At first sight escrita por BrunaBarenco


Capítulo 10
Capítulo 10: Here’s to love


Notas iniciais do capítulo

ENTÃÃÃO QUEM VOLTOU? Eu, euzinha! Nunca abandonei na verdade, eu só... enrolei? Enrolei muito muito mesmo? Ah, vocês sabem que eu tenho problemas com despedidas. Ou não sabem, mas acabei de admitir isso.
Esse é realmente o último capítulo de At first sight, e foi maravilhoso escrever para vocês. Espero que o final tenha ficado a altura, porque eu pessoalmente amei esse capítulo e tudo que acontece nele, como nossos personagens lindos, James e Dominique. Vejo vocês nas notas finais, e ENJOY IT!
(nova fanfic: http://fanfiction.com.br/historia/554831/Almost_lucky/)



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Here's to all that we kissed
And to all that we missed
To the biggest mistakes
That we just wouldn't trade
To us breaking up
Without us breaking down
To whatever's come our way

New York City, setembro de 2014

James Potter girava na cadeira do seu dormitório. Ele tinha um trabalho enorme para entregar na semana seguinte. Os professores não estavam perdoando. O período mal tinha se iniciado, e ali estava ele, se matando numa redação baseada no estilo de romance. Pela janela ele podia perceber o vento. O outono começava a se desenhar pela cidade, e pelo dormitório de Columbia. Ele desistiu de tentar, pelo menos pelas próximas horas.

Girou o telefone nos dedos, pensando em ligar para Luke, seu colega de quarto e melhor amigo em NY, para ver se tinha alguma coisa para fazer. Aquele quarto o estava matando. Nem precisou se decidir. Luke mandou uma mensagem dizendo que estavam com um grupo de novatos num bar das redondezas. “Traz o carro”, era a última coisa que a mensagem pedia. James revirou os olhos, buscando as chaves na cômoda e jogando um casaco sobre a roupa que já usava.

O bar não era longe. Parecia infinitamente feio por fora, como um bucker, mas era um dos lugares mais legais da cidade por dentro. Moderno, e ainda conservando características típicas dos bares de universidade que ele via nos filmes, como as luzes meio neons e os cartazes antigos se desfazendo nas paredes.

Quando James entrou, encontrou Luke quase que já completamente bêbado. Ele deu de ombros, batendo na cabeça do amigo que ria escandalosamente. Se fosse há um ano, ele estaria desesperado em ser o único sóbrio do lugar, mas agora já fazia parte da rotina. Se inteirou na conversa e sentiu alguns olhares femininos das companheiras de Luke na mesa. Mais conhecidos da faculdade chegaram, e o dono do bar, Mike, teve que juntar algumas mesas para eles.

–E onde estão as novatas?- um dos garotos da mesa perguntou a Luke, que deu um sorriso apontando para o outro lado.

–Curtindo a maravilha que é ser um universitário. – ele bateu no braço de James. – Ei, James, você devia ir até lá procurar uma companhia. Anda precisando.

James soltou-se, sorrindo de leve.

–Talvez. – ele disse, arrastando o olhar até a direção indicada. Por meio segundo, achou que tivesse visto alguém conhecido e quase ameaçou levantar. A pessoa sumiu na multidão, mas a sensação de que sim, ele a conhecia, permaneceu no mesmo lugar. James franziu a testa, sozinho, pronto para ir até lá, quando seu celular tocou.

–Sim? – ele atendeu, saindo o mais rápido do possível do bar. O sinal só funcionaria direito do lado de fora.

–É o James?

–Hum, sim. – ele respondeu a voz feminina, que parecia hesitante.

–Oh, que ótimo. Eu acertei o número.

–Desculpe, quem é?

–James, você não lembra?- ela perguntou, e riu. – Bem, tem algum tempo. – enfatizou a última palavra, ficando alguns segundos em silencio depois. – Deus, isso é estranho.

–Me desculpe, mas sério, quem está falando?

A pessoa do outro lado da linha riu.

–Jane?- James perguntou. A antiga amiga costumava tentar ligar, geralmente bêbada e não falando coisa com coisa.

–Ai, não credo, Potter. – a voz respondeu. – Como pode me confundir com aquela vagabundazinha de ensino médio?

