Stars Auslly escrita por C H C
Notas iniciais do capítulo
Ok, eu demorei muito. Mil desculpas, eu estou em período de transição para as férias - desculpe, eu quis falar bonito huahuhaa - e estava sem tempo e tinha a falta de inspiração e, ah meu Deus, sorry...
Ok, sem delongas! Obrigada a todos que comentaram, favoritaram, recomendaram, leram e ainda me acompanham todos esses meses de fanfic! Eu amo vocês!
Dois meses depois
Eu ainda podia sentir o clima de Nova Iorque, embora tivéssemos nos mudado com grande sucesso da cidade para Miami - apesar de alguns enormes protestos. Claro que, como havíamos mudado repentinamente para a Flórida, o clima também mudaria.
Miami Beach sempre foi alvo dos raios solares em massa, digamos. Nunca havia nevado - raramente em algumas ocasiões, como em nosso momento de Natal no ano passado -, e o Sol era escaldante na maior parte do tempo.
A garoa de verão insistia em cair enquanto eu perambulava sozinho pelas ruas de Miami Beach. Ally havia preferido ficar com Dez na Sonic Boom, considerando que a sua namorada, Carrie, era a nova empregada da loja - Ally não possuía mais tempo para trabalhar, já que, com a sua volta para a cidade, havia se ajustado à diversos outros clubes tediosos. Trish estava com a barriga crescendo aos poucos e já não saía mais de casa, temerosa pelos olhares reprovadores do público que caminhava pelas ruas como nós - o que não era mal para ela, considerando que era uma grande preguiçosa.
Jace arranjou um trabalho pelas redondezas de Miami, a fim de poder nos visitar a cada fim de semana. Como um melhor amigo ciumento e protetor, devo dizer que as suas visitas para com Trish me enjoam.
Nós não tínhamos tido muitas notícias sobre Kira. Quero dizer, claro que mantemos contato, mas, com a enorme distância beirando entre todos nós, não há como manter a mesma relação de sempre. Não nos víamos cotidianamente e as ligações agora costumam aumentar conforme os nossos planos celulares esgotam-se rapidamente.
Os pais de Trish ainda não sabem sobre a gravidez, pelo menos é o que nós esperamos. Haviam adorado conhecer Jace, por acharem que, por ser tão animado, poderia dar um jeito na filha, como se não a conhecessem. O garoto falhou miseravelmente em sua missão.
O meu celular vibrou em meu bolso. Direcionei a minha mão até a parte traseira de minha caçã e retirei o dispositivo, pressionando a tecla para atender sem conferir o identificador de chamadas. Sorri comigo mesmo.
–Alls? - chamei, imediatamente. Um pigarro atrás de mim me fez virar, procurando pela pessoa, para saber se era comigo. Não havia ninguém, entretanto. Dei de ombros enquanto caminhava mais rápido com o celular à orelha. - Alls?
–Hey, Aus. - respondeu-me. Ainda sem vê-la, eu podia sentir o sorriso em seu rosto. Aumentei o meu próprio, encostando-me em um poste de luz em frente à uma sorveteria. - Onde você está? Acho que eu posso ir encontrar com você, se quiser.
–Eu sempre vou querer. - afirmei. Quase pude vê-la, em minha mente, corando e encarando o chão como uma garota dos filmes britânicos/americanos. - Então, eu estou pensando em tomarmos um sorvete. Coloque um short para vir aqui, mas não tão curto. - digo rapidamente. Ally ri baixinho do outro lado da linha, e depois aumenta para uma gargalhada. Eu rio com ela, embora nenhum de nós tenha dito algo engraçado. Eu acho.
–Tudo bem, eu estou saindo. Uh, onde você está? - ela pergunta, como se estivesse com um pouco de vergonha. Imagino por quê e balanço a cabeça, sorrindo.
–Lembra daquela sorveteria onde a Trish trabalhou?
–Você tem que ser mais específico. - nós rimos um pouco.
–A primeira.
–Certo! Te vejo em cinco minutos?
–Menos, por favor. - faço um muxoxo com um biquinho, embora saiba que Ally não pode me ver.
–Eu vou me apressar. - ela diz, e desliga o celular. Sorrio para mim mesmo e o coloco em meu bolso novamente.
