Corpos sem membros jogados como lixo no chão, sangue contra paredes, titãs manchados pelo vermelho, partes humanas espalhas ao chão junto ao corpo dilacerado de titãs. Stohess nesse dia torna-se lar de uma cruel batalha e um grande cemitério de raças.

A natureza parece sentir o sofrimento da batalha, pois o vento sequer aparece como brisa no local, os animais fogem dos gritos e barulhos ensurdecedores, o rio sujo do Distrito já não tinha mais percurso certo para correr, destruído pelos enormes pés dos titãs, apenas o Sol mantem-se atento à batalha, perturbando com seu calor a vontade de batalha em humano ou titã.

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– Preparem-se para a luta soldados. Espero que tenham entendido a gravidade da situação. – Erwin anuncia a sua chegada com a aparição de centenas de titãs.

Erwin está com uma pequena cavalaria acima da Muralha, enquanto um grande grupo de soldados está em terra atraindo os titãs. Uma quantidade assustadora de titãs, mas que todos esperavam em Stohess, a parte mais arriscada e insana do plano.

Erwin olha com grande dor para a batalha travada abaixo de seus olhos. Mesmo sabendo que muitos ali se entregaram com honra e fé para defenderam a humanidade.

“Estou torcendo para que dê certo. Essa é a nossa última chance.” – Erwin pensa enquanto cavalga se aproximando do grupo da Tropa Estacionária.

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A batalha passa de uma hora e parece não ter tempo determinado para acabar.

Eren continua lutando com uma força incrível e mesmo que seus ferimentos estejam ficando cada vez mais graves ele continua com seu olhar sedento pela morte dos titãs.

Hajime ainda luta contra a forte titã. Incansáveis eles sequer param para respirar, continuam lutando até que um chegue ao óbito.

Mikasa e Levi tinham se separado há pouco atacando lados diferentes que os titãs avançam.

Mikasa, Eren, Levi e Hajime mantem recordes em mortes, mas muitos titãs ainda avançam para dentro do Distrito reduzindo os soldados gradativamente.

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– Não sei se foi boa ideia trazer toda essa quantidade de titãs para cá. – Erwin fala a Pixis.

– Você não acha curioso o fato de termos três de nós lutando com uma força tão incrível? – o velho homem pergunta a Erwin.

– Não sei como conseguiram isso, mas esse não é nosso maior problema. – caminha um pouco para a beirada da Muralha – Esses titãs não nos atacaram. – encara o rosto de dois gigantes que passam a sua frente.

– Eles parecem cansados. – Pixis também olhar.

Erwin desvia sua atenção para um estranho titã parado distante da batalha, um pouco escondido, na floresta.

“Ele está se escondendo? Será que não quer morrer?” – pensa.

– Isso é incrível. – Pixis fica admirado pela força de Eren, Mikasa e Levi.

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Mikasa que luta do lado direito de Stohess mata rapidamente trinta dos titãs que atrapalhavam sua passagem em diante. Seus olhos avermelhados são acompanhados por uma expressão vazia, mas com um sorriso insano. O sangue dos titãs mancha toda a sua roupa.

Do lado esquerdo Levi age como uma sombra. Apenas um rápido rastro é deixado no céu. Lutando em um nível pouco maior que Mikasa ele também mantem uma expressão vazia e um sorriso insano. Mais habilidoso ele avança sem restrições para o meio de um ninho de titãs, fazendo cortes profundos e diversos pelo corpo dos titãs.

Eren começa a aparentar não aguentar a crueldade imposta sobre ele. Apesar da força e rapidez ele acabou se descuidando da inteligência dos titãs. Os mais fortes titãs, que já haviam se alimentado de diversos soldados, o cercaram e começaram a ataca-lo de diversas formas. O fazendo gritar diversas vezes por conta dos ataques.

A mente obscurecida pela droga começa a se libertar. Por ter sido o primeiro a sentir os efeitos da droga seu corpo desenvolveu mais rapidamente a cura para isso, criando a forma de controlar a passagem do veneno por suas veias. Isso prejudicará gradativamente seu desempenho na batalha.

Mikasa passa a escutar graves gritos vindos de alguma direção. Sem saber ao certo o que significa e de onde vem tal som, sua mente começa a se perturbar. De alguma forma ela sente que os gritos pedem socorro.

A surpresa só foi maior para o quarteto quando repentinamente os titãs começaram a se direcionar apenas para eles, parecendo não optar mais para os humanos ignorando-os, como se estivessem escolhendo quem atacar.

Hajime que tentava matar a estranha titã foi impedido por um grupo de titãs que interromperam seus ataques contra ela e começaram a ataca-lo. Apesar de desviar de boa parte dos ataques ele não consegue mais se aproximar da titã.

