As Relíquias de Hogwarts escrita por Srta Malfoy


Capítulo 12
Capítulo 11 - O castelo das proteções prt. 2


Notas iniciais do capítulo

Após quatro anos a saga continua...

Com reescrita, um olhar maduro e muito amor ao mundo de Harry Potter ♥



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Harry e Draco se entreolharam ao observar que havia seis guarda-caças há alguns metros, estavam em posição militar observando tudo só com o olhar. Sem cabelos a mostras e usando casacos pesados, parecia até que a neve os congelou ali como soldadinhos em um globo de neve, mas diferente dos enfeites de Natal, eles pareciam ser um milhão de vezes mais perigosos, fazendo com que Draco e Harry já estivessem pensando em qual feitiço usar para tentar abater os guardas.  Claro que deveriam fazer tudo sorrateiramente, pois os homens eram profissionais e eles só adolescentes motivados.

Anabel parecia ter pensado detalhadamente em tudo ao os levar ali, pois na grossa árvore em que se escondiam dava para ter uma boa visão dos guardas, era um ótimo lugar para atacar sem ser visto. Além de que, ela havia levado em consideração as fraquezas dos dois, e planejado um ataque que em teoria sairia eficaz. Então quando os guardas deram a quinta marcha de meia hora, foi criada a oportunidade perfeita, e Draco sabendo da deixa preparou sua varinha junto a Harry.

— Estupore! – gritou Draco pronunciando repetidamente, enquanto atingia os que estavam de frente a eles. Dois ficaram inconscientes.

— Immobilus! – seguiu Harry logo atrás, preferindo usar um feitiço com menos danos fatais, pois esse era seu jeito. E apesar de tudo, ele também conseguiu imobilizar um dos guardas.

Porém o menino não era tão rápido e voraz quanto Draco, dessa maneira acabou recebendo um Expelliarmus, e sua varinha rolou há alguns metros. O papel de Castiel era intrometer-se na luta se as coisas ficassem ruins, e agora que havia três guardas e somente Draco para se defender, o moreno sacou sua varinha – que havia ganhado de Dumbledore na primeira semana em Hogwarts – e lançou o único feitiço que aprendeu com maestria.

— Estupefata! – gritou quase atrapalhado, mas mesmo assim fez um dos guardas voar em direção à parede de pedra causando um desmaio no mesmo tempo.

A ligeira confusão que se criou com a chegada dos meninos estava agora quase acabando, pois Harry havia recuperado sua varinha e já se posicionava ao lado dos amigos lançando feitiços de proteção contra os dois guardas que revidavam feitiços com muita intensidade. Os dois meninos eram jovens, porém muito habilidosos e encaravam a batalha quase no mesmo nível. Harry vendo vantagem no número, lançou novamente o feitiço Immobilus, pois ainda não queria causar danos graves aos guardas.

Porém, o que o jovem não esperava é que mais outro guarda surgisse, e desprevenido, Harry recebeu o feitiço Bombarda, fazendo com que fosse jogado a metros de distancia inconsciente. Com Harry fora de cena, Draco e Castiel se viram em desvantagem diante dos três guardas poderosos, eles se aproximaram um do outro e os guardas inexpressíveis prepararam suas varinhas e deram passos vagarosos se aproximando dos meninos. E meio ao caos, Draco pensou que os guardas não tinham ordens para matar invasores, pois ao contrário eles já teriam rapidamente acabado com eles, afinal era uma luta de três contra um, sendo que Castiel aparentava saber somente um feitiço.

Draco ofegava e a cada passo dos guardas, ele dava um para trás, mas sabia que não tinha muitas chances de fuga. Desta forma, colocou sua mente para pensar, olhou ao redor, para além dos guardas e viu somente a porta de madeira que os guardas protegiam e um volume imenso de neve a sua volta. Foi quando teve uma ideia, podia não ser a das melhores, mas pelo menos lhes dariam vantagem em sua fuga.

—Engorgio – Pronunciou quase inaudível, movendo sua varinha o mais sútil possível. E antes que os guardas se dessem conta, um barulho de algo crescendo foi ouvido e a neve que antes estava longe deles, agora caia em cima dos guardas com muita intensidade. – Glacius – Agora a voz de Draco era mais intensa e audível. Assim que proferiu as palavras, a neve envolta dos guardas foi quase que rapidamente congelando.

Mas não rápido o suficiente.