Suspiro, apoiando a minha cabeça contra o poste, enquanto espero por Ally. O nosso relacionamento nunca foi perfeito durante esses dois últimos meses, desde que nós retornamos a Miami. Nós brigamos e terminamos algumas vezes, na maioria somente brigamos bastante - e resolvemos terminar umas duas vezes - por nossas diferenças de atitudes e personalidades.
Talvez essas brigas dêem um novo ar a nós, também. Sempre que voltamos a namorar, somos muito mais carinhosos um com o outro, como se têmessemos nos perder novamente. Geralmente é isto mesmo, geralmente não queremos terminar de novo, não queremos mais brigar. Ainda assim, quando conversamos na praia durante as madrugadas, sempre concordamos que as brigas, assim quando a nossa irritação passa, são divertidas e fazem bem a nós mesmos.
Ela gosta de música clássica e eu sou muito mais fã de pop. Nós já fomos aos dois concertos e eu fui expulso do primeiro por ter dormido. Foi a nossa primeira briga aqui, e em dois minutos fizemos as pazes.
Ela gosta de bibliotecas e eu prefiro ir a uma festa. Nós fizemos os dois, também. Ally ficou com uma cara amarrada a noite inteira, enquanto eu me divertia e bebia algumas bebidas estranhas que me ofereciam - com juízo. Ao fim da noite, nós dois estávamos brigando por conta da falta de diversão dela à Sonic Boom.
Senti algo chocar-se contra o meu corpo, prensando-me contra o poste com muito mais força do que eu esperava. Soltei um gemido de dor enquanto montava uma expressão que demonstrava o quanto eu estava desconfortável. Arrisquei um olhar para baixo, onde um par de olhos encarava-me com um sorrisinho.
Coloquei as minhas mãos em seus ombros, empurrando a pessoa um pouco para trás, ainda com uma careta dolorida. Era uma garota, ainda mais baixa do que Trish ou Ally, e sorria descaradamente para mim. Sorri forçadamente de volta, observando-a estender a mão e virar a cabeça para trás, dirigindo um olhar que não pude ver para uma garota que sorria maliciosamente para nós dois. Levantei uma sobrancelha, porém ainda apertei a sua mão pequena.
Dei um passo para o lado, sendo seguido imediatamente pela garota, que mantinha um ar confiante, embora eu não a compreendesse. Dei mais um sorriso hesitante, desejando que Ally já houvesse chegado e entrado comigo na sorveteria.
Antes que eu pudesse raciocinar, os lábios da garota que eu mal conhecia já estavam em minha bochecha. Levanto a minha sobrancelha questionadoramente mais uma vez, direcionando um olhar confuso a ela. Seu dedo indicador está em meus lábios, e eu seguro a sua mão, afastando-a de mim.
–Desculpe, eu tenho uma namorada. - digo rapidamente, checando os lados para notar alguma aproximação de Ally. - E eu não pretendo traí-la. - Não novamente, adiciono, em minha mente. Engulo em seco quando um sorriso descarado forma-se em seus lábios.
–Me desculpe pela cena lá atrás… - murmura. A sua voz é rouca. - A minha amiga é uma sem noção que me jogou em cima de você apenas porque comentei que é o garoto mais bonito que eu já vi em minha vida e que o faria muito feliz se ficasse comigo. Bem, é uma pena que você tenha namorada. Posso te dar algo para lembrar de mim?
–Eu não acho que seja uma boa… - e seus lábios já estavam pressionados contra os meus. Vaguei as minhas mãos para a parede da construção por trás de mim, procurando por algo para afastá-la de mim. Qualquer coisa.
A sua língua lambeu os meus lábios em busca de uma entrada. Apertei-os mais para que não fosse encontrada. Pus as minhas mãos em seus ombros novamente e a empurrei para trás, respirando de um modo pesado e me apoiando na parede.
Uma expressão de choque percorreu o seu rosto, e a vi sair correndo de perto de mim para a sua amiga. Encarei as suas costas, com a ponta dos cabelos cobrindo um pouco de minha visão, e tossi, tentando retirar o hálito que ainda podia sentir.
–Austin? - um sussurro. Viro, desesperado, para trás a fim de encontrar os olhos castanhos de Ally. O seu brilho ainda está lá, e ela possui um sorriso hesitante em seu rosto. - Eu… Sei que não foi a sua culpa.
