que nós dois e esse hibrido para fazer qualquer coisa. Precisaremos convencê-los.

– Você convence a tia Helena, ela convence o Stefan. Eu convenço o Edward...

– Shiii... – Ao mencioná-lo, Damon sentiu o frio familiar no coração e a fez calar. – Venha, beije-me minha rainha dos vampiros. Minha rainha das sombras. A rainha dos condenados. Acredito que vi isso em algum lugar... sim um livro. – Ele parecia pensar. - Cai bem em você. Venha. – Sorrindo ela o fez.

Os dois entraram a madruga entre caricias contidas, até que Damon a deixou e o fez deixando-a esperançosa.

***

Estava tudo combinado. Damon ficou de pegá-la no colégio e de lá eles iriam ao encontro com o hibrido. Eles estavam adiantados, sentaram-se em uma mesa convenientemente escondida. Eles tinham que ficar em um ambiente movimentado por precaução, mas não poderiam se expor tanto.

– Então faremos isso. – Damon disse ao seu lado. Ele já havia pedido o seu whisky e Bella o acompanhava com o vinho. – Ficaremos diante desse hibrido obcecado por uma mãe morta e por você que é uma geradora como ela.

– Você está resmungando. – Bella falava como uma mãe ao filho. – Precisa ser mais positivo com isso. – Ele riu sem humor.

– Querida, eu estou aqui, isso por si só mostra que estou tentando. – Damon não disfarçava o seu mau humor.

– Eu pensei que você levaria todos a ruína quando entrou em nossas vidas a mais de um ano. Agora vejo que você se tornou muito mais parecido com meus tios do que o contrário. Damon, você se tornou um quadrado. – Ela acusou e bebericou seu vinho.

– E mais uma vez respondo que, só o fato de estar aqui demonstra como não sou quadrado.

– Estamos discutindo?

– Você está tentando? – Ele rebateu ela abriu a boca sem conseguir proferir qualquer coisa e decidiu beber mais. – Você me enfurece ainda. E fico com vontade de fazer amor.

– Vamos embora e faremos amor até não aguentar mais. Eu juro.

– Boa tentativa. –Ela piscou sorrindo.

– Bem, ali está o seu hibrido. – Damon sinalizou para ela ver que Sebastian se aproximava. Damon levantou-se em um reflexo de educação.

– Não se levante, Damon. Estou feliz que esteja aqui. – Sebastian estendeu a mão em cumprimento que Damon relutante retribuiu voltando a sentar ao lado de Bella. Sebastian acomodou-se olhando para os dois. - Olá, Bella. – Sebastian a cumprimentou com voz baixa e gentil.

– Olá, professor Sebastian. – Ele piscou para ela mantendo um sorriso divertido. Damon tentou não ligar para aquilo. Um garçom foi servir o Sebastian que parecia sempre muito bem-humorado. Aquilo contrastava com o estado de espirito de Damon.

– Sobre o que conversaremos? – Ele disse por fim já bebendo o seu drink.

– Marcus é o seu pai? – Bella decidiu ser direta. Não queria prolongar muito mais do que deveria aquela conversa que para Damon estava sendo pesarosa.

– Direta você. Talvez não haja mesmo motivos para não sermos. – Ele olhou curioso para Damon. – Imagino porque você o escolheu.

– Não ouse tentar ler a minha mente, da Vinci. – Damon cuspiu e Sebastian ergueu as sobrancelhas em espanto e depois riu. Aquilo deixou Damon sem paciência.

– Você é muito mais divertido. – Ele disse.

– Sebastian. – Bella o chamou a atenção. – Disse que conversaríamos, não estamos aqui para que faça as suas análises.

– Tudo bem. – Ele confirmou tentando parar de rir. – Eu sei, Isabella, sua mente é fechada para mim assim como é para o Edward Cullen, mas eu consigo ver o que quer. Você quer que eu conte a minha história, mas não pensa em contar a sua, não é? Você está curiosa, assim como estou com você, mas parece injusto que só eu fale.