Antes que a neve congelada os prendesse por completo, o terceiro guarda que estava mais afastado se desprendeu e rapidamente proferiu.

— Estupefata!

E Draco foi arremessado na árvore que estava perto, e sua varinha caiu fora do seu alcance. Neste momento, percebendo que não iria conseguir reagir a tempo, Draco somente olhou para Castiel e o guarda que estavam em sua frente, agora só pensando no possível fim que o moreno teria, e logo mais, no seu fim. O plano já era...

Mas por algum motivo o guarda parou de se aproximar de Castiel, Draco não conseguia ver se o menino reagira de alguma forma, pois estava de costas para ele. Mas de alguma forma, Castiel conseguiu fazer o guarda parar, só não entendeu como e o que havia acontecido. O guarda agora, não mais paralisado, largou sua varinha no chão e pôs as duas mãos na garganta, o rosto ficando roxo. Que feitiço seria aquele? Pensou Draco. E então o homem vomitou, uma coisa grudenta e verde saia de sua boca.

Querendo não ver mais aquela ação nojenta, Draco saiu do transe e pensou ser a oportunidade perfeita para revidar, levantou com dificuldade, limpando a boca suja de sangue e foi até sua varinha. A apanhou e conjurou o que suplicava ser o último feitiço daquela tarde.

Immobilus – proferiu. E o homem caiu para trás, com o que agora se revelou serem lesmas em sua boca.

— O feitiço Cara de lesma, isto é sério? – perguntou um Draco com um tom indignado na voz, mas por trás ele sabia que estava aliviado pela batalha terminar.

Castiel que ainda estava sem reação somente proferiu:

— Foi somente isso que consegui pensar...

Terminada a batalha Draco e Castiel ofegavam por terem lançado muitos feitiços defensivos, mas sabiam que não poderiam parar, foram atrás de um Harry não mais inconsciente. Os três se encontraram, e após Draco contar de seu jeito zombeteiro como Castiel conseguiu revidar um dos guardas, os três deram um longo suspiro e se prepararam para a segunda parte do plano diabólico de Anabel.

(..)

— Você está bem? – perguntou Gina novamente para Castiel.

— Estou perfeitamente bem – respondeu pela terceira vez, só que agora dando um sorriso divertido. Apesar de tudo, Castiel não pode negar que estava feliz por ver a preocupação estampada nos olhos de Gina.

Após terem duelado com os guardas eles conseguiram passar pelo portão menor do imenso muro que protegia o castelo, e logo se direcionaram para a parte leste do local, este que Anabel afirmou ser o lugar com menos defesas comparáveis as outras alas.

Ao adentrar, eles perceberam quase que claramente que o castelo era menor que Hogwarts, seus muros de pedras eram enormes em algumas partes – principalmente na entrada. E pelo o que puderam enxergar, havia Trolls defendendo a entrada e guarda-caças protegendo as partes que seriam menos prováveis alguém andar. Anabel havia falado que se conseguissem adentrar o castelo ela saberia onde encontrar o velho Mujim. Desta forma, a equipe se dividiu, Rony, Gina e Hermione ficariam ali aguardando na porta, foram incumbidos de avisar, e se possível, atrasar algum possível guarda que fosse para aquele lado. Já o outro grupo, se direcionou diretamente para porta pequena e cheia de neve que se encontrava naquele lado, pois eram eles que seguiriam junto a Anabel.

 Harry foi o primeiro a tentar algo na porta, e por mais que fosse óbvio, tentou usar o feitiço Alohomora, mas sem qualquer sucesso.

— O que vamos fazer? – perguntou Rony, olhando desanimado para a porta trancada.

— Não acredito que gastei minhas energias em um duelo para ser parado por uma maldita porta! – irritou-se Draco.

— Calma pessoal, temos que pensar – disse Hermione.

— Isso eu deixo com vocês! – disse Draco virando as costas para o grupo e olhando diretamente para frente, decidindo vigiar o local.

— Eu li em algum lugar... que as portas de Durmstrang são protegidas de qualquer feitiço. - disse Hermione se esforçando para lembrar-se de algo.

— É claro! Ela é somente protegida contra feitiços, mas se nós mesmos tentarmos abrir a porta sem magia, quem sabe ela abra. – disse Gina entusiasmada por ter uma ideia.

— Ah, você sugere que usemos um grampo na fechadura? – disse Harry rindo da ideia.