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– Pixis! – chama a atenção do amigo – Cuide bem daqui. – ajeita o DMT em seu corpo e sai rapidamente de cima da Muralha desviando de todos os titãs.

– Erwin!! – tenta impedir o amigo, mas a ação é falha – O que pensa que vai fazer? – olha curioso na direção que o amigo vai.

A humanidade

Um grito de desespero e dor é escutado por todo o Distrito espantando todos os soldados ainda vivos.

–EREN! – A cientista desvia seu olhar e se vira para o gigante de Eren.

Um dos titãs que rodeia Eren joga um braço gravemente ferido para fora do grupo e logo em seguida o outro. O titã grita pela dor causada e cada vez mais o grupo se alimenta do corpo de Eren.

Mikasa começa a ficar mais perturbada por conta dos gritos e sua atenção passa a diminuir. A distração inapropriada facilita que um dos titãs que a cerca pegue-a contra a mão causando dor pelo aperto.

Hanji relutava para sair do lugar. Não sabia como ajudar Eren, pois por mais que quisesse muitos titãs estavam seguindo em direção à casa que está. Para proteger e libertar Hajime, ela e o grupo de Levi se descolaram para um lugar mais próximo do gigante.

A força do titã já não era a mesma. Exausto, a fome começa a assombrar. Não podia comer um humano, pois senão sua sanidade iria se alterar. Havia gasto tanta energia na luta contra a titã que havia se esquecido que uma hora ela acabaria.

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Eren que havia perdido seus dois braços surpreendeu quando os cincos titãs a sua volta foram mortos em minutos. Entretanto, enquanto respirava em busca do controle e do alívio permaneceu parado por alguns instantes e notou um ponto curioso presente em seus pés.

– Eren. – sussurrou uma voz – Me desculpe por ter demorado. Vou ficar ao seu lado para que isso não volte a acontecer. – disse ofegante.

Mikasa que estava distraída não notou a presença do titã quase morto próximo de si, tal descuido quase custou sua vida.

Seus reflexos pareceram cair, pois seus olhos já não estão avermelhados. O titã Eren pisa friamente sobre a cabeça do titã que ameaçou Mikasa dando fim a sua vida.

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“Só pode ser você...” – Erwin pensa enquanto utiliza o máximo de velocidade que consegue com seu DMT, apesar de se desequilibrar algumas vezes.

– Eu vou te matar e pagar a divida que deve a humanidade. – empunha em sua única mão uma das espadas do DMT e atinge a região cervical do animal.

Facilmente sua espada quebra e Aragon acaba por reparar na presença de Erwin. O titã espera para mirar seus olhos no Comandante.

– Tolo homem. Sequer tem um de seus braços e deseja me matar. – sua voz ecoa e logo ataca Erwin.

Apesar do tempo em que não utilizou o DMT, o Comandante da Tropa ainda mantem seus truques desviando facilmente dos ataques de Aragon que não tem a mesma habilidade que os outros titãs.

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As armadilhas estão falhas, os soldados estão cansados, os canhões estão sem munição. O que resta é a coragem e agilidade dos humanos ainda vivos na batalha.

Eren foi retirado da batalha, pois seu corpo não estava recuperando. Seus braços arrancados não regeneram sequer por um momento. Seu cansaço era explicito e penoso.

Mikasa tinha voltado ao seu estado normal, mas seu corpo também não respondia a suas intenções. Presa ao cansaço não conseguia sequer mover seus dedos.

Os dois repousam dentro de uma das grandes casas.

– Tenente o que vamos fazer? – Dam fala com a garota.

– Eles estão desmaiados. – olha para o casal deitado ao chão – Perdemos dois e um está quase no fim.

– E aquela titã? – Dam pergunta – Como vamos derrota-la? Ela é muito mais forte que os outros.

– Eu não sei como vamos aguentar mais tempo. Ainda tem muitos titãs e os soldados estão morrendo cada vez mais rápidos. – a cientista se vira e sai caminhando – Meu pai só irá se recuperar com carne humana, o Levi está longe de nós, poucos soldados são capazes de sobreviver contra esses titãs.

O recruta acompanha a cientista.

– Vai deixa-los sozinho? – pergunta.

– Eles vão ficar bem.

– Tenente você também reparou naquilo que a titã fez? – pergunta duvidoso.

– Aquilo o que? – sobe a escada.

– Ela pareceu emitir um som. Sabe... Lembro-me de ter a visto abrir a boca, mas não gritava. Então de repente todos os titãs desviaram de nós e foram até o Eren.

– Sim. – abre a janela da casa e salta – É ela.

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Levi passa suas lâminas na nuca de um titã de cinqueta metros. A cor avermelhada de seus olhos começa a se alterar e seus pensamentos bagunçados passam a se organizar. Um grande cansaço atinge seu corpo deixando-o um pouco zonzo.

