Dúvidas escrita por Kilave


Capítulo 43
Reino de Ymir


Notas iniciais do capítulo

Hey, hey minna. o/
Acho que é de lei eu sempre me atrasar, nossa como eu sou desorganizada. :S
Me desculpem por esse defeito horrível.
Tirando esse evento terrível que cometi e mudando para um evento triste. Hoje é o último dia, finalmente a Fic termina e depois de longos capítulos - e demoras - ela está concluída. o/
Bem, a "nota" principal irei deixar no último capítulo.
Espero que vocês gostem e até o próximo que sai depois desse --->
Música: https://www.youtube.com/watch?v=w_mua30fGcQ
https://www.youtube.com/watch?v=tI_IwOZYEYw



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Dias passaram.

A cada novo dia pessoas e mais pessoas uniram-se para a construção de um novo lar.

Sina havia caído há algumas semanas. Foi a primeira vez que humanos entraram em contato de paz com titãs. Um dia marcado para toda vida.

Com informações vindas de todos os lugares: graças às pesquisas e documentos encontrados dentro e fora da Muralha cientistas puderam explorar mais sobre os gigantes humanoides; o esconderijo da casa de Eren, os segredos de Adrian sobre a humanidade que vive além das Muralhas, os documentos do Doutor Hajime, os relatos da corte sobre a guerra.

Dias passam com mais calma e fé.

A lentidão do nascer e pôr do Sol a majestade e soberania das estrelas.

Os dias já não são mais assustadores.

–- ✷ --

Erwin

O Comandante da tropa lidera sua última expedição.

A dor em seu coração não é transmitida aos seus atos e ao seu semblante.

Ainda que calmo, seu coração bombardeia ferozmente. Seus olhos miram aos portões a sua frente que aos poucos se levantam.

Erwin se lembra de dias atrás – “Minha vida passou tão rápido, e tão assustadora foi a sensação ...”

Um fino raio de luz, quase que imperceptível, atravessa a pequena fresta dos portões.

“E hoje essa mesma sensação está tomando conta dos meus sentimentos. A diferença é que dessa vez não tenho tanto medo de partir. Mas, meu coração ainda está tomado pela tristeza dessa partida.”

O som do portão firmando-se ao alto confirma o ato de Erwin para seguirem em frente.

–- ✷ --

Agora que todos podem recuperar-se dos atos de atrocidade causados por uma longa guerra, e que parecia até então infinita, e dar finalmente continuidade a uma saudável e longa vida. Assim, uma nova trilha para uma nova caminhada começa a se formar.

No caminho pela liberdade muitos sofreram com essas condições e muitos pereceram a ela. Entretanto, grande parte permaneceu lutando contra tudo o que era imposto.

A vida só encontra o seu fim quando todas as luzes do caminho se apagam, quando a escuridão toma o corpo, quando os pés não desejam mais continuar e quando os olhos trêmulos buscam pelo descanso. Os corajosos que gritaram, para fora ou dentro de seus corações, palavras de força, foram os únicos a verem luz, a sentirem o calor, a lutarem contra os passos e a enxergarem o fim.

Mas, uma pequenina parte, uma minúscula fração, ainda é impedida de continuar.

–- ✷ --

Reunião

– Poderia explicar melhor sobre essa substância? – Eren pergunta.

Uma longa mesa abriga em seus lugares Levi, Hanji e alguns cientistas, Adrian e alguns dos membros do ex-grupo de Aragon, e o grupo de Levi.

– Denominado como AD: por ter como seu componente base a Adrenalina, ele é uma substância modificada que altera os genes do corpo humano causando mutações significativas em relação à força, agilidade e, principalmente, a alteração do corpo. Entretanto, seus corpos não foram propícios para que a droga manifestasse essa última reação. Vocês apenas tiveram elevados índices em habilidades físicas – Adrian explica. – O que vocês sofreram depois que o corpo conseguiu eliminar, através do suor o AD, é natural. O cansaço e a demora na regeneração de ferimento foi apenas o corpo tentando se repor as suas condições. Pode ver que ainda restam alguns machucados sem cura – aponta para leves marcas no corpo de Eren.

