Os Mortos Também Amam - Livro 2 escrita por Camila J Pereira


Capítulo 18
Museu


Notas iniciais do capítulo

Mais Bella, mais Damon, mais Sebastian Bellamy... Opa, peraí! Sebastian Bellamy?
Quem imagina o que ele seja?



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Rachel estranhamente tagarelava ao lado de Bella enquanto se arrumavam logo cedo para irem a visita ao Museu de Arte de Phonix. Os alunos deveriam ir devidamente fardados e elas estavam quase prontas. Bella estava sentada em sua cama com os sapatos ao lado dos seus pés. Ela olhou para Rachel com as sobrancelhas unidas.

Seus pensamentos estavam conturbados depois do final e semana com os tios e o namorado. Eles haviam se entendido, mesmo Bella ainda ser contra por motivos da segurança deles. Todos os três haviam permanecido na cidade. Mesmo sendo uma cidade de clima terrível para eles, já que o sol era nocivo para os vampiros. E ela havia falado com os Cullen rapidamente na viva voz foi uma confusão de choros e exaltação de saudades, mas eles pareciam tê-la perdoado pelo o que fez.

Havia Damon e o seu pedido, ele tinha ficado chateado após o seu surto diante do pedido dele. Ela achava que foi normal ter reagido daquela forma, ela só tinha 16 anos, era muito jovem para casamento. O que Damon queria era vigiá-la. E além de tudo aquilo, ainda havia o fato dela sentir-se cada vez mais incomodada com a possível ideia que alguém estar a vigiando.

– Ok, eu sei que estou um tanto tagarela hoje, mas é que você anda muito calada ultimamente e isso esta me deixando nervosa.

– Não consigo evitar. – Bella suspirou. Muitas coisas passavam pela cabeça dela o que a tornava introspectiva. Seus tios e Damon continuavam na cidade. Ela temia, embora adorasse o fato deles estarem próximos.

– Olha só, é disto que estou falando. – Rachel apontou para ela mostrando que ela ficara calada novamente. Bella sentou-se na cama para calçar seu all star. Como ela poderia estar de outra maneira? – Você disse que o reencontro com a sua família foi perfeito, mas está chateada.

– Não estou chateada, estou preocupada.

– O fato deles permanecerem aqui, eu saquei. Mas Bella, deve aproveitar a presença deles. E vocês passaram um ótimo fim de semana, além do reencontro ainda teve a sessão passeios.

– Desculpa, Rachel. – Ela abraçou a amiga. – Sim, estou bem chata esses dias. Preocupada com o fato dos Volturi poderem saber que eu não morri. E... Aconteceu uma coisa. – Rachel olhou atenta para ela. – Damon expressou a sua vontade de...

– De...? – Rachel ficou curiosa.

– Casar comigo. – Rachel deu um grito alegre.

– Sério? Ele é desses?

– Eu não sabia que ele era desses caras. Para mim, Damon era um sedutor, um pegador. Sim, ele mudou muito, mas ainda assim não sabia que era o estilo dele. E você precisava ver como ele defendeu o seu ponto de vista dizendo que na época dele as cosias eram assim. Eu acho que gritei de pavor.

– Você gritou de pavor?

– Sim. Ele ficou irritado. Quando fui ver, eu estava no corredor do hotel de robe e ele tentando me acalmar e tentando me fazer voltar para o quarto dele. E eu tive que me vestir e voltar para o quarto dos meus tios depois de tudo.

– Espera aí, menina levada! Você estava apenas de robe no quarto dele?

– Rachel...

– Você tem que me contar. Já fizeram amor? – Ela perguntou baixo.

– Sim. – Bella admitiu. – Meus tios ainda não sabem. Porque, você ainda é virgem?

– Na verdade não sou. Mas continue contando a história.

– Bem, depois daquilo ele disse que era para apenas eu aceitar e eu falando sobre a minha idade. Ele me disse que não era eu quem dizia sempre que já tinha 16? Acredita? 16! Quem se casa aos 16?

– Há Bella, muita gente. – Rachel respondeu. – E talvez você devesse considerar esse pedido romântico dele.

– Ele quer tentar me controlar. Me manter sob a vigília dele. Eu disse isso a ele e ele simplesmente falou que isso também.

– Não pira, Bella. Não precisa se casar se não quiser, mas foi ótimo que ele pediu. – Bella suspirou.

– Há mais coisa. Faz um tempo que penso que estou sendo vigiada aqui na escola. É uma sensação tão forte que não consigo ignorar. Isso vem acontecendo antes mesmo dos meus tios chegarem. Estou achando que não é simplesmente coisa da minha cabeça.