O pequeno se desvia de alguns titãs e se prende contra a parede da Muralha.

– Há quanto tempo permaneci nesse transe? – olha a grande quantidade de titãs dentro do Distrito – Como vim parar tão longe? – nota a distância que está – Parece que estamos muito ferrados. – repara em poucas pessoas vivas no Distrito.

Levi olha para seus braços sentindo um grande peso, como se as lâminas pesassem o dobro do normal. Seu corpo não se recupera dos ferimentos.

– Meu corpo não está mais suportando tudo isso. Pelo visto meu tempo está se esgotando... – derruba mais um titã e se vira para o Distrito – Espero que não tenha se ferido Hanji. – encara o Distrito cheio de titãs.

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5 horas de batalha – Mais da metade de titãs estão mortos.

Apesar da quantidade de titãs ter se reduzido favoravelmente, parte deles estão mais fortes que os demais. Isso acaba causando dificuldade em derrota-los.

– Titã você está melhor? – Sasha pergunta curiosa passando a frente do titã.

– Sim. Muito obrigado por estar me protegendo pequena soldada. – diz sorrindo encostado à parede de uma casa.

– Esse titã está do nosso lado mesmo? – Connie duvida enquanto corta os tendões de um titã.

– Hajime. – Dam grita em cima da casa – Temos uma opção para você, mas precisa me dizer o limite.

– O que pretende fazer? – vira seu rosto para o pequeno ao seu lado.

– Vamos te dar um empurrão. A Tenente foi pegar.

– Zoe? Ela está bem? – perguntou preocupado.

– Sim.

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– Nunca vou me acostumar com esse cheiro. – soldado.

– Nem deve. – disse o líder do grupo – Por mais que seja nosso oficio conviver com isso é uma tortura.

– O que estamos fazendo não é certo. Digo, deveríamos fazer isso com o corpo deles? – outro soldado.

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Erwin foge e desvia silenciosamente entre as árvores dos ataques de Aragon.

– Você vai morrer Erwin. Deixe-me ajuda-lo a fazer dessa morte mais indolor. – o titã corre entre as árvores.

Erwin vê alguém se aproximar dos dois e imagina ser algum membro do velho. Isso o deixa mais apreensivo.

– Se quiser mata-lo precisa acertar em cheio o local correto. – uma voz surge ao longe.

Apesar da grande maestria em lidar com o DMT, Erwin acaba sendo atingido pelo surgimento inesperado de Aragon que a fez tombar conta o tronco de uma grande árvore o que acabou quebrando seu DMT esquerdo.

– Não tens como fugir Erwin. Aceite que o seu fim chegou! – Aragon diz próximo a Erwin já estendendo sua mão para pegá-lo.

Mas, antes que pudesse matar o Comandante da Tropa foi interrompido pela perda repentina da visão. Seus olhos jorram sangue e as lâminas enfincam cada vez mais por dentro de seus olhos.

– O QUE. O QUE É ISSO? O QUE ESTÁ ACONTECENDO? – Aragon agonia pela perda repentina da visão.

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– Cada vez mais titãs estão se aproximando de nós. Estou cansando de tudo isso. – Connie disse olhando a roupa manchada de sangue.

– Claro, optamos pela defensiva. Esses titãs não comeram sequer um humano. – Jean diz encarando o enorme grupo que se aproxima.

– Então esse é o fim? – Sasha olha para os titãs ao seu lado.

– Não. – Pixis diz firme aparecendo atrás dos garotos – Esse não será o nosso fim.

O grupo da Tropa Estacionária se junta ao restante da Tropa de Exploração.

No horizonte atrás da batalha uma borrada imagem escura é vista parecendo observar a cena de luta.

– A humanidade está surpreendo mais uma vez. – diz.

– Tenente! – Dam vira-se para a garota que se aproxima.

Hajime que escutou a voz do pequeno recruta vira seu rosto para encontrar a filha. Já cansado estava começando a pensar na ideia de se deixar ali e pedir para que os outros fugissem.

– Zoe... – fala sendo interrompido por alguma coisa que surge em sua boca.

– Coma isso. – Hanji ordenou colocando um morto dentro da boca do titã – Não pense que está sendo fácil, mas você precisa nos ajudar. Os soldados estão cansados e nossos recursos estão terminando. São poucos os titãs, mas para nós será impossível. Então coma. – coloca outro dentro da boca.

Surpreso ele obedece à filha sem questionamentos. Seus olhos reparam nos soldados que traziam os mortos e até mesmo na filha. Eles não parecem contentes por estarem fazendo isso com os amigos mortos. Por mais que não gostassem da ideia era o única coisa que poderiam fazer para matarem a estranha titã.