– E por que vocês criaram essa droga? – Connie questiona.

– Não foi criação minha e nem ideia da minha parte. O Doutor Hajime a criou na base de que poderia utilizá-la de alguma forma contra os titãs, mas na verdade ele nunca havia conseguido alcançar essa proeza. Então utilizou sua criação a seu favor, notando que ela altera os genes humanos ele poderia tentar controla-la para que não causasse a mutação corpórea.

– Por que a Tenente não se alterou como os outros? – Jean.

A cientista quieta desde o inicio da reunião levanta sua cabeça e olha para Jean. Os demais presentes fazem o mesmo que o garoto.

Levi ao lado da cientista foi o único a não esboçar mudança.

Adrian que havia conhecido pouco da garota fica com receio de contar. Ele repara nos olhos da Tenente que passaram a encará-lo e com um sútil aceno ela concorda para que ele continue.

– A Hanji é filha do Doutor Hajime, como vocês já sabem. Desde a minha infância eu via muito o Doutor Hajime ao lado do meu pai; eles conversavam horas e horas. Em um dia de euforia invadi o laboratório do meu pai e , sem que ele notasse minha presença, escutei de sua voz que um meio de impedir a mutação titânica estava sendo testada pelo Hajime – Adrian sorri lembrando-se do dia. – Parece que ele conseguiu. A droga nunca faria efeito na Hanji.

– Cura... – Armin sussurra.

– Mas, não apenas ela! – Adrian. – Hajime não testou a droga apenas em sua filha. No sangue de alguns dos moradores de fora da Muralha corre a droga que pode salvar os titãs.

– Existe salvação para eles? – Connie recorda-se de sua mãe.

– Felizmente para os recentes existe, mas os humanoides de longa data não possuem condições para o retorno de seus corpos – finaliza descontente.

– E a cristalização da Annie? – Mikasa.

– Um recurso natural para quem possui o sangue de titã. Eren consegue, porém com um pouco mais de dificuldade. Na verdade, para um humano-titã elevar sua força ele precisa consumir sangue de outros titãs. É uma questão complicada debater o motivo disso.

O silêncio rodeia a escondida sala. Apesar de saberem um pouco da história todos ainda são surpreendidos a cada dia pelos descobrimentos que rodeiam os titãs.

– Se me permitem. Desejo agora fazer uma pergunta – Adrian quebra o silêncio.

Todos olham para o garoto que se levanta de sua cadeira.

– Vocês algum dia viram ou tiveram relatos de um titã semelhante a um animal?

– Que tipo de animal? – Eren.

– Um macaco.

Hanji, os cientistas e Levi lembram-se do relato de meses atrás.

– Perdemos um dos nossos para ele – Hanji começa.

– É algum de nós? – Levi fala pela primeira vez.

– Não, não. Vocês não o conhecem e nem poderiam... Ele morreu há alguns anos, mas sua alma vagueia presa a essa terra.

– O que quer dizer com alma? – Sasha perturbasse com a afirmativa de Adrian.

– É um modo de dizer – sorri para a garota – O homem que ele era morreu e dizemos que apenas sua alma restou, pois ele manteve controle total sobre o titã, como se fosse ele mesmo. Quero dizer, ele manteve seu intelecto e seus atos nunca foram causados sem pensar.

– E quem era ele? – Jean.

– É uma história um pouco longa, mas sempre gosto de conta-la.

–- ✷ --

Há muitos anos, quando o Reino de Ymir ainda governava a todos, um grande cavaleiro foi nomeado pela sua bravura. Destemido em todas as guerras, seu nome soava como praga para os inimigos. Ymir deu a ele poder e fama; coisas que não se gabava por ter. Ele era leal ao reino e nada o desconvertia. Não lutava por dinheiro, mas pela honra.

Um terrível dia abalou o Reino com uma grave doença que se espalhou como o soar do nome desse cavaleiro. Muitos morreram e Ymir não sabia como agir para protegê-los; de tudo ela fez e de nada conseguiu.

Dias mais tarde ergueu-se um novo Reino próximo à região, como o Reino de Ymir estava abalado pela doença pouco foi feito para impedir o avanço desse estranho. Os dias passaram e as desavenças cresceram.