– Eu não disse que seria justa. – A maneira dura que Bella falou fez com que Sebastian fechasse levemente os olhos em um olhar sexy e fizesse um biquinho enquanto exclamava em surpresa.

– Eu ainda beijarei seus pés como te disse. Ainda me ajoelharei diante de você e beijarei seus pequeninos e delicados pés. Como o Damon anda pensando em você... A rainha das sombras, a rainha dos condenados... Anne Rice, amante do mundo sobrenatural. Ela escreve sobre vampiros, foi de lá que tirou isso Damon.

– Seu bastardo! Fique longe da minha mente. – Damon ordenou irritado debruçando-se ameaçador para Sebastian.

– Você está muito confuso e temeroso, isso não está ajudando em seu autocontrole, por isso consigo ler você. – Sebastian não se abalou. - Eu consigo entrar na mente dos Cullen e dos Salvatore. O que eu vejo é temor na separação. E tudo por conta dos Volturi. – Ele falou o nome Volturi com desprezo. Bella ergueu uma sobrancelha captando a boa possibilidade de Sebastian realmente servir aos seus propósitos.

– Porque quer vingança contra os Volturi? – Bella tentou incentivá-lo a falar mais.

– Porque eles mataram alguém que eu amava. – Sebastian não parecia tão tranquilo naquele momento. Então aquele é o ponto fraco dele.

– A sua mãe. – Bella concluiu. – Você então é o filho da geradora de que todos falam. Da geradora que foi morta pelos Volturi para que não fossem gerados bebes meio humanos e meio vampiros. Mas então... O plano deles não deu certo. Aí está você. – Bella recostou-se na cadeira e cruzou os braços próximo ao corpo.

– Eu já havia nascido quando eles a destruíram. – O olhar de Sebastian pela primeira vez beirou a tristeza.

– Marcus sabe sobre você? – Sebastian recuou, desviou o olhar rapidamente, mas não deixou de responder.

– Sim.

– É claro que ele não entregaria o próprio filho para a corte em Volterra. O velho Marcus ainda tem um coração... Ele ama.

– Ama? – Sebastian riu amargurado. – Ele deixou que matassem a minha mãe.

– Mas escondeu você, ele fez uma escolha.

– O que você sabe sobre isso? – Ele foi ríspido pela primeira vez.

– Tem razão, desculpe. – Ela sentiu, pois parecia que aquilo o afetava negativamente. Sebastian pareceu surpreso pelo seu pedido de desculpas. Ela voltou a beber o vinho e pediu mais ao garçom. Sebastian apenas a observava enquanto isso.

– Você é realmente encantadora. Veja, sentirei prazer em esclarecer algumas coisas para você. – Ele pôs o cotovelo sobre a mesa e segurou o queixo com a mão em uma pose desleixada. – Minha mãe era uma geradora sim, e ela casou-se cedo com o pai do meu irmão. Ele foi acometido por uma doença e não sobreviveu. Anos mais tarde minha mãe teve a infelicidade de esbarrar com um vampiro. Ele ficou cada vez mais atraído e decidiu cortejá-la. E aqui há algo que você está familiarizada até demais. – Ele debochou, Bella não ligou. - Ele sabia de sua natureza. Os Volturi obtinham o conhecimento sobre um outro vampiro que engravidou uma humana e a matou com o bebe, com medo do que ele pudesse ser. A lenda se espalhou, e Marcus percebeu que estava diante de uma geradora, mas ele não se conteve. Eles souberam sobre ela, ele jurou se afastar ou eles a matariam. Marcus no entanto, a engravidou e a escondeu. Disse que ela havia ido embora, eles souberam. Exigiram que ele a levasse a julgamento, esperavam que ela morresse imediatamente. – Sebastian recostou-se.

– Foi aí que ele a matou? Marcus?

– Ele a matou. Estou errado em querer retaliação? – Ele perguntou sincero.

– De maneira nenhuma. – Bella falou firme e aquilo fez com que Damon ficasse ainda mais apreensivo. Sebastian sorriu.

