Saímos da piscina depois de algum tempo. Miguel saiu primeiro e entrou no banho. Depois de algum tempo subi para fazer o mesmo. Quando saí do banheiro ele estava cochilando na cama. Me deitei ao seu lado e dei um selinho. Ele abriu os olhos e sorriu me fazendo sorrir de volta. Nos beijamos. Nossas línguas dançavam em perfeita harmonia. Meu corpo pedia por ele. Nossas bocas eram como imãs que não ficavam muito tempo separados. Cada segundo eu me envolvia mais e mais. Quando dei por mim, estava sobre ele na cama. Ele estava sem camisa e eu arranhava suas costas. Me afastei, mas continuei onde estava:

–Rápido demais. - Sem me mover deitei sobre ele.

–Desculpe. Não quis acelerar as coisas. - Ele beijou o topo da minha cabeça.

–Não foi só você. Não tem com o que se preocupar.

–Como você me tira tão fácil do sério? - Olhei para ele e voltamos a nos beijar.

*** Um mês depois***

Já estávamos na rotina um do outro. Na semana seguinte ao feriado, Miguel decidiu que iria me buscar todos os dias na escola para que pudéssemos nos ver. Nas sextas-feiras íamos para nossa casa e eu ficava lá até o domingo. Algumas vezes ele passava as tardes comigo em casa, mas isso logo foi interrompido por meu pai que dizia que isso não fazia parte do acordo. Como fomos proibidos de passar tempo dentro de casa éramos obrigados a parar no meio do percurso entre a escola e minha casa para passarmos um tempo juntos.

Era sábado de manhã e eu e Miguel estávamos dormindo quando o telefone tocou. Ele atendeu e conversou com alguém gentilmente. Eu apenas encarei até ele desligar o telefone. Queria começar meu aniversário em grande estilo. Assim que o fez eu avancei e o beijei. Nos beijamos por alguns instantes:

–Bom dia, principe. - Ele sorriu.

–Bom dia, princesa. Poderia acordar assim todos os dias. - Me deu um selinho.

–Quem era no telefone?

–Sua mãe. Ele disse que passa para deixar sua roupa para uma festa que vamos hoje.

–O.K. E o que vamos fazer durante o dia? - Perguntei com alguma remota esperança de que ele soubesse.

–Estava pensando em passar o dia na cama, só com você. - Ele não sabia. Respirei, sorri e assenti.

Me levantei, tomei banho, escovei os dentes, troquei de roupa e voltei para cama. Ele se levantou para fazer o mesmo. Enquanto isso desci, preparei o café da manhã e levei para comermos no quarto. Eu não sabia se contava ou não e optei por não contar, pelo menos por enquanto. Ele saiu do banho e eu comi quase em silêncio. Quando terminei voltei para o banheiro para escovar os dentes e prendi o cabelo. Voltei para a cama e foi a vez dele ir ao banheiro. Quando voltou, deitou e ficamos de conchinha por algum tempo:

–O que foi? Você está especialmente quieta hoje.

–Nada, só estou aproveitando ficar assim. - Mais alguns minutos de silêncio se passaram. Ele beijou meu pescoço e sussurrou no meu ouvido.

–Eu acho que te amo, princesa. - Ele podia não saber que era meu aniversário, mas tinha me dado o melhor presente que eu podia ganhar. Me virei para ele e o beijei por horas a fio.

Depois de um longo tempo nos beijando alguém bateu a porta. Ele afastou seus lábios dos meus apenas para gritar um “Entre” e encaramos a porta. Uma das empregadas entrou com os dois pratos nas mãos e colocou sobre a mesinha no canto do quarto. Agradecemos e fomos almoçar. No meio da refeição meu celular começou a tocar. Era Vítor. Atendi no corredor. Assim que desliguei, Miguel me encarou com raiva e o celular tocou novamente. Voltei para o corredor e atendi a ligação. Quando finalmente voltei para o quarto só faltava ele explodir:

–Por que você teve que ir até o corredor atender o Vitor? O que você está escondendo de mim? Milena, eu já te falei diversas vezes, se não quer ficar comigo é só me falar.

–Eu fui até o corredor porque não queria atrapalhar nosso almoço e seria feio não atender. Eu estou com você! E só com você. - Fui até ele e dei um selinho. Ele aprofundou o beijo e então sorriu.

–Desculpe. Mas mudando de assunto. Você sabe do que é a festa que iremos hoje? -Lá vem.

–É uma festa de aniversario.

–Eu conheço o aniversariante? - Assenti. - E quem é? - Apenas olhei para ele.-Quem é, Milena?

–Você está olhando para ela.- Ele apenas me olhou por alguns instantes.

–Me desculpe, princesa. Eu não sabia, de verdade. Se soubesse teria feito algo especial.

–Não se preocupe. Foi mais especial do que você imagina. - Fui ao banheiro e escovei os dentes e ele fez o mesmo.

Fiquei de pé na cama. Ele puxou meus pés e eu caí sentada na cama. Descemos e brincamos um pouco com Toddy. Depois tive que subir e começar a me arrumar. Ás 20hrs eu estava pronta. ( http://www.polyvore.com/cgi/set?.locale=pt-br&id=166483064 )Saí do quarto em que estava me arrumando e fui atrás de Miguel:

–Wow! Você está… Incrível! Mas você não vai assim.

–Por que não, Miguel?

–Olha esse vestido. Dá vontade de te comer só de olhar.

–Obrigada pelo vocabulário. Muito tocante.

–Todos naquela festa vão querer te agarrar. E eu não vou aguentar te olhar assim por muito tempo.

–Sinto muito, quem escolheu foi minha mãe. Vamos.- Passei por ele e dei um selinho.

***

A festa ocorreu como o planejado. Todos os convidados haviam se divertido e eu cumpri meu papel de contar para as pessoas influentes sobre o noivado. Vitor tentou se aproximar, mas Miguel não saia do meu lado por nada. No fim da festa eu e Miguel voltamos para casa. Subimos as escadas e ele fechou a porta:

–Esperei a noite toda por isso. - Ele veio em minha direção e me beijou.

Me entreguei ao beijo completamente. Eu precisava disso depois da noite que tive. Ele beijou meu pescoço e eu arfei. Voltamos a selar nossas bocas enquanto ele me levantava e me levava até a cama me deitando na mesma. Minhas mãos desprendiam um a um os botões de sua camisa enquanto suas mãos acariciavam a lateral do meu corpo. Ele tentou se afastar para tirar a camisa, mas meu corpo seguiu o dele. Fiquei de joelhos na cama. Nossas bocas pediam incansavelmente uma pela outra. Senti o zíper do meu vestido abrir. Suas mãos queimavam a minha pele por onde percorriam. Ele puxou o vestido por cima da minha cabeça e eu o ajudei. Voltamos a nos beijar e voltei a deitar na cama. Me afastei por um segundo para olhar em seus olhos.

–Muito rápido, me desculpe. É que você me enlouquece, Milena. - Coloquei o indicador sobre seus lábios.

–Não, eu quero. - Ele me olhou

–Você tem certeza? - Assenti.

Quando tudo acabou eu disse apenas uma frase:

–Eu te amo. - E ouvi o que eu queria ouvir.

–Eu também te amo, minha princesa.