Para se proteger a Rainha pediu ao cavaleiro que fosse atrás de um bem precioso que seus pais guardaram para a proteção de seu Reino. Naquela época existiam os alquimistas e com o conhecimento profundo que possuíam sobre os elementos Ymir levou sua proteção para eles a desvendarem; Descobriram uma substância que poderia mudar toda aquela praga que se alastrou no Reino. Dito e feito. Eles passaram a usar essa descoberta como cura dos enfermos e dias após os mesmo haviam se recuperado de forma sobrenatural.

O Reino que aparecerá repentinamente fora derrotado e impedido de permanecer ali.

Então a guerra começou.

Diversas vezes esse Reino tentou alojar-se novamente, mas era sempre impedido.

A praga aparecerá novamente e dessa vez o bravo cavaleiro obteve a doença. Uma perda lastimável. O inimigo aproveitou a doença do cavaleiro e avançou sobre o Reino de Ymir de forma violenta o destruindo parcialmente.

A cura foi novamente aplicada à população e ao cavaleiro.

Os dois Reinos brigaram por alguns dias. Foi quando a população mostrou uma alteração genética nunca antes vista. O primeiro sinal da mutação genética.

Dias mais tarde Ymir foi assinada e dois novos grupos surgiram ao redor de seu Reino. O declínio foi inevitável.

Dizem que após a morte de Ymir o cavaleiro tornou-se insano. Perdido ao mundo ninguém mais teve notícia do mesmo. Uns dizem falam que ele pereceu a loucura de perdê-la e outros que ele vaga até hoje pelas terras de Ymir.

– E onde acha que ele está? – Levi questiona inalterado.

Todos estão surpresos pela história.

– No momento, bem longe daqui. É verdade que ele nunca abandonou as terras de Ymir, mas nunca esteve perdido ou inalterado. – Adrian sorri.

– Quer dizer que os titãs vieram desse Reino? – Eren diz perplexo.

– Sim, mas foi uma mutação diferente da qual conhecem. Depois que o Reino foi destruído essa substância foi estudada e disputada pelos demais. Sabe... Eu acredito que a Ymir sabia o que era e poderia ter a usado a seu favor, mas a utilizou para salvar seu Reino. Essa droga não era algo ruim, ela era um remédio, mas que foi transmutado para virar outra substância.

– Então por que disse que a população sofreu mutação? E esse cavaleiro é um titã? – Connie.

– Eles sofreram alteração, mas levaria anos para transformarem-se em gigantes humanoides. Quem teve posse acelerou o processo e a utilizou para destruir aos inimigos. Já o cavaleiro sofreu a mutação naturalmente, por isso manteve seu intelecto intacto e uma forma semelhante a nossa.

Todos os presentes escutam as declarações e perguntas feitas a Adrian. O jovem rapaz mostra ter mais conhecido do que imaginavam. As horas passavam e mais questionamentos surgiam. Não importasse se o jovem e paciente rapaz repetisse diversas vezes a mesma coisa; a forma, os porquês, os acontecimentos, as intrigas, tudo que fosse recontado parecia ser algo novo e surpreendente, como um ciclo vicioso.

Hanji e os cientistas muito sabiam sobre a longa história da evolução dessa droga.

Levi e Erwin souberam por documentos e por descobertas que obtiveram pela vida.

Os soldados iam descobrindo aos poucos e assim a população também.

–- ✷ --

– O que um dia nos foi dado de gratidão e ajuda tornou-se anos depois nosso maior desgosto.

“- A ganância do homem não pode ser medida, bravo cavaleiro. Culpa-se por algo que jamais fez, mas deveria honrar-se pelo que fez. Não deixe que essas sombras o perturbem. Eu o amei, amei meu povo e meu reino. E meus inimigos: sei que eles nada sabiam sobre o que estavam lidando e tomados pelo poder seus olhos foram enganados, transformaram-se em monstros. Por isso, eu os perdoei.” – a imponente voz de Ymir é escutada pelo cavaleiro que ainda caminha pelas terras de sua Rainha.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado e até!!



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