Dúvidas escrita por Kilave


Capítulo 6
Missão: Parte IV Final


Notas iniciais do capítulo

Heey como dito: Aqui está a Parte IV o/.

Aproveitando esse final queria deixar um aviso:
— Para não ficarem confusas(os) acredito que venha a dúvida do porque dessa história ser tão longa e não ter o devido romance entre o casal Levi e Hanji. Bem, eu não sabia que essa história ficaria realmente grande. A única coisa que eu tinha certeza era que o romance entre eles seria demorado, mas com no máximo 3-4 capítulos, além disso eu não conseguia imaginar um romance acontecendo de forma tão rápida entre eles T.T
Quando me dei conta já tinha escrito muitas páginas e isso acabou se transformando nessa enorme história, mas eu acabei gostando do resultado(espero que vocês também estejam).
Então o que eu queria dizer mesmo é que não fiquem bravas(os) pela demora do primeiro beijo deles, esse capítulo já está bem próximo >.< .
— Obrigada a você que acompanha a história ou gostou desse/outro capítulo isso me deixa bem feliz *----*
— Vamos para o capítulo!!

OBS: A história da Hanji não é e não contêm spoiler.
IMAGEM: earidayo DevianArt



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– ... Eu sempre fazia de tudo para vê-los sorrindo, apesar disso não ser tão difícil, mas um dia eu os vi pela primeira vez tristes.

“Hoje Otou-san disse que me levaria para conhecer uma floresta que ficava um pouco longe de casa. Preparei minha mochila e me troquei, coloquei uma bota para me proteger de algum animal que me atacasse por baixo, uma calça azul e uma blusa amarela; Okasaan colocou na minha mochila alguns sanduiches e seis garrafas de água, também me disse que era para beber bastante para não desidratar. Quando Otou-san chegou em casa guardou sua bolsa de medicamentos e pegou sua mochila. Nos despedimos da Okasaan e ele me pegou em seus ombros. Foi uma sensação muito legal e engraçada, pois as nuvens pareciam muito próximas e o horizonte se tornou bem mais amplo.

Conversamos bastante até chegarmos à pequena floresta. Ele ria bastante quando me contava alguma história sobre sua infância. Ele era bem atrapalhado e sempre causava alguma confusão com seus amigos, me disse que a Obaachan brigava todo dia com ele e que Ojiichan acobertava suas confusões. Eu não cheguei a conhecê-los, mas como Otou-san fala eles pareciam ser pessoas muito legais.

Quando chegamos à floresta descobri diversas plantas e árvores novas, também vi pássaros de diversos tamanhos, cores e com cantos diferentes, vi alguns coelhos e outros animais de tamanhos bem maiores, me assustei com uma cobra e Otou-san riu muito (não achei muito engraçado).

Quando estávamos chegando perto de casa achei estranho ter alguns cavalos parados em frente a nossa casa. Olhei para o Otou-san e sua expressão de alegria tinha sido tomada por uma de preocupação. Não entendia muito bem a situação, mas parecia não ser boa e realmente não era.

Assim que entramos em casa vi a Okasaan chorando muito. Quando me viu veio me abraçar com tamanho desespero que até me deixou bem preocupada.

Eu não estava entendendo o que acontecia, mas parecia ser algo grave. Havia dois homens sentados no sofá. Quando viram Otou-san se levantaram. Ambos os homens estavam vestindo um enorme casaco preto.

Otou-san levou os dois senhores para a sua sala e eu ainda não conseguia entender o que estava acontecendo. Enquanto esperava e questionava Okassan mais ela chorava e pedia desculpa. No escritório comecei a ouvir Otou-san gritando, parecia que ele estava destruindo seu escritório.

Passou algumas horas quando Otou-san saiu totalmente desolado de dentro da sua sala, eu nunca o vi com aquele olhar de desespero. Ele começou a chorar e também veio me abraçar. Eu queria muito entender o que estava acontecendo, mas eles não me diziam, apenas choravam e isso estava me deixando com muito medo. Comecei a chorar, comecei a soluçar e as palavras de questionamento não saiam tão firmes como antes. Queria muito que eles voltassem a sorrir como antes.