— E porque Diabos um grampo irá abrir uma porta? – perguntou Anabel indignada.

Harry começou uma risada abafada, e dessa vez Hermione, Gina e Rony o acompanharam, deixando uma Anabel irritada e um Castiel confuso. Os quatro sabiam que os trouxas tinham esse costume, pelo menos nos filmes, de usar grampos de cabelo para abrir portas que não tinham a chave. Gina e Rony ouviram essas histórias de seu pai, e após a confirmação de Harry, este pequeno fato se tornou engraçado para eles.

— Não é nada, Harry está apenas brincando – disse Hermione encerrando as risadas.

— Precisamos de algo útil. Desculpe Harry, mas essa ideia está fora de questão – disse Anabel tentando ser simpática com Harry.

— Que tal nós somente arrombarmos a porta? – sugeriu Castiel incerto.

— Fique à vontade – proferiu Gina.

— Que idiotice – proferiu Draco, mas não deu indícios de que não iria fazer.

Sem saber exatamente o que fazer o grupo se dividiu em duplas, para que cada uma fosse correndo e empurrasse a porta com força, era uma ideia estupida e eles poderiam se machucar, porém, de qualquer forma, ninguém sugeriu algo mais sábio, nem mesmo Hermione. E assim, primeiro Anabel e Castiel foram correndo ao mesmo tempo batendo com tudo na porta, e por mais contraditório que parecesse, a porta pareceu ser mais frágil do que aparentava. Ela tremeu como se fosse ceder, e neve caiu para todo o lado.

Trocando olhares, a próxima dupla Harry e Draco se prepararam e correram ao mesmo tempo. Assim que foram de encontro a porta, a madeira cedeu, e os dois meninos caíram junto com a porta sobre o chão.

— Se alguém rir eu juro que lanço a pior Azaração que existe em vocês! – bravejou Draco tentando, sem sucesso, levantar de cima da porta. Todo seu corpo doía e ele mal conseguia respirar, mas pelo menos – pensou - a porta havia sido aberta.

— Anda logo, nós conseguimos entrar agora precisamos ir até a sala do velho. – disse Anabel apressando os meninos.

— Eu machuquei meu precioso corpo, preciso de um momento para me recuperar, okay? – disse Draco autoritário, já se levantando do chão.

Anabel que estava ajudando Harry a levantar revirou os olhos suspirando fundo para não bater em Draco. Harry agradeceu a menina e começou uma conversa com ela para que não houvesse nenhuma briga. Gina e Castiel que observavam a cena, deram risadas abafadas do desastroso grupo que eles eram.

— Muito bem... Nós estamos no primeiro andar, o mesmo andar da sala do Mujim. Agora, quero que vocês fiquem aqui e esperem até eu voltar – pediu Anabel.

— E porque nós temos que esperar? – perguntou Harry.

— É! Depois de termos feito o trabalho pesado, você acha mesmo que vamos ficar aqui? – perguntou Draco irritadiço.

— Se foi difícil aqui fora com poucas pessoas imaginem lá dentro onde vários alunos e professores são treinados com o conhecimento das artes das trevas, acham que vocês têm chances? – exclamou Anabel arrogante, fazendo seu sotaque ficar ainda mais nítido.

— E por acaso você tem chances? – retrucou Draco.

— Eu sou mais rápida, silenciosa, discreta e acima de tudo sei para onde devo ir. Então, sim, eu tenho chances – rebateu Anabel deixando Draco sem palavras.

— Que tal pararmos a discussão e resolver de uma vez quem vai ir até lá – propôs Hermione farta de tantos burburinhos.

Anabel assentiu e Draco virou a cara cruzando os braços birrento, Gina percebia o quanto ele estava sendo infantil e tentava saber o motivo, talvez fosse por ele ser... ele, ou talvez ele também se sentisse da mesma forma que ela, na qual, em seu interior uma vozinha pedia para não confiar naquela menina, era muito suspeito ela saber de tudo, de querer ajudar eles com tanta facilidade, isso incomodava seus pensamentos, tinha algo ali extremamente errado.

Com esses pensamentos secretos, Gina observou Anabel cobrir-se com sua capa e andar tão rápido se esgueirando pelas sombras dos corredores que levava para o interior do castelo, quase como se ela se misturasse com a escuridão.

(continua)


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Notas finais do capítulo

Releiam a fic, garanto que vocês vão amar as mudanças!!



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