Stars Auslly escrita por C H C


Capítulo 9
Árvore de Natal e Perguntas sem respostas


Notas iniciais do capítulo

Genteee fiquei mais de um mês sem postar! Não abandonei a fic ainda rçrç mas é que recebi tão poucos comentários no último capítulo '-' Tudo bem, vamos lá



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–Austin. - Ally me chamou, os olhos brilhando, os braços me chamando estendidos. - Eu queria ver o pôr do sol.

Corri até ela e a girei no ar; seu grito foi abafado quando enfiou a cabeça em meu ombro, divertindo-se. Inclinei a cabeça para trás e ri.

Era bem sua cara querer ir ver o pôr do sol, não que não fosse exatamente normal. Peguei sua mão delicadamente enquanto a puxava correndo para a beira da praia, onde o mar batia levemente.

–É lindo. - Ally inclinou a cabeça e apoiou-a em meu ombro. Pus a minha por cima cuidosamente.

–Que nem você. - ela corou, eu ri e acariciei seu rosto, e a lembrança se dissipou.

**

–Austin? - Trish produziu um estalo com os dedos na frente do meu rosto. Pisquei algumas vezes, ainda atordoado.

–Foi mal. O que você estava dizendo mesmo?

–É amanhã. O Natal, sabe. A Ally está terminando de enfeitar a grande árvore no centro da Sonic Boom. - Eu vi a admiração brilhar nos olhos de Trish quando falava de Ally. Eu podia ver a saudade que ela manteve da garota todos esses anos.

–A Ally? Será que ela precisa de ajuda?

–Provavelmente. Por que você não vai lá e arrasa? Podem cantar enquanto trabalham. - murmurou ela, interessada em algo além de minha compreensão.

Atrapalhei seu cabelo e corri para baixo, tentando ver nos espelhos o quão ruim estava a minha aparência. Eu havia acabado de acordar de um cochilo da tarde, já que estivera muito cansado desde o encontro com Gavin na noite anterior. E até agora, eu não tinha falado com a Ally.

Haviam tantas perguntas que precisavam de respostas. O motivo de seu namoro com Gavin, se ela mesma não demonstrava nenhum interesse no mesmo; a razão pela qual ela havia se mudado para Miami, pois já tinha uma impressão de que não se tratava de mim.

–Ally? - chamei-a. Seu rosto passou do branco para o vermelho em questão de segundos. Sorri sentindo certa vitória e alegria. - Oi. Vim te ajudar.

–Acho que você vai espantar os clientes, Austin. - brincou ela, agora de volta ao normal, mas um tom envergonhado. - Vem cá, me ajuda a pendurar esses daqui. Depois vamos fazer os presentes de enfeite embaixo da árvore. - ela sorriu. Fui até ela.

–Ally, sobre ontem... - o enfeite que estava em suas mãos caiu no chão, enquanto eu mesmo pendurava o que havia pego.

–Não precisa dizer nada, Austin. Sobre ontem, não. Não agora. - ela balançou a cabeça e desviou seu olhar para o chão. Não senti decepção, ainda me sentia bem, sabia que Ally havia correspondido.

–Tudo bem, então. Mas eu tenho algumas perguntas a você. Sobre o Gavin, sobre o seu pai... - agachei e tentei pegar o enfeite que havia caído das mãos trêmulas de Ally.

Por um momento, nossas mãos se tocaram. Nós levantamos a cabeça e nos encaramos ao mesmo tempo. Eu me aproximei lentamente, com os olhos fixos em sua boca. Eu a queria desesperadamente. Eu a queria como nunca quis outra, ou como eu nunca a quis antes.

Notei que seu olhar recaía sobre os meus lábios também, e que os centímetros entre nós estavam indo para o brejo aos poucos. Inclinei minha cabeça por uns dois centímetros, e ela fez o mesmo ao lado oposto.

Ally piscou e nossos lábios se entreabriram, enquanto um meio sorriso se formava em seu rosto perfeito. A ponto de nos beijar. A ponto de a distância entre nós acabar. A ponto de eu agarrá-la ali mesmo.