– Tem certeza? – Bella afirmou. – Teremos que conversar sobre isso. Mas agora temos que ir ou nos atrasaremos.

Bella respirou fundo, pegou sua bolsa e caminhou o mais rápido que pôde até o estacionamento onde o ônibus esperava os alunos ao lado de sua amiga. Alguns inspetores estavam do lado de fora, mas todos os alunos estavam já acomodados dentro dos ônibus.

– Quase atrasada Srtª Forastiere e Srtª Black. – Diana as repreendeu quando passaram por ela.

– Desculpe-nos Stª Lopez. – Disse Bella e elas entraram apressadamente no ônibus que começou a mover-se. Bella deu de cara com Jacob sentado logo na frente, Jeremy falou algo com ele que ele assentiu olhando ameaçadoramente para Bella. Bem, Bella aprendeu a não ter medo de cara feia, ela apenas ignorou e seguiu seu caminho.

Bella ficou extremamente encantada com o Museu de Arte de Phonix. Era imenso e a sua construção era muito elegante. Ela sempre havia vivido em cidades pequenas, ali era a maior que já havia vivido e quando via coisas como aquela tinha cada vez mais certeza de que fizera uma boa escolha mudando-se de Forks. Imaginou o que os tios e o Damon estariam fazendo naquele momento.

Logo no inicio os alunos foram recepcionados e apresentados ao guia e instrutor do museu que os acompanhou e falou sobre as obras e seus artistas. O museu era imenso e outros grupos de alunos estavam também por ali e muitas outras pessoas por conta própria visitavam-no.

Lá havia obras de artistas de todo o mundo, era uma grande concentração de beleza, cultura e sensibilidade que deixaram Bella estupefata. Famosas exposições estavam acontecendo e o guia falava sobre elas enquanto os alunos ouviam e admiravam.

O grupo que acompanhava Bella foi adiante, mas ela caminhava lentamente olhando os quadros expostos. Bella girou seu corpo para ver o outro lado do museu quando viu escrito com as mesmas letras que já tinha visto antes o nome: Sebastian Bellamy. Seus olhos agora confusos desceram até o homem que estava parado olhando para ela embaixo do nome. Sebastian sorria misteriosamente para Bella, seus olhos pareciam divertidos ao vê-la ali, era como se soubesse algo que ela não sabia e rejubilava-se por isso. Ele usava um terno escuro, com uma camisa azul escura por baixo, e suas mãos estavam escondidas dentro dos bolsos.

Bella viu o guia com o seu grupo indo em direção a ele. Eles se cumprimentaram. Bella ouviu Sebastian se apresentar a todos. Ela ainda não podia acreditar que ele estava ali que havia se encontrado novamente com o artista misterioso. Parecia coincidência demais. Aquilo não era nada bom, ela conseguia sentir.

– Bella, isso é estranho. É aquele cara de novo. – Rachel tinha aparecido ao seu lado e resmungava.

– Temos que ficar perto do grupo. Não acontecerá nada. – Bella respondeu momentos depois. Sebastian olhou rapidamente para ela e então continuou mostrando as suas obras para os alunos, as garotas pareciam derretidas.

– Nem pensar, você viu como ele olhou pra você agora? Vamos esperar os outros mais adiante. – Rachel pegou o cotovelo de Bella e a arrastou.

Enquanto era arrastada Bella olhou para uma escultura, era um homem debruçado sobre uma mulher que parecia deleitar-se, aquela posição parecia conhecida a ela. O homem mantinha a cabeça escondida entre o pescoço da mulher. Sim...aquilo a lembrava de algo...era a sim que achava que ela e Damon ficavam quando ele tomava de seu sangue coisa que não pôde acontecer da última vez. Bella sem querer olhou para Sebastian que novamente a encarava com seu olhar perscrutador. Assustou-se com a força que sentiu emanar dele para ela. Desviou o olhar e seguiu com Rachel para longe.

Depois de verem algumas outras obras os alunos foram comer qualquer coisa antes da palestra que assistiriam. Bella ficou o tempo todo pensando na sensação que sentiu ao olhar para os olhos de Sebastian...aqueles olhos novamente a inquietaram. Foram para o grande salão onde aconteceria a palestra. Bella e Rachel não poderiam ficar mais horrorizadas ao verem que era ele quem palestraria. Sebastian falou sobre a história do museu. Bella achou que ele tinha muito conhecimento sobre arte e que a sua palestra foi bem interessante, mesmo depois de ter passado um momento estranho com ele anteriormente.