–Ally, me perdoa. - puxo-a pelo braço delicadamente e nossos corpos estão colados, como se fossem apenas um. Passo os dedos por seu cabelo, e noto quando suas mãos sutilmente traçam um caminho para a minha nuca e permanecem por lá.
Continuamos em um abraço sem fim. Eu sei que, com a sua cabeça repousada em meu peito, ela pode sentir o meu coração bater. Espero que o dela bata tão forte e rápido quanto o meu.
–Não terminará comigo, não é? - pergunto, receoso.
–Não, está tudo bem. Eu acho. Mas quem ela era, afinal? - seus olhos inocentes finalmente encontram os meus. Eu não respondo, deixando claro que não faço ideia. Inclino a minha cabeça um pouco, os nossos olhares ainda presos.
E quando os nossos lábios se chocam, a sensação é muito diferente da qual eu tive com a garota há minutos atrás. Somos somente eu e Ally. Eu sinto a necessidade de tê-la para mim, sinto a necessidade de aprofundar o beijo que estamos compartilhando. Sinto a necessidade, também, de tê-la comigo em todos os momentos que eu conseguir.
–Trish tem uma surpresa para nós. Eu não sei o que é. Vim aqui te buscar, mas podemos tomar o nosso sorvete primeiro? - diz, ofegante, assim que nós nos separamos. Apesar de minha respiração acelerada, consinto com a cabeça e sorrio enormemente.
–Eu não te deixaria ir antes que tomássemos, de qualquer forma. Vamos.
–Espera. - ela me puxa pela manga da camisa suavemente. Encaro-a, com um olhar confuso. - Eu estou com um pouco de ciúmes, e eu sei que aquelas duas estão olhando. - eu rio, Ally enrubesce e encara o chão, brincando com os dedos de sua mão. Aproximo-me mais de sua figura tímida.
–Continue. - incentivo. Ela sorri, vermelha.
–Eu posso mostrar a elas que você é meu? - sussurra. Eu a pego pela cintura e a giro um pouco, de modo que damos um perfeito ângulo para as garotas que nos encaram do outro lado da rua.
–Fique a vontade. Você sabe que o meu coração é seu.
–Você sabe que o meu é seu. - murmura de volta. Selo os nossos lábios com os olhos fechados aproveitando a sensação.
Quando nos afastamos lentamente, sorrimos um para o outro. Percebo que, durante o nosso momento, Ally não estava pensando em sua pequena vingança contra a garota que me beijara. Nós dois havíamos aproveitado.
–Ué, parece que você deu um grande jeito nelas. - comento, encarando a rua vazia. Alls ri e pisca para mim.
–Nós dois demos.
E, com isso, eu a puxo rapidamente para dentro da sorveteria.
**
–Vocês demoraram. Eu quase morri de tédio. - Trish reclama quando adentramos a Sonic Boom. Nós dois reviramos os olhos.
–Você nos faz esperar três horas. - retruco, sentando com Ally ao meu lado em um dos bancos. Passo o meu braço por seus ombros, e sinto-a entrelaçar os nossos dedos.
–Não mude de assunto. - bufo, ainda que sorrindo, e encaro-a, esperando-a contar a nossa grande notícia que não podia aguentar para nos dizer. - Por que estão todos me olhando? Parece até que eu tenha uma enorme notícia para dizer a vocês, tão grande e boa que mudará a vida de vocês…
–Trish! - repreendemos ao mesmo tempo. Dez come a sua salada com Carrie ao lado no chão, sob o meu olhar intrigado.
–Argh, tudo bem. Vocês são muito apressados. Eu os reuni porque… - ela bateu os pés contra o chão da loja, fazendo com que nós nos inclinássemos em expectativa. Ally aperta a minha mão, que está enroscada com a dela, e eu repito o gesto, nervoso. - … Austin e Ally estão na internet, e famosos!
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
A Fic tem poucos capítulos adiante T.T Tipo, mais uns dez? Possivelmente, e no máximo. Awn, eu vou sentir muitas saudades quando isso terminar. Mas eu vou começar outra, e eu já to começando a escrever YAAY! É em terceira pessoa, desta vez, e às vezes eu colocarei alguns especiais com POVs dos personagens :3
Mas o que acharam? Me desculpem mesmo pelo capítulo e pelo corte na história. É que eu não posso deixar que fique muito grande, a Fic basicamente não foi feita pra ser tão imensa, mas eu prolonguei huahuahau
Obrigada por não me abandonarem, amo vocês