James franziu a testa, ciente de que a pessoa não podia vê-lo. Abriu a boca uma, duas, três vezes tentando falar. Não precisou fazer a pergunta. Ele levantou o olhar e lá estava ela. Um braço cruzado enquanto o outro segurava o telefone contra o ouvido. Os cabelos loiros mais curtos do que eram quase dois anos atrás. O mesmo sorriso, os mesmos olhos azuis. Era como entrar num túnel do tempo.

–Dominique?

–Você não precisa mais falar pelo celular, seu idiota. – ela disse, sorrindo.

James caminhou hesitante até ela.

–Ah, deixa de ser lento, Potter. – Dominique sorriu ainda mais, o puxando para um abraço.

–Como conseguiu meu número? – de tantas boas perguntas para fazer, ele se saia com aquela. Dominique riu. Ela devia ter esperado.

Tinha mudado um pouco nos últimos anos. Depois da partida de James, Roxanne e Molly a convenceram de aproveitar de verdade seu ano de formatura. Dominique ainda tinha repensado muita das atitudes, e suas viagens serviram basicamente para isso. A timidez foi reduzida, o guarda roupa trocado e a vida sendo colocada nos eixos. Por conta própria, ela quase podia se gabar.

–Aquele seu amigo está bêbado. Daria para qualquer garota bonita que chegasse perto. – ela deu de ombros.

James a encarava maravilhado. Era o seu lado preferido de Dominique ali. Não o tímido e quieto, mas o que ela mostrava em raros momentos. Onde se esquecia dos outros e era ela mesma. Tagarelando ao dizer o que pensa.

–Como está, James? – foi à vez de ela perguntar, com um leve toque de nostalgia na voz.

–Ótimo. – James admitiu. Parecia errado falar em voz alta que estava bem, e que seus últimos dois anos tinham sido muito bons. – Mas isso nem é o interessante. Por onde você andou? – ele indagou, genuinamente curioso.

Dominique riu, encostando-se a grade da varanda de frente do bar.

–Por mais clichê que seja dizer isso, você não acreditaria se eu contasse.

–Então conte.

Ela inclinou a cabeça.

–Pois bem. Depois da formatura, eu ainda não sabia o que fazer da vida. Nunca fui decidida igual você, James. Eu sempre soube o que não queria, mas nunca o que eu queria era uma incógnita. Então eu fui para a França, de novo. Sai com a turnê da banda indie do meu primo mais velho, o filho da tia Gabrielle. Estilo groupie mesmo. – ela fez uma pausa para rir. Podia sentir o olhar de James, agora dividido entre a diversão e a admiração. – E comecei a tirar fotos dos festivais onde ele tocava. Esse cara foi lá, viu minhas fotos na internet, e pediu algumas para uma exposição. Voltei para Paris e fiz um curso. Depois fui chamada por esse mesmo cara, Aaron Walker, para participar de uma equipe dele que fotograva a vida noturna de Berlim. Ele gostou de mim, me contratou para sua equipe oficial e passamos um tempo cobrindo festivais e boates. Londres, Ibiza, Mônaco, Moscou. – listou com os dedos. Sorriu, olhando para baixo, um traço da timidez ainda presente. – Aí ele foi chamado para uma exposição em NY, e agora pretende abrir um estúdio aqui. E me deixar como encarregada, quando ele estiver viajando, o que é frequente.

James não sabia o que dizer. Enquanto ele ia a festas em galpões do Brooklyn, Dominique tinha estado perambulando pelo ouro da vida noturna mundial. Ele pensou em tudo que ela viu, ouviu e até fez. O fazia se sentir infinitamente jovem perto dela, embora fosse ele o mais velho. Fazia com que ele sentisse que agora não teria nenhuma chance. Ela era uma fotografa descolada, e ele um nerdzinho do curso de Literatura.

–Uau, Nique, isso é incrível. – James se forçou a dizer.

Dominique ainda olhava para baixo, envergonhada.

–Eu choquei você, certo?

–O que? Não, não...

–Qual é, James. Eu te conheço. – ela suspirou. – Eu te conheço. – repetiu a frase, baixinho, como se afirmando para si mesma.