– Preciso muito ir ao banheiro. – Rachel falou baixinho ao seu lado.

– Tudo bem. – Bella respondeu.

– Você me espera aqui mesmo se acabar.

– Certo. – Bella falou e Rachel saiu de fininho e logo em seguida Sebastian finalizou a palestra.

Bella decidiu esperar as pessoas saírem para ir depois mais tranquilamente o que daria tempo também para Rachel chegar. Depois dali eles iriam para outro salão assistir a um filme. Bella viu que Sebastian falava com algumas pessoas e se encaminhava em sua direção. Ela colocou a mão na testa meio que disfarçando para que ele não a visse, mas parece que foi um ato inútil.

– Olá, Bella. – Sebastian falou parado a sua frente. Bella olhou para ele e forçou um sorriso levantando-se.

– Olá.

– É tão bom revê-la. Mas parece que não sente o mesmo. Nem ao menos foi me cumprimentar quando o seu grupo foi até a minha exposição.

Uma figura escondia-se no mezanino do auditório e ouvia a conversa dos dois nada satisfeito.

– Ah...desculpe-me, a minha amiga queria ir a outro lugar. – Mentiu descaradamente. – Mas é mesmo uma coincidência nos encontramos novamente e aqui. – Ele riu.

– Na verdade eu trabalho aqui. Faço parte da administração do museu.

– E é palestrante e também um artista. – Bella ficou impressionada.

– De tudo um pouco, posso dizer. Gostou da palestra ou achou entediante?

– Não foi entediante, achei tudo o que disse interessante e muito informativo. E você mantém a palestra leve com seu jeito de falar.

– Nossa, muito obrigado. – Ele sorriu. - E você estuda no College Disciplinary MacCall e é amiga da filha da diretora. – Bella se permitiu ficar em suspense aquele momento depois de ouvir aquilo. Ela deu um passo para trás pronta para qualquer coisa aquela altura.

A pessoa escondida que ouvia a conversa serrou os pulsos odiando tudo o que escutava e todas as outras informações ao mesmo tempo em que se sentia confuso. Tinha que mantê-lo longe dela.

– Como sabe que Rachel é filha da diretora?

– Bem...a diretora Sarah Black falou comigo para acertamos a vinda de vocês e ela me falou que a filha viria também e me lembro que Rachel falou o seu sobrenome, Black. Apenas somei dois mais dois. – Falou despretensiosamente, mas pareceu meio forçado para ela.

– É, foi uma boa dedução, mas se não se importa tenho que ir achar a Rachel e o meu grupo também já está indo.

– Espere um pouco. – Ele como da primeira vez impediu a sua passagem. – Fiz algo que a desagradou?

– Ah, não, claro que não. – Ficou desajeitada.

O misterioso escondido tinha que se controlar, quase saíra do esconderijo para arrancá-lo do caminho dela.

– Penso que sempre quer fugir da minha presença.

– É impressão sua, apenas...tenho que ir. – Ele a analisou mais uma vez e uma ruga apareceu entre seus olhos, era como se estivesse pensando em algo muito sério. Ele pareceu um tanto desapontado. – Com licença. – Ela o despertou de seus pensamentos e tentou passar por ele, mas ele continuou imóvel.

– Espero vê-la novamente. – Disse e depois deu espaço para que ela passasse. Foi então que sentiu um cheiro estranho e olhou em direção ao mezanino, mas não havia mas ninguém ali.

O coração de Bella estava dando pulos quando alcançou a parte externa do salão. Sebastian era um homem misterioso e intrigante, mas mais do que isso ele era sombrio e parecia mesmo não ser a melhor pessoa para se confiar. Além do mais era muito estranho aquele modo que se reencontraram ali e o jeito como parecia saber das coisas, como por exemplo saber que Rachel era filha da diretora, era como se ele soubesse algo mais.

E aqueles olhos que pareciam querer entrar e pegar uma parte dela. Ele não parecia mesmo um humano normal. Mas o que ele era então? Porque achava que ele era um vampiro se lembrava-se da temperatura da mão dele? Ele era quente, diferente de seus tios e dos Cullen. Rachel meio que se fez aparecer em sua frente, ela não saberia dizer já que estava imersa em seus pensamentos e questionamentos. Seus pensamentos foram interrompidos quando

– O que foi? – Rachel percebeu que ela não estava bem.

– Sebastian veio falar comigo e ele me deixou impressionada. Eu não sei...