Os senhores saíram de casa e alguns minutos depois a senhora da casa da frente entrou em casa com o seu marido Marcos. Eles diziam aos meus pais que cuidariam muito bem de mim. Olhei ao redor e notei que bem no canto da porta de entrada tinham duas enormes malas prontas. Escutar e ver aquilo me fez entrar em grande desespero. Então consegui entender que eles estavam indo embora.

– P-para onde vocês estão indo? – soluço – Eu também vou certo?

* silêncio*

– Okassan?! Otou-san?! O que está acontecendo? Eu vou junto não é? Ou vocês vão me deixar aqui?

Dizer isso pareceu atingi-los de forma muito cruel.

– Meu anjo – Okasaan começava a enxugar minhas lágrimas– Nós sentimos muito mesmo, mas você não vai poder ir.

– Porque não? – perguntei confusa

– É complicado explicar agora.

– Mas eu vou entender Okasaan. Eu sempre entendo quando vocês me explicam. Sempre foi assim. Então porque não me contam o que está acontecendo?

– Eu sei que você entende e acredito que rapidamente você entenderá o que está acontecendo... É por isso que eu já te peço desculpa – Okasaan

– Zoe – Otou-san – Você é uma garota muito esperta e nós temos muito orgulho de ter você como nossa filha. Nós nos divertimos muito todos os dias, você sempre fez nós dois sorrirmos. Seu pequeno rosto com seus olhos curiosos era o melhor remédio para a minha tristeza. Ver você aprendendo e querendo saber cada vez mais, sua evolução a cada dia e seu olhar cada dia mais gentil para todo o mundo me fez acreditar que ele não é tão ruim assim como eu pensava. Você é a nossa beleza querida e sentimos muito por ter que ser desse jeito. Isso que está acontecendo, a nossa partida, é a coisa que sempre estivemos tentando adiar. - pausa - Por isso pedimos desculpas por falharmos nisso. Você ainda é muito pequena para entender o nosso passado. - chorava

– Vocês só estão falando que vão embora, mas e eu? Porque eu não vou? Não me querem e por isso vão me deixar sozinha aqui? – disse irritada

– Nós te amamos Zoe e muito – Okasaan já estava quase sem voz – Mas você não pode ir, é muito perigoso.

– NÃO ME IMPORTO! Eu quero ir Okasaan!

– Zoe! – abraçou-me forte – Nós não podemos perder você. Você é a coisa mais preciosa da nossa vida, a única coisa boa que nós temos na nossa história é você. Os perigos da nossa jornada te machucariam profundamente e não podemos deixar que isso aconteça.

– E você acha que indo embora não vai me machucar? – disse relutando contra o seu abraço

– Nós sentimos muito querida, muito mesmo. Você não sabe o quanto isso está nos machucando também – Otou-san

– Eu não quero ficar longe de vocês, eu não quero ficar sozinha. Otou-san, Okasaan, por favor, não me deixem sozinha.

*eles me abraçaram fortemente. Tentei segura-los para não se levantarem e partirem*

– Nós nunca vamos deixa-la sozinha. Não vamos estar presentes, sempre estaremos no seu coração e nas suas lembranças. - Otou-san disse me dando um beijo na testa

– Isso é tolice... Vocês sempre me disseram que iriamos ficar juntos para sempre!

*os dois senhores entraram*

– Senhor – cutucou o ombro do Otou-san – Não podemos adiar mais a nossa ida. Temos que ir agora.

– O que? – eu disse surpresa

*eles se levantam*

– Vocês vão mesmo? – perguntei chorando– Como vou me tornar uma pessoa boa sem a sua ajuda Okasaan? Como vou me tornar uma boa bióloga sem você Otou-san? Eu não vou conseguir sem vocês. – abracei eles novamente na tentativa de impedi-los

– Você vai conseguir Zoe. Você sempre consegue e mesmo que não estejamos mais aqui nós SEMPRE vamos acreditar em você – disseram juntos

*Me deram um beijo e se levantaram*

O Senhor Marcos tentou impedir que eu corresse até eles e me pegou nos braços. Relutava para ele me soltar. Vi meus pais pegando suas malas e saindo de casa, eles ainda choravam. Gritava o máximo que conseguia e lutava para sair correndo atrás deles, mas estava sendo impedida pelos braços do Sr. Marcos. Eles iam se afastando cada vez mais e não paravam de me olhar. Será que eles sabiam o tanto que eles estavam me machucando? Eu estava com muita raiva por não terem me contato o que estava acontecendo. Eu precisava pelo menos de uma boa explicação.