Nossos lábios roçaram por um momento, até que uma voz nos incomodou.

–Vocês querem pizza ou arroz cru? Eu ainda não decidi, os dois estão com uma cara tão boa. - Dez. Maldito.

–Arroz cru, Dez? Vamos comer uma pizza, tem uma pizzaria muito boa aqui no shopping. Ou iremos a um restaurante chinês. - Ally sugeriu, gaguejando. Escondi minha decepção por não ter aprofundado o beijo, mas mantive uma pequena felicidade por ter tido certeza de que ela me queria, talvez do mesmo modo e tão desesperadamente quanto eu. E porque ela iria corresponder. Por saber que Ally tinha consciência do que estava fazendo e mesmo assim continuado.

Ela ainda estava desnorteada, pelo visto. Eu me sentia do mesmo jeito, e passei meu braço por seus ombros, sentindo-a enrijecer, para então relaxar.

Dez murmurou mais alguma coisa, e então saiu pela porta. Olhei para nossas posições. Ainda estávamos quase na mesma, apesar de meu braço livre estar sobre ela, nossos corpos estarem um pouco virados por termos encarado Dez; nossas mãos permaneciam no chão, os dedos tocando-se, ambos agarrados ao objeto.

Ally pigarreou e retirou a mão, enrubescida.

–Eu... preciso tomar um banho. - anunciou ela, levantando-se. Eu continuei encarando-a com afeto.

–Tudo bem. - respondi, sem deixar de pensar por um segundo sequer em nosso roçar. Estremeci, vendo-a seguir para o piso superior da loja.

Levantei segurando o enfeite, e o olhei com cuidado. Sorri. Era muita coincidência. O doce bengala era o preferido de Ally quando estávamos juntos, tanto que a mesma exigia em colocar todas as bengalas nas árvores em que montávamos.

Envolvi a bengala e subi atrás de Ally, porém não exatamente indo em direção ao seu quarto. Havia outra pessoa que eu precisava contatar.

**

–Vocês quase se beijaram?! - Trish escancarou a boca. Assenti. - Ela interrompeu, não é? Austin, Ally é...

–Não foi ela! Nem eu! Ela sabia que iria me beijar, Trish! - protestei. Seu queixo quase furou o chão.

–Quem atrapalhou? Vocês caíram? O quê? Me conta.

–Dez chegou. - funguei. Trish se levantou, bufando e soltando fogo pelas ventas, me empurrando para o lado com a mão na maçaneta.

–Não acredito! Que incompetente! Eu sabia, sabia que ele estragaria alguma coisa. Fui a favor de deixá-lo naquela casa de praia trancado para morrer de fome. Já está arrependido por não ter me escutado, Austin?! E como é que ele atrapalhou?

–Ele queria saber se queríamos comer arroz cru.

–Eu mato, mato, aquele ruivo vermelho. - murmurou ela. Segurei o riso.

–Trish, ruivo quer dizer cabelo vermelho.

–Não me corrija, seu loiro aguado. Estou no auge da minha raiva. Eu vim aqui com um propósito e vou cumprir, e aquela besta fera vermelha não vai me atrapalhar.

A porta se fechou com um estrondo. Soltei uma gargalhada sonora, sem nem ao menos perceber algo estranho na fala de Trish. Caí na cama sentindo o peso das lembranças dos nossos meses juntos, os nossos beijos, abraços, e agora as memórias de quando nós nos encontramos. O abraço, o modo como não queríamos nos separar, nosso beijo provocante em frente a Gavin.

Gavin. Gosto amargo. Ela ainda é comprometida, por alguma razão, que eu necessitava muito descobrir. Eu poderia ser ele, e muito melhor.

A porta se abriu tão de repente que me assustou, provocando a minha queda da cama para o chão. Ouvi um estalo em meu braço, e quase pensei que havia quebrado-o porém notei que não senti nada.

–Austin?

Encarei-a. Loira, olhos bonitos, um corpo escultural, roupas modernas.

–Cassidy? - reconheci, atordoado.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Quero reviews ;-; espero que estejam gostando e me desculpe por ter demorado tanto!

—CHC



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