James sorriu, triste. Ele se lembrava de uma vez ter dito a Dominique que iriam se encontrar de novo, e fariam dar certo. Mas no agora, no momento em que ela apareceu. Linda, viajada e cheia de historias para contar. James continuava o mesmo, mas Dominique estava diferente. E ele precisava de um tempo para digerir aquela nova e fascinante figura. Porque apesar de diferente, ele não podia se enganar. Dominique parecia mais interessante do que nunca.

–Nique, eu... Eu to um pouco bêbado. – ele mentiu. – Eu realmente quero conversar com você. De verdade. Ouvir suas historias da Europa, sobre a banda do seu primo.

Dominique assentiu, devagar, e ele não sabia dizer se a loira tinha comprado sua mentira. Aparentemente sim, mas ela era imprevisível.

–Me liga, então. – Dominique sentenciou. Ela puxou um cartão preto do bolso, com uma risadinha. – É o cartão do Aaron, na verdade, mas meu telefone está aí também. – ela sustentou o olhar em James por alguns segundos. – Posso pelo menos te dar um abraço?

James sentiu o coração descompassado. Era como se ele tivesse dezoito anos, tudo de novo. Era como se ele fosse aquele garoto no final da adolescência, perdidamente apaixonado pela menina mais interessante que ele já tinha conhecido na vida e achando que estava na friendzone. Ele fez que sim, estendendo os braços. Dominique foi até ele, e naquele abraço os dois disseram mais do que em toda a conversa que acabavam de terminar. Ele a segurou por muito mais tempo que o necessário, sentindo a respiração dela em seu pescoço.

Dominique se afastou com um sorriso.

–Foi ótimo ver você de novo, James. – ela disse, antes de se virar para ir embora. James a acompanhou sumir de vista, encarando o cartão preto. Ele sacou o celular e avisou a Luke que estava indo embora.

“Com uma garota?”, Luke perguntou, ainda por mensagem e James riu. Que o amigo achasse que fosse isso. Na verdade, James tinha finalmente encontrado sua inspiração.

***

Dominique segurava seu café com todas as forças. No final de semana anterior, depois da conversa infinitamente estranha com James, Aaron ainda a obrigara a trabalhar. Agora era terça-feira, e mesmo tendo dormido durante toda a segunda, ela não se aguentava em pé, no meio do estúdio montado pela metade.

Aaron já gritava no telefone com alguém. Ele desligou o aparelho quando a viu, acenando e abrindo a porta de vidro que dava acesso a sua sala. Dominique invejou como o amigo e chefe parecia impecável. Sem um sinal de cansaço, e muito animado como sempre.

–Dominique nique nique! – ele brincou, ao cumprimenta-la. Ela fez uma careta, se sentando. – Qual é a do mau humor, hein?

Dominique bebeu um longo gole do seu copo da Starbucks.

–Voltar aos EUA tem sido... estressante.

Aaron assentiu. Com sempre, ele parecia ter acabado de acordar e ter tomado dois litros de energético, depois de vestir a primeira coisa que viu no seu guarda-roupa.

–É algum ex? Eles sempre são pés no saco. Por isso eu gosto da Europa, Dominique. Lá as pessoas são muito mais liberais, e você pode ser alguém muito mais incrível na frente daqueles que te trocaram.

Dominique riu.

–Sabe, se eu não conhecesse a Anya e não soubesse o que vocês dois adoram fazer, diria que você é gay.

Aaron bateu na mesa, brincando.

–Eu sou seu chefe, mas respeito, loira! - ele fez uma pausa. – E você sabe muito bem que eu não sou gay, né? Devo lembrar aquele maravilhoso festival em Liverpool...

Dominique riu, escondendo o rosto.

–Oh, Deus, como a Anya te aguenta?

–... Ou Ibiza? Ibiza foi incrível, Nique! –ele continuou a enumerar, fazendo Dominique querer entrar debaixo da mesa. Aaron para com a brincadeira. – Sério, você é gostosa. Se seu ex não te quer de volta, a metade hétero de New York quer.

–Até parece.

–Eu arrumo um modelo gato para você. Pode me usar para fazer ciúmes, a An não vai ligar nadinha. – Aaron continuou, lançando um olhar de cima a baixo para Dominique.

Dominique soltou uma gargalhada.

–Você é incrível, Aaron. – ela disse. Respirou fundo. – Eu acho que assustei o cara, na verdade.

Aaron pensou por alguns segundos.