– Bella, não deve dar atenção a esse cara. Com certeza ele não é normal. – Rachel garantiu.

– Talvez eu seja mesmo um imã para o sobrenatural e me pergunto como faço para me curar disso? – Rachel deu de ombros sem saber responder. - Ele trabalha aqui, na administração. E não fique assustada, mas ele falou com Sarah e sabe que você é filha dela.

– Sério?!

– Talvez seja bom falarmos dele para a minha avó. – Rachel considerou.

– Mas talvez não seja nada, Rachel, iriamos preocupa-la à toa.

– Tem razão. Podemos esquecer isso por enquanto e ir assistir ao filme com o resto do pessoal.

– Sim, claro. - Bella mesmo um tanto apreensiva foi com Rachel até o salão de filmes. Elas não voltaram a ver Sebastian, no que agradeceram muito.

No final das atividades, todos iam para saída do museu direto para os ônibus, quando Bella foi puxada por uma mão forte e arrastada por um estreito corredor escuro.

– Damon! – Ela surpreendeu-se e ele a beijou.

– Estive louco, tenho saudades. – Ele a beijou novamente.

– Bella? – Rachel tinha notado o desaparecimento de Bella e ido atrás dela. Damon afastou-se de Bella.

– Oi Rachel. Este é Damon, Damon está é a Rachel. – Bella os apresentou.

– Olá. – Rachel olhou para Damon visivelmente encantada com a sua beleza.

– Pocahontas, como vai?

– Não ligue para ele, sempre coloca apelidos nas pessoas.

– Eu gosto de Pocahontas. – Ela não se importou. – Te esperarei adiante, mas não demore muito, os ônibus estão esperando. – Rachel se afastou para dar privacidade a amiga.

– Quero que faça uma coisa para mim. – Damon voltou a falar sério para ela. – Fique longe desse Da Vinci.

– Não é como se eu quisesse ficar perto dele, só acontece. Mas o que você sabe?

– Ainda não sei muito, Bella. Saberei em breve, mas enquanto isso, fique longe. – Ele avisou novamente.

– Não se meta em encrencas. – Ela quase ordenou.

– Falou a garota que quer destruir os Volturi. – Ele a beijou novamente. – Você fica muito sexy com essa roupa colegial. De repente eu posso fazer uma visitinha em seu colégio. Talvez você me mostre o que tem debaixo dessa saia.

– Você sabe o que tem debaixo dessa saia. – Ela o beijou rapidamente. – Tenho que ir. – Ela se afastou e se encontrou com a Rachel na saída.

– Ele é um gato! – Rachel aprovou e elas foram sorridentes para o ônibus.

***

Damon após ver o ônibus em que Bella estava seguir viagem, encaminhou-se sem avisar para o escritório de Sebastian e o surpreendeu. Sebastian olhou para o visitante com surpresa e curiosidade.

– Em que posso ajudá-lo?

– Qual o seu interesse em Isabella? – Perguntou sem preâmbulos. Sebastian se recostou em sua cadeira impressionado com aquela atitude.

– Invadiu o meu escritório para me fazer uma pergunta tão sem sentido?

– Acho que faz muito sentido para você. Você a cerca. – Aquilo fez com que risse.

– Está por acaso me vigiando? – Ele olhou para o visitante com uma expressão de revelação. – Ah sim, você não me vigia, você a vigia. Tipo um anjo protetor? – O homem em longos passos alcançou a base da mesa encarando-o. – Ou um namorado muito ciumento?

– Fique longe dela. – Disse ameaçador.

– Ora, ora, ora. Antes de me mandar fazer alguma coisa, porque não se identifica e diz o que é da garota Isabella?

Ele tentou se controlar, pois já sabia qual o interesse que Sebastian possuía com relação a Bella.

– Não me venha com balelas, cara. O que você é? – Sebastian estava adorando aquele confronto. A quanto tempo não tinha experiência semelhante?

– Sou o que chamam de ‘artista’. E quero que saia da minha sala ou terei que chamar os seguranças. – Damon sorriu de lado.

– Seria divertido. – Sebastian enfim ergue-se da cadeira e ele era mais ou menos da mesma altura de Damon.

– Você a ama tanto, mas ainda tem medo que ela deixe de amá-lo. Existem muitas possibilidades para ela, não é? E a sua única salvação é ela. – Damon percebeu que ele estava coletando informações de sua mente.

– Telepata? Isso não é novidade. – Sebastian deu de ombros.

– Vá embora.

– Será um prazer, mas não faça com que tenhamos outra conversa.


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