Vi que na entrada de casa, onde estavam os dois cavalos, tinha uma carruagem que antes não estava ali. Eles entraram na carruagem. A imagem que tinha deles ia sumindo aos poucos pela penumbra de dentro. Isso me deixou muito desesperada, mas antes que desse mais um grito as lágrimas cessaram um pouco e notei que os lábios do Otou-san gesticulavam alguma coisa. A única palavra que consegui entender foi: Acredite.”

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Rivaille parecia surpreso com a história de Hanji sua curiosidade sobre ela ficava cada vez maior. Nunca tinha ouvido rumor sobre a história da garota.

– Então você está dizendo que aquele titã era o seu pai?

– Provavelmente – disse triste

– Você não gosta de se lembrar do seu passado? – “Estou mesmo curioso com isso?”

– Não é isso. Não tenho nada a reclamar sobre a minha infância, eu aprendi muito com eles e até com o casal de senhores que cuidou de mim. Mas para uma criança de sete anos ver seus pais indo embora é realmente doloroso. – começava a ficar mais cansada

Rivaille lembrou-sede sua infância – Eles nunca voltaram?

– Eu olhava todos os dias para a janela na esperança de vê-los chegar, mas isso nunca aconteceu.

*silêncio*

– Com 16 anos eu tinha muito conhecimento e o assunto sobre os titãs estava ficando cada dia mais para trás. As pessoas estavam os esquecendo, seu perigo para a humanidade estava sendo deixado para trás graça as Muralhas. Mesmo assim eu tinha alguma raiva deles, posso ter os escolhidos como motivo dos meus pais terem ido embora, afinal o único motivo deveria ser esse. Os dois eram excelentes biólogos e entendiam muito bem a natureza dos seres vivos. Como forma de um dia conseguir encontra-los, eu sai do vilarejo e me alistei para o Esquadrão de Estagiários com o objetivo de entrar para a Tropa de Exploração. Pensava que um dia durante a exploração do território dos titãs eu os encontraria. – bocejo – E então dias antes da minha formatura eu recebi uma carta de um destinatário desconhecido, mas com o meu nome – bocejo – ... Olha Levi eu gostaria muito de continuar essa história, você pela primeira vez parece realmente interessado em algo que estou falando – sorri – só que e...

– Hanji?! – toca a garota – Você dormiu?! – belisca o braço – ... ?! – puxa a bochecha – Dormiu.

“E eu pensando que você tivesse tido uma das melhores infâncias. Pelo que notei você era uma garota bem feliz, não tinha problemas com seus pais e eles amavam muito você, até irem embora sem explicações alguma. Para alguém que estava acostumada a sempre ter as respostas ficar sem elas deve ter sido bem confuso... Essa sensação de ficar sem os pais... como é mesmo?”

Todos da tropa notaram que Rivaille e Hanji estavam juntos. Erwin não deixou que ninguém chegasse perto dos dois e disse aos médicos que se ela precisasse de alguma coisa Rivaille com certeza avisaria. A tropa estava terminando os últimos detalhes para a partida. Levi permaneceu com Hanji até os últimos segundos que teve, então foi chamado por Erwin para se juntar a formação. Despediu-se da garota com um beijo na bochecha, e deixou todos que viram a cena bem surpresos. Partiu em direção a seu cavalo e se juntou a formação.

– Tenham boa sorte na volta e tentem evitar o máximo de titãs que conseguirem! – Erwin acenou para os membros do outro grupo – E vocês! Vamos tentar ser os mais rápidos possíveis. Estamos próximos do nosso objetivo – disse ao seu grupo

– Hai – disseram todos

– Vamos!

E então todos partiram. Cada grupo para o seu objetivo: Chegar a Muralha Rose e Chegar a Muralha Maria. A proximidade da Muralha Maria aquecia os corações de todos os membros que se sentiam mais seguros por finalmente conseguirem chegar ao seu objetivo com baixas mínimas.

A reviravolta da humanidade.


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Notas finais do capítulo

Até terça minna o/

* Para quem reparou na Hanji falando pai/mãe no último capítulo, mas dizendo otou-san/okaasan nesse, é bem simples: Quando ela diz a palavra em japonês é apenas um charme para deixar a cena mais fofa :3



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