–Se quer conselhos, eu ligo para a Anya. Porque tudo que posso pensar em te dizer é mandar o cara ir se ferrar se não quer você.

Dominique riu de novo.

–Tudo bem, vamos trabalhar então. Se ninguém aqui pode me ajudar.

–Deixa de ser dramática, Nique. – Aaron pediu. – Já mandei você dizer para o cara ir se ferrar.

***

–Ligue para ela. – Teddy disse, depois de James ter contado mais ou menos o que tinha acontecido, por meio do Skype. – James, faça as coisas certas na sua merda de vida e ligue para essa garota!

–Teddy, você não entende...

–Não entendo o que? Que você está agindo como um pré adolescente? – o amigo, que agora tinha se desfeito dos cabelos azuis, brigou. – James, você tem vinte e um anos, garotão. Está na hora de crescer e agir igual um homem. Fazer as coisas direito.

–Disse o homem que demorou três anos para chamar sua paixão platônica para sair.

–Aprenda com meus erros, James. – Teddy pediu. – Pegue seu telefone inútil e ligue para ela.

James respirou fundo, acomodando-se na sua cadeira giratória.

–Não acha muito cedo?

–Vocês tiveram dois anos, James. – Teddy disse, como se estivesse cansado. – Eu não quero saber seus monólogos sobre ela ter ido para Europa, etc etc. Se ela não quisesse, não teria nem ido te procurar, você sabe disso. Então ligue para Dominique. – Antes que James pudesse responder, Teddy já tinha desligado.

James pegou o celular, encarando a tela preta. Depois pescou o cartão da sua mesa e encarou as letras brancas.

AARON WALKER PHOTOGRAPHY

E na parte de trás, em itálico.

ASSISTENTE DE FOTOGRAFIA: DOMINIQUE DELACOUR, seguido por um número de telefone. Ele bateu os dedos na perna, nervoso, antes de decidir ligar. O pior seria receber um “não”, certo? Mas um não por que, se ela que tinha pedido que ele ligasse? James sentia que estava sendo um idiota medroso. Ele discou.

–Olá, esse é o celular da Dominique? – ele perguntou, receoso.

A voz do outro lado da linha foi uma surpresa de novo.

–Ah, é sim. Quer que eu a chame? – o homem respondeu.

–Ahn, sim. – James concordou. É claro. Ele devia ter imaginado. Dominique tinha um namorado.

–Ô Nique, tem alguém querendo falar com você.

–Quem é? – James ouviu a voz de Dominique gritar do fundo.

O homem voltou a falar.

–Quem é? – repetiu a pergunta.

–James, James Potter.

–É o tal James.

–Ok, estou indo aí. – Dominique gritou de novo, tomando o telefone. – Obrigada, Aaron. Oi James! – ela atendeu, como se nada estivesse acontecido.

James arrumou um jeito de retomar a sua voz.

–Hum, você disse que eu podia ligar.

–É claro que pode! – ela exclamou. – Então, o que foi?

James encarou seu calendário. Depois daquela segunda, ele teria aula durante as tardes por pelo menos duas semanas.

–Aquele café, bem, eu acho que só posso hoje.

–Por causa da faculdade, certo? – Dominique perguntou. – Por mim tudo bem. Tem uma Starbucks aqui perto, se você não se importar. Vou mandar o endereço. Até mais tarde, James.

***

Dominique chegou cedo. Ela tinha ficado tão ansiosa que segundo Aaron não conseguia trabalhar. Nem mesmo os conselhos de Anya tinham adiantado. Então tinha sido praticamente expulsa do estúdio e ali estava ela, aguardando numa mesa perto das enormes janelas de vidro. Ela tamborilou os dedos, evitando encarar a hora no celular e tentando se distrair com a cor do esmalte. Mas toda vez que a porta se abria, Dominique levantava o olhar, esperando que fosse ele. Até que finalmente James entrou, os cabelos bagunçados pelo vento, o casaco meio amarrotado e o sorriso tímido de sempre.

Ele a viu, seguindo initerruptamente até a mesa, sentando-se a frente dela.

–Oi, loira. – cumprimentou, tentando parecer despreocupado. – Desculpe ter te ligado daquele jeito. Espero não ter atrapalhado nada.

Dominique riu.

–Atrapalhar o que? Não se preocupe, eu estava a toa.

–Você estava no trabalho.

