Stars Auslly escrita por C H C


Capítulo 4
Buscas. Parte Um.


Notas iniciais do capítulo

Desculpem dividir o capítulo em partes, mas é que eu já tinha tido ideias e ficaria muito grande se eu colocasse tudo agora :c Enfim, esse foi o capítulo mais fraquinho porque a criatividade tá começando a me abandonar :c não me abandonem tbm :))
(Notas Finais importante)



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Deixei que o celular escorregasse por entre os meus dedos e caísse no chão de madeira com um estrépito assim que desliguei-o. Brooke me xingara de vários nomes, e eu sabia que merecia, por ter feito com que ela e todas as outras garotas com quem estive se machucassem.

Trish e Dez me encararam fixamente enquanto eu andava até a parede e a socava continuadamente. Eu já não ligava se minha mão estaria sangrando; a minha mão se curaria, mas Brooke e as outras levariam um certo receio até encontrarem alguém que as cure.

Olhei para a tela do celular apagada e resolvi pegá-lo novamente. Tentei ligar, e a tela piscou. Olhei para Dez e Trish, agora sentados em cima da minha cama, com o edredom cobrindo as pernas.

–Ela acertou. Disse que tinha outra garota interferindo no nosso relacionamento. E que iria caçá-la e a tiraria do nosso caminho. – fiz uma careta ao dizer a última frase. Brooke, por mais bonita ou legal que fosse, era obcecada por cada namorado; era quase impossível imaginar uma vida ao seu lado sem surtar.

–Uou. Eu te disse: ela é maluca, doida, louca, pronta para encarar o hospício. Por que mesmo você namorou com ela? – Trish colocou um dedo a frente do rosto. Eu me encolhi quase imperceptivelmente.

–Ela parecia ser legal! E ela tomou uma atitude, tipo, me pedindo em namoro! Sério, quantas garotas fariam isso por um cara? – pergunto, tentando inutilmente destacar as qualidades de Brooke. Trish riu.

–Ally. – Dez falou, entre tosses falsas. Eu o encarei com os olhos meio arregalados meio em choque, e desabei na cadeira do computador, sendo levado diretamente ao passado com Ally.

–Austin! – Ally gritava, vindo correndo em minha direção. – Eu achei uma loja que vende uma calculadora in-crí-vel! – franzi a testa.

–Sério, Ally? Uma calculadora? Que tal um lugar mais... romântico? – falei, me sentindo um pouco estranho. A empolgação em meu estômago parecia ser muito visível, e pensei se ela não percebia que eu estava transbordando de alegria.

–É, talvez um lugar mágico... – ela envolveu o meu pescoço com os braços, sorrindo e se aproximando do meu rosto. Coloquei as mãos em sua cintura e a puxei mais para perto, e nossos lábios roçaram.

Ally desgrudou de mim, empurrando meu peito com um pouco de força, como se estivesse com muita pressa. Não escondi a decepção; eu realmente queria beijá-la. Ela sorriu como se pedisse desculpas e apontou para duas figuras vindo em nossa direção.

–Ally! Austin! Vocês não vão acreditar! Nós vencemos o concurso de pizzas! – Dez comemorou, apoiando o braço no meu ombro e com um tablet apontado para Ally, que sorria ainda mais abertamente. Não pude deixar de encara-la ainda mais. Ela percebeu e corou.

–Trish! Dez! – briguei quando me recuperei. Dez grunhiu e seu dedo alterava entre mim e Ally. Trish franziu a testa parecendo constrangida.

–Nós atrapalhamos vocês, né? Desculpem! – Trish disse, puxando Dez pelo braço. Quase suspirei aliviado quando Ally se moveu rapidamente e os puxou de volta.

–Não tem problema! Queremos ver seu vídeo! – empolgou-se ela. Dirigi um olhar de “por que?”, mas ela apenas piscou. Dez pareceu animado e deu o play com Trish sorrindo ao seu lado.

–Austin! Austin! – Dez foi como uma corda para a realidade, me balançando pelos ombros. Pulei da cadeira.

–Foi mal, cara. – eu me desculpei, passando a mão pelo cabelo. – Eu viajei um pouco.

–Você ainda não nos explicou! Como assim “ela adivinhou que tinha outra garota?” – Trish levantou da cama parecendo muito confusa, e até mesmo chocada.

–Ally. Eu meio que tive uma recaída por ela agora. Fui um idiota. Eu...