– Juntos podemos conseguir destrona-los e destruí-los. Sozinho não conseguiria, tenho apenas meu amado irmão, Dom.

– Seu irmão era humano...

– Ah Bella, o amor faz com que tomemos decisões espantosas. Dom não quis que eu ficasse sozinho, ele logo soube sobre mim. Ele queria cuidar de mim então fez algo. Ele implorou para um vampiro torna-lo o que é. Ele diz que fez o que tinha que fazer.

– Mas quem o transformou?

– Marcus, meu irmão teve que implorar a Marcus para fazê-lo. – Sebastian falou com desprezo. Eu ainda não sabia...

– Não sabia...? – Bella ficou curiosa.

– Você é incansável. – Ele bateu na mesa com os dedos levemente. – Está arranco muito mais do que pretendia falar.

– O que você não sabia? – Bella insistiu.

– Que eu poderia fazer a transformação se eu quisesse.

– Você pode? – Bella viu com a sua visão periférica que Damon também foi pego de surpresa. – O que mais pode fazer além da leitura de mentes e ser capaz de transformar outros em vampiros?

– Acho que por hoje já chega. – Ele disse. – Porque não fala sobre você? Consegui coletar algumas informações através das mentes de sua família, mas gostaria de saber de você, dos seus lábios. Não seja injusta.

– Bella você não precisa. – Damon a lembrou.

– Eu sei. – Bella sabia que podia calar-se, ele não a estava pressionando. Na verdade, Sebastian tinha sido bastante solicito apesar de suas maneiras duvidosas. – Meus pais morreram quando eu era ainda bebe, acidente de carro.

– Eu lamento. – Sebastian estava atento ao que ela dizia.

– Desde então fui acolhida pelos meus tios. Helena era a irmã da minha mãe. Enfim, tive uma vida um pouco movimentada pelas constantes mudanças. Evitávamos ficar num mesmo local por muito tempo, para que outros vampiros não descobrissem que meus tios tinham em sua custódia uma humana que sabia de sua natureza. Mas apesar disso, minha vida foi normal. Sou uma garota norma. – Damon balançou a cabeça e riu silencioso enquanto bebia seu whisky.

– Damon discorda. – Sebastian falou. – E eu também. Não está sendo sincera comigo, Isabella. Eu vi alguns lampejos nas mentes de sua família, já te disse. E posso ver cada vez que estamos juntos o quanto você é diferente. Diferente, talvez mesmo para o padrão geradora. Consegue compreender?

– Na verdade não sei como seria tão diferente.

– É inacreditável como não consegue enxergar a si mesma. Você sempre foi inquieta, sempre quis mais. Você enfrentou o tão vampiro sozinha e depois foi até a Mansão Volturi e os desafiou e manipulou. Você os enganou. Você é de quem eu preciso. E eu sou aquele que você precisa. Vamos nos ajudar, vamos destruir aquela realeza.

– É melhor você baixar a sua bola. – Damon se interpôs. – Bella, há mais alguma coisa que queira falar com esse sujeito agora? Ainda precisamos pensar sobre isso. Você tem que me ouvir. – A maneira suplicante que Damon se dirigia a ela, fez com que Bella despertasse dos seus devaneios.

– Sim, Damon.

– Você sabe que juntos conseguiremos. – Sebastian ainda falou.

– Obrigada por ter dito tudo isso. – Bella agradeceu.

– Pense bem. – Ele pediu.

Damon levantou-se e deixou algumas notas sobre a mesa. Era mais do que suficiente para pagar as bebidas. Sebastian e Bella se olhavam mutuamente, cada um imaginando o potencial do outro. Damon a pegou pela mão e a levou para fora. Ele parecia preocupado, mas não falaram nada até entrarem no taxi.

– Eu sei que está decidida, mas ainda temos que falar para eles. Eu não sei como isso poderia dar certo... Bella, isso pode destruir a todos e ainda repito que esse cara não é confiável.

– Eu sei que ele não é, mas eu também posso não ser... Pelo menos para ele. Não estou iludida, Damon.


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