Ela deu de ombros, chamando a garçonete para anotar os pedidos.

–Então, como é a vida de universitário?

Foi à vez de James rir.

–Não tão empolgante quanto pensa. – ele admitiu. Dominique ergueu uma sobrancelha, o questionando silenciosamente. – Tudo bem, temos umas festas, saímos com frequência... Mas eu juro que não imaginava que ia dar tanto trabalho, na parte de estudos. Aposto que a sua vida é mais empolgante.

–Imagino que não. – ela disse. – Eu vou a todos aqueles lugares trabalhando. Não posso exatamente aproveitar... Não que eu sempre tenha seguido as regras. Mas, shiu, não conte a ninguém. – ela brincou.

James voltou a se sentir bem. Os dois passaram um bom tempo conversando, contando suas historias e rindo. Falaram sobre Victorie e Teddy, sobre os amigos/primos de ambos. Sobre New York. O tempo passava voando, como quando os dois se conheceram, num beco atrás de uma festa de colegial. Finalmente, Dominique avisou que precisava ir embora.

–Eu realmente queria ficar. – ela falou como se pedisse desculpas. – Mas a namorada do Aaron está na cidade para a Fashion Week, e vamos todos sair com uns amigos.

James franziu a testa.

–Espera, namorada do Aaron? Aaron o seu chefe, o cara do cartão?

–Hum, sim?

–Ele não é... – James parou a frase no meio e riu. – Meu Deus, eu sou tão idiota.

Dominique começou a abrir um sorriso.

–Você achou que o Aaron era meu namorado? – ela indagou, mordendo o lábio para controlar sua risada. – James!

–Vocês dois nunca...

Dominique corou.

–Bem, não mais. – ela disse. – Ele e Anya são perfeitos juntos. Aaron é só meu amigo, de verdade. Tipo um irmão mais velho.

James balançou a cabeça concordando, enquanto os dois percorriam o curto caminho até o endereço do estúdio.

–Então... Você está solteira?

–Acho que essa é a palavra que define “não tendo um relacionamento, sério ou não, com ninguém”. – Dominique respondeu invés do simples “sim”.

James respirou fundo, tirando coragem ele não sabia de onde. Ele precisava fazer o que queria desde que a viu novamente, com o celular pendurado na orelha na frente de um bar universitário, parecendo saída de um catalogo de modelos europeias, roubando toda a luz do ambiente por mais clichê que fosse.

–Ótimo. Então eu posso fazer isso. – ele a puxou pelo pulso, e a beijou.

Dominique não queria exatamente admitir, mas não importava quantos namorados ou ficantes ela tenha tido, nenhum deles era James. Ela tinha sentido falta de como ele podia ser delicado e ao mesmo tempo intenso, ou de como seu coração se acelerava como uma montanha russa. Aquele era um beijo de saudade, digno de parar numa tela de cinema.

–Dessa vez, nós vamos fazer dar certo. – James disse.

Dominique se afastou meio relutante.

–Amanhã, me pegue as sete. Eu mando meu endereço.

–Será um prazer e uma honra.

E quando James viu Dominique ir embora, entrando no elevador, ele não sentiu tristeza ou apreensão. Ele se sentiu feliz, não importava mais o que o futuro reservasse. Dominique sempre seria sua paixão à primeira vista, todas as vezes que olhasse para ela.


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Notas finais do capítulo

Chorando como no fim de uma comédia romântica. Espera, eu não choro em comédias românticas ou filmes românticos em geral, mas vocês entenderam a ideia. Chorando porque AFS acabou e eu meio que fico sem chão quando uma fanfic acaba.
Quero aproveitar as notas, como sempre, para agradecer muito muito mesmo cada um de vocês. Foram 51 páginas no word, e 21.348 palavras (também na contagem do word). Obrigada por ler, nem que tenha sido só um capítulozinho. Obrigada, leitores, porque sem vocês essa fic não seria nada. Pode não ser grande coisa comparado com o que existe nesse site, mas cada comentário significou demais para mim. Obrigada por lerem, esse simples ato, simplesmente saber que existem pessoas que leem alguma coisa que eu escrevi, já alegra meu dia. Um obrigada ainda maior as leitoras maravilhosas que recomendaram: Charlotte, RoseMarauder14002 e fralufa, vocês são tudo de bom na vida das pessoas