–Nós sabemos. Isso é legal, Austin, mas você não reconsiderou de que agora pode ser tarde demais? Que Ally sequer quer ser sua amiga? Que ela esteja com outra pessoa, que nem se lembre de você, que...

–Dez! – repreendi. Ele fez uma careta e voltou para a cama, agora deitando e ocupando todo o espaço. – Eu sei. Mas preciso sonhar.

–Austin, talvez o Dez esteja certo. Sabe, se a Ally não entrou em contato conosco depois... – ela engoliu em seco, repreendendo o choro. - ... talvez ela quisesse mesmo esquecer tudo isso.

–Talvez. – admiti tristonho. Pisquei, espantando as lágrimas que vinham, só por pensar em quão idiota eu fui.

Ficamos em silêncio. Estávamos fazendo muito aquilo ultimamente; o assunto acabava rápido entre nós. Estava mais do que na hora de arranjar um modo de economizar os assuntos.

Joguei o corpo de Dez para o lado e me sentei na beirada da cama. A tarde parecia quente, perfeita para um encontro entre amigos. O clima beirava o frio e ao mesmo tempo permanecia quente, perfeito para uma tarde na sorveteria.

–E se saíssemos? O dia parece legal. – aponto para fora. Ambos se esgueiram pela janela a fim de encontrar algo que arruíne a minha hipótese.

–Parece tudo certo. – Trish apoia cautelosamente, como se esperasse que um raio acertasse a árvore ao lado no mesmo minuto.

–É, talvez não seja má idéia. E aí podemos discutir todo esse negócio de... relacionamentos.

Suspirei, assentindo. Não queria discordar; realmente parecia uma boa discutir algo sobre Ally. Queria saber como estava a sua vida agora. Quem sabe ela se lembrasse de nós? Iria ser um bom recomeço.

Resolvi deixar para lá; e se eu acabasse me iludindo? O aperto em meu peito me fez começar a chorar um pouco, porque eu realmente sentia sua falta. Não como namorada – é claro que desse jeito também, ainda mais. – mas como amiga. Ally era uma amiga ótima, empolgada, porém às vezes não era nada engraçada. E eu adorava o jeito como ela tentava.

Eu a queria de volta como a amiga que eu sempre senti falta. Como éramos antes. E se, por alguma razão, nós acabássemos voltando a ficar juntos, eu seria muito mais do que feliz.

Dez virou a cabeça em minha direção e na de Trish com a velocidade de um raio, e se dirigiu até a cadeira do computador novamente, e pressionou o botão, ligando-o. Esperamos um pouco, surpresos e ao mesmo tempo curiosos, enquanto Dez bloqueava a nossa visão com seu corpo.

–Pronto! – comemorou ele, após vários minutos silenciosos, com direito a troca de olhares confusos entre mim e Trish. – Eu a achei!

–Como assim “a achou”? – perguntei, empurrando a cadeira para o lado e olhando a tela. Estava no Facebook, e uma outra guia aberta no Twitter, todos com o nome de Ally Dawson.

Recuei para trás paralisado de imediato. O contato entre nós parecia estar sendo feito, e eu tinha medo de que acabasse em desastre. Dez encarava o chão, parecendo triste, e Trish se moveu para trás, para a janela, e se apoiou no parapeito.

Resolvi olhar mais uma vez, e vi as notícias e fotos. O meu coração batia forte a cada notícia, a cada compartilhamento que eu via; a cada foto um nó se formava em minha garganta. Ela estava mais perfeita do que antes.

Subi o Facebook até encontrar a foto do perfil, a foto de capa e a localização. Miami.

–Dez! Trish! Ela está morando em Miami! – eu puxo os dois pelos braços, fazendo com que Dez tropece um pouco.

Os dois olharam fixamente para a tela, onde estava escrito Miami Beach. Nós nos encaramos minutos depois, subitamente empolgados. Acho que todos nós sabíamos o que iríamos fazer se queríamos saber algumas coisas.

–Vocês sabem, não é...? – Dez incentivou. Nós assentimos.

–Precisamos ir para Miami. – falamos ao mesmo tempo.

Sorrimos.


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Notas finais do capítulo

Bem, eu vou viajar domingo, e como não tenho mais nenhuma inspiração, vou ver o que posso fazer T.T
O que acharam do capítulo?
—CHC



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